quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O TRIBUNAL DE CRISTO E OS GALARDÕES

Lição 06
O TRIBUNAL DE CRISTO E OS GALARDÕES
                           Texto Áureo  II Co. 5.10 – Leitura Bíblica  I Co. 3.11-15


INTRODUÇÃO
Após a Igreja ser arrebatada para se encontrar com Cristo nos ares (I Ts. 4.13-18), será estabelecido o Tribunal de Cristo, a fim de julgar as obras dos crentes, bem como os galardões. Na aula de hoje estudaremos a respeito desses eventos escatológicos, considerando, sobretudo, sua importância para que não deixemos de trabalhar, e de fazer a obra de Deus, enquanto é dia, por virá a noite, em que não mais será possível (Jo. 9.4).

1. O TRIBUNA DE CRISTO
Quando a Igreja for arrebatada, todos os crentes comparecerão perante Cristo, para que as obras sejam julgadas (II Co. 5.10; I Co. 1.8). Faz-se necessário esclarecer que esse julgamento não será para a salvação. Os crentes já foram salvos em Cristo, através do Seu sacrifício vicário (Ef. 2.8,9). Esse julgamento também não deve ser confundido com o Juízo do Grande Trono Branco, que acontecerá depois do Milênio, com vista à condenação dos ímpios (Ap. 20.11-15). No Tribunal (gr. bema) de Cristo, os fieis se apresentarão a fim de receber o galardão, que está com o próprio Senhor, para entregar àqueles que permaneceram firmes até o fim (Ap. 22.12). Aqueles que se sacrificaram pela obra de Deus, a exemplo de Paulo, receberão naquele dia, a coroa da justiça, reservada a todos que padeceram por amor a Cristo (II Tm. 4.8). Muitos crentes são perseguidos em várias partes do mundo, principalmente nos países que são inóspitos ao evangelho. Esses receberão do Senhor, quando Ele vier para arrebatar Sua igreja, o galardão. Jesus é o Supremo Juiz que entregará o prêmio àqueles que permaneceram fiéis, e que não negaram o nome do Senhor, mesmo em condições adversas. Os crentes são responsáveis pelo que fazem e deixam de fazer, isso quer dizer que o julgamento das obras não atentará apenas para as obras feitas, mas também pelas obras que os crentes deixaram de fazer. A esse respeito Paulo esclarece que “todos devemos comparecer ante o Tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (II Co. 5.10).

2. O JULGAMENTO DAS OBRAS
Esse será um julgamento justo, pois o Supremo Juiz é Cristo, e Ele mesmo avaliará as obras de cada crente. De acordo com I Co. 3.11-15, as obras serão provadas pelo fogo, isso porque esse revelará não apenas a quantidade, mas a qualidade das obras realizadas. Existem muitas pessoas que trabalham bastante nas igrejas locais, mas o objetivo não é a expansão do Reino de Deus, antes a promoção pessoal. A motivação com a qual desempenham o trabalho passará pelo crivo do Senhor. Há aqueles que buscam apenas as riquezas materiais, o fim último do trabalho é o enriquecimento através do ministério. Outros buscam fama e poder, querem o reconhecimento dos seus pares, e se ufanam em seus cargos “ministeriais”. Esses já receberam seus galardões, alguns podem até ser salvos, mas não receberão qualquer recompensa do Senhor. A famigerada teologia da ganância, denominada por alguns de prosperidade, está ufanando muitos crentes, esses apenas se interessam pelas riquezas materiais. A obra desses não resistirá ao fogo divino, pois não são feitas em Deus (Jo. 3.21), são madeira, feno e palha (I Co. 3.15). Os pastores que estão trabalhando na seara de Cristo devem cuidar a esse respeito. A profissionalização do ministério está fazendo com que alguns obreiros  pecam o foco do serviço cristão, querem subir ao trono, sem antes passar pela toalha (Jo. 13). Como nos tempos do profeta Ezequiel, há pastores que apenas apascentam a si mesmos, em detrimento das ovelhas (Ez. 34.7-10). É preciso acautelar-se para não se perder no ministério, deixando de perseguir o modelo que é Jesus, o Supremo Pastor, que entregou Sua vida pelas ovelhas (Jo. 10.10).

3. OS GALARDÕES
As obras dos crentes podem ser categorizadas, de acordo com a explicação de Paulo, em madeira, feno e palha, bem como ouro, prata e pedras preciosas. A madeira nas Escrituras tem a ver com a produção humana. Isso porque há pessoas que trabalham apenas para ser vistas pelos homens. Não poucos crentes nas igrejas labutam, e às vezes, incansavelmente, para ser reconhecidos pelos pastores, e receberem deles algum cargo ou recompensa. O feno é uma erva seca, que perece com facilidade. Isso diz respeito àqueles que querem receber a glória terrestre, destaque no exercício ministerial. Esses, como antecipou o Senhor em Seu sermão, “já receberam o seu galardão” (Mt. 6.2-16). A glória terrestre é passageira, existem crentes, até mesmo obreiros, que já se esqueceram do chamado, desviaram-se da vocação. Esses profissionais do ministério, como a palha seca que é lançada ao vento, não subsistirão na congregação dos justos (Sl. 1.4; Os. 13.3). Mas nem tudo está perdido, não podemos julgar todos igualmente, pois certamente há obreiros, crentes que trabalham denodadamente, a fim de satisfazer ao Senhor da obra. O trabalho desses é comparado ao ouro e a prata, isso porque eles labutam não para si mesmos, ou para serem reconhecidos pelos outros, antes para a glória de Deus (I Co. 10.31; Mt. 5.16). Há vários obreiros que envergonham o ministério, e que sequer podem ser associados ao Reino de Cristo. Outro, porém, ainda que desconhecidos da mídia, e que não são destacados nas Convenções ministeriais, receberão do Senhor o devido reconhecimento (Mt. 25.21-13).

CONCLUSÃO
Os crentes em Jesus devem trabalhar para o Ele, dedicarem-se incansavelmente para a expansão do Reino de Deus, colocando-O sempre em primeiro lugar (Mt. 6.33). Depois de labutarem, com afinco e esmero, precisam reconhecer que fizeram apenas o que lhe era devido (Lc. 17.7-10). Tenhamos cuidado para não enterrar o talento que recebemos do Senhor, e que o desenvolvamos, não para ostentação humana, mas para a glória de Deus (Mt. 25.14-30).

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