segunda-feira, 28 de março de 2016

Quando a alegria do casamento acaba, o que você faz?

E quando a beleza e a alegria do casamento acaba, o que deve ser feito? Separar e buscar um novo relacionamento? Ou manter um casamento azedo? Veja a reposta para esta questão neste artigo.



“Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galileia, e estava ali a mãe de Jesus; e foi também convidado Jesus com seus discípulos para o casamento. E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm vinho. Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Disse então sua mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser. Ora, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas. Ordenou-lhe Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. Então lhes disse: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E eles o fizeram. Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água, chamou o mestre-sala ao noivo e lhe disse: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho. Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galileia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.”  (João 2.1-11)
Quero te agradecer por estar aqui em nosso blog, nosso objetivo é mostrar biblicamente que seu casamento pode e vai ser um sucesso para glória Deus. Há e que fique claro que nem separar, nem manter um casamento azedo são alternativas para quem quer agradar a Deus. Ambas são pecado.

Será possível resgatar a Alegria?

Muitos pessoas chegam para mim e dizem que o casamento não tem mais alegria, que não sentem mais um pingo de amor pelo cônjuge e que a vida de casado não faz mais sentido, pois só existe sofrimento e tristezas e não sabem o que fazer.
Na passagem bíblica acima, você leu sobre uma festa de casamento em que Jesus foi convidado, e quando o vinho acabou,  ele deu ordem para encher 6 talhas de água, e mandou para o especialista de vinhos provar, neste processo a água foi transformada no melhor vinho e a festa de casamento foi salva e pôde continuar com muita alegria.
Você pode perguntar, mas o que isso tem haver com o casamento miserável que eu vivo. E eu te afirmo Tudo haver.
Vem comigo que te explico:
Vinho na bíblia simboliza alegria;
O número 6 na bíblia é relativo ao ser humano ( o homem foi criado no sexto dia);
Água na bíblia simboliza a palavra de Deus;
Continue lendo que vai ser fácil de compreender e este ensino vai ser transformador na sua vida.
Assim como o casal do relato bíblico, o casamento parecia que ia muito bem, até Jesus tinha sido convidado, mas algo aconteceu que levou o casamento ao esfriamento total, todo o desejo e sentimento pelo outro evaporou e os dois não conseguem pensar em outra coisa a não ser acabar o casamento.
E é isso que tem sido propagado hoje em dia em nossa sociedade, ” se o amor acabar tem que separar pois Deus não quer te ver infeliz ele vai compreender”. Esta é uma mentira do diabo, que tem acabado com milhares de casamentos.
Deus quer a sua felicidade sim é claro que ele quer, mas para isso ele tem um caminho que verdadeiramente vai construir felicidade no seu casamento, e não acabar com ele.
Talvez você está se perguntando o porque de Vinho, 6 e Água.
Como eu disse vinho é a alegria do casamento, que pode ser produzido ao fazermos nossa parte ( uma vez que o numero 6 é relativo ao ser humano), conforme a palavra de Deus. Está é a fórmula para gerar Amor que trará Alegria no casamento.
Alguém pode dizer: Mas eu não sinto mais amor e não tem como sentir amor pela pessoa, como então a alegria vai voltar.”

Descobrindo o que realmente é amor

Para ir mais fundo nesta verdade quero enfatizar que Sentimento não é Amor. Isso mesmo que você leu. Se sentimento fosse amor Deus estaria errado em nos mandar Amar. Eu não posso te dizer: Fique com raiva, ou fique triste, fique assustado ( seria irracional). E porque Deus nos manda Amar? Porque amor é uma Ação de doação. Em Romanos 12:20 Paulo escreveu: ” Mas façam como dizem as Escrituras: Se o seu inimigo estiver com fome, dê comida a ele; Se estiver com sede dê água;” Não disse para você sentir amor para depois dar. Pois tenho certeza que o inimigo morreria de fome e sede se nós precisássemos sentir antes de agir.
Para entender o que realmente é amor precisamos olhar para as atitudes de Deus. Em João 3.16 diz que Deus amou o mundo de tal maneira que entregouseu filho Unigênito. Note que a concretização do amor foi a entrega, a doação. Em Efésios 5.25  mostra que Jesus amou a igreja e se entregou por ela.  O sentimento é auto-centrado, o amor foca no outro. Logo amar pode ser aprendido. Você pode aprender a doar ao outro o que você têm e o que o outro precisa para ser feliz.
Sabe porque aconteceu o milagre na festa de casamento relatada no inicio deste artigo? Porque houve obediência a Ordem de Jesus. Eles encheram as 6 talhas de água, conforme Jesus mandou. E sabe qual é a Ordem de Jesus para sua vida hoje? Encha as suas atitudes da palavra de Deus, dos ensinos dele para o seu casamento. Agindo sim você verá que a água se transformará em vinho, e haverá abundancia de alegria no seu casamento.

Desafio para transformar seu casamento

Te desafio a Agir para depois sentir, conforme os ensinos de Jesus, mesmo que você não sinta nada de início, mas faça com a plena convicção que você está obedecendo a ordem do Senhor Jesus. E você verá o milagre da transformação acontecer no seu casamento. Mesmo que seu cônjuge não mereça, faça, pois o mandamento de amar abrange até os seus inimigos. Com o tempo você perceberá que os sentimentos vão acompanhar as suas atitudes.
Se você já é leitor(a) do nosso blog, sabe que estou escrevendo um livro em formato digital, que será distribuído gratuitamente para uma quantidade limitada de pessoas, e vou priorizar quem comentar os nossos artigos. Então aguardo o seu comentário, prometo que vou carinhosamente responder a todos. Até o próximo artigo…

sábado, 26 de março de 2016

Tema: OS DESAFIOS DE EDUCAR FILHOS

AULA EM 27 DE MARÇO DE 2016 – LIÇÃO 13
Tema: OS DESAFIOS DE EDUCAR FILHOS
Texto Áureo: Provérbios 22.6



INTRODUÇÃO
- Querido(a) professor(a), essa é a última lição do trimestre e caiu no dia da Páscoa, é conveniente se a superintendência aceitar, fazer alguma alusão a esse feriado tão importante para o evangelho.
- “têm mais informações do que tínhamos no passado”, eles tem mais informações pela TV e internet, tem mais acessibilidade, ainda que não conheçam o poder que isso dá a quem tem tempo e disposição para processá-las.
- “devem acompanhar o desenvolvimento e o progresso”, os pais não devem estar alienados do mundo,devem estar cientes dos perigos que rodeiam seus filhos.
- “crescerem sem prejuízo”, assim como essa gama de informações podem ajudar as pessoas, o mau uso dela pode prejudicar profundamente os nossos filhos.
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1. FILHOS HERANÇA DO SENHOR

1.1. Presente de Deus aos pais.
- “São bens ativos”, são valores reais que as empresas tem, como dinheiro em caixa, terrenos, frota, etc. Os filhos são o que nós temos de valor real. Alguns pais encaram os filhos como dívidas, como gastos adicionais.
- “despenseiros na criação e educação dos filhos”, o despenseiro é o que cuida da despensa do seu senhor, é o mordomo, assim somos nós cuidamos do que é de Deus, nossos filhos.
- “Eles são privilégios dados a nós”, os filhos carregam nosso legado, através deles seremos lembrados quando formos desse mundo.

1.2. Responsabilidade dos pais.
- “responsabilidade de ensinar aos filhos “no” caminho”, essa responsabilidade pode ser boa ou ruim, depende da atitude dos pais em relação ao caminho. Alguns pais tentam ensinar os filhos a trilharem o caminho, mas eles mesmos não o trilham.
- “mandar os filhos para a igreja, devem ir juntos”, o exemplo dos pais fortalece a caminhada dos filhos.
- “se a mãe fica assistindo novela ou o pai assistindo futebol”, a nossa casa deve ser uma parte da igreja e os pais são os responsáveis por isso.

1.3. Pais, espelhos dos filhos.
- “Cuidado com os maus exemplos”, podem ser aquelas pequenas coisas do dia a dia, como as mentirinhas e a corrupção. Alguns pais desapercebidos e longe do espiritualidade que Deus requer dão maus exemplos a seus filhos, mesmo fazendo parte de uma igreja, se deixam levar pelas coisas do mundo.
- “mas o exemplo arrasta”, significa que o exemplo impulsiona a pessoa a fazer o que as palavras afirmaram ser o correto.
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2. LIMITES: QUEM MANDA EM SUA CASA?
- “precisa governar bem a própria casa”, significa ter o controle, ter a palavra de ordem, não deve o pai falar algo e os filhos fazerem outra coisa, logo na infância os pais devem observar e cortar esse tipo de hábito.

2.1. Limites estabelecidos por Deus.
- “além de ser extremamente agradável ao Senhor”, deve ser por isso que ele é um mandamento com promessa, por agradar ao Senhor.
- “provocar a ira dos filhos”, são pais espancadores e perseguidores, que sempre julgam mal os filhos, acreditam que estão sempre fazendo algo errado e que devem ser punidos ao menor sinal de irregularidade.
- “onde não há regras nem regulamentos vira bagunça”, numa casa sempre deve haver certas regras, como a hora dos filhos irem para a cama, o uso da TV ou da internet, distribuição de pequenas tarefas, etc. Dessa forma os filhos não estranharão quando tiverem diretamente debaixo da autoridade do patrão, do pastor ou do governo.
- “Devem elogiar quando cumprirem”, os filhos se sentem muito bem ao verem que agradaram os pais, se animam a fazerem novamente.
- “disciplinar os filhos com as emoções afloradas”, são os pais que castigam os filhos ma hora da ira, geralmente exageram e podem causar revolta ou até traumas nos filhos.

2.2. Limites, um ato de amor.
“ouvir e aceitar o “sim” e o “não””, alguns jovens se acostumam a ouvir somente o sim e quando chegam na fase adulta descobrem que o mundo muitas vezes diz não, então tem muita dificuldade em encarar a vida, alguns se tornam rebeldes, entram em vícios, etc. 
“Desejar tudo que quer é uma ilusão perigosa”, alguns pais ensinam errado seus filhos fazendo o impossível para dar o brinquedo ou a roupa que o filho quer, quando eles não podem dar, outros inventam uma história para dizer que não podem dar, é recomendável dizer que não vai dar e explicar a razão. O filho tem que saber quem é que tem o poder da decisão. 
- “Ensinar que não precisa experimentar de tudo”, é melhor os pais ensinarem agora do que a vida ensinar depois.

2.3. Disciplina à luz da Bíblia.
- “passa a ser bastardo e não filho”, o bastardo é o que se diz do filho de outro relacionamento, fora do casamento, ilegítimo, não reconhecido. Se o Senhor tem cuidado em nos corrigir é porque somos legítimos.
- “não devemos retirar a disciplinados nossos filhos”, quando os pais não corrigem os filhos estão tratando ele como bastardo, por mais que o amam e o considerem filho. Uma coisa é amar e outra é transformar esse amor em ações.
- “ele te dará descanso”, é o mesmo que dizer que ele não te dará dor de cabeça. Os pais que disciplinam seus filhos, que são amigos dos filhos, que dão exemplo a eles, jamais terão que ir pegá-los na delegacia por algum delito, jamais verão o corpo deles alvejado de tiros, jamais irão pegá-lo do meio da turma de cracudos e nem terão que fugir da comunidade por causa de envolvimento com bandidos.
- “planta que cresce com mais força após ser podada”, essa comparação é interessante, pois a planta após a poda (cortar os galhos mais fracos) passa a ter energia para crescer, pois os ramos fracos consumiam a força da planta, assim são os filhos quando são disciplinados (podados) crescem com força no caráter para a vida.
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3.  EDUCAR VERSUS TREINAR.
- “ás vezes até dentro das igrejas”, infelizmente alguns ministérios e lideranças cristãs estão mais comprometidas com a política interna e externa e com bens materiais, do que com as almas.

3.1. Educar a luz da Bíblia.
- “ainda quando for velho, não se desviará dele”, sabemos na prática que esse conselho não expressa uma regra, existem muitos casos de jovens desviados que um dia foram educados no evangelho, mas é certo que existe grande possibilidade de retorno por terem sido ensinados no caminho do Senhor na infância.
- “transmitir os valores cristãos (teoria e prática)”, os valores cristãos não podem ser passados convenientemente em uma pregação, nem na Escola Dominical, só podem ser transmitidos pelo ensino da teoria e observação e execução na prática. 
- “assentado em casa, andando pelo caminho”, o texto exorta que o nosso lar deve ser uma escola onde se ensine a Palavra de Deus.

3.2. Educar e treinar para a vida.
- “compete aos pais e não à igreja ou escola”, alguns pais que negligenciam a sua responsabilidade de educar tentam culpar a escola ou a igreja por não fazer aquilo que era da responsabilidade deles. A igreja e a escola servem para dar instruções específicas sobre determinados assuntos, mas certos parâmetros da educação somente na família o indivíduo vai aprender.
- “educar embasado no amor”, toda tarefa feita com amor é sempre feita da melhor forma, por isso a educação dentro da família tem tanta qualidade.
- “Invista tempo com seus filhos”, a sociedade moderna toma todo o tempo dos pais, é preciso fazer sacrifícios para conseguir o chamado tempo de qualidade com os filhos.

3.3. A família e o comportamento infantil
- “pois é um ser social”, é um ser que foi feito para viver em sociedade, com regras de convivência.
- “reproduzir o ambiente familiar onde vive”, a criança adquire da família o sotaque, tradições, concepções e até mesmo opiniões.
- “formação da personalidade”, a personalidade é a característica que identifica a pessoa. Dos elementos que compõem a personalidade destacamos o caráter e o temperamento.
- “atenta às atitudes, formas e conteúdos”, a família está formando o caráter dos filhos, uma formação ruim pode criar indivíduos de mau caráter e temperamento difícil de lidar.

CONCLUSÃO
- “criar filhos hoje como fomos criados no passado”, não podemos abrir mão da correção, com as mudanças no mundo os pais devem ajustar um pouco a aplicação da disciplina e as cobranças, mas nunca para de exigir atitudes corretas.
- Faça o resumo e corrija o questionário.

quinta-feira, 24 de março de 2016

400 ou 430 anos de escravidão?



Hoje quero continuar falando de Abraão e de uma profecia preocupante que Deus fez para ele e seus descendentes. Isso aconteceu mais ou menos no ano de 1913 AC. “Então disse o Senhor a Abrão: sabe, com certeza, que peregrina será a tua descendência na terra alheia, e será reduzida a escravidão, e será afligida por quatrocentos anos” (Gênesis 15:13).  Guarde bem este numero. Quatrocentos anos seria o tempo que os descendentes de Abraão seriam afligidos.
Deus disse a Abrão que o tempo de espera para que seus descendentes tomassem posse de Canaã seria de 400 anos. Isso deve tê-lo assustado um pouco. Seria um bom tempo. E ele nem filhos tinha ainda. E, pior, seriam escravizados por muitos anos!
O mais curioso dessa história é que Moisés, ao sair com os descendentes de Abrão do Egito, declarou que os dias em que lá ficaram foram 430 anos (Êxodo 12:40). E não 400, como Deus profetizara.
Gálatas 4:29 conta que Isaque foi perseguido por Ismael desde pequeno. Os netos de Abraão (Esaú e Jacó) também tiveram problemas. Em seguida vem José, primeiro como escravo e depois governador egípcio. Após a morte de José, finalmente, começa a grande opressão aos hebreus.
A profecia estava se cumprindo fielmente. Porém, fica aberta a questão: um texto diz 400 e o outro 430 anos. Tem algum erro ou contradição por aqui? A Bíblia contém erros ou está errada? Como resolver esse aparente problema de datas? 400 ou 430 anos?
Vamos para a Bíblia? Êxodo 12:40 diz que o tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de 430 anos. Isto parece nos dar a entender que os hebreus estiveram realmente 430 anos no Egito, isto é: desde a entrada dos filhos de Jacó até a saída do cativeiro. Veja agora Gálatas 3:16 e 17: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a seu descendente. A Escritura não diz: e a seus descendentes, como falando a muitos, mas como de um só: e a teu descendente que é Cristo. Mas digo isto: Que tendo sido o testamento confirmado por Deus , a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não invalida, de forma que venha abolir  a promessa”.
Note o detalhe importante que Paulo destaca: a lei foi promulgada no Sinai 430 anos depois do pacto entre Deus e Abraão. Se Paulo se refere a primeira promessa feita a Abraão, quando ele estava em Harã (Gênesis 12:1-3), os 430 anos começaram quando Abraão tinha 75 anos de idade.
Já os 400 anos de aflição iniciaram 30 anos depois, quando Abraão tinha 105 anos e seu filho Isaque apenas 5. Gálatas 4:20: “Mas, como então o que nasceu segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também é agora”.
O problema para Abraão começou quando Ismael nasceu. Ismael era seu filho com a escrava Hagar. Havia conflito entre Hagar e Ismael contra Sara e Isaque. Era uma disputa ferrenha entre as duas mulheres e Abraão estava no meio dessa confusão. E as crianças também!
Há outro detalhe importante. O tempo exato desde o chamado de Abraão até a entrada de Jacó no Egito foi de 215 anos (Gênesis 12:4; 21:5; 25:26; 47:9). Assim, os 215 anos restantes dos 430 foi o tempo que os filhos de Israel de fato ficaram no Egito.
Por esta razão os 430 anos, mencionados por Moisés, devem ser considerados desde o chamado de Abrão em Harã, a sua permanência e de seus descendentes em Canaã, e a sua estada no Egito, até o Êxodo. O texto de Êxodo 12:40 foi traduzido pela Septuaginta desta forma: “A permanência dos filhos de Israel, enquanto habitaram na  terra do Egito e na terra de Canaã, foi de 430 anos”. Inclusive na era patriarcal os faraós consideravam Canaã como de sua propriedade.
Portanto, foram dois longos períodos de anos. Ambos terminaram ao mesmo tempo. Os 430 anos começaram quando Abraão foi chamado para sair de Harã em direção à terra prometida. Já os 400 anos passam a contar 30 anos mais tarde, quando Isaque já estava com 5 anos e acontecem as brigas e conflitos entre as duas mulheres de Abraão e os dois filhos. Tudo por que o pai da fé não soube esperar e confiar em Deus, tendo um filho (Ismael) com uma escrava.
O que podemos aprender desta profecia? Primeira lição: Deus não estava destinando um grupo para sofrer. Deus não destina uns para uma vida cheia de bens e fartura e outros para a miséria e a pobreza. Não há destino para o mal da parte de Deus. O destino da parte de Deus é para a salvação. Deus não predestina uns para a salvação e outros para a perdição. A Bíblia não apóia a predestinação para o mal. “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o seu beneplácito de sua vontade” (Efésios 1:5).
A segunda lição que precisamos aprender é que na Bíblia não há contradição. As contradições estão em nossa mente, em nossa maneira de pensar, e nunca na palavra de Deus. Muitas pessoas dizem que não lêem a bíblia porque encontram contradições nela. Me perdoe, mas essa é uma desculpa esfarrapada de quem não está disposto a pesquisar o Livro de Deus.
Amigo ouvinte, não deixe de ler a Bíblia, mesmo que algumas coisas, a princípio, você não compreenda plenamente. Estude-a todos os dias. Pratique o que aprender e defenda os princípios que Deus deixou na Palavra dele.
Fique com a promessa: “Creia no Senhor Deus e você estará seguro. Creia nos profetas dele e você prosperará”.

segunda-feira, 14 de março de 2016

O que Jesus nunca falou, mas está escrito


“Acima de tudo, lembrai-vos de que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Pois a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens santos da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo”. (1 Pedro 1:20-21)

         Nenhum cristão duvida de que a Bíblia Sagrada contém os ensinamentos de DEUS suficientes para as pessoas alcançarem a salvação de suas almas. Inquestionável também é o conjunto de livros que compõem o Cânon Sagrado; e que todos, sem nenhuma exceção, foram inspirados pelo Espírito Santo, como bem afirmou Pedro nos versículos acima. As Sagradas Escrituras são, portanto, a Voz de DEUS para a humanidade. Porém, o que não podemos deixar de acreditar é que trechos e palavras, hoje presentes na Bíblia Sagrada, foram profundamente alteradas em relação ao que verdadeiramente foi dito por JESUS e seus seguidores. Ou seja, parte do que lemos atualmente, como sendo de autoria sagrada, foi modificada por homens ao longo do tempo.
         Uma coisa é dizer que os originais foram inspirados por DEUS. Outra coisa é perceber que não dispomos desses originais. Então, dizer que eles foram inspirados não serve de grande coisa, visto que, parte do que temos em mãos hoje, não é cópia legítima, fiel, aos originais. Nós não temos nem os originais, como não temos as primeiras cópias dos originais. Não temos nem as cópias das cópias dos originais, nem as cópias das cópias das cópias dos originais. O que temos, na verdade, são cópias produzidas muito tardiamente. E todas elas diferem umas das outras em diversas passagens.
         No mundo antigo, a única maneira de copiar um livro era fazê-lo à mão, letra a letra, uma palavra por vez. Era um processo minucioso, demorado, que exigia atenção total do copista responsável. Quem quer que lesse um livro na Antiguidade nunca estava cem por cento seguro de que estava lendo o que verdadeiramente o autor escreveu. Palavras podiam ser trocadas facilmente, tanto por acidente (escorregão da pena) ou por uma decisão consciente (alterar propositadamente em decorrência de alguns interesses maiores). Muito diferente do que somos acostumados hoje, com a tecnologia ao nosso dispor, que nos permite, em tempo recorde, ler um livro numa prateleira recém-saído do“forno” de uma editora. Portanto, com tão grande e ampla tecnologia, é quase impossível cometer algum erro como, por exemplo, na tradução de uma língua para outra. Mas não foi o que aconteceu com a Bíblia Sagrada. Ela sofreu alterações, sim. Parte do que está publicado tanto foi modificado por copistas e tradutores ao longo do desenvolvimento da igreja cristã, como, mais recentemente, adaptada para várias versões e linguagens por pessoas que tiveram a intenção de facilitar o entendimento por parte de leitores de diferentes níveis de escolaridade e social. Há mudanças do contexto original que não afetam a essência do que foi dito. Vou citar um exemplo. Nos dois primeiros versículos, do capítulo 2, do evangelho escrito por João, há a referência à Maria como sendo“a mãe de JESUS”. Na verdade, a expressão “mãe de Jesus”, nesse texto, foi acrescentada pela Vulgata Romana, com o objetivo de diferenciar Maria, que gerou JESUS pelo Poder do Espírito Santo, das inúmeras outras existentes na época. Maria era um nome extremamente comum e algum leitor desatento poderia confundi-la com outra. O acréscimo aí ocorreu com a finalidade de não causar confusão de identificação ao leitor, para que ele soubesse verdadeiramente de qual Maria o autor estava se referindo.
         Todavia, uma das mais gritantes, tristes e inadmissíveis modificações, segundo a minha análise pessoal, está exatamente em dois versículos-chave da Sagrada Escritura, iguais em cada palavra, porém expressos por JESUS em situações e público distintos: Mateus 5:32 e 19:9. Nesses dois versículos há uma cláusula de exceção exposta, quando JESUS está abordando sobre o tema do repúdio: “(...) a não ser por causa de...(...)”. Se colocarmos em nossa frente quatro Bíblias de versões diferentes, veremos que cada uma apresentará uma palavra diferente nessa cláusula de exceção. Em uma você encontrará a palavra“PROSTITUIÇÃO”; em outra, “ADULTÉRIO (ou INFIDELIDADE CONJUGAL)”; em mais outra, a expressão “RELAÇÕES SEXUAIS ILÍCITAS”; e na quarta, o termo “FORNICAÇÃO”. Mas o que de fato JESUS teria dito? Por que não mantiveram a palavra escrita no original grego? Seriam essas quatro palavras de mesmo significado, podendo ser substituídas umas pelas outras sem prejuízo semântico?
         Antes de responder a essas perguntas e como profissional de Letras, convém explicar algumas coisas. A Semântica é um campo da Linguística Moderna onde se estuda a relação de sentido e significado das palavras. Não se deve substituir uma palavra por outra de significado diferente, pois isso alteraria o sentido. Campo semântico é um conjunto de palavras pertencentes a uma mesma família. Por exemplo, as quatro palavras transcritas acima pertencem ao campo semântico, ao conjunto denominado SEXUALIDADE. Elas podem ser agrupadas em um só conjunto, embora possuam significados próximos. Algumas dessas palavras também já são utilizadas em sentido mais amplo, fora da esfera sexual. Alguém poderia dizer que se prostituiu com o seu amigo, sem necessariamente ter praticado relação sexual com ele. No Antigo Testamento, vimos afirmações de que o povo de Israel adulterou contra DEUS, ou seja, traiu a aliança que DEUS tinha feito com ele, ao se contaminar com falsos ídolos (Jeremias 3:8). Prostituir-se no exemplo anterior seria apenas sinônimo de contaminar-se. Adulterar sinônimo de trair, sem a referência à questão sexual. Porém, nos dois versículos em destaque (livro de Mateus), JESUS se referiu ao casamento, à postura de pessoas casadas; especificamente, no sexo. Por isso, devemos buscar o significado das quatro palavras apenas na esfera da sexualidade. PROSTITUIÇÃO ocorre quando se pratica sexo visando extrair dele algum benefício, interesse, lucro. ADULTÉRIO é o ato sexual de uma pessoa casada com outra que não seja seu marido ou esposa, expressando aí uma notória infidelidade conjugal. RELAÇÕES SEXUAIS ILÍCITAS é a expressão mais abrangente de todas, pois se refere a qualquer comportamento sexual que esteja em desacordo com a Palavra de DEUS. Assim tanto adulterar como praticar sexo anal são exemplos de algo que é ilícito para DEUS. FORNICAÇÃO é prática sexual efetuada antes do casamento, entre pessoas solteiras. Portanto, apesar de serem termos pertencentes ao mesmo campo semântico (sexualidade), eles diferem em seus significados, não podendo ser substituídos, em especial se tratando de algo sagrado, como o que JESUS afirmou.
         Em cada uma das quatro Bíblias, encontraremos a seguinte transcrição feita para os dois versículos de Mateus:
 
  • “Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de PROSTITUIÇÃO, e casar com outra, comete adultério, e o que casar com a repudiada também comete adultério”.
  • Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de ADULTÉRIO (ou INFIDELIDADE CONJUGAL), e casar com outra, comete adultério, e o que casar com a repudiada também comete adultério”.
  •  “Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de RELAÇÕES SEXUAIS ILÍCITAS, e casar com outra, comete adultério, e o que casar com a repudiada também comete adultério”.
  • “Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de FORNICAÇÃO, e casar com outra, comete adultério, e o que casar com a repudiada também comete adultério”.

         Consultando ambos os versículos (Mateus 5:32 e 19:9) no grego, língua em que foi escrito o Novo Testamento, observei que a palavra, de fato, que JESUS havia pronunciado foi “PHORNOS” ou “PHORNÉIA” que, traduzida para a português significa FORNICAÇÃO. Ora, substituir FORNICAÇÃO por alguma das três palavras restantes foi, no mínimo, uma atitude irresponsável. Não se sabe se essa alteração se deu de forma proposital (com a finalidade de tentar justificar, à luz da Palavra de DEUS, a situação errada com que muitos viviam e vivem até hoje), ou por pura ignorância e ingenuidade mesmo. Tendo sido por um ou por outro motivo, o certo é que esse erro linguístico causou um profundo rebuliço na estrutura espiritual de muitas pessoas. Elas passaram de casadas com os seus cônjuges para a condição de adúlteras. Dessa forma, muitos cristãos, durante o passar dos anos, que sofrem com as crises no casamento por causa da infidelidade de um dos cônjuges, procuram, no desespero, os seus pastores para saber se podem, sem prejuízo espiritual, divorciar-se do cônjuge adúltero. Ora, o pastor olhando para o que está escrito em sua Bíblia nos versículos de Mateus e encontrando neles a cláusula de exceção com alguma das três palavras citadas acima (com exceção da palavra FORNICAÇÃO – a que consta no grego), incentiva a irmã ou o irmão a buscar o divórcio e, consequentemente, um novo casamento com outra pessoa. JESUS foi categórico ao afirmar em Marcos 10 que
 
“(...) quem repudiar a sua mulher, e casar com outra, adultera contra aquela. E se a mulher repudiar o seu marido, e casar com outro, adultera” (Marcos 10. 11-12).

        O apóstolo Paulo confirmou essas palavras de JESUS em Romanos 7:2-3 e 1 Coríntios 7:39, enfatizando que quem se casa com outra pessoa, estando o cônjuge ainda vivo, comete adultério. Tais textos não sofreram alterações da língua original. Por causa dessas modificações malignas que muitos falsos casamentos ocorreram em diversas igrejas evangélicas, tornando o casal adúltero e longe da presença de DEUS. Se morrem adúlteros, o destino é um só: o inferno (ver 1 Coríntios 6:9-10 e Apocalipse 21:8, esse último versículo, a depender da versão da Bíblia, também sofreu alteração por parte dos tradutores, que substituíram a palavra “adúlteros” pelo termo “fornicadores”).
         É muito fácil identificar que havia alguma coisa errada na transcrição dos dois versículos de Mateus, pois como pode DEUS detestar tanto o repúdio, como leremos ao final deste estudo em Malaquias 2:16, e, ao mesmo tempo, abrir uma exceção para o caso de infidelidade conjugal? Como JESUS aceitaria e concordaria com o divórcio, mesmo em caso em que houvesse adultério, se ELE mesmo perdoou uma mulher que foi pega em adultério pelos fariseus do seu tempo? Aquela mulher, como muitos hoje, vivia destruindo casamentos. Não seria Nosso DEUS e Nosso SENHOR JESUS contraditórios se aceitassem tal exceção? Quantas vezes Israel adulterou contra DEUS e recebeu o Seu perdão e a Sua misericórdia? O curioso também é que a tal cláusula de exceção não aparece nos evangelhos de Marcos e Lucas que citam a mesma passagem.
         O adultério, claro, aborrece e muito o Espírito de DEUS, mas esse pecado não é imperdoável, uma quebra da aliança definitiva e sem conserto, como muitos imaginam. JESUS nos ensina que, se há arrependimento, deve haver o PERDÃO! O que entristece muito mais a DEUS é a impiedade, a falta de perdão, as separações e os divórcios, pois levam à destruição de uma união onde DEUS foi a principal e fiel testemunha. O que causa a ira de DEUS, sim, é a destruição do casamento, acompanhado ou não de um novo casamento de divorciados. Os filhos de Israel, ao voltarem de um tenebroso exílio, abandonaram as mulheres de suas mocidades, com as quais tinham se casado, e passaram a oferecer sacrifícios impuros no Altar de DEUS, casando-se com outras mulheres. Veja a resposta que DEUS deu, através do profeta Malaquias, a esses rebeldes que se deram a um novo casamento:
 
“Perguntais: por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a tua mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança. Não fez ELE somente um? Em carne e espírito são dele. E por que somente um? Ele buscava uma descendência piedosa. Portanto cuidai-vos de vós mesmos, e ninguém seja desleal para com a mulher da tua mocidade. Eu detesto o divórcio, diz o Senhor DEUS de Israel” (2:14-16).

        JESUS ordenou “NÃO SEPARE O HOMEM AQUILO QUE DEUS UNIU” (Mateus 19:6). Esse mesmo JESUS determinou aos fariseus, pessoas de coração totalmente incrédulo e endurecido, que olhassem para o princípio de tudo, para a gênese, para o que DEUS criou: MACHO E FÊMEA. O Criador os uniu. ELE é Todo Poderoso para cicatrizar qualquer ferida no seio da família ou acalmar qualquer tempestade presente no meio de um casamento. NOSSO SENHOR UNIU, FOI FIEL TESTEMUNHA. ENTÃO QUE SEJA ASSIM ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE. Aleluia! Esses, sim, são conselhos ensinados por JESUS e que homem nenhum nunca conseguirá alterá-los. Que DEUS nos abençoe!

sábado, 12 de março de 2016

Vencendo o Gigante da Murmuração


Números 14

Tem gente que vê dificuldade em tudo, e é negativo em todas as circunstâncias, e dizendo: — "Eu sou realista!"


O que você acha desta atitude?


No capítulo 10 da primeira Carta aos Coríntios, Paulo relembra alguns pecados cometidos por Israel, no deserto, e as tristes conseqüências da infidelidade. No versículo 10 ele faz a seguinte advertência: "Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador". Este versículo é uma referência ao episódio narrado no texto básico deste estudo – Números 14 – quando os filhos de Israel foram duramente castigados pelo Senhor, por causa da murmuração.

"Murmurar", conforme o dicionário, é soltar queixumes, lastimar-se, queixar-se em voz baixa, falar mal, apontar faltas, formar mau juízo de alguém ou de alguma coisa. Foi exatamente isto que aconteceu com o povo de Israel, após o relatório trazido pelos homens que foram espiar a terra (Nm 13.25-33). O Senhor indignou-se ante a atitude do povo: "Até quando sofrerei esta má congregação que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações que os filhos de Israel proferem contra mim "(v. 26).

O objetivo deste estudo é alertar quanto ao pecado da murmuração e incentivar os crentes a uma vida de inteira confiança em Deus, de gratidão, e de apoio aos líderes.

Breve Análise do Texto

Diante dos desafios da caminhada, Israel se pôs a murmurar (v.1). As soluções que começaram a se desenhar, como fruto da murmuração, apontavam para um fim desastroso: a rejeição à autoridade de Moisés e Arão e sua substituição; o retorno ao opressor; o apedrejamento de Josué e Calebe por não compartilharem do pessimismo do povo (vv.2-10).

Mas Deus intervém, manifestando-se em glória sobre o tabernáculo (v.10). A condenação divina aos murmuradores é severa (vv.11,12,23,29,33,34).

O nosso Deus é misericordioso e providente. Ele conduz o seu povo e supre as suas necessidades. Por isso, reprova a murmuração. A murmuração é sinal de incredulidade, de ingratidão e de um agir irrefletido.

Conforme o texto, Moisés, tendo consciência da grande ofensa praticada pelo povo, mais uma vez intercede (vv.13-23). Deus se dispõe a perdoar o povo, mas não o livra das conseqüências do seu pecado. Observa Gordon J. Wenhan que, "como é típico da ironia desta história, o seu castigo é feito de forma comparativa com o seu crime. Eles queriam morrer no deserto e voltar para o Egito; de maneira um tanto diferente do que eles desejavam, Deus acede aos seus pedidos. O programa há muito esperado de entrar em Canaã será adiado para permitir que a geração rebelde morra onde deseja. (…) Eles disseram: Oxalá tivéssemos morrido neste deserto! (2). Quatro vezes eles são avisados: Neste deserto cairão os vossos cadáveres (29, 32, 33, 35). Os seus filhos, que eles disseram que iriam perecer em Canaã, mais tarde chegarão ali e tomarão posse da terra (3, 31, 33). Como imediata confirmação desses avisos, todos os espias infiéis morrem em uma praga enviada dos céus. Só Josué e Calebe, cuja entrada em Canaã é garantida, sobrevivem a ela (30, 36-38)". 

A atitude dos murmuradores, narrada nos versículos 39 a 45, mostra que, embora entristecidos, não reconheciam a autoridade de Moisés, o seu legítimo representante. Também não estavam levando Deus a sério. Na verdade, os murmuradores não gostam de se submeter, agem por conta própria.

Tópicos para Reflexão

1. A AÇÃO DOS MURMURADORES CONSISTE EM PUXAR PARA TRÁS

O tema da murmuração, focalizado em Números 14, não é novo na caminhada de Isra­el. A murmuração está vinculada à incredulidade do povo e, em diversas circunstâncias, verifica-se tal atitude. Na ocasião narrada no texto eles estavam acampados em Cades Barnéia. Anteriormente, o povo já havia murmurado, conforme relatam as passagens de Êxodo 14.11,12; 15.24; 16.2,3,12; 17.3 e Números 11.1. Tudo isso se deu logo após a saída do Egito. Por causa da murmuração, Deus fez com que eles permanecessem no deserto cerca de 38 anos (Dt 2.14,15).

Embora a providência divina fosse inconfundível durante aquela jornada, o povo estava constantemente duvidando. A liderança e a autoridade de Moisés eram questionadas (v. 4). Em diversas ocasiões Deus já havia se manifestado a Moisés, o qual desempenhava a importante função de mediador. Apesar disso, eles se opunham a Moisés, contendiam, lastimavam-se. Os desejos, em vez de estarem projetados para a terra da promessa, estavam fixados no Egito. Tinham grande desejo das comidas dos egípcios (Ex 16.3; Nm 11.4-6). Em vez de olhar para frente, olhavam para trás. 0 comodismo do passado sobrepunha-se aos riscos e possibilidades do futuro. Eles diziam: "Não nos seria melhor voltar para o Egito?" (v. 3).

A murmuração é tipicamente pessimista. Os murmuradores estão sempre a reclamar e a dar contra. Os versículos 39 a 45 comprovam isto. Quando era para subir à terra prometida, eles se recusaram. Quando era para retroceder e aguardar, eles teimaram em prosseguir. Eles estão sempre em descompasso. Parece que é pelo simples prazer de ser contra. O próprio Senhor Jesus conviveu com esta situação.

A murmuração é fruto da incredulidade, pois os murmuradores, como já foi exposto, não crê em, não confiam. Na igreja, infelizmente, é possível encontrar pessoas assim. Vivem a criticar, acham que todos estão errados, tudo é difícil, nenhuma ideia ou projeto vai funcionar. Em vez de colaborar, torcem para que as coisas dêem erradas. Tal atitude, além de antiética, depõe contra a causa cristã e trás prejuízos a toda a comunidade.

2. A MURMURAÇÃO TEM UM EFEITO CONTAGIOSO NA COMUNIDADE

O texto diz que "todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão" (v.2). A murmuração é um mal que rapidamente envolve a todos. De uma hora para outra, a liderança bem sucedida de Moisés e Arão se vê ameaçada: "E diziam uns aos ou­tros: Levantemos um capitão e voltemos para o Egito" (v.4).

A ação destrutiva dos murmuradores con­tinua fazendo estragos entre o povo de Deus e arruinando a vida de líderes. Muitas vezes, pessoas crentes e ingênuas, acabam sendo usadas e manipuladas em conflitos de inte­resses. Líderes íntegros e comprometidos com Deus são desonrados e injustiçados, como aconteceu com Moisés. Comunidades intei­ras são afetadas, experimentando inimizades, divisões e enfraquecimento.

A conduta pouco ética dos murmuradores faz com que, em pouco tempo, muitos sejam contagiados. A ferramenta deles é a língua, a palavra. A propósito, vale a pena considerar as advertências contidas no capítulo 3 da Carta de Tiago, quanto aos pecados da lín­gua e o dever de refreá-la.

3. É PRECISO RESISTIR À TENTAÇÃO DA MURMURAÇÃO

A murmuração é uma tentação sempre presente diante de nós. Pode até tornar-se um hábito. Conter a língua, ou falar o que é certo, de maneira correta, na hora apropriada e com quem deve ouvir, é uma arte que nem todos dominam. A fórmula indicada por Tiago é muito útil para nos disciplinar neste sentido: "Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tg 1.19).

Não se pode confundir o questionamento bem intencionado e a crítica construtiva, com a murmuração. Esta inclui más intenções; é insensível e traiçoeira; é negativa e destrutiva. Somos desafiados a rever a maneira como tratamos nossos líderes, pois o alvo dos murmuradores é sempre a liderança (Fp 2.25,29; I Ts 5.12,13; Hb 13.17).

A murmuração é incompatível com uma vida cristã marcada por fidelidade, confiança e cooperação. Conforme já foi mencionado na introdução, o texto de I Coríntios 10 – que recorda experiências de Israel no deserto -contém advertências quanto a uma série de erros que devemos evitar, dentre eles, a mur­muração (I Co 10.10).

A murmuração afasta a bênção e atrai o juízo de Deus. Mas, quando a murmuração cede lugar à confiança em Deus, à união e cooperação entre os irmãos, "ali derrama o Senhor a sua bênção e a vida para sempre" (S1133).

Devemos tomar cuidado para não incorrermos no pecado da murmuração. Ela pode ser extremamente prejudicial, tanto para nós, quanto para a igreja. É por isso que a Palavra de Deus recomenda: "Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo…" (Fp 2.14-16).

Reflexão Pessoal

1. Quando alguma coisa na igreja não está do seu agrado, você costuma procurar o pastor e a liderança para conversar, ou prefere ficar comentando por fora? O que é mais correto?

2. Você tem facilidade de ser influenciado por aqueles que só puxam para trás? Como se deve agir nestas situações?

Quem pode tomar a Santa Ceia?

  De acordo com a Bíblia, se você é salvo, você pode tomar a Santa Ceia.   Cada um deve examinar a si mesmo antes de participar da Santa Cei...