quinta-feira, 20 de novembro de 2014

OS IMPÉRIOS MUNDIAIS E O REINO DO MESSIAS

Texto Áureo Dn. 7.27 – Leitura Bíblica Dn. 7.3-14





INTRODUÇÃO
O capítulo 7 de Daniel inicia a segunda parte do livro, com ênfase nos detalhes proféticos. Essa característica faz com que alguns estudiosos identifiquem esse como o Apocalipse do Antigo Testamento. Esse capítulo pode ser dividido em duas partes: os versículos de 1 a 14 que tratam a respeito do sonho de Daniel, e do 15 ao 28, a interpretação do sonho. No início da aula nos voltaremos para a análise dos impérios mundiais, com destaque para a figura do anticristo, e ao final, estudaremos sobre o reino do Messias.

1. OS IMPÉRIOS MUNDIAIS
Os reinos do mundo não são independentes, os impérios mundiais estão debaixo da soberania de Deus (Dn. 7.2,3). Os quatro ventos, ao longo da Bíblia, retratam a totalidade da terra, o alcance mundial. Principalmente nos dias atuais, marcados pela globalização, os quatro cantos da terra se tornaram um. Os reinos se levantam e demonstram sua potência aos todos os lugares. A mídia se encarrega de fazer a divulgação dos feitos dos impérios, a propaganda é utilizada como arma para a dominação. O mar é símbolo dos povos, que se encontra em convulsão, diante dos impasses dos governos humanos. Deus permite que os governos humanos prevaleçam, mas não apoia suas decisões, principalmente àquelas que prejudicam seus servos. Impérios se levantam e caem, nenhum deles permanece para sempre, essa inconstância é uma demonstração de fragilidade. Os impérios mundiais são demonstrados através de quatro animais, que se encontram em paralelo com o capítulo 2 do livro de Daniel. Neste capítulo nos deparamos com os impérios e seu esplendor, enquanto que no capítulo 7 o enfoque está em aspecto interno, como feras. Esses governos não são ovelhas, mas animais selvagens, que não agem em prol do bem das pessoas, funcionam como governos que devoram as pessoas. Os animais apresentados nessa visão de Daniel sobem do mar, de maneira sucessiva e simultânea. Eles têm características recorrentes: surgem de baixo, são animais ferozes, serão destruídos no futuro, seu tempo é determinado por Deus (Dn. 7.12). Os quatro animais são: o leão (império babilônico), o urso (império medo-persa), o leopardo (império grego-macedônio) e o animal de dez chifres (império romano).

2. OS IMPERIOS MUNDIAIS E A REVELAÇÃO DO ANTICRISTO
O leão é o rei dos animais, sua força é notória, é um símbolo da grandeza do império babilônico (Dn. 4.32). O leopardo alado revela a velocidade e agilidade do império de Alexandre Magno, que em 334, após um período de 10 anos, tornou-se soberano entre as nações. Ele foi educado por Aristóteles, por isso difundiu a cultura grega, principalmente o idioma entre os povos conquistados. Mas morreu subitamente em 324 a. C., na Babilônia, seu reino foi dividido em quatro cabeças. A glória do império grego-macedônio passou, outra prova dos limites dos reinos humanos. Deus está no comando, os reinos do mundo tem liberdade, mas seus dias estão contados. Em Dn. 7.7, nos deparamos com um animal terrível, extremamente forte, símbolo do império romano. A principal característica desse animal é a sua força, e o seu poder, com capacidade destruidora. Esse animal possuía grandes dentes de ferro, e com eles devorava e estraçalhava a todos. Ele revela ser insensível com suas vítimas, as consome sem qualquer pena (Dn. 7.23). Tal animal estranho tem dez chifres, sendo identificados como dez reis (Dn. 7.24). É uma descrição nítida do império romano, que em 241 derrotaram os cartagineses e ocuparam a ilha da Sicília. Em 218 a. C., as legiões romanas entraram na Espanha, em 202 a. C., conquistaram Cartago. Em 146 a. C., tomaram Corinto, e em 63 a. C., Pompeu ocupou a Palestina. Ao longo de dois séculos, o império romano experimentou glória, fama e poder. Mas em 476, os bárbaros venceram o império romano, até que em 1453 d. C., os turcos ocuparam a cidade de Constantinopla, findando o império romano no Ocidente. Em seguida Daniel revela a figura do anticristo (Dn. 7.8), tratando-o como uma pessoa, o “pequeno chifre”, seu número é o 666 (Ap. 13.18). João o denomina de O mentiroso (I Jo. 2.22), o anticristo (I Jo. 2.18), a besta (Ap. 13.1). Para Paulo, ele é o homem da iniquidade (II Ts. 2.3), o iníquo (II Ts. 2.8), o filho da perdição (II Ts. 2.3). Para Jesus, o anticristo é o abominável da desolação (Mt. 24.15-28).

3. O REINO DO MESSIAS
A origem do anticristo é satânica, pois ele receberá autoridade do próprio Satanás. Esse pequeno chifre tem uma relação com o animal terrível, na verdade surge dele. Ele será pequeno apenas no início (Dn. 7.8), depois irá crescendo paulatinamente (Dn. 7.20). Isso porque o anticristo terá a pretensão de ser Deus (II Ts. 2.3,4). Ele agirá com ódio a Deus, sua boca falará grandes coisas (Dn. 7.8,20), proferirá palavras contra o Altíssimo (Dn. 7.25), tratará de mudar os tempos e a leis (Dn. 7.25). O anticristo será um perseguidor, pois fará guerra contra os santos de Deus, e prevalecerá contra eles (Dn. 7.21), magoará os santos do Altíssimo (Dn. 7.25), e esses serão entregues nas mãos dele (Dn. 7.25). Mas o governo do anticristo também terá seu fim, seu domínio é limitado (Dn. 7.25). O domínio será tirado dos quatro reis e também do anticristo (Dn. 726). Ele será destruído pelo fogo (Dn. 7.11), na verdade, será lançado no lago do fogo (Ap. 19.20). Isso acontecerá por ocasião da vinda de Cristo, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, ao final dos sete anos de tribulação (II Ts. 2.8). Finalmente o Reino de Cristo será consumado em plenitude (Dn. 7.13,14). Cristo já reina, mas esse reino é limitado, acontece apenas entre aqueles que creem. Mas no futuro, quando Ele retornar com poder e grande glória, Seu reino será universal (Dn. 7.14). Todas as nações, povos e línguas O reconhecerão e O servirão (Dn. 7.14). Diante dEle todo joelho se dobrará, toda língua confessará que Jesus é o Senhor (Fp. 2.9-11) para sempre (Dn. 7.14). O governo de Cristo será partilhado com os santos (Dn. 7.18,22,27).

CONCLUSÃO
Daniel ficou impactado com os acontecimentos que viriam a acontecer (Dn. 7.14,15). Nós, os cristãos, temos motivos celebrar, ao reconhecer que os ditames do mundo estão nas mãos de Deus. O rosto de Daniel empalideceu (Dn. 7.28), nós também podemos nos espantar, mas com confiança, disposto a enfrentar os poderes do mal, cientes que, ao Seu tempo, o Senhor julgará todos os reinos da terra. Os inimigos que oprimem o povo de Deus serão julgados, e o reino do Messias durará para sempre.

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