terça-feira, 29 de maio de 2012

O Governo do Anticristo



Publicado em 29 de Maio de 2012

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL


LIÇÃO Nº 10 - DATA: 03/06/2012

TÍTULO: “O GOVERNO DO ANTICRISTO” 
TEXTO ÁUREO – I Jo 2.18
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Apc 13.1-9



Há uma trindade satânica: O Dragão (Anti-Deus), a Besta (Anti-Cristo) e o Falso Profeta (Anti-Espírito). Assim, há um Satanás que quer ser Deus, um Anti-Cristo querendo destruir o mundo que Cristo quer salvar e um Anti-Espírito para operar astutamente no coração dos homens, onde exatamente o Espírito Santo de Deus anela fazer a maior obra: Convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo, salvá-lo e levá-lo para céu.
II – “ANTICRISTO”, “ANTICRISTOS” e “ESPÍRITO DO ANTICRISTO”:
A palavra ANTICRISTO só é mencionada na Bíblia em I e II João – I Jo 2.18, 22; 4.3; II Jo 7.
Originalmente, o prefixo “ANTI” significa “NO LUGAR DE”; “OPOSTO A”; “SEMELHANTE A”;
Nas na epístola de João, significa “CONTRÁRIO A”.
Assim, através de um jogo gramatical (singular e plural), o apóstolo João faz distinção entre:
(A) - O “ANTICRISTO” – I Jo 2.18 - Referindo-se ao governante mundial no tempo da Grande Tribulação;
(B) - “MUITOS ANTICRISTOS” I Jo 4.3 - Aqueles que, por meio de falsos ensinos, antecedem o ministério do Ditador Mundial, preparando-lhe o caminho. Ou seja, o que João quer dizer é que são muitos os precursores (falsos mestres e falsos profetas) que estão preparando o caminho para o aparecimento do Anticristo; e.
(C) - “ESPÍRITO DO ANTICRISTO” – I Jo 4.3 – Viver no poder e no espírito de uma pessoa não significa ser a mesma pessoa. Esta expressão (“ESPÍRITO DO ANTICRISTO”) significa que o mesmo ímpeto, a mesma coragem, o mesmo poder que impulsionar o Anticristo no cumprimento de sua missão, impulsionará, também, os “Anticristos” na preparação do caminho para o aparecimento do Governante Mundial. Para entendermos melhor o argumento leiamos – Lc 1.17 cf Jo 1.21 – Ou seja, ambos os profetas cumpriram missões em circunstâncias idênticas, mas eram duas pessoas distintas.
Logo, O ANTICRISTO (O DITADOR MUNDIAL) É “AQUELE QUE SE COLOCA NO LUGAR DE DEUS E CONTRA CRISTO SE LEVANTA”. É, essencialmente, um Cristo-substituto, um impostor mentiroso, um adversário de Cristo. Enfim, é um que imita a Cristo e, ao mesmo tempo, se opõe a Ele.
A expressão “ANTICRISTOS” refere-se diretamente àqueles que negam a humanidade de Jesus, o Seu nascimento virginal, e afirmam ser Jesus Cristo apenas um “AEON”, ou seja, uma emanação angelical de Deus, um entre muitos mediadores, salvadores ou deuses inferiores.
Já a expressão “ESPÍRITO DO ANTICRISTO” significa que o mesmo espírito que impulsiona o futuro Governante Mundial, agirá por detrás dos Anticristos, preparando o caminho para a vinda do Ditador Mundial, o Anticristo.
Desta forma, a expressão ANTICRISTO (a pessoa do Ditador Mundial – a Besta que subiu do mar) deve ser diferenciada dos muitos “ANTICRISTOS”, visto que estes últimos apenas preparam o caminho para o aparecimento do primeiro – I Jo 4.3; Apc 13.1 e ss.
Vejamos ALGUNS PRECURSORES BÍBLICOS DO ANTICRISTO:
(A) - CAIM, que matou a semente da mulher, Gn 3.15; I Jo 3.12.
(B) - NINRODE, o criador de Babilônia, Gn 11; Dn 2.37, Ap 18.19.
(C) - FARAÓ, o opressor do povo de Deus, Ex 1.18-22.
(D) - BALAÃO, instado a amaldiçoar Israel, Nm 23.24; Jd 11; Ap 2.14.
(E) - SAUL, que se intrometeu no ofício sacerdotal, I Sm 13.9-13.
(F) - ABSALÃO, que ousou apoderar-se do trono de Davi, II Sm 15.1-6.
(G) - JEROBOÃO, que intentou mudar os padrões estabelecidos por Deus, I Rs 12.25-31.
(H) - SENAQUERIBE, que planejou destruir Jerusalém, II Rs 18.17.
(I) - HAMÃ, que planejou exterminar todos os judeus, Ester 3.
(J) - ANTÍOCO EPIFÂNIO, que atentou contra o templo sagrado, Dn 11.25-35.
(L) - JUDAS, o homem que traiu a Jesus, Jo 6.70-71; 13.27; 17.12.
III – OS “ANTICRISTOS”:
Apc 13:12 e ss; 19.20 – De acordo com estas passagens bíblicas, o Anticristo estará cercado de magos e encantadores, que procurarão, de todas as formas, perverter os corações.
No passado, os monarcas babilônicos e os imperadores romanos, quando tomavam decisões, estavam sempre cercados por esta gente – Dn 2.2 e ss.
(A) - OS MAGOS – Eram os escribas sagrados; uma ordem de sábios que tinha a seu cargo os escritos sacros, que vieram passando de mão em mão desde o tempo da Torre de Babel. Algumas das literaturas das mais primitivas que se conhecem na terra eram constituídas desses livros de magia, astrologia, feitiçaria, etc – At 19.19.
(B) – OS ENCANTADORES – Significa “murmuradores de palavras” – de onde vem “esconjurar”. Eram encantadores que usavam fórmulas mágicas, atuados por espíritos médiuns – At 8.9; 13.8.
(C) – OS FEITICEIROS – Eram aqueles dados à magia negra. A mesma palavra é empregada em Ex 7.11 e II Tm 3.8.
(D) – OS CALDEUS - Denominava a casta sacerdotal deles todos. Onde se lê a palavra “caldeus” (com exceção daqueles nascidos na Caldéia), pode-se traduzir, igualmente, por astrólogos.
O que caracteriza os ANTICRISTOS e o ANTICRISTO é: A NEGAÇÃO DE JESUS COMO O VERBO, COMO O FILHO ETERNO DE DEUS e JESUS COMO O CRISTO DE DEUS.
Ainda na Santa Bíblia, podemos ver:
(1) - OS FALSOS MESTRES SOB A PERSPECTIVA DE PEDRO - II Pe 2:1-22.
(2) - OS FALSOS MESTRES SOB A PERSPECTIVA DE JOÃO - I Jo 4:1-6.
(3) - OS FALSOS MESTRES SOB A PERSPECTIVA DE PAULO - I Tm 4:1-5.
(4) - OS FALSOS MESTRES SOB A PERSPECTIVA DE JUDAS - Jd 3-9.
Estas, pois, são as diversas características dos “Anticristos” que, no “Espírito do Anticristo”, estão preparando o caminho para a chegada do Governante Mundial, o “Anticristo”.
IV - O ANTICRISTO:
O Anticristo será um homem personificando o diabo, porém, apresentando-se como se fosse Deus – Dn 11.36; II Ts 2.3-4.
Será um personagem de uma habilidade e capacidade desconhecidas até hoje.
Será o maior líder de toda a história, acima até mesmo de qualquer famoso general ou governante mundial conhecido.
Além da ação diabólica, outros fatores contribuirão decisivamente para a implantação do governo do Anticristo, como poderio bélico, alta tecnologia e poder econômico.
Será um grande demagogo; influenciará decisivamente as massas com seus discursos inflamados – Apc 13.3, 5.
O Anticristo será recebido ao aparecer como a solução dos problemas e crises sociais e políticas que fustigam o mundo inteiro para os quais os líderes mundiais mais capazes não encontram solução.
Enfim, é como se fosse o messias redentor da humanidade. No entanto, enquanto Cristo veio ao mundo para salvá-lo, o Anticristo virá para condená-lo eternamente.
Sua sabedoria e capacidade serão sobrenaturais, quando considerados seus atos à luz do relato bíblico. Vejamos:
(1) – TRÊS COISAS NOTÁVEIS: O SINAL, O NOME e O NÚMERO:
(A) – O SINAL – Apc 13.16 – O Apocalipse, em sua magnitude, é um livro de selo e assinalação. Em muitas de suas passagens vemos todo o exército do Anticristo assinalado em suas testas – Apc 13.16-17; 14.9; 16.2; 19.20;
O sinal sempre teve e tem conotação com o mundo religioso:
(A.1) – Na antiga dispensação, Deus exigiu que todos os machos do povo de Israel tivessem uma marca no seu corpo: a circuncisão – Gn 17.10-13, 21-27; Js 5.2, 5.
(A.2) – Na nova dispensação, há uma marca, um selo espiritual – Ef 1.13 cf Mt 16.17.
(A.3) – Os 144 mil receberam uma marca na testa – Apc 7.1-8; 14.1-3.
(A.4) – Os habitantes da Nova Jerusalém terão os nomes nas testas – Apc 22.4.
(A.5) - O profeta Ezequiel descreve uma companhia de homens assinalados – Ez 9.4 e ss -. Nesta passagem bíblica, a expressão “O SINAL” é “ÕTH” que significa “MARCA DISTINTIVA”.
Este “SINAL”, posto pelo homem vestido de linho, protegia dos juízos de Deus sobre a rebelde cidade. Para o leitor hebreu, isto significava um sinal usado como assinatura, garantia e autenticidade.
(A.6) - Is 44.5 menciona a inscrição do nome de Deus sobre as mãos dos fiéis, para identificá-los como pertencentes a Ele.
O Anticristo sabe que para Israel o aceitar como seu falso Messias, exige primeiro um sinal. Assim sendo, ele procurará imitar a Cristo até mesmo na religião.
(B) – O NOME – Apc 13.17 – Em toda a extensão da Bíblia o nome exprime a realidade profunda do ser que o carrega. Por isso, a criação só está completa no momento em que a coisa trazida à existência recebe um nome.
Em tudo o Anticristo deseja imitar a Pessoa de Cristo, o Ungido do Senhor. Vejamos:
(B.1) – Jesus é O Justo; o Anticristo é O Iníquo;
(B.2) – Jesus é O Filho de Deus; o Anticristo é o filho da perdição – II Ts 2.3;
(B.3) – Ao entrar no mundo, Jesus disse: - “Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade” – Hb 10.9; do Anticristo está escrito que ele fará conforme a sua vontade – Dn 11.36.
(B.4) – Jesus tem consigo diversos nomes e títulos: JESUS; SENHOR; CRISTO; SENHOR JESUS; JESUS CRISTO; CRISTO JESUS; CRISTO, O SENHOR; SENHOR JESUS CRISTO; ADVOGADO (I Jo 2.1); BISPO DAS VOSSAS ALMAS (I Pe 2.25); MARAVILHOSO, CONSELHEIRO, DEUS FORTE, PAI DA ETERNIDADE e PRÍNCIPE DA PAZ (Is 9.6); O AMÉM, A TESTEMUNHA FIEL E VERDADEIRA, O PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO DE DEUS (Apc 3.14); O LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ (Apc 5.5); FIEL E VERDADEIRO (Apc 19.11); A PALAVRA DE DEUS (Apc 19.13); REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES (Apc 19.16), etc…;
O Anticristo, como na antítese do verdadeiro Cristo, também se apresentará com seus nomes e títulos: O HOMEM VIOLENTO (Is 16.4); O HOMEM DO PECADO E O FILHO DA PERDIÇÃO (II Ts 2.3); O PRÍNCIPE QUE HÁ DE VIR (Dn 9.26); O REI DO NORTE (Dn 11.40); O ANGUSTIADOR (Is 51.13); O INÍQUO (II Ts 2.8); O MENTIROSO (I Jo 2.22); O ENGANADOR (II Jo 7); O ANTICRISTO (I Jo 2.18, 22; 4.3); A BESTA (Apc 11.7; 13.1 e ss); UM REI FEROZ DE CARA (Dn 8.23), etc…;
Assim, o Anticristo terá um nome político que lhe servirá como ponto de observação, posto que o nome, também, expressa fama e reputação – Gn 6.4; 11.4; Nm 16.2; Dt 32.3.
E, além destes nomes e títulos, o Anticristo, judicialmente, terá seu próprio nome - Jo 5.43.
(C) – O NÚMERO – Apc 13.17 – O número (666) ocorre graficamente por três vezes na Bíblia: II Cr 9.13; Ed 2.13; Apc 13.18.
O número “666” é o número de “um homem mau”, sendo a unidade de “6” impressa sobre ele em sua criação e em sua história subsequente. Observemos:
(C.1) – O homem foi criado no 6º dia (Gn 1.26-27, 31); deve trabalhar em 6 dias (Ex 20.9); deve trabalhar 6 anos em sete (Lv 25.2); o escravo hebreu deve servir por 6 anos (Dt 15.12).
(C.2) - Golias tinha altura de 6 côvados e um palmo; sua lança pesava 600 ciclos de ferro e sua armadura era composta de seis peças (capacete, couraça, grevas, escudo, lança, espada) – I Sm 17.4-7; 21.9.
(C.3) - A terrível situação da adoração da imagem do Anticristo já é representada em Daniel Capítulo 3.1 (60 côvados de altura e 6 de largura). Além disso, foi mostrado aos povos, através de 6 instrumentos nominalmente citados (buzina, pífaro, harpa, sambuca, saltério e gaita de foles), quando deviam prostrar-se diante da imagem e adorá-la. Desse modo, a estátua erguida por ordem de Nabucodonosor é uma representação do que irá acontecer no governo do Anticristo.
(C.4) - II Tm 3.1-4 - Quanto ao caráter do Anticristo, o apóstolo Paulo enumerou, POR TRÊS VEZES, as SEIS características dos cristãos apenas de nome dos tempos finais:
6 - Egoístas, Avarentos, Jactanciosos, Arrogantes, Blasfemadores, Desobedientes aos pais;
6 - Ingratos, Irreverentes, Desafeiçoados, Implacáveis, Caluniadores, Sem domínio de si;
6 - Cruéis, Inimigos do bem, Traidores, Atrevidos, Enfatuados, Antes amigos dos prazeres que amigos de Deus.
Todas essas são características dos Anticristos, que trabalham incansavelmente, no “Espírito do Anticristo”. São aqueles que, após convertidos, se degeneraram e se transformaram em anticristos, porque perderam o amor à verdade. Ou seja, “… tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder…” – II Tm 3.5.
(2) - A ORIGEM DO ANTICRISTO:
(A) - Surgirá do abismo, Ap 11.7 – O Anticristo é de origem satânica e tem seu poder oriundo diretamente do reino demoníaco, diretamente do inferno.
(B) - Emergirá do mar, Ap 13.1 – Mar é símbolo das nações inquietas, angustiadas, não regeneradas, em constante agitação, semelhante a um caldeirão borbulhante da vida nacional e social confusa, de onde saem grandes movimentos históricos – Lc 21.25-26; Is 57.20; Apc 17.1, 15.
(C) - Receberá autoridade das mãos de Satanás, Ap 13.4; II Ts 2.3, 9, 12.
(3) - SUA NATUREZA HUMANA:
(A) - Será um homem, um gênio político, Ap 17.11-12.
(B) - Será um gênio em oratória, falará cousas incríveis, Dn 11.36.
(C) - Será um gênio intelectual e entendido em adivinhações, Dn 8.23.
(D) - Será um gênio empresarial, Ap 13.16-17.
(E) - Será altamente entendido em assuntos religiosos, Ap 13.8; II Ts 2.4.
(4) - SUA NATUREZA ESPIRITUAL:
(A) - É chamado “homem da iniquidade”, II Ts 2.3, e se compraz na perversidade.
(B) - É também chamado “iníquo”, II Ts 2.8 - Esta palavra vem do vocábulo grego “ANOMOS” = “O SEM LEI”. Signifíca, pois, que ele se oporá a qualquer forma de ordem constituída. Será um cruel inimigo das leis, desde que elas traduzam de alguma maneira, uma visão cósmica da sabedoria de Deus ou de Sua influência no mundo.
(5) - SUA MANIFESTAÇÃO:
(A) - Daniel capítulo 9, menciona que dois príncipes hão de manifestar. Um deles é o Senhor Jesus, “O Príncipe dos Reis da Terra”; e o outro será o Anticristo, o “Príncipe que há de vir”, Dn 9.26-27.
(B) - Ele se oporá tenazmente a Deus, exaltando-se como Deus, aceitando adoração como Deus e identificando-se como Deus - II Ts 2.4.
(6) - SUA ATUAÇÃO POLÍTICA:
(A) - Ele controlará a Rússia e o Oriente Médio, Ez 38; 39.
(B) - Será um ditador tirano, que reinará durante sete anos. A plenitude de seu governo será na metade desse período, Ap 13.5; Ap 12.6-14; Dn 7.25.
(C) - Controlará as atividades econômicas, políticas e religiosas do mundo, Dn 11.38-43; Ap 13.17; Ap 17.12-17; Ap 13.4,7; Ap 14.9-11; Ap 15.2; Ap 16.2.
(D) - Exercerá controle sobre a mente dos homens e imporá sua marca, Ap 13.2-4;Ap 16.2; Ap 13.16-18; Ap 14.9-11; Ap 15.2.
(E) - Comandará um bloco político de dez governos, Ap 17.12 e controlará as nações em geral, Dn 11.36-37; Ap 13.16; Sl 2.
(F) - Mudará os tempos e as leis, Dn 7.25.
(G) - Mobilizará as nações para o Armagedon, Ap 16.13-16; 19.19-21
(7) - SUAS ATIVIDADES RELIGIOSAS:
(A) - Controlará o sistema religioso / político mundial, Ap 17.16-17.
(B) - Será adorado pelos homens, Ap 13.3-4, 8.
(C) - Inspirará temor, promoverá a iniquidade e apostasia em todo o mundo, II Ts 2.3,8-12; Ap 13.1-18; Ap 14.9-13; Ap 15.2-4.
(D) - Proferirá terríveis blasfêmias, Ap 13.5; Dn 7.25 – Aqui, “blasfêmias” não são palavras ofensivas diretamente a Deus; não quer dizer amaldiçoar, mas fazer ou dizer algo em relação a Deus que profana o nome divino ou viola Sua glória e Sua divindade; serão palavras de auto-deificação, ou seja, o Anticristo se autoproclamando Deus. O sumo-sacerdote acusou Jesus exatamente desta blasfêmia – Mt 26.65.
(E) - Apresentar-se-á no templo em lugar de Jesus, II Ts 2.4.
(8) - SEUS MILAGRES:
(A) - Está escrito que ele operará milagres, Ap 13.1-l8; Ap 19.20; Dn 8.24; II Ts 2.8-12.
(9) - SEU RELACIONAMENTO COM ISRAEL:
(A) - Ele fará um pacto com Israel por sete anos, o qual será quebrado na metade, Dn 9.27.
(B) - Ele tentará destruir Israel, Ap 12.
(10) - SEU RELACIONAMENTO COM SATANÁS:
(A) - Ele virá na imagem de Satanás, Ap 13.4; II Ts 2.9 cf Hb 1.3.
(B) - Como Judas, ele se entregará pessoalmente a Satanás Ap 13.2; Dn 8.24.
(C) - Ele será agente e representante pessoal de Satanás, II Ts 2,9; Dn 8.24; Ap 13.7.
(11) - ATUAL RESTRIÇÃO DE SEU PODER:
(A) - Atualmente ele está impedido de se manifestar devido a presença do Espírito Santo, usando a Igreja, II Ts 2.6-7.
(12) - A ACEITAÇÃO DO ANTICRISTO PELA SOCIEDADE HUMANA:
(A) - O Anticristo conseguirá iludir a raça humana.
(B) - Satanás tem tomado providências para preparar sua chegada.
(C) - A natureza decaída do homem sempre prefere voltar-se contra Deus, Gn 4.23-24; Rm 2.17-21; Jo 5.43.
(13) - A GUERRA ENTRE O ESPÍRITO DO ANTICRISTO E A IGREJA:
(A) - O Diabo sabe que a Igreja subirá no arrebatamento antes da aparição do Anticristo, o que o faz ficar sempre inconformado.
(B) - O Espírito do Anticristo guerreia através de falsas doutrinas, expansão do movimento ecumênico mundial, modernismo teológico, vaidade desenfreada, espírito de apostasia, rebelião, murmuração, ateísmo, desordens em geral e perseguição aos santos. Ler I Tm 4.1; Ap 6.11; 11.7; 13.7,17; 17.6; Mc 13.9-13; I Tm 3.15; Mt 5.14,15.
(C) - O Espírito do Anticristo está atacando terrivelmente a família.
(D) - A Igreja tem que combater as forças diabólicas, libertando as almas cativas, At 26.18; Cl 1.13.
(14) - A VITÓRIA DE CRISTO SOBRE O ANTICRISTO:
(A) - Na segunda fase da volta de Jesus, o Anticristo será vencido por Cristo, II Ts 2.8; Ap 19.11-21; Dn 11.36-45.
(B) - O Anticristo será morto por Cristo, II Ts 2.8; Dn 7.11; 8.25. Nunca nos esqueçamos de que o poder de Cristo é absoluto, é definitivo, é total. Facilmente Ele destruirá toda a arrogância do Anticristo.
V - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Apc 3.4 – Temos aqui a resposta para a questão do caráter e do objetivo do Anticristo; ele não quer exercer meramente um poder político – sua meta é conquistar a lealdade das pessoas e desviá-las da adoração a Deus. Desviar-se de Deus e submeter-se ao Anticristo, na realidade, é adorar a satanás. O tempo do Anticristo será de luta pelas almas da humanidade. A besta evidenciará um poder tão grande que o mundo será convencido da futilidade de lhe querer resistir – II Ts 2.9-10.
Por outro lado, a Igreja do Senhor Jesus Cristo, lavada e comprada com Seu precioso sangue, nunca precisa temer o Anticristo. Além de não estarmos destinados a um confronto com ele, temos a segurança de sermos sempre libertos do poder terrível de seu espírito. O que nos compete hoje e sempre é permanecermos firmes com o Senhor Jesus. CRISTO É E SERÁ SEMPRE O VENCEDOR DO ANTICRISTO. A única maneira de escapar do Anticristo é ficar com O Verdadeiro Cristo e sermos, para sempre, cidadãos do céu – Apc 13.6 cf Fp 3.20.

terça-feira, 22 de maio de 2012


LAODICEIA, UMA IGREJA MORNA.


A Fundação da Igreja em Laodiceia


Laodiceia recebeu este nome em 250 a.C, após ser conquistada pelo governador sírio, Antíoco II, em homenagem a sua esposa Laodice. Em 133 a.C. os romanos fizeram da cidade um centro judicial e administrativo, investindo também em sua infra-estrutura, cooperando dessa forma para que se transformasse num rico centro comercial. Suas atividades econômicas envolviam a industria de lã negra, o manufaturamento de vestimentas comuns e caras, e a invenção e produção de um colírio eficaz para os olhos.[1] Essas atividades, e a riqueza material delas advindas será utilizada por Jesus como metáfora para descrever a real condição espiritual da igreja em Laodiceia.Uma característica bem peculiar da cidade, que será também citada metaforicamente por Jesus, era a qualidade de sua água. A cidade era abastecida pela água que vinha de Heliópolis, que ficava a uma distância de aproximadamente dez kilômetros, que chegava em Laodiceia morna e saturada com carbonato de cálcio, onde bebida naquelas condições induzia ao vômito.[2]O templo para o culto ao imperador ocupava um lugar central na cidade.[3]Assim como no caso de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes e Filadélfia, o Evangelho pode ter chegado em Laodiceia através da obra missionária de Paulo (At 19.10), mas não devemos descartar a hipótese de que testemunhas e convertidos no dia de Pentecostes poderiam ter sido os primeiros a levar o Evangelho para aquela região (At 2.5-11).A Condição da Igreja em LaodiceiaConheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;(Ap 3.15-16)A condição espiritual da igreja em Laodiceia se assemelhava com a mornidão da água da cidade. Laodiceia vivia um modelo de cristianismo tão apático, que as suas obras não eram sequer dignas de serem mencionadas. Pregação, ensino, evangelização, discipulado e outras realizações parecem não fazer parte da agenda da igreja em Laodiceia. É nesse ponto que encontramos na carta o primeiro sinal da manifestação da graça de Jesus operando em favor dos crentes laodicenses. Ele declara: “estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. O tempo verbal no grego implica uma ação ainda não executada, ou seja, apesar da condição da igreja, a graça de Jesus estava dando aos crentes em Laodiceia tempo para se arrependerem após a leitura da carta[4] Muitas igrejas locais ao longo da história já foram vomitadas pelo Senhor, por desprezarem ou abusarem da graça, que sempre precede o juízo de Deus.[...] pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. (Ap 3.17)Os comentaristas estão divididos se a declaração de Jesus aqui diz respeito a um sentimento de auto-suficiência espiritual ou material da igreja em Laodiceia. Na realidade, os dois tipos de sentimento são perniciosos. Nossa Assembleia de Deus, assim como qualquer outra denominação evangélica, precisa estar alerta para esse tipo de postura.Nenhuma igreja pode se vangloriar do poder do Espírito e dos dons que nela opera, do capital teológico e cultural que possui, de sua riqueza musical, nem de qualquer outra riqueza espiritual. O que temos e somos, temos e somos pela graça de Jesus.E o que falar das coisas materiais? Mas uma vez temos aqui um alerta contra os perigos das ideias fomentadas pela Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira. Ser rico não é pecado (nem ser pobre também), mas implica em muitos perigos:Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. [...] Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida. (1 Tm 6.9, 10, 17-19)A prosperidade espiritual, ministerial, financeira e material, quando graciosamente, e não barganhosamente adquirida, não deve alimentar nossas loucas concupiscências, nem fortalecer nenhum sentimento de orgulho e auto-suficiência. A igreja em Laodiceia não apenas vivenciava, mas também verbalizava a sua aparentemente rica, mas na realidade infeliz, pobre e miserável condição.A igreja em Laodiceia foi vitimada também pelo auto-engano, tendo uma visão equivocada de si mesma. A igreja em Laodiceia estava cega ao ponto de não perceber a sua nudez espiritual. Uma coisa é aquilo que pensamos de nós mesmos, e outra é o que Deus pensa e diz sobre nós. Precisamos nos ver como Deus nos vê. Precisamos nos perceber como Deus nos percebe. Foi percebendo tal necessidade, e se achando incapaz de ter uma visão real de sua própria condição, que o salmista orou ao Senhor:Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno. (Sm 139.23-24)Oremos ao Senhor, para que Ele comunique à nossa consciência o nosso real estado espiritual, para que assim possamos ser poupados do vômito divino.Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. (Ap 3.18)Mas uma vez temos aqui a graça de Jesus agindo em favor da igreja. O texto se equipara ao que encontramos em Isaías 55.1.[5]Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.Como podemos comprar alguma coisa do Senhor? Somente através da graça é possível obter dele ouro refinado, vestiduras brancas e colírio. A fala de Jesus assume o tom de um amável conselho.Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. (Ap 3.19)O amor de Jesus não implica numa tolerância conivente. Quando se faz necessário ele nos disciplina, e faz isso ainda em amor (Hb 12.5-11). Os crentes em Laodiceia tinham abandonado o zelo pelas coisas do Senhor. O termo grego zelos em sentido figurado positivo(Jo 2.17; Rm 10.2; 1 Co 14.1; 2 Co 7.7,11; 11.2; Cl 4.13) implica em ardor, cuidado, fervor, características que deveriam ser buscadas pela igreja.A necessidade de arrependimento é aqui também declarada. O arrependimento que possibilita novamente o perdão e aceitação de Deus é mais do que simples verbalização de frases prontas e impressionistas. O termo grego para “arrependimento” émetanoeo,que implica em mudança de pensamento ou mentalidade que resulta em mudança de sentimentos e atitudes. É uma mudança plena de uma condição que desagrada a Deus, para uma outra condição que o alegra. Arrependimento é tristeza diante do pecado, e não simples remorso (2 Co 7.10).Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. (Ap 3.20)Que imagem forte. O Senhor da igreja, que pela altivez e orgulho dos crentes fora dela excluído, graciosamente e pacientemente bate à sua porta buscando oportunidade de cear, comungar e celebrar. Em congregações, lares e vidas, o quadro se repete na atualidade.Que o alerta e a promessa de Jesus aos crentes laodicenses possa reverberar e encontrar guarida em vidas auto-suficientes, apáticas, indolentes e mornas:Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Ap 3.21-22).


Fonte Postado por  Pastor 

quarta-feira, 16 de maio de 2012


FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO. Subsídio para Lição Bíblica - 2º Trimestre/2012


A Fundação da Igreja em Filadélfia
Filadélfia foi fundada em 140 a.C. por Átalo II. Em homenagem a seu irmão Eumenes, e por seu amor fraterno a ele, a cidade chamou-se Filadélfia. Com um solo extremamente fértil, a cidade tornou-se conhecida por seus vinhos e bebidas refrigerantes. Um templo foi erguido entre 69 e 70 d.C. em homenagem e para culto ao imperador Vespasiano.

[1] O ponto forte de Filadélfia era a sua localização estratégica, o que a tornou rota obrigatória do correio imperial nas comunicações entre o ocidente e o oriente.

[2]Assim como em Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira e Sardes, o Evangelho pode ter chegado naquela cidade através da obra missionária de Paulo (At 19.10), mas não devemos descartar a hipótese de que testemunhas e convertidos no dia de Pentecostes poderiam ter sido os primeiros a levar o Evangelho para aquela região (At 2.5-11).
A Condição da Igreja em Filadélfia
Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: (Ap 3.7)
Em sua apresentação à igreja em Filadélfia, o Senhor Jesus destaca três de seus atributos: santidade, verdade e autoridade soberana. Na condição de santo: “Ele é absolutamente separado de todas as Suas criaturas e exaltado sobre elas, e que Ele é igualmente separado da iniqüidade moral e do pecado”.

[3] Como verdade, o conhecimento, declarações e representações do Cristo Deus se conformam eternamente com a realidade.

[4] Ele é aquele de plena integridade, confiabilidade e fidelidade.

[5] Em sua autoridade soberana, Ele governa sobre tudo e sobre todos, e ninguém pode lhe impor limites. Ele realiza sua vontade no céu e na terra (Mt 28.18) sem impedimento algum (Ef 1.11; Rm 11.36).

[6] Por isso, Ele abre e ninguém fechará, e fecha e ninguém abrirá.
Conheço as tuas obras — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar — que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.(Ap 3.8)
Junto com Esmirna, Filadélfia não é repreendida pelo Senhor. São muitas as indicações da forte influência da igreja em Filadélfia através dos séculos, mesmo quando o islamismo tornou-se a religião dominante naquela região. Na primeira metade do século 20, cinco congregações cristãs ainda floresciam em Filadélfia.

[7]Há praticamente consenso entre os estudiosos das Escrituras de que a “porta aberta” citada na carta se relaciona com onde Filadélfia estava estabelecida, o que facilitava a pregação do Evangelho (1 Co 16.9; 2 Co 2.12; Cl 4.3). Dessa forma, através da igreja em Filadélfia, o Evangelho era livremente e ativamente pregado e ensinado.
No caso da “pouca força” da igreja, alguns comentaristas atribuem o fato ao número pequeno de crentes na cidade

[8], enquanto que outros afirmam a carência de poder espiritual, em comparação com o Pentecoste.

[9] Há ainda os que alegam a ausência de riquezas materiais, pujança teológica e de celebridades.

[10] Independente do significado de “pouca força”, na graça de Jesus a igreja permaneceu fiel ante a oposição dos da sinagoga de Satanás (Ap 3.9), a quem o Senhor promete fazer vir e curvar-se diante deles, levando-os a admitir o amor de Jesus por sua igreja.
Lições que Aprendermos com a Igreja em Filadélfia
A igreja em Filadélfia nos ensina grandes lições e nos deixa belos exemplos.
Em primeiro lugar, é necessário continuar aproveitando a liberdade de pregação do Evangelho em terras nacionais, mas sem se descuidar com as missões transnacionais. O brasileiro é privilegiado com a pluralidade de seu estereotipo, o que facilita a sua infiltração em qualquer nação e povos no mundo. Infelizmente, a pregação do Evangelho vem se enfraquecendo, e os recursos que deveriam ser investido em missões e nos missionários são gastos com luxo, superfluidade denominacional e pessoal por parte de algumas lideranças. Em muitos lugares se pratica uma falsa generosidade, onde o líder da igreja vive com um altíssimo salário (além de outros privilégios), enquanto seus auxiliares, na grande maioria, ganham pouco mais do que o mínimo. Quando reclamam, escutam que precisam aprender a viver pela fé, enquanto o próprio líder não vivencia esse tipo de fé. Será que esses líderes passariam hoje na prova do jovem rico, aqui adaptada?
Disse-lhe Jesus (ao presidente): Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pastores e obreiros auxiliares e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. Tendo, porém, o presidente ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades. (Adaptado de Mt 19.21-22)
Não me refiro aqui a ninguém especificamente, e o Senhor é minha testemunha. Nem estou afirmando que todo “presidente de igreja” é rico, avarento e injusto. Conheço muitos que vivem dignamente, em justiça, e em generosidade o Evangelho de Jesus. Falo apenas de circunstâncias e fatos da vida evangélica real. Alguém certa vez me disse que eu deixaria de ser convidado por algumas igrejas por causa de minhas claras e firmes colocações. Penso que enquanto houver pastores sérios e tementes a Deus à frente de igrejas, o Senhor continuará a me “abrir portas” através de seus servos fiéis. Creio naquele que me chamou, e que me achou digno para o santo ministério. Não posso recuar diante daquilo para o qual fui designado. Para isso, conto com a graça de Jesus, com o poder do Espírito e com as orações dos santos.
Se Jesus não era mais rico do que os apóstolos, e se os apóstolos não foram mais ricos do que os bispos e presbíteros, se os bispos e presbíteros não foram mais ricos que os diáconos, e se a liderança da igreja de forma geral não era necessariamente mais rica que os membros, de onde vem a ideia de que quanto maior o cargo na igreja, mais dinheiro e posses se deve ter? Pura mentalidade capitalista selvagem. Prego aqui algum tipo de socialismo ou comunismo cristão? Não, antes, na atual conjuntura, falo de encurtar as distâncias econômicas entre obreiros, e entre obreiros e igreja.
Em segundo lugar, as portas para a pregação do Evangelho não são abertas por fórmulas mágicas ou estratégias mirabolantes de evangelização ou crescimento de igreja. Deus coopera com o homem (1 Co 3.9) na pregação do Evangelho, mas todo raciocínio e lógica humana precisam estar submissos a sua soberana vontade e direção (At At 13.1-3; 16.6-10).
Em terceiro lugar, a força espiritual de uma igreja não está no tamanho dela, na opulência dos seus templos, na influência social de seus membros, no dinheiro guardado em caixa, nem no seu patrimônio histórico, material e cultural. A força espiritual de uma igreja não pode ser aferida somente pelas manifestações dos dons espirituais, das línguas, das profecias, dos milagres, das curas, etc. A força e a autoridade espiritual de uma igreja local se relacionam diretamente com a sua obediência incondicional ao seu Senhor. Diante desta autoridade, não há sinagoga de Satanás que possa prevalecer.
Termino como nas demais cartas, citando as promessas de Jesus à igreja em Filadélfia, que podem se manter, ou se tornar nossas também:
Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Ap 3.11-13)

Quem pode tomar a Santa Ceia?

  De acordo com a Bíblia, se você é salvo, você pode tomar a Santa Ceia.   Cada um deve examinar a si mesmo antes de participar da Santa Cei...