quarta-feira, 30 de abril de 2014

Como Fortalecer a Família



Um renomado cientista disse certa vez que se houvesse uma guerra nuclear o primeiro que as pessoas fariam depois de passado o perigo seria procurar suas famílias.

Nós, não temos como deixar de observar a variedade de famílias em nossas congregações.

As famílias são importantes para nos ensinar e são importantes para Deus. Os Testemunhos nos dizem que os lares cristãos que vivem de acordo com o plano de Deus são Seus agentes mais eficazes para o avanço de Sua obra. Nossas famílias são símbolos da família celestial, para serem mostradas ao mundo, e para servirem de lições objetivas de como são as famílias que amam a Deus e guardam Seus mandamentos.

A história mostra o surgimento e queda de grandes sociedades antigas como as de Roma, Grécia e Egito. Quando as sociedades estavam no pico do poder e da prosperidade, as famílias eram fortemente estabelecidas e valorizadas. Quando a vida familiar enfraquece, não é valorizada e torna-se extremamente individualista, a sociedade começa a se deteriorar e fragmentar.

O coração da comunidade, da igreja e da nação é o lar. O bem-estar da sociedade, o sucesso da igreja e a prosperidade da nação dependem das influências do lar. A qualidade da vida familiar é extremamente importante para nossa felicidade e saúde mental como indivíduos.

Nos anos recentes a importância e estilo de vida da família e do lar têm sido questionados, mas a ação do pêndulo do mundo está passando para trás a importância de famílias fortes, que conhecem quais são as raízes da nação. Se esse for o caso, certamente nossa igreja deve tomar a posição de liderança na promoção de famílias cristãs fortes.

Muitos de nós não tivemos modelos ideais de como deveria ser a família cristã; então como podemos aprender? O modelo mais positivo que possuímos é a Palavra. Na verdade, é o único modelo verdadeiro e seguro. É a forma escolhida por Deus para transmitir Sua vontade a nossas famílias.

Interessei-me pelos resultados de um estudo realizado pelo Family Strengths Research Project (Projeto de Pesquisa do Poder da Família), em Oklahoma. O Cooperative Extension Service (Serviço de Extensão Cooperativa) auxiliado pelo agente do Home Economic Extension Service (Serviço de Extensão da Economia do Lar), em cada cidade de Oklahoma, trabalharam juntos para recomendar o que considero famílias especialmente fortes. Armados com materiais de diretrizes e de antecedentes, as famílias foram entrevistadas de formaabrangente.

Após o extenso material ter sido analisado, seis qualificadores se destacaram os quais pareciam exercer papel muito importante no fortalecimento e felicidade dessas famílias.

Se essas famílias foram consideradas como as mais destacadas em Oklahoma (essas tendência parecem ser as mesmas em um estudo nacional agora em andamento), então talvez deveríamos tirar tempo para examiná-las.

1. Passar tempo juntos – famílias que realizavam muitas atividades juntos. Esse tempo passado juntos não ACONTECIA POR ACASO. Eles FAZIAM acontecer. Mantinham-se unidas em todas as áreas da vida: refeições, recreação, culto e trabalho.

2. Bons modelos de comunicação – Passavam tempo conversando e ouvindo com atenção. O bom ouvinte transmite respeito. Se você me ouve, então eu o ouço. Em um dos seminários que realizei, sugeri uma forma de ajudar as pessoas a realmente ouvirem o que você diz, caso sinta que esse não está sendo o caso. Escreva uma nota e expresse seus sentimentos e então peça a seu cônjuge para ler essa nota quando você não estiver presente, dando-lhe assim atenção total. Após a reunião um senhor me procurou para me agradecer e dizer que iria tentar esse recurso. Ele disse: “Minha esposa nunca escuta o que eu digo; sinto como se ela estivesse falando com outra pessoa ao telefone e acenasse com a cabeça para mim dizendo: ‘sim, ouvi, continue ..., mas prossegue falando com a outra pessoa”. Ouvir é uma parte muito importante da boa comunicação.

3. Compromisso – Palavra impopular nestes dias. A maioria das pessoas não está disposta a comprometer-se de forma alguma, porém, essas famílias estavam profundamente comprometidas a promover a felicidade e bem-estar uns dos outros. Quando a vida se torna tão agitada que os membros da famíliasentem que não estão passando muito tempo juntos o quanto deveriam, sentam-se e preparam uma relação de atividades nas quais todos possam estar envolvidos. Com percepção crítica organizam as prioridades a fim de reservarem mais tempo livre para a família.

4. Elevado grau de orientação religiosa – Isso harmoniza com a pesquisa realizada nos últimos 40 anos, que demonstra relacionamento positivo entre a religião e a felicidade conjugal e relacionamentos bem-sucedidos na família. Ocompromisso se torna mais profundo ao freqüentarem a igreja e participarem das atividades religiosas. É o compromisso para com o estilo de vida espiritual. Este é descrito como a conscientização de Deus que lhes concedeu senso de propósito e de apoio e fortalecimento mútuos. Essa noção de comunicação com o Poder superior ajuda-os a serem mais pacientes uns com os outros, mais perdoadores, mais prontos a eliminarem a ira, mais positivos e mais incentivadores em seus relacionamentos. Em outras palavras, simplesmente viver o cristianismo na prática diária!

5. Capacidade de enfrentar as crises de forma positiva – As crises são tratadas de forma construtiva. De alguma forma conseguem ver na situação mais negra algum elemento positivo, não importa o quão diminuto seja e concentram-se nele. Aprendem a confiarem e a contarem uns com os outros. Eles se unem e não permitem que a crise os fragmentem.

6. Admiração – Essas famílias expressam muita admiração uns pelos outros. Eles se edificam psicologicamente e dão uns aos outros muitas impressões positivas. Não há quem não aprecie estar na companhia de alguém que o ajude a se sentir bem consigo mesmo! Algumas vezes o marido prefere o ambiente do trabalho porque seus colegas o fazem se sentir melhor em relação a si mesmo do que sua esposa – sente-se mais respeitado. Infeliz-mente, a esposa não tem essa mesma possibilidade do marido e se ele não demonstrar apreciação por ela sua auto-estima míngua e morre. O filho, muitas vezes prefere passar tempo com seus colegas porque estes não o criticam da forma que seus pais fazem. A afirmação pode ser um jogo divertido na família. Tente fazer isso no culto familiar. Cada um tece algum elogio a outro membro da família. Recentemente fizemos isso em nossa família – com nossos filhos adultos, netos – e fomos profundamente tocados.

Creio que podemos encontrar esses seis princípios na Palavra de Deus. Apreciaria convidar cada um de vocês a fazerem um novo compromissohoje, de reorganizar seus valores e prioridades a fim de que nossas famílias sejam verdadeiramente “famílias de Deus”.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Estudo Bíblico Não Deixe Penina Matar Seus Sonhos




“... até a estéril deu à luz sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraqueceu”.1 Samuel 2:5

Havia um homem chamado Elcana, este tinha duas mulheres, uma era Ana e a outra era Penina. E Penina tinha filhos, porém Ana não.

Ana tinha um sonho impossível ser mãe, mas o Senhor cerrou( Deus a impedia de ter filhos) a madre de Ana.1 samuel 1.5

Sua rival Penina excessivamente a provocava, para a irritar; porque o SENHOR lhe tinha cerrado a madre. 1 Samuel 1:6

Ana vivia atribulada de espírito, seu desejo de ser mãe era muito intenso. Ana todos os anos ia ao templo oferecer sacrifício ao Senhor, orava, clamava, buscava por um milagre; mas os anos se passavam e nada acontecia e sua rival escarnecia dela.

Um dia Ana com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente.

E fez um voto, dizendo: “SENHOR dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao SENHOR o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha”. 1 Samuel 1:10-11

Passado algum tempo Deus realizou o sonho de Ana de ser mãe. Ela havia pedido um filho a Deus e Ele deu-lhe muito mais que um filho deu-lhe um profeta. O milagre foi além do que Ana pensou, ou pediu.

Mesmo passando humilhações, vergonha e dor Ana não deixou de ir ao templo, adorava ao Senhor mesmo na adversidade, quiseram matar os sonhosde Ana - Penina, a humilhava e escarnecia dela, Elcana disse-lhe: “Não te sou eu melhor do que dez filhos?” 1 Samuel 1:8; e até mesmo o sacerdote Eli E disse-lhe: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho. 1 Samuel 1:14; cada um a sua maneira,foi ferramenta para desanimar e frustrar os sonhos daquela mulher, mas ela não desistiu, perseverou até conseguir realizar seu sonho.

Amados nós estamos cercados de “Peninas”, tentando frustar, matar os sonhosde muitas “Anas.” Não importa qual o tamanho do seu sonho, nem tão pouco se ele te parece impossivel, Deus é poderoso para realizá-los e te dar muito além do que tens pedido.

Acredite tua hora chegará, persevere, ore, como fez Ana. Não deixe de ir a igreja, não pare de trabalhar para o Senhor, o adore não importando a situação ou as circunstâncias, Louve, exalte e glorifique ao Deus Todo Poderoso, nãosaia da presença D’Ele, no tempo apropriado Ele colocará em teus braços teu sonhado “Samuel.”

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Dons de Elocução

Segunda-feira, 28 de abril de 2014  ESCOLA DOMINICAL a CPAD



4 de Maio de 2014

TEXTO ÁUREO


"Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!" 

(1 Pe 4.11).




VERDADE PRÁTICA

Os dons de profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas são para edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


1 Coríntios 12.7,10-12; 14.26-32


INTRODUÇÃO

O estudo da lição desta semana concentrar-se-á nos três dons classificados como os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação das línguas. Os propósitos destes dons especiais são os de edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1 Co 14.3). Isso porque os dons de elocução são manifestações sobrenaturais vindas de Deus, e não podem ser utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim, devemos estudar estes dons com diligência, reverência e temor de Deus, para não sermos enganados pelas falsas manifestações.


I. DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10)



1. O que é o dom de profecia?
De acordo com Stanley Horton, o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma língua conhecida para quem fala e também para quem ouve, objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da mensagem. Profetizar não é desejar uma bênção a uma pessoa, pois essa não é a finalidade da profecia. Infelizmente, por falta de ensino da Palavra de Deus nas igrejas, aparecem várias aberrações concernentes ao uso incorreto deste dom. Não poucos crentes e igrejas locais sofrem com as consequências das falsas profecias. Apesar de exortar-nos a não desprezar ou sufocar as profecias na igreja local (1 Ts 5.20), as Escrituras orientam-nos a que examinemos "tudo", julgando e discernindo, pelo Espírito, o que está por trás das mensagens. Toda profecia espontânea deve ser julgada (1 Co 14.29-33).

2. A relevância do dom de profecia.
O dom de profecia é tão importante para a Igreja de Cristo que o apóstolo Paulo exortou a sua busca (1 Co 14.1). Não obstante, ele igualmente recomendou que o exercício desse dom fosse observado pela ordem e cuidado nos cultos (1 Co 14.40). Os crentes de Corinto deveriam julgar as profecias quanto ao seu conteúdo e a origem de onde elas procedem (1 Co 14.29), pois elas possuem três fontes distintas: Deus, o homem ou o Diabo. Devemos nos cuidar, pois a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, mostra ações dos falsos profetas. O Senhor Jesus nos alertou: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15). Vigiemos!

3. Propósitos da profecia.
A profecia contribui para a edificação do crente. Porém, ainda existe muita confusão a respeito do uso dos dons de elocução, e em especial ao de profecia e sua função. Há líderes permitindo que as igrejas que lideram sejam guiadas por supostos profetas. A Igreja de Jesus Cristo deve ser conduzida segundo as Escrituras, pois esta é a inerrante Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada, a Profecia por excelência, deve ser o manual do líder cristão. Outros líderes, também erroneamente, não tomam decisão alguma sem antes consultar um "profeta" ou uma "profetisa". Estes profetizam aquilo que as pessoas querem ouvir e não o que o Senhor realmente quer falar. Todavia, a Palavra de Deus alerta-nos a que não ouçamos a tais falsários (Jr 23.9-22).


II. VARIEDADE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10) 



1. O que é o dom de variedades de línguas?
De acordo com o teólogo pentecostal Thomas Hoover, o dom de línguas é "a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina". Segundo Stanley Horton, "alguns ensinam que, por estarem alistados em último lugar, estes dons são os de menor importância". Ele acrescenta que tal "conclusão é insustentável", pois as "cinco listas de dons encontradas no Novo Testamento colocam os dons em ordens diferentes". O dom de variedades de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12. 

2. Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas?
O primeiro propósito é a edificação da vida espiritual do crente (1 Co 14.4). As línguas, ao contrário da profecia, não edificam ou exortam a igreja. Elas são para a devoção espiritual do crente que recebe este dom. À medida que o servo de Deus fala em línguas estranhas vai sendo também edificado, pois o Espírito Santo o toca e renova diretamente (1 Co 14.2). 

3. Atualidade do dom.
É preciso deixar claro que a variedade de línguas não é um fenômeno exclusivo do período apostólico. O Senhor continua abençoando os crentes com este dom e cremos que assim o fará até a sua vinda. No Dia de Pentecostes, todos os crentes reunidos no cenáculo foram batizados com o Espírito Santo e falaram noutras línguas pelo Espírito (At 1.4,5; 2.1-4). É um dom tão útil à vida pessoal do crente em nossos dias quanto o foi nos dias da igreja primitiva.


III. INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)



1. Definição do dom.
Thomas Hoover ensina que a interpretação das línguas é "a habilidade de interpretar, no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas". Na igreja de Corinto havia certa desordem no culto com relação aos dons espirituais, por isso, Paulo os advertiu dizendo: "E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus" (1 Co 14.27,28). 

2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia?
Embora haja semelhança são dons distintos. O dom de interpretação de línguas necessita de outra pessoa, também capacitada pelo Espírito Santo, para que interprete a mensagem e a igreja seja edificada. Do contrário, os crentes ficarão sem entender nada. Já no caso da profecia não existe a necessidade de um intérprete. Estêvam Ângelo de Souza definiu bem essa questão quando disse que "não haverá interpretação se não houver quem fale em línguas estranhas, ao passo que a profecia não depende de outro dom".


CONCLUSÃO

Ainda que haja muitas pessoas em diversas igrejas que não aceitem a atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais - os chamados "cessacionistas" - Deus continua abençoando os crentes com suas dádivas. Portanto, não podemos desprezar o dom de profecia, o de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las. Porém, façamos tudo conforme a Bíblia: com sabedoria, decência e ordem (1 Co 14.39,40). Agindo dessa forma, Deus usará os seus filhos para que sejam portadores das manifestações gloriosas dos céus.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

DONS DE PODER




Texto Áureo I Co. 2.4,5  – Leitura Bíblica I Co. 12.4-11



INTRODUÇÃO
Os dons de poder são classificados dentro dessa categoria porque estão relacionados à manifestação de curas e milagres, através de uma fé sobrenatural. Como é peculiar dos milagres, dizem respeito à realização de maravilhas, cuja causa é Deus, que tem todo poder sobre a natureza, sendo Ele mesmo Seu Criador. Na aula de hoje aprenderemos sobre os seguintes dons de poder com base em I Co. 12.4,9,11: dom de fé, dons de curar e dom de operação de maravilhas.

1. O DOM DE FÉ
A fé, de acordo com o  autor da Epístola aos hebreus, “é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb. 11.1), e vai mais além, afirma que “sem fé é impossível agradar a Deus” (v. 6). Mas essa fé (gr. pistis) não é a fé enquanto dom, trata-se da fé enquanto aspecto do fruto do Espírito. Em Gl. 5.22, essa fé é traduzida em algumas versões como fidelidade. É uma segurança plena em Deus, mesmo diante das situações mais adversas. De modo que Moisés abandonou o Egito e não ficou amedrontado com a cólera do rei; antes permaneceu firme como quem vê Aquele que é invisível (Hb. 11.27). Essa fé também deve ser diferenciada daquela para a salvação, tendo em vista que a fé vem pelo ouvir, pela Palavra de Deus (Rm. 10.17; Ef. 2.8). A fé denominada salvífica opera para a salvação, que resulta em uma confiança na suficiência do sacrifício de Cristo (Jo. 3.16). Ainda existe a fé como conjunto de crenças, a doutrina defendida pela igreja, a ortodoxia que se diferencia da heterodoxia (I Tm. 1.19; II Tm. 2.18). A fé como dom é uma operação sobrenatural, geralmente instantânea, com vistas à operação de alguma cura ou milagre. Quando o crente recebe essa fé, tudo se torna possível, grandes coisas podem acontecer (Mc. 9.23). Essa fé independe da atuação humana, pois é totalmente dependente de Deus. Em alguma circunstância, quando Deus quer operar, Ele libera uma porção de fé sobre o cristão. Quando isso acontece, os cristãos são instrumentalizados com poder, para alterar o curso natural da realidade (Mt. 14.30; Lc. 17.3-6). Foi com essa fé que Jesus ressuscitou Lázaro (Jo. 11) e libertou a filha de uma mulher Cananéia (Mt. 15.22-28). Existe uma relação muito próxima entre a fé dom e a cura (Mt. 9.22). Jesus ressaltou, em várias ocasiões, que a fé de uma determinada pessoa resultou em cura (Mt. 8.13; 9.26-29; Mc. 5.34). Paulo também observou essa fé miraculosa, através da qual Deus fez que um paralítico andasse (At. 14.8-10).  É esse tipo de fé pela qual devemos orar, pedindo a Deus, a fim de que possamos fazer proezas para Deus (Lc. 17.3-5).

2. DONS DE CURAR
Os dons de curar (gr. charismata iamaton) são apresentados no plural no Novo Testamento grego, ressaltando, assim, que se trata de uma diversidade, mesmo entre as possiblidades de curas. Não podemos esquecer que o Espírito distribui os dons como lhe apraz. Por conseguinte, nem todos recebem os dons, e mesmo entre os que recebem os dons de cura, esse não sana todas as enfermidades. Por isso não é apropriado o crente afirmar que possui o dom de curar, pois, na verdade, o que acontece é o uso de Deus, para a cura de determinadas enfermidades. Jesus curou muitas pessoas pelo dom do Espírito Santo, mas não curou a todos e nem todas as enfermidades (Mt. 20.30-34), um exemplo disso é a cura do paralítico próximo ao tanque de Betesda (Jo. 5.1-9). A cura do corpo precisa ser percebida dentro de uma perspectiva teológica mais ampla, que envolve a glorificação do corpo, que se dará no futuro, na dimensão escatológica (I Co. 15.51-54). Ela aponta também para o passado, quando Cristo, na cruz, carregou nossas transgressões (Is. 53.4,5). Mateus, em seu relato evangélico, reafirma essa doutrina, reconhecendo que Jesus tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças (Mt. 8.16,17). Para evitar equívocos e extremos em relação às doenças e enfermidades, e não as associarmos com os pecados das pessoas, tal como fizeram alguns discípulos de Jesus (Jo. 9.1,2), precisamos saber que estamos em mundo caído (Rm. 5.12). Por essa razão estamos sujeitos às enfermidades, como qualquer pessoa que habita essa terra. Existem casos de doenças decorrentes do pecado (Tg. 5.14-16), mas não podemos fazer generalizações, tal como os amigos de Jó, afirmando que ele adoeceu por causa do pecado, tal pensamento foi repreendido por Deus (Jó. 42.7). Há também enfermidades causadas por operações malignas, mas isso também não é regra geral (Lc. 13.16; At. 10.38). Em termos práticos, o dom de cura pode ser manifesto por meio da oração da pessoa enferma, dos membros da igreja (Tg. 5.16), e pela imposição de mãos (Mc. 16.18). Reafirmamos, como temos feito ao longo destes estudos, que os dons de curar nada têm a ver com técnicas medicinais. Por outro lado não devemos nos apor à intervenção médica, o próprio Jesus ressaltou a importância dos médicos para os doentes (Mc. 2.17). Ninguém deve ser estimulado a abandonar um tratamento médico sem que a cura seja clinicamente atestada. Esse cuidado evita frustrações posteriores, principalmente escândalos dentro e fora da igreja. Ao mesmo tempo, enquanto oramos pelos enfermos, entregando-os nas mãos de Deus, para serem curados, assumimos, com fé, que Jesus é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb. 13.8).

3. DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS
O dom de operação de maravilhas (gr. energemata dynameon) está relacionado à operação de milagres. Este, por sua vez, é um evento ou efeito no mundo físico, que não se coaduna às leis da natureza ou que sobrepuja o conhecimento de tais leis. Os milagres de Jesus chamavam a atenção daqueles que os testemunhavam (Mt. 9.33; Mc. 4.41). O Senhor enviou Pedro ao mar, para fisgar um peixe, e ao abri-lo, em conformidade com a palavra, retirou uma moeda da boca do peixe (Mt. 17.27). Paulo também foi usado por Deus para realizar maravilhas, as enfermidades fugiam das suas vítimas e os espíritos malignos se retiravam das pessoas oprimidas (At. 19.11,12). Os milagres são sinais, eles apontam para o caráter messiânico de Cristo, para demonstrar que Ele é o Senhor, principalmente o Salvador da humanidade. Os milagres não são espetáculos, não devem ser usados para ganhar dinheiro, muito menos para fazer publicidade. O objetivo central dos milagres é a glorificação de Deus, no Seu filho Jesus Cristo (Jo. 14.12,13). ). Lucas testemunha que o ministério de Cristo foi aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais (At. 2.22). Quando os milagres apontam para Cristo, as pessoas glorificam a Ele, se voltam para adorá-LO, reconhecendo-O como Senhor e Salvador (Lc. 19.37). Os missionários experimentam com poder a operação de maravilhas, os sinais tendem a acompanhar aqueles que se dedicam à evangelização (Mc. 16.15,16). Por isso Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários (At. 19.11). Os milagres, durante a vida ministerial, comprovam que o Pai está em Cristo, e que Cristo está conosco (Jo. 10.38). O espanto decorrente dos milagres pode servir para que as pessoas se voltem para Deus (Mc. 7.37), assim ocorreu quando Jesus ressuscitou o filho da viúva de Naim (Lc. 7.11-16). Muitos creram no Senhor por meio dos milagres realizados pelos apóstolos (At. 9.32-32). A pregação do reino de Deus deve anteceder a ministração da cura, nunca o contrário como fazem alguns pregadores televisivos (Mt. 10.7,8).

CONCLUSÃO
A igreja evangélica precisa despertar para o valor desses dons de poder: fé para realizar milagres, dons de curar para libertar os enfermos e operações de maravilhas. Todos esses dons têm como objetivo precípuo a adoração a Deus, glorificar o Filho, Jesus Cristo, por meio de quem realizamos proezas para Deus, também nos dias atuais (Jo. 14.12). Para tanto, devemos pedir ao Senhor uma fé sobrenatural, a fim de que possamos realizar grandes coisas para Deus.

COMO SABER SE UMA PROFECIA, VISÃO, REVELAÇÃO, VEM DE DEUS?



 
"Naqueles dias, adoeceu Ezequias de morte, e o profeta Isaías, filho de Amoz, veio a ele e lhe disse: Assim diz o Senhor: Ordena a tua casa, porque morrerás e não viverás.(...) E Ezequias disse a Isaías:
Qual é o sinal de que o Senhor me sarará e de que, ao terceiro dia, subirei à Casa do Senhor?"
(2º REIS 20: 1,8)
 
Impressiona como Ezequias, mesmo tendo a certeza que Isaías era um profeta da parte de Deus, ele ainda lhe pede um sinal. O povo de Deus não pode dizer "amém" pra tudo o que ouve, mas ficar vigilante, até mesmo com os profetas reconhecidos como homens e mulheres de Deus!
 
Um certo pastor, bastante experiente, me disse que de cada 100 profecias faladas nas igrejas, 90 vêm do homem, e somente 10 são de Deus! Espanto? Não está fora da realidade! Vasculhe os arquivos de sua memória, e tente se lembrar de quantas profecias e revelações você recebeu, e quantas delas você pode dizer: "-Aquela pessoa veio de Deus!" Está difícil de lembrar? Este assunto é muito sério, e por isso  devemos estar atentos.
 
Quando alguém se dirigir a você com profecias e/ou revelações,
fique alerta com as seguintes cautelas:
 
- Quando Deus fala... Ele não deixa dúvidas, medo ou insegurança. Não é esta a função de uma revelação de Deus. Se o Senhor nos requer fé, não é justamente Ele que irá nos deixar atribulados! Para confirmar a revelação ou profecia, Ele usa outra pessoa, e mais outra, e mais outra, até você ter tanta certeza, que fica impossível você pensar que não foi Deus quem falou com você. Lembre-se sempre disso: Mesmo que seja uma dura exortação, você sabe perfeitamente que Deus falou com você! Já vi pessoas saírem de vigílias, reuniões de oração, turbadas, amedrontadas, tentando lembrar o que fizeram de errado para Deus ser tão duro com elas. Com toda certeza, se Deus falou algo naquela reunião, não foi para ela!!! "Deus não é Deus de confusão"(1º Coríntios 14:33)
 
- Quando Deus fala... Não é para exaltação de profeta, glórias para o ser humano, ou porque fulano é um ungido de fogo, vaso de azeite, etc. Deus pode usar uma pessoa - que tem o dom - tendo ela pouco tempo no Evangelho, mas que tem compromisso com Deus! Deus pode te falar sem precisar ter um auditório ouvindo, em microfones, em alto volume, exaltando você ou o profeta. Deus não precisa de platéia! Todavia, cuidado com profetas que não te entregam revelação na frente de outras pessoas. Do tipo: "-Depois vai lá em casa que eu tenho algo de Deus para te entregar!" Fofoca santa não existe! Afinal, se a revelação vem de Deus, o que a deixaria insegura de entregar próximo de outras pessoas?! Isso, é porque se a tal revelação não se cumprir, você não terá uma testemunha que confirme. Ou supostamente para falar mal da outra pessoa que estava junto com você, o que a Bíblia condena! Quando você ver estas atitudes, este tal "profeta" que você conhece não passa de um fofoqueiro!  
 
- Quando Deus fala... É com clareza, com nitidez, pra você entender. Profeta nenhum pode alegar que você não entendeu porque você está"na carne". Se você não entender, e o tal profeta te disser isso, quem está na carne é ele! Ora, se você estiver mesmo "na carne", como ele te julga, então porque DEUS falaria com você?!?! As coisas de Deus são claras! Profeta não pode falar "mistérios" e você ter que se desdobrar para entender algo que foi dito pra você entender!
 
"Eis que te digo assim que ripalabashaiguinontrosodo....."
 
E o profeta, em tom arrogante, olhar altivo, lhe diz:
 
"-Entendeu aí, varão?...Nãããooo??? Fica ligado...Fica ligado..."
 
O apóstolo Paulo deixou claro:
 
"Assim, também vós, se, com a língua, não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se
entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar....Todavia eu antes quero
falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligênciapara que possa também
instruir os outrosdo que dez mil palavras em língua desconhecida"(1º Corintios 14:9,19)
 
Deus jamais irá confundir a sua vida em nada. Coloque uma coisa na sua cabeça: Se DEUS se dispôs a falar com você, como ele poderia deixar você confuso ou com dúvidas?! Se Deus quer te falar algo, é porque Ele quer falar com você! Nós fomos criados a imagem e semelhança de Deus. Quando você quer falar algo com alguém, alertar ou advertir, você com certeza fará o máximo para ser bem claro com aquela pessoa, não é verdade?! Agora imagine Deus, o teu Criador, querendo falar algo para você! E outra: usando um ser humano igual a você!!!
 
Portanto, tome bastante cuidado com estes "profetas" que mais julgam, do que profetizam. Veja o que a Palavra de Deus nos alerta, através do apóstolo Paulo:
 
“Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro
evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema”(Gálatas 1:8)
 
Paulo adverte que ainda que ELE MESMO ou até mesmo um anjo do céu pregar outro evangelho, que seja anátema - expulso do vosso meio. Ou seja, Paulo não atribui nem a ele uma obediência cega, sem base no Evangelho de Cristo.
 
Cuidado com pessoas que se intitulam "de Deus", querendo ensinar o que eles não sabem nem para eles. Falam com arrogância, desprezo, brutalidade, etc. Em 1º Coríntios 13 nos é ensinado:
 
"Ainda que eu fale a lígua dos homens e dos anjos, tenha a fé
que transporta os montes, se não tiver amor, de nada valeria".
 
Por isso, é responsabiblidade do cristão obediente, ler e estudar as Escrituras com afinco, afinal, ele vai estar obedecendo ao Senhor Jesus, que ordenou em João 5:39"Examinai as Escrituras".
 
Bom lembrar dos crentes bereanos, de Atos 17:11, em que tudo que Paulo e Silas pregavam, eles conferiam com as Escrituras, e assim aceitavam. E a bíblia diz que eles foram mais nobres que os de Tessalônica, porque receberam a palavra.
 
"Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado
receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim"(At 17:11)
 
A credibilidade cega é fruto de manipulações, sem livre-arbítrio, característico na maioria das seitas diabólicas. O líder ou suposto "profeta" é visto como alguém superior, melhor que as outras pessoas, e o que ele falar é "Deus falando", independente de estar ou não de acordo com as Escrituras Sagradas.
 
Identificamos essas manipulações, quando estes "vasos" e "profetas" não dão respostas satisfatórias, e dizem que é "pecado" questionar, perguntar alguma coisa, pois o certo é "somente obedecer!" Os versículos bíblicos são isolados, não são claros (podendo ter significado para outros assuntos). Ou seja, nunca há uma base bíblica concreta.

Em Jonestown, no ano de 1978, o pastor Jim Jones fez 900 pessoas tomarem veneno, dizendo ser uma "ordem de Deus". E todos eles tomaram. E tanto o líder quanto os seguidores acreditavam piamente estarem fazendo algo para Deus! Isso é o pior do fanatismo! Certa vez uma irmã me perguntou: "-Pastor, será que algumas destas revelações são combinadas?" E eu respondi: "-Antes fosse! Talvez assim depois alguém descobrisse ou houvesse algum arrependimento por parte de quem o fez. Mas é pior: Acreditam com toda certeza queDeus está falando. Este é o grande problema!" Lembre-se: Em qualquer "revelação", "visão" ou "profecia", sempre haverão questionamentos e dúvidas. Perguntar, ter dúvidas, não é pecado! Jesus, o Filho de Deus, nunca se negou a responder a quem o questionasse:
 
"E, respondendo alguns dos escribas, disseram: Mestre, disseste bem.
E não ousavam perguntar-lhe mais coisa alguma"(Lucas 20:39,40)
 
O líder, profeta, ou seja lá quem for, que é (ou deveria ser) um homem de Deus, não pode criar confusões com invejas, ciúmes de púlpito, intrigas, não tratar o próximo com desprezo, não falar mal dos outros, não responder com brutalidade, atitudes estas que não revelam os frutos do espírito e nem a sabedoria que do alto vem.
 
"Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidäo de sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coraçäo, näo vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa näo é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica"(Tiago 3:13-15)
 
E por mais que um uma pessoa lhe entregue mil revelações e todas elas se cumpram! Mesmo que esta pessoa ore e paralíticos andem, mortos ressucitem, esta pessoa não deixará de ser um "ser humano", capaz de errar, pecar, falhar, como qualquer um outro. Isso é mostrado na vida de Pedro, um dos discípulos de Jesus:
 
"Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos,
dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Responderam eles: Uns dizem que
é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas. Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue
que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus". (Mateus 16:13-16)
 
nesta mesma passagem que tem por título "A confissão de Pedro", veja o que aconteceu logo após Pedro ter recebido este elogio:
 
"Desde então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que era necessário que
ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes,
e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse. E Pedro, tomando-o
à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Tenha Deus compaixão de ti, Senhor; isso
de modo nenhum te acontecerá. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim,
Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são
de Deus, mas sim nas que são dos homens". (Mateus 16:21-23)
 
Por diferença de minutos, Pedro é elogiado por Jesus, por o reconhecer como o Cristo, o Filho do Deus vivo. E logo depois dá lugar ao diabo, a ponto de Jesus dizer "Para trás de mim, Satanás..." Num momento, o homem é usado por Deus poderosamente. E se der brecha, pode também ser poderosamente usado pelo diabo! E, como vimos, isso não requer muito tempo!


"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demónios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci, apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade".
(Mateus 7:22)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Jesus, o Cordeiro de Deus



"Sacrifícios e ofertas tu não quiseste, mas um corpo tu tens preparado para mim; em todos os holocaustos e sacrifícios pelo pecado tu não tens tido prazer. Então eu disse: Eis que me agrada fazer a tua vontade, ó Deus (no rolo do livro está escrito a meu respeito)" [Traduzido da Septuaginta*] (Salmo 40.6-8 – 1000 a.C.).

"Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados" (Hebreus 10.10-14).

Neste artigo, você terá que usar toda a sua capacidade intelectual, porque os argumentos e a lógica que esses estudiosos do Velho e do Novo Testamentos usam para apresentar o Messias como uma pessoa divina que se revestiu de um corpo humano, em certo ponto da História, são tão profundos e tão fascinantes que você não desejará perder qualquer nuance de seu significado.

Deus se Torna "Carne"

Para muitos adoradores dedicados do Deus Jeová, é a própria essência da blasfêmia dizer que houve uma época em que Ele se revestiu de um corpo humano e viveu aqui na terra como homem por um período de tempo. No entanto, existem profecias específicas no Velho Testamento que indicam que muitas coisas aconteceriam quando o Messias viesse à terra.
O Salmo 40 é uma dessas passagens proféticas as quais aludem à encarnação, dizendo que Deus não tem alegria real em holocaustos e sacrifícios, mesmo que eles tenham sido os meios ordenados por Ele para tratar com o pecado e suas conseqüências na época do Velho Testamento. O salmista predisse que haveria uma época quando Deus não exigiria mais sacrifícios. Haveria uma época quando Deus prepararia um corpo para o Seu Prometido que haveria de vir e fazer a vontade de Deus na terra. Já temos visto através de muitas profecias que Aquele que haveria de vir não é ninguém, senão o próprio divino Messias de Israel.
Uma interpretação judaica muito antiga no Midrash sobre a genealogia do Messias faz uma referência ao Salmo 40, e diz que o próprio Messias está falando através do salmista. O escritor da epístola aos Hebreus cita da Septuaginta grega o texto do Salmo 40.6-8, e o usa como base para o clímax do seu argumento a fim de convencer os seguidores hebreus de Jesus de que a Sua morte sacrificial cumpriu e, portanto, anulou o sistema mosaico de sacrifícios de animais.

Nenhum Sacrifício É Necessário Agora

É impossível para nós, hoje em dia, percebermos o impacto total causado por uma afirmação como essa sobre pessoas cujas vidas se desenvolviam em torno do sistema de sacrifícios de animais e do perdão temporário de pecados que por eles obtinham. A fim de crerem nessa verdade de que os sacrifícios de animais não precisavam mais ser oferecidos, o escritor de Hebreus tinha que lhes apresentar uma prova muito convincente de que isso era de fato assim, partindo da própria Escritura que eles conheciam.
Um dos principais argumentos que ele usa é o Salmo profético de número 40, o qual está centralizado no fato de que Deus prepararia um corpo para Aquele que viria para fazer a vontade de Deus. Como já era de se esperar, existe uma disputa acirrada sobre a frase do Salmo 40 que diz: "...um corpo tu tens preparado para mim." No texto hebraico oficial, o masorético, esse texto diz outra coisa: "Tu abriste meus ouvidos". No entanto, a Septuaginta, a versão grega do Velho Testamento (250 a.C.), traduz a frase como "um corpo tu tens preparado para mim."
A melhor evidência disponível indica que ambas as traduções são bem antigas e genuínas. Então, por que há diferenças entre elas?
A melhor explicação é que os homens que traduziram o Velho Testamento hebraico para a Septuaginta grega, por volta de 200 a.C., parafrasearam o significado dessa porção do Salmo 40. Esse tipo de paráfrase é conhecida como targumizar, e era uma prática comum de tradução de escritos bíblicos. A paráfrase não nega o significado das palavras originais; ela apenas coloca o sentido do texto em expressões idiomáticas ou conceitos que são mais familiares à audiência da época.
Esse é o caso da frase "abrir ou perfurar as orelhas de alguém". A frase está relacionada com a submissão completa e voluntária de alguém a outra pessoa. A idéia é expressa esplendidamente em Êxodo 21.2-6, onde se discute o caso de um escravo que ama seu mestre e se voluntaria para ser seu escravo durante toda a vida. Moisés instrui o mestre a perfurar a orelha do escravo com um objeto pontiagudo, de tal forma que isso permaneça como um sinal de que ele voluntariamente decidiu servi-lo durante toda a vida.
Assim, o perfurar ou traspassar de uma orelha era um sinal e um símbolo da apresentação voluntária de si mesmo como escravo eterno. Essa idéia foi interpretada e parafraseada na Septuaginta pelos estudiosos do hebraico como "preparaste um corpo para mim", porque essa era a idéia grega que correspondia a total submissão, e com tal expressão os leitores gregos da Septuaginta estariam bem mais familiarizados.

O Sacrifício Que Satisfez

Se o Messias deveria vir e habitar em um corpo especial que Deus havia preparado para Ele, qual seria o propósito de tal feito?
Existem muitas facetas conectadas à resposta dessa pergunta. No entanto, o objetivo primário da encarnação era que Deus pudesse colocar sobre Ele, um homem sem pecado, os pecados de toda a humanidade. Então, o corpo desse homem especial, separado por Deus como cumprimento docordeiro sacrificial, poderia sofrer a penalidade do pecado que é a morte, de tal maneira que Deus poderia aceitar Sua morte como substitutiva de cada homem que cresse em sua eficácia a seu favor.
Isso é o que Isaías tinha em mente quando profetizou que "o Senhor fez cair sobre ele (o Messias) a iniqüidade de nós todos" (Is 53.6). Isso também é o cerne de tudo o que os escritores do Novo Testamento ensinaram sobre o papel de Jesus como "o Cordeiro de Deus". Pedro escreveu: "...sabendo que não foi mediante cousas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como decordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos por amor de vós..." (1 Pe 1.18-20).

Sacrifícios Inerentes ao Judaísmo

O conceito de um substituto sacrificial pelos pecados de outro estava inerente ao judaísmo antigo, ainda que não seja predominante no judaísmo de hoje. Os antigos expositores rabínicos podiam claramente entender a mensagem do Salmo 40, de que holocaustos e sacrifícios de animais não eram o plano desejado e final de Deus em Suas tratativas com os pecados do homem.
O escritor do livro de Hebreus, um homem totalmente imerso em todos os ensinos do judaísmo, realmente mostrou que os sacrifícios de animais da lei mosaica eram inadequados:
"Ora, visto que a lei (de Moisés) tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das cousas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente eles oferecem. Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados? Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos, porque é impossível que sangue de touros e de bodes remova pecados" (Hb 10.1-4).
A lógica aqui é irrefutável. Se os sacrifícios de animais realmente pudessem perdoar pecados, as pessoas não teriam necessidade de serem continuamente relembradas de que seus pecados eram somente temporariamente cobertos pelos sacrifícios de animais. Era necessário haver um sacrifício que não somente cobrisse o pecado, mas que o destruísse, de uma vez para sempre, deixando de ser uma barreira entre o homem e Deus.

Os Bens Vindouros

Quando o escritor de Hebreus disse que a lei era somente uma sombra dos "bens vindouros" e não a sua realidade, ele estava pensando na solução permanente que Deus havia planejado, a de trazer Seu Cordeiro-Messias a este mundo, e, de uma vez por todas, julgar o pecado no Seu sacrifício substitutivo. O plano de Deus era acabar com todo o sistema de sacrifícios e de satisfação diária de Sua justiça ofendida pelo homem; e, ao fazê-lo, acabar também com a necessidade da lei externa e ritualística de Moisés.
Já que o Messias de Deus, Jesus, cumpriu o Seu papel como Aquele que leva o pecado do mundo, Deus agora está livre para perdoar os pecados dos homens puramente na base da fé deles nesse sacrifício permanente. Ele pode agora escrever as Suas leis divinas nos corações dos homens; Ele pode vir e viver dentro deles na pessoa do Seu Santo Espírito, e assim capacitar os homens a obedecerem às Suas leis motivados pelo amor e pela gratidão.
Jesus, o Messias, era "o bem" vindouro. Como o salmista disse a respeito dEle: "Oh! provai, e vede que o Senhor é bom" (Sl 34.8).
* A Septuaginta é a versão do Velho Testamento hebraico para o grego, que foi feita por setenta e dois estudiosos rabínicos. A obra de tradução foi completada no ano 250 a.C.

Fonte: ajesus.com.br








Não sejamos ignorantes acerca dos que dormem



“Não sejamos ignorantes” – “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também cremos que aos que dormem em Jesus, Deus os trará com Ele” (cf. 1Ts.4:13,14). Não podemos enfrentar a morte como aqueles que já perderam a esperança. Sabemos que os que já dormiram em Cristo serão ressuscitados para a vida eterna. Essa é a grande esperança pela qual vive o cristão (cf. 1Cor.15).

Paulo inicia o verso 15 dizendo que não queria que os seus leitores fossem ignorantes sobre aqueles que dormem, ou seja, os mortos ("não quero que sejais ignorantes acerca dos que já dormem"), o que significa que ele não queria que os tessalonicenses não tivessem em conta o estado dos mortos, mas que eles tivessem conhecimento, para que não fossem ignorantes (i.e, não instruídos, sem conhecimento). Estranho o apóstolo não querer que eles ficassem sem conhecimento sobre os que dormem, e mesmo assim não dizer absolutamente nada sobre eles estarem no Céu! Desse modo, eles continuariam na ignorância sobre os que dormem!

Se Paulo não queria que eles fossem ignorantes sobre os mortos ele certamente teria dito aquilo que é a base de toda a doutrina imortalista: que os que morreram já estão no Céu, assegurados entre os salvos. Isso sim, além de tirar os tessalonicenses da ignorância, ainda serviria como uma boa base de consolo a eles, que era o objetivo do apóstolo (cf. 1Ts.4:18).

Contudo, nada é nos dito sobre eles já estarem salvos no Céu, mas tudo aquilo que eles precisavam saber sobre os que dormem a fim de serem consolados é que eles um dia irão ressuscitar, e que haverá o reencontro entre eles e nós nos ares. Uma concepção totalmente holista da natureza humana, onde somente nos reencontramos com nossos entes queridos na volta de Cristo, onde os mortos somente voltam à vida na ressurreição, e onde a única esperança e fonte de consolo é a expectativa pela da ressurreição da vida.

Seria um absurdo que Paulo, que não queria que seus leitores fossem ignorantes acerca dos que dormem, não dissesse nada sobre eles já estarem no Paraíso, caso eles lá estivessem. Não ser “ignorante” significa exatamente a falta de conhecimento, sabedoria e instrução sobre determinado tema. Então, após insistir que os tessalonicenses não tivessem falta de conhecimento ou instrução sobre os seus parentes falecidos, ele esclarece a situação deles sem dizer nada que os mortos já estivessem no Céu.

Ora, se os mortos já estivessem no Céu então Paulo teria deixado os tessalonicenses continuarem na ignorância, que era exatamente aquilo que Paulo estava lutando contra! Em termos simples, ele estaria dizendo para que “não fossem ignorantes” e depois tê-los deixado continuarem na ignorância! O mesmo apóstolo Paulo escreveu aos coríntios que acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (cf. 1Co.12:1). A mesma coisa que Paulo disse aos tessalonicenses sobre os mortos ele disse aos coríntios sobre os dons espirituais: que não queria que eles ficassem na ignorância. Então, o que ele faz em seguida?

Ele realmente não queria que eles tivessem falta de conhecimento a respeito de nada sobre os dons espirituais, e lhes fala tudo: fala sobre os dom de línguas (cf. 12:10), sobre o dom de sabedoria (cf. 12:8), sobre a palavra de conhecimento (cf. 12:8), sobre o dom de cura (cf. 12:9), sobre o dom da fé (cf. 12:9), sobre o dom de operação de milagres (cf. 12:10), sobre o dom de discernimento de espíritos (cf. 12:10), sobre o dom de variedades e de interpretação de línguas (cf. 12:10), sobre a diversidade de dons (cf. 12:4), sobre a diversidade de ministérios (cf. 12:5), sobre a diversidade de operações (cf. 12:6), sobre as manifestações do Espírito (cf. 12:7), sobre que nem todos tem os determinados dons (cf. 12:28-30), fala mais um capítulo inteiro sobre o dom de línguas (cap.14), fala quais são os dons de edificação coletiva (da Igreja) e quais são os dons de edificação pessoal (cf. 14:4), sobre quais são os dons maiores e quais são os dons menores (cf. 12:1,39), fala que o espírito dos profetas está sujeito aos profetas (cf. 12:32); enfim, fala sobre TUDO! Paulo realmente não queria que eles continuassem na ignorância!

Igualmente, ele fala que “não quero que sejais ignorantes acerca dos que dormem” (cf. 1Ts.4:13), ou seja, sobre aqueles que já morreram, mas não fala nada sobre eles já estarem no Céu, não fala nada sobre a imortalidade da alma, não fala nada sobre religação de corpo com alma na ressurreição, não fala nada sobre “almas” ou “espíritos” subsistindo à parte do corpo, não faz descrição nenhuma e nem qualquer menção do “estado intermediário”, e a sua única fonte de consolação a eles é voltada inteiramente e unicamente na ressurreição dos mortos, sem mencionar absolutamente nada daquilo que os imortalistas pregam!Parece até que ele queria que os tessalonicenses continuassem na ignorância!

E o mesmo apóstolo ainda diz: “... para que não vos entristeçais como os demais, que não tem esperança” (v.13). Por que Paulo diz isso? Porque, para algumas pessoas, a morte era o fim total da vida e nunca mais eles voltariam a viver um dia. Essas pessoas não tinham mais esperança nenhuma. Inscrições em túmulos e referências na literatura demonstram que os pagãos daquela região encaravam com pavor a morte, considerando-a o fim de tudo, para sempre. Paulo, contudo, não queria que os tessalonicenses fossem como essas pessoas. Consolou-lhes dizendo que não deviam ser como tais que não tinham mais esperança nenhuma.

Para o verdadeiro cristão, a morte não é o fim para sempre. A Bíblia nos traz a realidade da ressurreição no último dia, quando os mortos serão vivificados (cf. Jo.6:39,40; 5:28,29; 1Co.15:22,23). E é exatamente isso que Paulo escreve aos tessalonicenses: a morte não é o fim completo, existe ressurreição! Da mesma forma que Cristo ressurgiu, os mortos também ressurgirão um dia. Os outros não tinham mais esperança nenhuma por acreditarem que os mortos nunca mais viveriam, mas Paulo faz a ressalva de que ainda existe a esperança de alcançarem a ressurreição na vinda de Cristo.

Os outros não tinham mais esperança, mas Paulo lhes trazia uma esperança: a esperança de ressurgir dentre os mortos no último dia. Paulo não queria que os tessalonicenses se entristecessem, não porque os que “dormem” já estivessem no Céu, mas porque existia a esperança da ressurreição na volta de Cristo. É evidente que ele realmente não os deixou na ignorância, assim como na carta aos Coríntios em que ele não queria que fossem ignorantes nos dons espirituais e não os deixa na ignorância disso, pelo contrário, passa a expor-lhes detalhadamente a questão.

Da mesma forma, com os tessalonicenses ele disse absolutamente tudo aquilo que eles precisavam saber com respeito aos que já dormiram para que eles não continuassem na ignorância; ou seja, que eles iriam ressuscitar, passando a expor-lhes em detalhes como se dariam os eventos finais da ressurreição, pois isso é tudo o que é necessário para o cristão saber. O evangelho bíblico é algo realmente muito simples: você morre e só volta ao estado de vida na ressurreição, essa é a consolação do cristão, e tudo o que o crente precisa saber sobre os mortos é que eles voltarão à vida quando Cristo voltar e nos tomar com Ele.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Verdades e Mitos Sobre a Páscoa




Nesta época do ano celebra-se a Páscoa em toda a cristandade, ocasião que só perde em popularidade para o Natal. Apesar disto, há muitas concepções errôneas e equivocadas sobre a data.

A Páscoa é uma festa judaica. Seu nome, “páscoa”, vem da palavra hebraica pessach que significa “passar por cima”, uma referência ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento quando o anjo da morte “passou por cima” das casas dos judeus no Egito e não entrou em nenhuma delas para matar os primogênitos. A razão foi que os israelitas haviam sacrificado um cordeiro, por ordem de Moisés, e espargido o sangue dele nos umbrais e soleiras das portas. Ao ver o sangue, o anjo da morte “passou” aquela casa. Naquela mesma noite os judeus saíram livres do Egito, após mais de 400 anos de escravidão. Moisés então instituiu a festa da “páscoa” como memorial do evento. Nesta festa, que tornou-se a mais importante festa anual dos judeus, sacrificava-se um cordeiro que era comido com ervas amargas e pães sem fermento.

Jesus Cristo foi traído, preso e morto durante a celebração de uma delas em Jerusalém. Sua ressurreição ocorreu no domingo de manhã cedo, após o sábado pascoal. Como sua morte quase que certamente aconteceu na sexta-feira (há quem defenda a quarta-feira), a “sexta da paixão” entrou no calendário litúrgico cristão durante a idade média como dia santo.

Na quinta-feira à noite, antes de ser traído, enquanto Jesus, como todos os demais judeus, comia o cordeiro pascoal com seus discípulos em Jerusalém, determinou que os discípulos passassem a comer, não mais a páscoa, mas a comer pão e tomar vinho em memória dele. Estes elementos simbolizavam seu corpo e seu sangue que seriam dados pelos pecados de muitos – uma referência antecipada à sua morte na cruz.

Portanto, cristãos não celebram a páscoa, que é uma festa judaica. Para nós, era simbólica do sacrifício de Jesus, o cordeiro de Deus, cujo sangue impede que o anjo da morte nos destrua eternamente. Os cristãos comem pão e bebem vinho em memória de Cristo, e isto não somente nesta época do ano, mas durante o ano todo.

A Páscoa, também, não é dia santo para nós. Para os cristãos há apenas um dia que poderia ser chamado de santo – o domingo, pois foi num domingo que Jesusressuscitou de entre os mortos. O foco dos eventos acontecidos com Jesusdurante a semana da Páscoa em Jerusalém é sua ressurreição no domingo de manhã. Se ele não tivesse ressuscitado sua morte teria sido em vão. Seu resgate de entre os mortos comprova que Ele era o Filho de Deus e que sua morte tem poder para perdoar os pecados dos que nele creem.

Por fim, coelhos, ovos e outros apetrechos populares foram acrescentados ao evento da Páscoa pela crendice e superstição populares. Nada têm a ver com o significado da Páscoa judaica e nem da ceia do Senhor celebrada pelos cristãos.

Em termos práticos, os cristãos podem tomar as seguintes atitudes para com as celebrações da Páscoa tão populares em nosso país: (1) rejeitá-las completamente, por causa dos erros, equívocos, superstições e mercantilismo que contaminaram a ocasião; (2) aceitá-las normalmente como parte da cultura brasileira; (3) usar a ocasião para redimir o verdadeiro sentido da Páscoa.

Eu opto por esta última.

Quem pode tomar a Santa Ceia?

  De acordo com a Bíblia, se você é salvo, você pode tomar a Santa Ceia.   Cada um deve examinar a si mesmo antes de participar da Santa Cei...