segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A Parábola de Jesus Sobre Remendo Novo, Veste Velha


“Ninguém deita remendo de pano novo, em veste velha, porque semelhanteremendo rompe a veste e faz-se maior a rotura” Mt 9:16
Quando Jesus falou sobre veste e remendo, Ele estava diante de alguns discípulos de João Batista que o interrogavam sobre jejum. A necessidade de tal pratica também era observada com afinco pelo clero fariseu. Antes de proferir essa parábolaJesus havia se deparado com fariseus e escribas criticando seu modo de viver: “ Por que come vosso mestre com os publicanos e pecadores? (Mt 9:11) Ele blasfema (Mt 9:3), rogaram para que Jesus se retirasse de seu território ( Mt 9: 34)". Imaginar Jesus salvando vidas com todo amor e bondade de Sua alma e recebendo olhares e palavras ríspidas como recompensa.  Mas Ele não desistia, nem se intimidava com a perseguição, muito pelo contrário, todo o tempo possível era usado para curar corações. Pessoas, vidas, esse era o maior alvo do Mestre.

Costureiras sempre dizem que é mais fácil e prático fazer uma peça nova do que concertar uma antiga. Remendos são soluções provisórias para prolongar a vida útil de uma veste e a palavra grega usada por Jesus sobre remendo foi“Agnaphos”, indicando um tipo de tecido inacabado, de algodão e fibrasainda desalinhadas. Ou seja, um tecido que  precisaria de retoques especiaispara poder ser utilizado e nunca em veste velha, caso contrário, com a subsequente lavagem, ou mesmo com a força da linha de costura, o rasgo se tornaria ainda maior. A fraqueza do tecido velho, não suportaria a junção e resistência do novo. Que significado teria essa parábola de Jesus?

Interessante perceber a referência ao tipo de tecido usado para remendo e a contextualização da conversa que girava em torno de fariseus e discípulos de João batista: “ Podem porventura andarem tristes os filhos das bodas , enquanto o esposo está com eles? Dias, porém virão, em que lhes será tirado o esposo, então jejuarão. Ninguém deita remendo  de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste e torna ainda maior a rotura” Mt 9: 15:16. O tecido novo  era o próprio Jesus, a Nova Aliança da graça e a roupa velha, era a lei, todo o sistema religioso que dominava os fariseus, escribas e religiosos da época que não compreendiam os requisitos para o Novo Reino: arrependimento, perdão, novo nascimento.

Jesus estava com eles, e Ele era maior que toda e qualquer regra, a santidade consistia em se aproximar Dele e recebê-Lo no coração como novo homem, com nova vida. Era impossível seguir Jesus e continuar servindo ao antigo sistema de obras e tradições. A Nova Aliança, era aquele tecido inacabado, porque Jesusainda seria morto e ressuscitaria para cumprir definitivamente o plano salvífico. Os filhos das bodas eram os discípulos. Jesus o esposo, O noivo que seria tirado, ou seja, após a ressurreição, seria elevado ao céu (Atos 1:9) paraaguardar o cumprimento dos tempos. Apesar da comparação entre antiga e nova aliança, veste velha e remendo novo, Jesus aponta para um futuro em que os corações dos homens seriam comparados a vestes novas, brancas, completas, sem remendos. Uma transformação possível através da fé e não de tradições. Do amor, e não da religião. Da graça que se cumpre com a ação do Espírito santo em nós, pecadores como Saulo que se fez Paulo. Eis o reino de vestes que não precisariam de remendos.

Pode-se fazer uma comparação fiel entre a parábola de Jesus e esses versos de Efésios:
E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza. Mas vós não aprendestes assim a Cristo,  Efésios 4:17-20

O velho homem, de vestes velhas.

É vaidoso, ignorante, duro de coração, separado de Deus, enganado quanto a si mesmo, voltado para imoralidade e sem sentimento.

E quando observei o significado real de “sem sentimento”, pude compreender melhor o estado do homem que vive sem Cristo.  “Sem sentimento” é a traduçãopara “parar de vigiar, de se preocupar”.  A veste velha é como esse homem que se acostuma ao pecado e já não liga mais para o que Deus pensa sobre ele. Se perde o temor, o amor e procura agradar somente a si mesmo. Os remendos surgem com muitas cores e tamanhos: “idas a igrejas, vida fora de suspeita, evangelho vivido de forma emocional , superficial, mas nada de transformação, de rasgar as antigas vestes e vestir as novas para aguardar a volta do Noivo”.

Sinceramente temi por minha vida ao fazer esse estudo. Temi por não querer me tornar essa veste velha, acostumada com o pecado e enganada sobre mim mesma. Porque a lei, a letra, os costumes, matam o amor e a fé, esfriam o relacionamento com Cristo Jesus. Quero muito ser como uma noiva preparadapara receber O noivo, vigiando e procurando agradar a Deus acima de tudo.

Que possamos compreender e viver o que Jesus
 nos ensinou.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS

Lição 08


                               Texto Áureo  II Tm. 2.15  – Leitura Bíblica  I Tm. 2.1-18

INTRODUÇÃO
Nesta seção da II Epístola de Paulo a Timóteo, somos instruídos pelo Apóstolo a viver em santidade, fundamentados na Palavra. Veremos na aula de hoje que Paulo orienta Timóteo a ser obreiro aprovado, e que não tenha do que se envergonhar. Em seguida, faz a distinção entre os obreiros que honram e desonram o trabalho de Deus, comparando-os a vasos de ouro, prata, madeira e barro. Ao final, faz advertências a Timóteo, bem como à Igreja, para que não se envolvam em questões loucas, e contendas que a nada levam, e que não resultam em edificação.

1. OBREIRO APROVADO POR DEUS
Paulo é um exemplo de obreiro aprovado por Deus, isso porque suporta todas as coisas por amor dos eleitos (II Tm. 2.10). Uma das características primordiais de um obreiro aprovado é sua disposição para sofrer por causa de Cristo e Sua igreja, uma demonstração de amor ao evangelho (II Co. 11.16-23; Rm. 8.35-39). Essa é uma mensagem que contradiz a doutrina triunfalista comumente apregoada nos arraiais evangélicos. Há pastores que não querem mais se sacrificar pelo rebanho. Diferentemente destes, Paulo está disposto a suportar todas as coisas a fim de que, por meio de seu ministério, as pessoas sejam salvas eternamente em Cristo (II Tm. 2.11-13). O obreiro dedicado a Deus não pode fugir da sua responsabilidade, deve ser fiel, mesmo diante das perseguições, pois o Deus a quem servimos permanece fiel, em todas as circunstâncias. É preciso ter cuidado para não se envolver em discussões loucas, contendas desnecessárias, totalmente inúteis (II Tm. 2.14). Existem obreiros que estudam, mas tão somente para demonstrar erudição, sem compromisso com a verdade exarada na Palavra de Deus. O conhecimento bíblico-teológico é fundamental ao exercício do pastorado, mas não deve ser instrumento de arrogância. Os falsos mestres que se infiltraram em Éfeso, como alguns que conhecemos atualmente, debatam assuntos que desconhecem, e que não estão revelados nas Sagradas Escrituras. Para demonstrarem uma espiritualidade superior, arrogam sobre si um conhecimento especial, sem qualquer fundamentação bíblica. O obreiro aprovado por Deus maneja bem a palavra da verdade, ele não apenas conhece o texto bíblico, mas sabe também interpretá-lo, sem deturpar o conteúdo da mensagem (II Tm. 2.15, 16).

2. VASOS DE HONRA E DESONRA NA IGREJA
O Senhor conhece aqueles que são seus, existem muitos supostos mestres que andam pelas igrejas, que advogam serem conferencistas, mas na verdade não passam de enganadores. Uma das marcas dos verdadeiros mestres é a santidade, eles se apartam da injustiça e vivem para a glória de Deus (II Tm. 2.18,19). Como em uma mesma casa existem vasos de ouro e prata, bem como de madeira e barro, entre os obreiros existem aqueles que são para honra, e outros para desonra. A característica de um vaso de honra na casa de Deus é a pureza, a santificação, diferentemente daqueles que vivem na hipocrisia, e se entregam à lassidão moral (I Co. 15.33). Paulo dá uma orientação específica para Timóteo: “Fuja, porém, dos desejos da juventude, e vá pós a justiça, a fé, o amor, a paz com aqueles que invocam o Senhor de coração puro” (II Tm. 2.22). Os jovens pastores, ao que tudo indica, são mais susceptíveis às tentações, por isso devem ter cuidado redobrado. Satanás tentou a Cristo, de igual modo tentará distanciar os obreiros da comissão para a qual foram chamados. Mas como o Senhor poderemos vencer através da Palavra de Deus (Mt. 4.1-4), por meio dela fugiremos da tentação do prazer desenfreado, do poder descontrolado, e das possessões terrenas. Infelizmente muitos obreiros estão se deixando levar pelas propinas do Diabo, alguns deles justificam a desonestidade tratando o pecado com naturalidade. A hipocrisia está solapando o meio evangélico, há líderes que censuram determinadas práticas mundanas, mas dentro da igreja são vasos de desonra. Pastores que amam o presente século, que se dobram diante de Mamon, o deus deles não é o da Bíblia, mas o próprio ventre. O evangelho de Jesus Cristo tem sido deturpado por causa de alguns pastores televisivos, que por se encontrarem em evidência, passam para a sociedade um modelo de cristianismo que nada tem a ver com Cristo.

3. CONTENDAS DESNECESSÁRIAS
Em seguida Paulo instrui Timóteo a rejeitar as questões insensatas e ignorantes, isso porque servem apenas para gerar contendas desnecessárias. Existem falsos mestres na igreja que semeiam intrigas entre os irmãos, fundamentando-se em revelações particulares, distanciadas da Palavra. É preciso ter cuidado com o experiencialismo que predomina em algumas igrejas evangélicas, principalmente entre os pentecostais. Há crentes que não leem a Bíblia, não frequentam a Escola Dominical, não querem saber da doutrina e instrução na Palavra. Esses se tornam alvos fáceis dos falsos mestres, e geralmente disseminam heresias no seio da congregação. Ainda por cima arvoram serem mais espirituais do que os outros, alguns querem até ter maior autoridade que os ministros da igreja. Ao contrário da arrogância demonstrada por esses, os crentes devem ser amáveis com todos, qualificado para ensinar, paciente ante as injúrias, e que com mansidão devem corrigir os oponentes. Não adianta entrar em discussões infindas, que não levam à edificação espiritual, às vezes é melhor calar (II Tm. 2.23,24; I Pe. 2.21-24). É possível que, através de um comportamento de mansidão, até mesmo os falsos mestres venham a se arrepender dos seus procedimentos. Não podemos perder a esperança de conduzir as pessoas a Cristo, principalmente porque existem pessoas que estão sendo enganadas, e que se forem alertadas a tempo poderão abandonar o erro. Essas pessoas precisam ser constantemente advertidas, é importante que frequentem os trabalhos de ensino da igreja. Mas é necessário fazê-lo com cautela, com sólida formação bíblica, e equilíbrio espiritual, caso contrário, há o risco de se deixar conduzir por aqueles que apregoam doutrinas falsas.

CONCLUSÃO
Por causa do evangelho Paulo passou por adversidades, mas não fez concessões em relação ao conteúdo da mensagem. O exemplo do Apóstolo deve servir de motivação para todos os obreiros que desejam ser aprovados por Deus. Tal aprovação depende de uma vida alicerçada na Palavra de Deus, demonstrada em santificação. Uma vida piedosa poderá surtir efeito até mesmo entre os opositores. Na medida em que vivemos com amabilidade, poderemos conduzir alguns a Cristo, principalmente aqueles que estão sendo vítimas do engano.



Consumidores de Bênçãos


João 6.25-34
Em muitos lugares, as igrejas se tornaram como shopping centers e os cristãos se transformaram em consumidores. As pessoas vão às igrejas não motivadas pelo seu envolvimento com a pessoa de Jesus; mas pelo desejo de adquirir as bênçãos que Jesus pode dar.
Houve uma distorção do significado da fé bíblica. As pessoas, equivocadamente, pensam que fé é o poder sobrenatural que deve ser usado para conseguir dinheiro, casamento, emprego, estudo, prosperidade financeira e coisas do tipo; e que as pessoas devem ir à igreja para exercitarem a fé e conseguirem todas essas bênçãos. Entretanto, de acordo com a Bíblia, a fé genuína não está necessariamente relacionada com a aquisição de nenhuma dessas coisas. Se fosse assim, então os macumbeiros, os bruxos e os feiticeiros seriam pessoas cheias da fé bíblica.
Segundo a Bíblia, a fé está ligada ao seu relacionamento com Jesus, à maneira como você o vê, se aproxima dEle, se entrega a Ele e é mudado por Ele. Fé é deixar de lado os interesses pessoais e abraçar os interesses de Cristo; é abrir mão da própria vontade e realizar a vontade de Jesus; é deixar de buscar as coisas para si mesmo a fim de buscar o que Jesus deseja; é morrer para si mesmo a fim de viver para Deus.
É sobre isso que lemos em João 6.25-34. Portanto, já que a fé, segundo a Bíblia, é um envolvimento com a pessoa de Jesus, que conseqüências isso nos traz?
Devemos abandonar essa postura de buscadores de bênçãos
Os buscadores de bênçãos não estão tão interessados na pessoa de Jesus; eles estão interessados naquilo que Jesus pode fazer por eles. O buscador de bênçãos é como aquela pessoa que vai a uma loja fazer compras: ela não quer saber se o dono da loja está bem ou mal, feliz ou triste, com saúde ou doente. O seu interesse não é relacionado ao dono da loja, mas sim com o produto que o dono oferece. Assim também é o buscador de bênçãos: ele não quer nem saber de Jesus, só quer conseguir as suas bênçãos. Mas como identificá-los?
1. O buscador de bênçãos só corre atrás dos sinais
Ele sempre e UNICAMENTE corre atrás dos sinais, das maravilhas, dos milagres, dos eventos poderosos e dos moveres sobrenaturais. Toda a sua vida cristã é vivida SOMENTE em torno da busca de coisas novas, experiências “extravagantes” e bênçãos maravilhosas. Por isso, ele não consegue se firmar em uma única igreja. Ele está sempre “borboletando” em várias igrejas em busca de coisas cada vez mais surpreendentes.
Se, por exemplo, ele ouve que em determinada igreja está acontecendo uma campanha de oração por casamento, ele deixa de participar da sua comunidade para ir atrás da bênção; se em um certo local as pessoas estão caindo no chão de tanto rir, então ele vai passar um tempo nesse local; se ele ouve que em outra comunidade várias pessoas estão ganhando dinheiro, ele abandona a sua igreja e começa a participar dessa outra comunidade.
Era isso o que acontecia com aquelas pessoas que estavam seguindo a Jesus. Elas não se importavam com Ele nem se interessavam em colocar em prática os seus ensinamentos. Elas o seguiam apenas para terem experiências novas e diferentes. Num determinado momento, elas seguiam a Jesus por causa das curas que ele fazia e, em outro, iam atrás dele por causa dos sinais miraculosos (João 6.2;23).
2. O buscador de bênçãos só corre atrás da satisfação pessoal
Ele está preocupado UNICAMENTE consigo mesmo e com a satisfação dos seus desejos. Para ele, Deus é como o gênio da lâmpada mágica; alguém que está sempre disponível para satisfazer cada um dos seus desejos pessoais. A pergunta do buscador de bênçãos é apenas uma: “O que EU POSSO ganhar se começar a seguir a Jesus e se começar a freqüentar aquela igreja?” Se alguém lhe responder que os seus problemas vão ser resolvidos, que ele vai se sentir mais amado, que ele vai ser promovido na empresa, que ele se tornar um empresário, que ele vai prosperar nos negócios, então, rapidamente, ele decide seguir o que lhe foi apresentado.
Aqueles homens e mulheres que estavam seguindo a Jesus tinham essa mesma mentalidade consumidora. E Jesus sabia que era isso que estava acontecendo. Por isso Ele afirmou, no versículo 26: “A verdade é que vocês estão me procurando não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram SATISFEITOS.” Elas não tinha qualquer fé em Jesus. O que as motivava era a idéia capitalista de que seguir a Jesus poderia ser um bom negócio, uma boa fonte de renda e de prazeres consumistas.

Quem pode tomar a Santa Ceia?

  De acordo com a Bíblia, se você é salvo, você pode tomar a Santa Ceia.   Cada um deve examinar a si mesmo antes de participar da Santa Cei...