sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Orar no monte ou na igreja faz com que a oração tenha mais poder?


Você Pergunta: Tenho alguns amigos que gostam muito de orar no monte. Segundo eles orar lá no monte é diferente, é algo muito mais poderoso do que orar apenas em casa. Eu gostaria de saber se isso existe mesmo, se a oração feita em um monte ou na igreja tem mais força que a oração feita em casa, por exemplo.

Caro leitor, muito oportuna sua pergunta, já que hoje está voltando com muita força uma prática de tempos atrás, onde as pessoas afirmavam que orações feitas no monte são diferentes, são mais poderosas e até mais ouvidas por Deus do que orações feitas em outros lugares.
Mas será que isso é bíblico? Vamos analisar e compreender a questão:

A oração em regiões de montanhas era muito comum entre o povo judeu, principalmente por causa da geografia de seu território que favorecia tal prática devido à quantidade de montes. Outro fator interessante foram as grandiosas coisas que Deus fez e que envolviam os montes. Por exemplo, os dez mandamentos foram dados a Moisés no Monte Sinai. Elias venceu os 450 profetas de Baal no Monte Carmelo, quando Deus mandou fogo do céu ali. O templo de Salomão também foi construído nas regiões montanhosas de Jerusalém. Vemos também Jesus várias vezes usando os montes como local de suas orações: “E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada [ já ] a tarde, estava ali só.” (Mt 14. 23)

Por esses e outros motivos, os montes aparecem na Bíblia com muita frequência relacionados a momentos especiais e poderosos de comunhão com Deus. Parece óbvio entender que, por causa desses fatos bíblicos, os montes teriam “algo de especial” para oferecer em termos de comunhão com Deus e poder. É o que muitos entendem e, por esse fato, estão sempre buscando montes para orar tentando alcançar um poder maior em suas orações. Já vi muitos pastores na Internet e na TV coletando nomes para levar ao monte a fim de interceder e prometendo mais poder nesse tipo de oração.
Porém, a Bíblia não aponta que lugares concedam mais poder a oração. Ou seja, não há nada na Bíblia que diga que no meu quarto a oração é mais fraca do que em um monte. Ou que se eu orar na igreja minha oração será atendida, mas se eu orar na sala de casa não será.

Interessante notar que quando Jesus orientou seus discípulos a respeito da oração usou a figura do quarto como exemplo de um bom lugar para orar: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt 6. 6). É evidente que Jesus não estava aqui apontando que lugares conferem poder a oração. Ele estava tratando o caráter de comunhão e verdade entre o que ora e Deus. E também estava cutucando os hipócritas que oravam com o fim de serem vistos e tratados como mais espirituais que os outros. O foco de Jesus era a forma correta de orar e não lugares. Apesar de gostar de orar no monte e em lugares solitários, Jesus nunca atribuiu poder aos lugares, mas ao exercício da fé dos que oravam.

Só a título de curiosidade temos registrado na Bíblia orações em diferentes lugares: No cenáculo (At 9.40); A beira mar (At 20.36-38); Dentro da água (Lc 3.21); No terraço de uma casa (At 10.9). Também podemos destacar que a oração modelo dada por Jesus, o Pai Nosso, não apresenta indicações de lugares para ser realizada.

Dessa forma, concluímos que lugares não conferem qualquer status de poder a oração. É obvio que lugares proporcionam experiências melhores ou piores para alguma prática. Por exemplo, andar de carro é definitivamente melhor em um autódromo que em uma rua esburacada. Assim, montes e outros lugares cercados de natureza, proporcionam uma atmosfera de paz e tranquilidade que favorece a nossa comunhão com Deus e nosso foco. Mas esse fato não determina que uma oração seja ou não “forte”.

A oração sincera de uma pessoa a de Deus, independente de lugar, será ouvida pelo Senhor, que decidirá e dará sempre a última palavra em sua resposta. Como nos disse bem Tiago: “…Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tg 5:16).


Fonte:Postado por . 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Estudo Bíblico Vida Espiritual do Casal



"E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus , em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor do Senhor" Ef 55:18-21 

Quando falamos de vida espiritual nos referimos a uma obra que é realizada pelo o Espírito Santo de Deus. (Jo 3:3). Conforme o profeta Ezequiel profetizou Deus estaria trocando o coração duro do homem por um coração de carne e poria neles seu Espírito (Ez 36:26). Assim, podemos entender que é o Espírito de Deus quem aplica a obra redentora no homem (arrependimento, fé, regeneração, santificação – cf. Jo 16:8; Rm 5; 8:26 ). Somente os que andam no Espírito vivem  a plena vida que Cristo tem a oferecer aos que o aceitam como Salvador.

A forma como o casal conduz sua vida espiritual determina assim seu grau de maturidade e comunhão com Deus. Percebemos que apesar de viverem debaixo do mesmo teto, muitos casais estão vivendo níveis diferentes na vida espiritual o que tras em muitos momentos dificuldades no relacionamento e nas atividades cotidianas. As prioridades passam a ser diferentes, o modo de encarar a vida também tem outro sentido. Além disso, nota-se que não há a preocupação do cônjuge Ter uma experiencia profunda com Deus.

Uma vida espiritual precisa ser marcada então pelo enchimento do Espírito, e é com base no que o apostolo Paulo nos falou é que vamos abordar então sobre a vida espiritual. Enchei-vos do Espírito, esta é a exortação. Vejamos o que Paulo quer nos ensinar com isto. Antes porém, é bom que considere-se quatro ressalvas:

- Ser Cristão verdadeiro não é uma garantia de que o casamento e a vida familiar darão automaticamente certo.
- Ser cristão comprometido com os padrões bíblicos pode trazer dificuldade ainda maiores ao casamento.
- Casamento e criação de filhos não são assuntos á parte de nossa fé.
- O conceito bíblico de casamento é único e diferente de todos os demais.

Assim podemos entender que não é somente ser crente que as situações se resolverão da noite para o dia. Na realidade passamos por um processo, onde o Espírito Santo vai trabalhando em nossas vidas nos preparando para a eternidade (II Co 3:18). Neste caminhar necessitamos várias vezes de nos enchermos do Espírito do Senhor.

I – COMO CASAL SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO?

Para o apóstolo Paulo existem três passos necessários para obedecermos ao imperativo: Louvando ao Senhor de Coração v.19;  Agradecendo por tudo ao Senhor v.20 e Sujeitando-nos uns aos outros no temor de Cristo v.21. Ser cheio do Espírito Santo não é apenas falar em línguas. O crente cheio do Espírito Santo demonstra na sua vida “marcas” que comprovam sua vida transformada. Assim sendo, ser cheio do Espírito Santo inclui:

a) Uma vida de louvor a Deus v.19 - Em
Jo 4:23 temos a orientação sobre a verdadeira adoração. Adorar a Deus deve ser uma atitude baseada na verdade e conduzida pelo Espírito. Somente aqueles que tem o Espírito podem verdadeiramente adorar a Deus. Desta mesma forma,  o louvor a Deus deve ser uma atitude conduzida pelo Espírito. Não sou eu quem determino como devo louvar a Deus. É Deus que estabelece critérios sobre o louvor que Ele recebe.  Deus é digno de louvor – 1 Cr 16:25; O louvro  Deve estar continuamente em nossa vida Sl 34:1;  Devemos estar na presença de Deus com louvor Sl 100:4; Deus deve ser louvado pelo que é – Sl 147:1; Devemos sermos como crianças a fim de que nosso louvor seja autêntico e sincero diante de Deus – Mt 21:16. Não podemos esquecer que também devemos oferecer sacrifícios de louvor (Hb 13:15), ou seja fruto dos nossos lábios que confessam que Cristo é Senhor.

b) Uma vida de gratidão a Deus v.20 - Um coração marcado pelo Espírito de Deus é grato. Sabe reconhecer as dádivas que vem de Deus e também aquilo que as pessoas fazem por ele. No mundo, onde o egoísmo e o individualismo impera, a gratidão é cada vez mais rara. Devemos aprender a sermos agradecidos
(Cl 3.15,16). Ser grato a Deus é saber agradecê-lo provisão (Mateus 6:11,30-34), pela proteção sobre sua vida (Sl 91:1; Ed 8:31) pela salvação (Rm 3:24,25).

c) Uma vida de submissão a Deus e ao próximo v.21 - Paulo escrevendo aos Filipenses diz: nada façais por contenda ou por vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo; (2.3). Este texto é bem claro em dizer que o crente deve aprender a se submeter ao próximo. Esta submissão não é escravidão. Ela representa o ato de servir, de não querer ser mais que o outro, de ver no próximo alguém semelhante.  É o Espírito de Deus que nos capacita a viver assim. Portanto, é preciso abrir “espaço” em seu coração para que cheio do Espirito de Deus você seja capacitado a respeitar e submeter ao próximo. Onde praticamos esta sujeição mútua?

- Na igreja v.
18–21; 
- Na Família 5:22 a 6:4;
- No trabalho 6:5-9

Observe que aqui o apóstolo afirma que uma vida cheia do Espírito é marcada pelo louvor, a gratidão e pela sujeição mútua. Entendemos então que ser cheio do Espírito não é apenas falar em línguas,ou pregar bem ou orar fervorosamente. A atuação do Espírito de Deus na vida do casal pode se evidenciar nestes pontos apresentados por Paulo e são características que demonstram a importância de um caráter transformado por Deus.

Portanto, o ensino de Paulo sobre o casamento e a família (e também sobre nossos relacionamentos no trabalho) é a continuação explicativa do mandamento “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”, que por sua vez é uma explicação do mandamento principal enchei-vos do Espirito.

II – FAMÍLIA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO

Paulo em Ef 5:22 ss esta tratando com maridos, mulheres , pais e filhos quanto aos seus deveres mútuos, passando-lhes instruções que devem controlar esses relacionamentos. Toda exortação de Paulo quanto ao procedimento do casal esta baseada num imperativo: ser cheio do Espirito. Assim, no relacionamento familiar saudável deve o Espirito de Deus Ter primazia para que assim haja a plenitude da ação de Deus. Lares onde o Espirito de Deus não tem liberdade são marcados por tristezas, problemas no relacionamento, visto que suas vidas estão vivendo longe do verdadeiro conhecimento de Deus.

Tratando especificamento da questão da sujeição na família podemos verificar as seguintes questões:

- O amor do marido pela esposa, seguindo o modelo de Cristo é sacrificial;
- Santifica e cuida da esposa
- É sublime porque é figura do amor de Cristo pela igreja

Quem alcança estas atitudes demonstra Ter na sua vida o Espírito de Deus e cumpre o mandamento da sujeição. Em resposta a uma atitude madura e provedora do homem Paulo demonstra que a mulher tem como resposta o respeito e a submissão ao esposo. É importante ressaltar que num mundo onde os papeis (não as pessoas) de homem e mulher não são mais caracterizados, a bíblia tras uma forte enfase sobre como devem andar enquanto casal que possuem vida espiritual.

Esta atitude promovera o lar e trará oportunidades de crescimento tanto nas áreas do sentimento como também na fé.

III- IMPLICAÇÕES DE UMA VIDA ESPIRITUAL DO CASAL

Uma vida do casal onde ambos são cheios do Espirito e procuram viver nessa dimensão tras diversos beneficios:

a) Proporciona a ambos a oportunidade de amadurecerem juntos na fé.
b) Representa a formação de uma herança espiritual para sua família (filhos)
c) Fortalece o relacionamento
d) Cria ambiente para ministrarem um ao outro (oração, consolo, exortação, ensino, etc...).
e) É um discipulado permanente no lar (um aprendendo com o outro) a como seguir a Cristo
f) Renova as forças da casal nas diversas áreas de suas vidas.

Conclusão:
A palavra enchei-vos esta no tempo verbal que indica três coisas importantes.
- Esta no imperativo passivo – isto indica que a ação de encher não é nossa e sim do Espirito de Deus. Cabe-nos abrir nosso coração para que o Senhor nos encha. É uma atitude de disposição que Deus exige de nós.
- Esta no plural – ou seja, é para todos serem cheios
- É uma ordem (imperativo) isto indica que não é uma opção e sim uma ordem.

Cabe a você hoje abrir seu coração pois Deus quer te encher.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O Diabo Pode Tocar em um Homem de Deus?



Pode o crente ficar possuído por demônio? ou Pode um crente ficar possesso, endemoninhado?

Bem, ao tratar deste assunto, o qual deve ser ponto de dúvida de muitos outros, o tratarei levando em conta, não crentes nominais, denominacionais ou meramente religiosos, mas sim, levando em conta, os verdadeiros homens de Deus, os quais entenderam a mensagem do Evangelho (que Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e por essa razão foi crucificado e, posteriormente, ressuscitou) e, recebendo tão maravilhosa revelação, se converteram a Jesus Cristo, arrependidas de seus pecados.

Que minhas explanações a seguir venham a revelar minha posição (e, segundo creio, posição bíblica) a respeito do assunto aqui referido.

1 – O verdadeiro crente é propriedade exclusiva de Deus – 1 Pe. 2.9.

Se é exclusiva, só Deus tem direito de usufruto desta propriedade. Só Deus tem o direito sobre a vida do verdadeiro crente.

Deus tem lavrada uma Escritura, onde está escrito, com o sangue de Jesus, que TODO VERDADEIRO CRENTE É PROPRIEDADE EXCLUSIVA DE DEUS.

2 – O verdadeiro crente é selado com o Santo Espírito da promessa – Ef. 1.13.

Se um selo real, de um mero mortal, não podia ser violado; o que se dirá do selo de Deus? Quando nossos inimigos espirituais tentam investir contra o verdadeiro crente, eles logo vêem o Selo de Deus, e tremem. O Selo Real está impresso na alma do verdadeiro crente e de forma alguma pode ser violado. O verdadeiro crente é marcado com o próprio Espírito de Deus.

3 – O verdadeiro crente é Santuário de Deus; local onde Deus habita – 1 Co. 3.16-17; 6.19.

Se Deus está habitando a “Casa”, então não há lugar para o Diabo e/ou demônios.

2 Co. 6.14-16
também traz luz sobre esta questão para nós:

“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse:

Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”.

O texto garante que:

“Não há comunhão há da luz com as trevas”;
”Não há harmonia, entre Cristo e o Maligno”.

Mas, também assevera que:

”Não pode haver sociedade entre a justiça de Deus e a iniquidade do mundo”; “Não pode haver união entre crente e incrédulo”; “Não pode haver ligação entre o santuário de Deus e os ídolos falsos”. O verdadeiro crente observa estas coisas como uma ordenança do Senhor e não como um ponto de vista de Deus, o qual pode ser contrariado.

E, temos que lembrar o que a Escritura diz, em 1 Samuel 15.22-23:

“Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra?

Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitais a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti”.

A desobediência à Palavra de Deus tem o mesmo peso de se praticar feitiçaria. E nós sabemos com quem a feitiçaria tem parte neste mundo – Satanás.

O verdadeiro crente busca obedecer a Deus em tudo e não apenas no que lhe convier. Quem procede desta forma, será guardado de toda investida do Diabo e/ou de seus demônios. Contra este, todas as investidas malignas, serão frustradas.

4 – O verdadeiro crente, portanto, tem dentro de si, Aquele que é maior do que o diabo – 1 Jo. 4.4.

Como um mais fraco poderá render ao mais forte, sendo o mais forte Deus?Jesus conta que para um valente venha a tomar uma casa, ele tem que ser mais valente que o que já está na casa –  Lucas 11.21-22.

Maior é o que está dentro do verdadeiro crente do que o que está fora dele. Como o Diabo e/ou seus demônios poderão saquear a “casa” onde Deus está? Satanás que está fora de mim, não pode em nada contra Deus que está dentro de mim.

O verdadeiro crente não pode ser possesso porque o Espírito de Deus habita dentro dele. O Diabo e/ou os demônios não podem entrar nele porque Deus está dentro dele.

5 – O verdadeiro crente tem autoridade e poder sobre o diabo e sobre os demônios – Lc. 10.17-19.

E, para quem tenha alguma dúvida se este poder é para todos os que crêem – Mc. 16.17-18.

Como pode alguém ficar possesso por alguém sobre quem tem autoridade e poder, no Nome de Jesus, para submeter?

Ao verdadeiro crente foi concedido poder e autoridade sobre o Diabo e os demônios. Os agentes do mal não só, não podem tomar a vida do verdadeiro crente, como, por ele (o verdadeiro crente) eles (os agentes do mal) ainda são repreendidos e expulsos das pessoas que estão sob sua possessão. Em meu nome (disse Jesus) expulsarão demônios.

O verdadeiro crente exclama com a mesma alegria dos 70 ao retornarem da missão para a qual foram enviados:

“Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome” – Lucas 10.17.

6 – Quanto ao verdadeiro crente, o Maligno não o toca – 1 Jo. 5.18.

Se Deus guarda o verdadeiro crente, como o Maligno poderia penetrar-lhe o corpo?

Escute esta verdade:
Quanto ao verdadeiro crente, o Diabo e/ou seus demônios não podem tocá-lo de forma espontânea; Sim, os agentes do mal não têm liberdade para tocar um verdadeiro filho de Deus.

Pois Deus é quem o guarda.

Por favor, não me venham dizer que o Diabo tocou a Jó como bem quis e quando bem quis.

O Diabo não pôde tocar em nada de Jó nem em Jó senão sob a permissão de Deus, pois Deus havia cercado Jó, a casa de Jó e tudo que Jó possuía, com uma “cerca” de poder espiritual –
Jó 1.10.

Não vamos tratar aqui sobre o por quê De Deus ter permitido a Satanás tocar em Jó; no entanto, uma coisa é certa, Satanás entendia que quem está “cercado” por Deus, ele não tem livre acesso. Deus guarda o verdadeiro crente e o Maligno não o toca.

Qual é a advertência bíblica quanto aos cuidados que devemos ter com o Diabo e os demônios?

1 – Nunca deixe a “Casa” vazia, abandonada – Mt. 12.43-45.

O que isto tem a ver com o assunto. Tudo, pois fala sobre possessão demoníaca. Qual é a advertência então?

Certamente, esta passagem pode ser dirigida à pessoa que experimentou uma mudança de vida quando creu em Jesus Cristo através do Evangelho.

Aqui se aplica a verdade que “aquele que está em Cristo é uma nova pessoa; as coisas antigas passaram e tudo se fez novo” – 2 Coríntios 5.17.
Pois fala de “casa varrida/limpa” = Purificação de pecados; Também, purificação do coração, da mente, em relação à sujeira que se alojou em nós, provenientes dos valores e princípios do mundo que jaz na maldade;

Fala de “casa ornamentada” = Fala de uma nova “decoração”; Novos valores e princípios, agora, relativos ao Reino dos Céus.

Então, qual é o problema desta “casa”?

O problema é que ela está vazia, abandonada.

E o que isto quer dizer? O que significa?

A – Significa que não podemos nos afastar da presença de Deus.
Sim, fomos salvos pela graça de Deus para andarmos no Caminho da Graça sem jamais retrocedermos dele.

Deixar a “casa” vazia é negligenciar tão grande salvação.

Hebreus 2.1-3:
“Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?”

B – Significa que não devemos abandonar a “Casa do Pai”. Hebreus 10.25:

“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.

O crente que negligência as “coisas” de Deus e não desenvolve a sua salvação -
Fp. 2.12-16, corre o risco de retroceder até que se perca novamente.

Aí o segundo estado dele será pior do que o primeiro –
2 Pe. 2.20-22.

Lembremo-nos que quando o Espírito Santo se apartou de Saul (o oposto é verdadeiramente o causador – Saul foi se apartando do Espírito Santo), o demônio se apossou dele – 1 Samuel 16.14.

Antes que alguém venha sugerir que tanto o Espírito de Deus quanto o espírito maligno são enviados por Deus, afirmo, com certeza, de que, na questão de Saul, ao deixá-lo o Espírito do Senhor, Deus o deixou à mercê dos demônios.

Creio que Paulo entendeu isto e tratou do mesmo jeito ao jovem que tinha relações ilícitas com a mulher de seu próprio pai:

“Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai.

E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou?

Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja, em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus” – 1 Coríntios 5.1-5.
Se a pessoa resiste a Deus em relação à Palavra de Deus e à ação do próprio Espírito de Deus, então que ela seja exposta ao Diabo e seus demônios para ver se dessa forma ela cai em si e retorne ao Salvador.

A conivência e a tolerância jactanciosa para com o pecado na “Casa de Deus” se torna pedra de tropeço e espaço para o Diabo fazer maior estrago.

E, como o juízo começa pela “casa” de Deus – 1 Pedro 4.17.

A verdade é, que onde Deus não está, a “casa” fica exposta aos espíritos malignos.

O que fazer, então, para estarmos sempre seguros em Cristo e vencermos o maligno?

- O verdadeiro crente deve manter a “casa” sempre cheia do Espírito:
- Todo verdadeiro crente deve sempre ser cheio do Espírito Santo -
Ef. 5.18;
- Deve, todos os dias, andar no Espírito Santo – Gl. 5.16;
- Deve viver, constantemente, no Espírito Santo – Gl. 5.25;
- Deve frutificar o fruto do Espírito Santo – Gl. 5.22-23;
- Deve orar, em todo o tempo, no Espírito Santo – Ef. 6.18.

2 – Não menospreze Satanás, mas também não o superestime; apenas tenha o devido cuidado – 1 Pe. 5.8.

Se o Diabo e/ou qualquer demônio não podem possuir um verdadeiro crente, eles, então, vão buscar persuadi-lo a abrir a guarda.

Guarda aberta, o que mais poderá acontecer dependerá de até onde tal crente se afasta do centro da vontade de Deus.

O grande pregador Charles Haddon Spurgeon disse certa vez:
“O Diabo está por perto e não são poucos os que estão com ele”.

No entanto, não devemos temê-los. Pois maior é o que está em nós e conosco, e mais poderosos são os que estão a nosso favor, do que os que estão contra nós.

Prestemos atenção à posição “geográfica” espiritual de que Pedro está falando:
“O Diabo, vosso adversário, anda em derredor”.

O verdadeiro crente se posiciona no centro da vontade de Deus e, este fato, se dá, pelo testemunho de obediência, à Palavra de Deus, dado por ele.

Ao redor do verdadeiro crente tem um outro “pelotão”:
“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem (os que verdadeiramente temem a Deus; ou seja, os verdadeiros crentes) e os livra”.
Salmo 34.7:

O Diabo e seus demônios têm um limite para se aproximarem dos verdadeiros crentes e, é, ao derredor, ou seja, só após a linha, a cerca, ocupada pelos anjos de Deus.

Para o Diabo e/ou qualquer de seus demônios possam atingir de forma mais objetiva a vida de um verdadeiro crente, sem a permissão de Deus, como no caso de Jó, eles (o Diabo e os seus demônios) precisam seduzir e atrair o verdadeiro crente para fora da vontade de Deus e para além da linha salvaguardada pelos anjos de Deus.

Por isso, o Diabo e sua corja, vivem andando ao derredor enquanto lançam seus dardos inflamados sobre os verdadeiros crentes; dardos estes que os verdadeiros crentes podem neutralizar pela fé obediente à Palavra de Deus – Efésios 6.16.

- Portanto, devemos ser sóbrios e vigilantes, pois o diabo é astuto e ardiloso.
- Devemos resistir ao Diabo e, então, ele fugirá de nós – Tg. 4:7;
- Devemos, também, nos revestir de toda a Armadura de Deus para podermos ficar firmes contra as ciladas do Diabo – Ef. 6:11;
- Mas, acima de tudo, temos que estarmos fortalecidos no Senhor e na força do seu poder – Ef. 6:10.

A que conclusão chego com tudo isso?
Chego à conclusão de que o verdadeiro crente não pode ser possesso por demônio enquanto anda na luz onde o Senhor na luz está.

Baixando a guarda e se afastando das coisas de Deus, o Diabo vai conseguir produzir alguma ingerência sobre tal crente descuidado e conformado com o mundo caído, buscando fazer dele um tropeço enquanto continua buscando afastá-lo completamente do “arraial” de Deus, quando poderá devorá-lo.

Fora do “arraial” de Deus, a situação de tal crente poderá se tornar à semelhança da situação de Saul, quando se afastou de tal maneira de Deus que o Espírito Santo o deixou e a “casa” ficou vazia e à mercê de salteadores que buscam um covil para se esconderem.

Portanto, sejamos sóbrios e vigilantes, para que, a nossa situação espiritual, no Senhor, não seja invertida.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 11 - Revista da CPAD - ADULTOS


A Organização de Uma Igreja Local

13 de Setembro de 2015

TEXTO ÁUREO
“Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei” (Tt 1.5).

VERDADE PRÁTICA
A igreja local deve subordinar-se à orientação de Deus, através de sua Palavra, que é o “Manual de Administração Eclesiástica” por excelência.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Tito 1.4-14.
4 — a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.
5 — Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei:
6 — aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes.
7 — Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
8 — mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante,
9 — retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.
10 — Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão,
11 — aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância.
12 — Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos.
13 — Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé,
14 — não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.

INTRODUÇÃO
Com esta lição estaremos iniciando o estudo da Epístola de Tito. Timóteo recebeu a incumbência de exortar uma igreja que estava sofrendo com os ataques dos falsos mestres. A missão de Tito era semelhante a de Timóteo, mas com um encargo a mais, que foi o de estabelecer presbíteros, “em cada cidade”, pondo “em ordem” a Igreja. Paulo mostra, na Carta a Tito, que não era apenas pregador, ensinador e “doutor dos gentios”, mas também um administrador eclesiástico.

I. A EPÍSTOLA ENVIADA A TITO

1. O intento da Epístola.
Qual era o principal propósito da Epístola de Tito? O objetivo de Paulo era dar conselhos ao jovem pastor Tito a respeito da responsabilidade que ele havia recebido. Tito recebeu a incumbência de supervisionar e organizar as igrejas na ilha de Creta. Paulo havia visitado a ilha com Tito e o deixou ali com esta importante incumbência (v.5).

2. Data em que foi escrita.
Acredita-se que foi escrita no ano de 64.d.C., aproximadamente. A carta a Tito foi escrita na mesma época da Primeira Carta a Timóteo. Provavelmente foi redigida na Macedônia, durante as viagens que Paulo fez quando esteve sob a custódia dos romanos.

3. Um viver correto.
Como ministro do evangelho, Paulo exige ordem na igreja e que os irmãos vivam de maneira correta, santa. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, a ilha de Creta era conhecida pela preguiça, glutonaria e maldade de seus habitantes. Ao aceitar a Cristo como Salvador, o novo convertido torna-se santo pela lavagem da regeneração do Espírito (Tt 3.5), por meio da Palavra de Deus (Ef 5.26). A santificação é também um processo gradual e contínuo que conduz ao aperfeiçoamento do caráter e da vida espiritual do crente, tornando-o participante da natureza divina (2Pe 1.4). Sem a santificação, jamais alguém verá a Deus (Hb 12.14).

II. O PASTOR PRECISA PROTEGER O REBANHO DE DEUS

1. Qualificação dos pastores.
Em sua carta a Tito, Paulo enfatiza as qualificações do bispo, em relação a família, como homem casado, fiel à sua esposa e na criação de seus filhos de forma exemplar (v.6). Paulo diz que os filhos dos ministros, presbíteros ou pastores, não devem ser “acusados de dissolução”, nem de serem “desobedientes”. No original, tais adjetivos vêm de anupotaktos, “não sujeito”, “indisciplinado”, “desobediente”. O exemplo mau dos filhos do sacerdote Eli é referência negativa para a família dos pastores (1Sm 2.12,31). Paulo mostra que o bispo deve ser uma pessoa íntegra, irrepreensível, “como despenseiro da casa de Deus” (v.7). Por outro lado, ensina também que o bispo não pode ser “soberbo”, “iracundo”, “dado ao vinho”, “não espancador”, “cobiçoso de torpe ganância” (vide os mercantilistas na atualidade que só trabalham por dinheiro). Paulo instrui que o obreiro precisa ser “[...] dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante” (Tt 1.8).

2. Crentes, porém problemáticos.
Paulo ressalta o respeito que o presbítero deve ter à doutrina e a autoridade ministerial para argumentar com os contradizentes (vv.9,10). Entre os crentes da igreja de Creta, haviam os “complicados” e “contradizentes”, “faladores”, tipos não raros em igrejas nos tempos presentes. Mas o apóstolo indicou a maneira de tratá-los. Aos contradizentes e desobedientes ao ensino da Palavra de Deus, Paulo demonstra não ter nenhuma afinidade com eles, pois são perigosos, não só para a igreja local, mas para as famílias cristãs, e devem receber a admoestação e repreensão à altura: “[...] aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância” (v.11). O fato de tais falsos crentes terem espaço para transtornar “casas inteiras” se devia à realidade das igrejas cristãs em seus primórdios. Elas funcionavam, em grande parte, nas residências dos convertidos (Rm 16.5; 1Co 16.19; Cl 4.15). Além de desordenados, eles são “faladores” e murmuradores.

3. Não dar ouvidos a ensinos falsos.
Tito, na condição de “supervisor”, estabelecendo igrejas, “de cidade em cidade”, tinha que ministrar a palavra de edificação e advertência contra os falsos cristãos. Deveria repreendê-los de modo veemente. Na verdade, eles eram desviados da verdade. Mais adiante, Paulo resume como tratar os desviados e hereges: “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o” (Tt 3.10).

III. A PERCEPÇÃO DA PUREZA PARA OS PUROS E PARA OS IMPUROS

1. Tudo é puro para os puros (v.15).
Paulo diz que “todas as coisas são puras para os puros” (Tt 1.15), pois esses procuram viver segundo a Palavra de Deus. Aqueles que vivem de modo santo não veem mal em tudo, pois seus olhos são bons, santos. Isso é reflexo de suas mentes e corações bondosos. Deus nos chamou para sermos santos em todas as esferas e aspectos da nossa vida (1Pe 1.15). Quem despreza esse ensino não despreza ao homem, mas sim a Deus.

2. Nada é puro para os impuros (v.15).
De fato, para os “contaminados e infiéis”, tudo o que eles pensam e praticam é de má natureza. O motivo pelo qual “nada é puro para os contaminados” é porque “confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra” (v.16). Esses são hipócritas e maliciosos, pois dizem uma coisa e fazem outra.

3. Conhecem a Deus, mas o negam com as atitudes (v.16).
Atualmente muitos dizem conhecer a Deus, porém, se olharmos para suas atitudes veremos que estes nunca conheceram ao Senhor. A nossa conduta revela a nossa fé e o nosso relacionamento com Deus. O que as pessoas aprendem com você ao observar a sua conduta na igreja e fora dela?

CONCLUSÃO
A administração de uma igreja requer a observância de preceitos e diretrizes, emanadas da Palavra de Deus, o maior e melhor “manual de administração eclesiástica”. Por isso, Paulo escreveu três cartas pastorais, visando o estabelecimento, a organização e o crescimento sadio da Igreja do Senhor Jesus.

sábado, 5 de setembro de 2015

O LÍDER DIANTE DA CHEGADA DA MORTE

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             
                                                                   



 Texto Áureo  II Tm. 4.7  – Leitura Bíblica  I Tm. 4.6-17

INTRODUÇÃO
Este é o capítulo final da II Epístola de Paulo a Timóteo, nele nos deparamos com informações bastante pessoais a respeito dos últimos dias do Apóstolo na terra. Inicialmente, conforme veremos na lição, ele mostra confiança em Deus diante da morte. Posteriormente, lamenta pelo abandono de alguns daqueles que se diziam companheiros de ministério. Ao final, demonstra sua firmeza em Cristo, que jamais o abandonou, também expressa suas considerações pelo fieis cooperadores de ministério.

1. O OBREIRO DIANTE DA MORTE
De acordo com a tradição, Paulo foi decapitado na Via Ápia, após trinta anos de trabalho como apóstolo do Senhor. Nessa Epístola encontramos aquelas que provavelmente foram as últimas palavras do Apóstolo: combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (II Tm. 3.7). Por meio dessa expressão Paulo revela sua convicção no reconhecimento do Senhor em relação à obra que desenvolveu. É importante que o obreiro cristão tenha a realidade da morte sempre diante dele. Não pode se esquecer de que um dia prestará contas de tudo que fez ou deixou de fazer para o Senhor, isso traz seriedade ao ministério. No caso de Paulo, ele sabia que “a coroa da justiça” o aguardava, e que a maior recompensa viria de Deus, e não dos homens. Mas antes ele demonstrou preocupação com a continuidade da obra, como se costuma de dizer, em “passar o bastão” adiante. Nem todos os obreiros têm esse cuidado, resultando em dificuldade para a obra do Senhor. Há obreiros tão apegados ao cargo que não preparam seus sucessores, agarram-se demasiadamente à função, e às vezes, delegam-na a pessoas que não foram vocacionadas. É bastante comum em algumas igrejas que a sucessão aconteça sempre no âmbito familiar, sendo essa inclusive uma condição colocada pelo obreiro para se afastar do pastorado. Mas O cuidado de Paulo é com a pregação da palavra, para que a sã doutrina seja propagada, e o evangelho de Jesus Cristo não seja vituperado (II Tm. 4.2). A igreja cristã não pode abrir mão da pregação, nada substitui a exposição da Palavra de Deus. A fim de tornar o culto “mais agradável” alguns pastores estão retirando a pregação dos púlpitos, ou reduzindo-a uns poucos minutos. Nos dias atuais, os quais as pessoas não resistem à sã doutrina, há líderes que estão fazendo concessões, e deixando de ensinar a Palavra, substituindo-a por fábulas meramente humanas, que agradam os ouvintes (II Tm. 4.3,4).

2. O OBREIRO DIANTE DO ABANDONO
Paulo já estava velho, mas não deixou de pregar o evangelho genuíno, mesmo estando em prisão. De igual modo, aqueles que professam a fé em Cristo, devem continuar vivendo no “porém”, cumprindo o ministério com integridade (II Tm. 4.6-8). Timóteo deveria dar continuidade ao ministério que Paulo havia iniciado, pois o Apóstolo tinha consciência que sua vida já estava sendo colocada no altar, e sendo oferecida como libação, pois a hora da sua partida estava se aproximando. Mas ele está consciente do prêmio que o Senhor lhe dará, não apenas para ele, mas a todos quantos amam a Sua vinda. Ele sabe que guardou, com toda segurança, como bom despenseiro, o tesouro do evangelho, que foi confiado aos seus cuidados. Todo obreiro deveria trabalhar com esse propósito em mente, convicto de que está labutando não apenas para homens, mas, sobretudo, para Deus. Se assim fizessem, teríamos menos disputas pastorais, engradeceríamos mais o ministério.  Por causa da política eclesiástica, aqueles que defendem o evangelho, como fez Paulo, acabam sendo abandonados pelos interesseiros. No final da vida Paulo estava sozinho, Demas, por amar o presente século, abandonou o Apóstolo. Pela necessidade do ministério, outros precisaram se deslocar para outras regiões. Mas Paulo não ficou totalmente só, Lucas, o médico amado, permaneceu com ele, certamente para auxilia-lo em suas enfermidades. Paulo lembra também de João Marcos, e pede para que o traga, reconhecendo sua utilidade para o ministério. João Marcos, que o havia abandonado em uma das viagens missionárias (At. 12.25), demonstrou ter amadurecido, tornando-se relevante para a obra de Deus (Cl. 4.10; Fm. 24; I Pe. 5.13). Os obreiros que fracassaram, principalmente os mais jovens, devem ter outra oportunidade, desde que se arrependam.  

3. CRISTO EM DEFESA DO OBREIRO
Apesar do abandono de alguns que estavam com Paulo, ele não perdeu sua confiança no Senhor, principalmente porque Ele o assistiu, e o revestiu de forças (II Tm. 4.17). Jesus é o Confortador dos obreiros fiéis, eles sabem que quando incompreendidos, podem derramar suas lágrimas aos pés do Salvador. O conforto também pode vir através de companheiros autênticos, como era o caso de Timóteo, a quem Paulo pede para que “venha depressa”. É alentador saber que podemos confiar em obreiros genuínos, pessoas como Timóteo e Epafrodito, que auxiliaram a Paulo em suas necessidades. O Apóstolo sabia que o inverno se avizinhava (II Tm. 4.21), por isso pediu a Timóteo que trouxesse sua capa, que havia deixado em Trôade, na casa de Carpo (II Tm. 4.13). Os estudiosos explicam que essa se tratava de um vestuário de tecido grosso, em modelo circular com uma abertura para a cabeça. Há quem especule que Paulo teria sido preso na casa de Carpo, e que na ocasião da prisão não teve tempo para pegar seus pertences (At. 20). Paulo também sentiu falta dos seus livros, “especialmente os pergaminhos” (II Tm. 4.13), ao que tudo indica, a versão do Antigo Testamento em grego. É uma pena que alguns crentes desprezem a leitura, é triste constatar que alguns obreiros, que deveriam se dedicar ao estudo, o considerem desnecessário. Não devemos esquecer a instrução dada a Timóteo, em II Tm. 3.16,17, em relação à autoridade e proveito das Escrituras. A Palavra de Deus é o fundamento, não apenas para a pregação, mas para que esse encontre alento nos momentos de adversidade. Diante do julgamento, Paulo encontrou guarida nos pés do Senhor, e firmeza em Sua palavra. Principalmente quando Alexandre, o latoeiro, lhe causou muitos males, e na sua primeira defesa, quando ninguém o assistiu.

CONCLUSÃO
O obreiro cristão sabe que a morte não é o fim, por isso a enfrentam com coragem, sobretudo resignação. Há líderes que, influenciados pelo espírito secularista, ficam perplexos somente em pensar na possibilidade da morte. Evidentemente a grande esperança do cristão é o arrebatamento, que acontecerá logo após a ressurreição dos mortos em Cristo (I Ts. 4.13-18). Mas é possível que a morte chegue antes do arrebatamento, por isso devemos permanecer firmes, e esperançosos em relação ao futuro. Sabemos que quando esse tabernáculo terreno se desfizer, temos da parte de Deus uma morada eterna (II Co. 5.1) e que estaremos com Cristo, o que e consideravelmente melhor (Fp. 1.23).

Quem pode tomar a Santa Ceia?

  De acordo com a Bíblia, se você é salvo, você pode tomar a Santa Ceia.   Cada um deve examinar a si mesmo antes de participar da Santa Cei...