domingo, 3 de junho de 2018

Lição 10 - Vivendo neste presente século: Adultos - Betel



Texto Áureo 

  Tito 2.12
Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente.
Verdade Aplicada

O referencial, em todas as áreas da vida, para o discípulo de Jesus viver neste mundo é a Palavra de Deus e a capacitação é dada pelo Espírito Santo.

Objetivos da Lição
Mostrar algumas marcas do presente século;
Ressaltar a necessidade de viver no presente século como uma nova criatura;
Explicar o que é despojar, renovar e revestir a partir de 
Efésios 4.

Glossário
Derredor: Ao redor, em torno, em volta;
Diretrizes: conjunto de instruções;
Modus vivendi: Modo de viver.

Leituras complementares
Segunda Lv 18.1-4
Terça Dt 4.1-8
Quarta Mt 5.13-16
Quinta Rm 12.1-21
Sexta Cl 3.1-25
Sábado Tt 2.11-15

Textos de Referência.


  Efésios 4.17-21
17 E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade do seu sentido,
18 entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração,
19 Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para, com avidez, cometerem toda impureza.
20 Mas vós não aprendestes assim a Cristo,
21 Se é que o tendes ouvido e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus,



Motivo de Oração
Ore pelos cristãos que estão na frente dos trabalhos evangelísticos.

Esboço da Lição
Introdução
1. Algumas marcas no presente século.
2. Vivendo como nova criatura.
3. Despojar, renovar e revestir.


Introdução
Fomos libertos da escravidão do pecado, salvos pela maravilhosa graça de Deus, mas continuamos a viver neste mundo. Estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 17.14, 16).



1. Algumas marcas do presente século.
Vivemos num mundo que nos desafia a todo o tempo. Esta é uma era de grandes transformações. Mudanças estão cocorrendo em todos os aspectos da vida. Alguns estudiosos afirmam que vivemos um período de “explosão do conhecimento”.

1.1. Influências do presente século.

Uma das marcas do final do século XX e início do XXI é o papel central da informação e do conhecimento aliado à globalização. A rapidez e a superficialidade dos relacionamentos, tanto entre os seres humanos, como também entre a pessoa e Deus, são outras características marcantes dos dias de hoje. Tais ocorrências têm influenciado profundamente o ser humano de forma integral: relacionamentos (social e familiar), psicológico, físico, espiritual, entre outros.

Parece que o salmista retrata o presente século, quando constata a desconstrução de conceitos, o descarte dos bons costumes, as mudanças de valores e dos fundamentos morais: “que pode fazer o justo?” (Sl 11.3). Pois, afinal, os discípulos de Jesus Cristo foram libertos do poder do pecado, salvos pela graça de Deus que se manifestou, chamados por Deus para a santificação, feitos templos do Espírito Santo e pertencem a Deus, a quem devem glorificar no corpo e no espírito (Tt 2.11-12; Ef 2.1-10; 1Ts 4.7; 1Co 6.19-20).

1.2. Desafios do discípulo de Cristo.
Contudo, mesmo após a sobrenatural experiência, tão radical, grandiosa e transformadora, ao ponto de a Bíblia designá-la de “novo nascimento” ou “ressurreição” (1Pe 1.23; Cl 3.1), continuamos no mundo. Isto é, morando no mesmo endereço, em contato com as mesmas pessoas, trabalhando na mesma empresa, estudando na mesma escola, comprando, vendendo, negociando, votando, passeando, brincando, passando por alguns momentos difíceis.

Estamos rodeados por um “sistema de crenças, valores, costumes e princípios” tão contrário à Palavra de Deus e somos bombardeados diariamente por uma quantidade enorme de informações diversificadas e influenciadoras. Eis um tremendo desafio: viver neste presente século como um discípulo de Jesus Cristo!

1.3. Mundo: estamos, mas não somos.
Alguns textos bíblicos descrevem o mundo, no sentido espiritual, como um sistema que está em competição com Deus, pois adota um “modus vivendi” sem considerar a vontade de Deus e o relacionamento do discípulo de Cristo com o mesmo. Lembremo-nos de que o “espiritual” influencia todas as áreas da vida humana: Jesus disse que os Seus discípulos estão no mundo, mas não são do mundo (Jo 17.14, 16); pois o mundo aborrece os que são discípulos de Jesus (Jo 15.18).

Não podemos nos deixar sermos seduzidos pelas falsas religiosidades do mundo (Tg 1.26). O mundo está no maligno (1Jo 5.19). Ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus (Tg 4.4). O discípulo de Cristo não deve se apegar às paixões mundanas (1Jo 2.15-17). O discípulo de Cristo não recebeu o espírito do mundo (1Co 2.12); “não vos conformeis com este mundo” (Rm 12.2).

2. Vivendo como uma nova criatura.
Após uma breve constatação sobre algumas marcas do “presente século”, precisamos prosseguir na reflexão, pois não basta apenas conhecer as características deste mundo (no presente estudo, sempre no sentido enfatizado no tópico anterior), mas, sim, viver no presente século como uma nova criatura.

2.1. Luz e sal no mundo.
A Bíblia não apenas identifica as características do presente século e registra alertas de Deus, como também ressalta que o discípulo de Cristo permanece um tempo neste contexto e dá diretrizes de como viver. A vida do discípulo de Cristo não resume apenas em uma experiência pessoal, que se restringe somente à vida privada do ser humano. O poeta e pastor inglês John Donne escreveu: “Nenhum homem é uma ilha”, O próprio Jesus, ao orar pelos discípulos, pediu ao Pai não para tirá-los do mundo, mas para que os livrasse do mal e fossem santificados, pois estavam sendo enviados ao mundo para anunciar o Evangelho, enquanto aqui permanecessem (Jo 17.15-18).

O Senhor disse que os Seus discípulos devem ser “sal da terra” e “luz do mundo” e que os homens devem ver as boas obras em nós para que Deus seja glorificado (Mt 5.13-16). Ou seja, como discípulos de Cristo, devemos viver neste mundo conforme nossa identidade, pois, se assim não for, seremos como um sal sem sabor ou uma luz invisível.

2.2. Diferentes para fazer a diferença.
O chamado de Deus para que o Seu povo seja diferente vem desde o Antigo Testamento. Quando libertou o povo de Israel da escravidão no Egito, antes de introduzi-lo na Terra Prometida, Deus os levou ao Monte Sinai. Ali, deu orientações e ordenanças que deveriam nortear a vida do Seu povo durante o restante da peregrinação no deserto e quando se estabelecessem em Canaã. Deus disse que o Seu povo não deveria viver segundo os costumes do povo do Egito, onde haviam vivido tantos séculos, nem conforme os costumes do povo de Canaã, para onde o Senhor os estava levando (Lv 18.1-5)

O povo de Israel, por ter o Senhor como o seu Deus, deveria viver segundo os princípios e a ética divina em todas as áreas da vida: cultuar a Deus, serviço a Deus; relação familiar; relação social; trabalho. Ou seja: ser diferente! Para nós, discípulos de Jesus no século XXI, a ordenança divina não é diferente. Ao refletirmos nas palavras de Jesus, encontramos expressões bastante significativas: “não faça... como fazem...”; “não sejas como”; “não useis... como”; “Não vos assemelheis, pois a eles...” (Mt 6.2, 5, 7-8). Ou seja, Jesus está dizendo: sejam diferentes!

2.3. Relacionamentos com Deus e a Sua Palavra.
Considerando as marcas do presente século mencionadas anteriormente e o fato de “Não sermos uma ilha”, a tendência é o conformismo, é sermos absorvidos pela cultura do mundo em que vivemos, é deixar-nos sermos conduzidos pela “moda”, é sermos envolvidos. Porém, assim como Deus falou para Israel, continua alertando o Seu povo neste tempo para não nos moldarmos ao sistema deste mundo (Rm 12.1-2). Desse modo, é preciso estarmos alertas, pois a mistura enfraquece, como aconteceu com Efraim (Os 7.8-9).

O professor e teólogo escocês F.F. Bruce, em seu comentário da Carta aos Romanos (capítulo 12), escreveu sobre como o povo de Deus deve viver, tendo em vista to o que Ele faz (registrado em Romanos 1 a 11): “Em vez de viverem pelos padrões de um mundo em desacordo com Deus, os crentes são exortados a deixar que a renovação das suas mentes, pelo poder do Espírito, transforme as suas vidas harmonizando-as com a vontade de Deus. É pelo poder do Espírito neles, penhor da sua herança no século vindouro, que podem resistir à tendência de viverem ao nível ‘deste século’”. É o que a Bíblia enfatiza sobre a ação do Espírito Santo na vida do discípulo de Cristo (Rm 8.5, 8-9; 2Co 3.17-18; Gl 5.16). Devemos viver pelo poder do Espírito e pelas instruções e diretrizes encontradas na Palavra de Deus. Interessante que o próprio Deus falou com o povo de Israel que os povos ao redor constatariam que se tratava de uma nação sábia e entendida, com um modo de viver diferente, a partir de duas características observadas: relacionamento e comunhão com Deus; e Palavra de Deus como referencial de fé e conduta para a vida (Dt 4.1-8). Infelizmente, ao longo da história de Israel, o povo não atentou para seguir estas instruções e advertências, ocasionando muitas derrotas e sofrimentos. Se misturaram com os povos pagãos e aprenderam as obras que desagradavam a Deus (Sl 106.35).

3. Despojar, renovar e revestir.
As três expressões que intitulam este tópico foram extraídas de Efésios 4. É interessante notar que as cartas paulinas são compostas de ensino e prática. Primeiro, é feita a exposição doutrinária; as verdades que norteiam a vida cristã; a ação divina para nos resgatar (Ef 1 a 3; Rm 1 a 11; Cl 1 e2; 1Ts 1 a 3; etc.). A seguir a ênfase é a conduta, o comportamento daquele que segue a doutrina exposta.

3.1. Doutrina e prática.
Nos três primeiros capítulos da epístola aos Efésios encontramos doutrina, princípios, plano de Deus; nos últimos três capítulos (4 a 6) a ênfase é o dia a dia, a prática da vida cristã, o viver do discípulo de Jesus Cristo em cada área da vida. Ser discípulo de Cristo é mais do que conhecimento e profissão de fé; é um novo viver. Antes da conversão, do novo nascimento, o discípulo de Jesus vivia segundo a natureza pecaminosa. Mas, depois da conversão, ainda que outros ao derredor continuem vivendo assim, o discípulo vive segundo novos padrões, pois tem um novo estilo de vida.

Precisamos compreender que há um grande contraste entre uma vida antes e depois do novo nascimento. Como enfatizado no tópico anterior, em Efésios também encontramos um chamado para sermos diferentes (Ef 4.17).

3.2. A importância da mente.
Interessante a ênfase do apóstolo Paulo quanto à importância da mente para um viver coerente com a fé que professamos em Cristo (Rm 12.2; Ef 4.17-21; Cl 3.2). Nós temos a mente de Cristo (1Co 2.16). Em Efésios 4.17-21, primeiro Paulo diz que viver dos que não nasceram de novo é resultado do entendimento obscurecido, da mente vazia, ignorância e teimosia. Em seu comentário sobre este texto, A. Barry escreveu acerca da sociedade pagã: “Ao perder a concepção viva de um Deus vivo, também perdeu a concepção do alvo e da perfeição da vida humana; e, assim sendo, passou a vagar sem alvo, sem esperança, sem cuidado”. Então, antes de falar das atitudes do discípulo de Cristo, Paulo diz que o mesmo aprendeu, ouviu e foi instruído acerca do novo viver.

É preciso vencer a tendência natural de achar que o intelecto humano e o discernimento por si só são suficientes para nos guiar numa vida que agrade a Deus. John Stott escreveu: “Pensar diferente, para viver diferente, pois o que plantamos em nossas mentes, repetimos em nossas ações”. O Senhor Jesus disse que devemos amar a Deus, também, com toda a nossa mente (Mt 22.37). Isso requer de nossa parte um constante exercício, como: formar o hábito de se concentrar constantemente em Deus (Sl 16.8; Is 26.3) – trata-se de um verdadeiro desafio, considerando que vivemos num tempo de inúmeras distrações e entretenimentos; memorizar passagens bíblicas; ver a vida à luz de uma perspectiva bíblica e cristã (como José – Gn 45.5-8; 50.20); orar com as Escrituras (MT 6.9-13; Ef 3.14-21; Cl 1.9-11).

3.3. Atitudes que fazem a diferença.
A seguir o texto de Efésios 4.22-24 destaca que é fundamental um contínuo despojar-se (v. 22), uma contínua renovação (v. 23) e um contínuo revestimento (v. 24). É preciso despojar-se das práticas da natureza pecaminosa do “velho homem”, com suas paixões descontroladas, engano e uma vida alheia em relação a Deus. É mais do que necessário cultivar a mente em constante renovação por intermédio da Palavra de Deus e uma contínua busca em oração sobre a vontade de Deus. É importante também vestir-se “com a nova natureza”, retratada por um viver correto e dedicado a Deus.

Doutrina e ética, crença e comportamento devem caminhar juntos e com coerência na vida do discípulo de Jesus. Este processo dinâmico na vida do discípulo de Cristo de tirar, renovar e acrescentar, a partir da ação da Palavra de Deus e do Espírito Santo, é que faz a diferença para vivermos no presente século “sóbria, e justa, e piamente” (Tt 2.12) ou “uma vida prudente, correta e dedicada a Deus” (NTLH). É um processo que abrange uma ética individual, social e teísta. São nossos deveres para conosco (1Tm 4.16), com o próximo (MT 22.39 – relacionamento horizontal) e com Deus (Rm 12.1 – relacionamento vertical).

Conclusão.
Como discípulos de Jesus Cristo, devemos viver no presente século com atitudes pessoais e diárias de devoção, adoração e serviço a Deus e aos semelhantes (Rm 12). É o nosso culto “espiritual e autêntico”, enquanto estivermos neste mundo.

Questionário.
1. Desde quando vem o chamado de Deus para que o Seu povo seja diferente?
R: Desde o Antigo Testamento (Lv 18.1-5).


2. Qual a tendência do presente século?
R: O conformismo (Rm 12.1-2).


3. Por que é preciso estarmos alertas?
R: Porque a mistura enfraquece (Os 7.8-9).


4. Quais as três expressões extraídas de Efésios 4?
R: Despojar, renovar e revestir (Ef 4).


5. O que Efésios 4.22-24 destaca?
R: Que é fundamental um contínuo despojar-se, uma contínua renovação e um contínuo revestimento (Ef 4.22-24).


Fonte; Postado por 

sábado, 2 de junho de 2018

Lição 9 - É preciso buscar crescimento espiritual





Objetivo da lição.
1 - Enfatizar a importância de estar em Cristo e a necessidade do crescimento;
2 - Ressaltar que o processo do crescimento espiritual é contínuo;
3 - Destacar que a Palavra de Deus nos incentiva ao crescimento espiritual.

 Texto Áureo
“Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e 
Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora 
como no dia da eternidade. Amém”.(2 Pedro 3.18)

Verdade Aplicada
O novo nascimento é o início do processo de crescimento espiritual, 
que deve ser contínuo e progressivo.

Motivo de Oração
Ore, para que os jovens cresçam com Cristo em meio à 
oposição da sociedade em que vivem.
Introdução
1. O que se espera do nascido de novo?
2. O processo do crescimento espiritual.
3. A importância do crescimento.
                  


TEXTO ÁUREO

“Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém”.
(2 Pedro 3.18)

VERDADE APLICADA
O novo nascimento é o início do processo de crescimento espiritual, que deve ser contínuo e progressivo.
até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.(Efésios 4:13) (NVI).

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 - Enfatizar a importância de estar em Cristo e a necessidade do crescimento;
2 - Ressaltar que o processo do crescimento espiritual é contínuo;
3 - Destacar que a Palavra de Deus nos incentiva ao crescimento espiritual.

TEXTO REFERÊNCIA
1 Pedro 1.23-25
23 Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre.
24 Porque: Toda carne é como erva, e toda a glória do homem, como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor;
25 Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada.
1 Pedro 2.1-2
1 Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,
2  Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,

INTRODUÇÃO
É certo que o ambiente e as circunstâncias influenciam, porém as atitudes e escolhas do discípulo de Cristo podem determinar o seu crescimento espiritual. Nesta lição, veremos que é essencial o crescimento espiritual do povo de Deus.

1. O que se espera do nascido de novo?
Os especialistas afirmam que o desenvolvimento do corpo está ligado à uma vida saudável. A glândula hipófise, localizada na base do crânio, produz o GH, que se refere ao hormônio do crescimento. Alguns fatores muito contribuem no processo de crescimento, entre outros: sono, alimentação, exercícios físicos.

1.1. Jesus Cristo experimentou o crescimento.
Ao se fazer carne (Jo 1.14), o próprio Senhor Jesus passou pelo processo de crescimento (Lc 2.40, 52). Ele não nasceu adulto. Somente iniciou Seu ministério na terra com cerca de trinta anos de idade (Lc 3.23). Do mesmo modo, o discípulo de Cristo inicia a nova vida com o novo nascimento (1Pe 1.23). Antes estávamos mortos em nossos pecados, ou seja, separados de Deus, mas Ele nos vivificou pelo poder da Sua Palavra e pela ação do Seu Espírito em nós. Assim, nascemos de novo (Jo 3.5; Ef 2.1, 5; Tt 3.5). Porém, também é certo que, no aspecto espiritual da vida, quando alguém nasce de novo, não nasce adulto, crescido e amadurecido na fé e no conhecimento.

LEMBRETE:
Chama-se novo nascimento a transformação produzida pelo Espírito Santo na personalidade humana através da fé em Jesus
A conversão leva o novo crente à necessidade da santificação, pois o "bebê" espiritual precisa crescer.
(Pr. Waldir Cohen - Revista Lições da Bíblia - Ed. Central Gospel - N.12 - Ano 3 - P.10).

"Novo nascimento não se trata de uma opção, mas é uma questão absolutamente obrigatória." (Revista Betel adulto 4º trim. 2017)
a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.(Efésios 4:24)

O processo de crescimento espiritual deve ser contínuo enquanto estivermos aqui na terra (Ef 4.15-16). No Novo Testamento encontramos a expressão grega “auxanõ”, que indica crescer e aumentar (Ef 4.15; Cl 1.10; 1Pe 2.2; 2Pe 3.18). Interessante notarmos que a palavra grega citada acima tem a ver com a vida das plantas, significando o processo natural de crescimento.(Revista do professor)
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.(Efésios 4:15)

1.2. Metáforas que indicam crescimento.
Metáfora: Figura de linguagem que estabelece uma transferência do significado de uma palavra para outra, por meio de uma comparação não explícita(www.dicio.com.br/metafora/)
Ou seja:
Metáfora é uma figura de linguagem que produz sentidos figurados por meio de comparações implícitas.
Encontramos na Bíblia que aquele que vive em comunhão com Deus é comparado a uma planta, ou árvore, ou ramo (Sl 1.3; 92.12-13; Jr 17.7-8; Jo 15.1-8). A mensagem apontando para o crescimento também é encontrada em Efésios 2.21, expressando a ideia de construção com o sentido espiritual de “edificação”. A Palavra de Deus também nos compara a “pedras vivas” (1Pe 2.5). O Senhor Jesus é a pedra principal, o firme fundamento (Ef 2.20). É nEle que somos edificados e crescemos. Já em Efésios 4.15-16 encontramos a ideia do discípulo de Cristo como membro do Corpo de Cristo, no processo de crescimento orgânico. Cada membro do Corpo de cristo, a Igreja, crescendo, “faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4.16).
Professor procure deixar claro que o crescimento espiritual é fundamental e é o que Deus espera que aconteça. Quando Jesus comissionou os discípulos a pregarem o evangelho ele enfatizou a necessidade de ensinar,fazer discípulos,isto significa que um processo deveria acontecer após a conversão.Quando uma igreja possui membros que não crescem espiritualmente é necessário rever como está o trabalho de discipulado.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.(Mt 28:19,20).
1.3. A necessidade do crescimento.
O novo nascimento, os vários outros aspectos da salvação (libertação, adoção, justificação, perdão, entre outros), o recebimento do Espírito Santo, o batismo em águas e a participação na Ceia do Senhor podem dar a impressão de que já estamos prontos e completos, porém, se estivermos atentos às Sagradas Escrituras, veremos que ainda precisamos aprender muito.
Alguns ensinamentos básicos são essenciais e devem ser compreendidos por todos os crentes. Estes princípios incluem a importância da fé, a tolice de tentar ser salvo através de boas obras, o significado do batismo e dos dons espirituais, e os fatos da ressurreição e da vida eterna. Para alcançarmos a maturidade em nosso entendimento, é preciso ir além (mas não para longe) dos ensinamentos básicos, a uma compreensão mais completa da fé. Os cristãos maduros devem ensinar os princípios básicos para os novos convertidos. 

 Na atualidade, muitos estão apostatando da fé genuína em Jesus Cristo por falta de ensino das Sagradas Escrituras. Quando não há ensinamento(palavra),o rebanho do Senhor fica vulnerável como crianças indefesas que não cresceram,quando já deveriam ser adultas.

“Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados. Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja, principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho, não estará ‘limpo do sangue de todos’. Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1677).
“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios”
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. (1Tm 4.1,16).
2. O processo do crescimento espiritual.
Quanto ao desenvolvimento do corpo físico, vários fatores influenciam para o adequado crescimento. Ocorre o mesmo com o processo de crescimento do discípulo de Cristo no aspecto espiritual. Importante lembrar que não se trata de algo opcional, mas uma determinação divina, como se encontra em 1 Pedro 2.2 e 2 Pedro 3.18.

2.1. A participação humana.
Professor acredito que vale a pena deixarmos claro a importância do crescimento simultâneo da graça e do conhecimento.
Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém. (2 Pedro 3:18)
“E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.52).

Ao escrever a sua segunda carta, o apóstolo Pedro exortou os cristãos a desejarem o crescimento: “Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!” (2Pe 3.18). O alvo do crente é o crescimento. Mas esse crescimento não acontece de qualquer forma; antes, ocorre nas esferas da graça e do conhecimento do Senhor. Crescimento sem conhecimento é uma deformação, assim como o é, também, o crescimento sem a graça.
O cristão deve atentar para o fato de que onde se privilegia apenas o conhecimento intelectual, sem a adição da graça, o levará a uma vida árida. Da mesma forma, esse mesmo crescimento, onde se privilegia apenas a revelação e menospreza a razão, o conduzirá ao fanatismo. O crente deve, a exemplo do seu Senhor, crescer de forma integral.

Neste processo há também a participação humana,conforme nos explica o nosso comentarista:
Precisamos obedecer, desejar e buscar, pois no processo do crescimento espiritual existe a participação humana, como veremos no presente tópico. Estejamos certos de que a participação humana nunca será dissociada da ação divina por intermédio da Palavra e do Espírito Santo. Logo, de acordo com o ensino do apóstolo Paulo expresso em Colossenses 1.6, o crescimento espiritual ocorre a partir do Evangelho, ou seja, “a graça de Deus em verdade”. Quando o discípulo de Jesus é movido pelo Evangelho, há crescimento no conhecimento de Deus (Cl 1.10) e na graça (2Pe 3.18).
O Dr. Russel Shedd citou Crisóstomo, ao comentar Colossenses 1.10: “O crescimento externo acompanha os passos da sua energia interna”. E escreveu: “Essa energia espiritual existe em virtude do senhorio de Cristo, ativo em sua igreja onde quer que esta se encontre, na Ásia de então ou no Brasil de hoje”. Antes do apóstolo Pedro exortar sobre a necessidade do crescimento, ele menciona a importância da atitude de “deixar” (1Pe 2.1). Ou seja, “colocar de lado”, “lançar fora” atitudes, hábitos e comportamentos que, se mantidos pelo nascido de novo, comprometerão o seu crescimento espiritual. Esta exortação nos remete à recomendação de deixar os embaraços e pecados que atrapalham a nossa carreira cristã (Hb 12.1). Assim, também, um terreno repleto de pedras ou cheio de espinhos irá impedir o adequado crescimento das plantas (Mt 13.20-22). No processo do crescimento espiritual é importante atentarmos para as coisas que podem atrapalhar e ir deixando-as, pois se os “espinhos” crescerem juntos, sufocarão a semente (Mt 13.7). Não basta desejar o bom, é preciso lançar fora o ruim.(Revista do professor)

2.2.  A Palavra de Deus gera crescimento.
Têm-se consciência que é a palavra de Deus que gera o crescimento, então porque poucas igrejas priorizam a EBD?
A escola bíblica dominical é o local onde dividimos os irmãos por faixa etária para que o ensinamento de forma didática atinja o objetivo maior (crescimento espiritual). Infelizmente a ausência dos irmãos na EBD se dá pelo mal exemplo que dão aqueles que estão à frente do rebanho.
“mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.(1 Tm 4:12)
Pedro escreve que o discípulo de Cristo deve “desejar afetuosamente” a Palavra de Deus (1Pe 2.2). A versão NTLH diz: “como criancinhas recém-nascidas”. Ou seja, faz menção ao novo nascimento descrito em 1 Pedro 1.23. Assim como o Bebê depende de leite puro (não misturado com nenhuma outra substância) para a nutrição, o discípulo de Jesus depende do “leite racional”, ou seja, “o leite não adulterado da palavra” (BJ), mencionado em 1 Pedro 1.25. Desejar denota interesse, busca e esforço. Portanto, por intermédio do alimento da Palavra é que há crescimento.

Quando o apóstolo Paulo escreve sobre o crescimento no corpo, ele enfatiza que os discípulos do Senhor somente serão saudáveis e fortes para crescerem caso estejam sob o controle Daquele que é a cabeça, Cristo (Ef 4.15-16). Somente de Cristo, cabeça do corpo, é que cada membro recebe a capacitação necessária para crescer e, assim, desenvolver sua atividade no corpo. Da mesma maneira, as varas da videira verdadeira dependem totalmente da videira para produzir fruto e manter-se saudável (Jo 15.5). Sem Jesus nada podemos fazer.(revista do professor)

2.3. Crescimento processo contínuo.
Na dinâmica do crescimento espiritual há a participação de Deus e do discípulo de Cristo. É um processo contínuo. H. Schlier, teólogo alemão, em seu comentário sobre a carta aos Efésios, sobre a expressão grega “auxein” (uma das derivações da expressão mencionada no tópico anterior, usada em vários textos no Novo Testamento, traduzida como “crescimento”), comentou o seguinte: “O crescimento da igreja na santidade pessoal em Cristo é um processo contínuo...tempo presente de auxein (“cresce” – Ef 2.21) torna claro este fato... “crescer” é o modo de ser igreja”.

 Santificação progressiva.
 É a santificação prática, aplicada ao viver diário do crente. Nesse aspecto, a santificação do crente pode ser aperfeiçoada (2 Co 7.1). Os crentes mencionados em Hebreus 10.10 já haviam sido santificados, e continuavam sendo santificados (vv.10,14 - ARA).
O crescimento do crente “em santificação” ocorre à medida que o Espírito o rege soberanamente e, o crente, por sua vez, o busca, em cooperação com Deus: “Sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pe 1.15).
a) O lado divino da santificação progressiva. São meios, os quais o Senhor utiliza para santificar-nos em nosso viver diário. Esses recursos divinos são: (1) O sangue de Jesus Cristo (Hb 13.12; 1 Jo 1.7,9); (2) a Palavra de Deus (Sl 12.6; 119.9; Jo 17.17; Ef 5.26); (3) o Espírito Santo (Rm 1.4; 1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13); (4) a glória de Deus manifesta (Êx 29.43; 2 Cr 5.13,14); (5) e a fé em Deus (At 26.18; Fp 3.9; Tg 2.23; Rm 4.11).
b) O lado humano da santificação. Deus é quem opera a santificação no crente, embora haja a cooperação deste. Os meios coadjuvantes de santificação progressiva são: (1) O próprio crente. Sua atitude e propósito de ser santo, separado do mal para posse de Deus são indispensáveis. É o crente tendo fome e sede de ser santo (Mt 5.6; 2 Tm 2.21, 22; 1 Tm 5.22); (2) O santo ministério. Os obreiros do Senhor têm o dever de cooperar para a santificação dos crentes (Êx 19.10,14; Ef 4.11,12); (3) Pais que andam com Deus. Assim como Jó (Jó 1.5), os pais devem cooperar para a santificação dos filhos. Eunice, por exemplo, colaborou para a integridade de Timóteo, seu filho (2 Tm 1.5; 3.15). Por outro lado, pais descuidados podem influenciar negativamente seus filhos, como no caso de Herodias que influenciou a Salomé (Mc 6.22-24); (4) As orações do justo (Sl 51.10; 32.6). A oração contrita, constante e sincera tem efeito santificador; (5) A consagração do crente a Deus (Lv 27.28b; Rm 12.1,2). A rendição incondicional do crente a Deus tem efeito santificador nele.

3. A importância do crescimento.
Há a tendência em muitos de justificar o não crescimento espiritual usando as circunstâncias contrárias como causa. Contudo, ao observarmos o contexto histórico dos primeiros destinatários das epístolas do apóstolo Pedro, verificamos que as circunstâncias eram bastante desafiadoras: perseguição, tribulações, sofrimento, falsos mestres, entre outros. Porém, ambas as epístolas fazem um chamado ao crescimento espiritual (1Pe 2.2; 2Pe 3.18).

3.1. Crescer enquanto caminha.
Com o crescimento, aprendemos que há uma ação pedagógica no sofrimento e nas adversidades, visando o nosso amadurecimento (1Pe 5.9-10; Hb 12.5, 10). O apóstolo Pedro identifica os discípulos de cristo como “peregrinos e forasteiros” (1Pe 2.11) e que a vinda do Senhor se aproxima (2Pe 3.9). Estamos aqui só de passagem, como peregrinos neste mundo. Portanto, ainda não chegamos ao destino. Não podemos parar. É perigoso.
Paciência e perseverança.
Muitos tradutores da Bíblia alternam as palavras paciência e perseverança. Esta fala de capacidade destinada a superar obstáculos e manter-se fiel ao que se crê, na Palavra de Deus, independente da situação.
Em Romanos 5.3,4, constatamos a relação entre os seguintes termos: sofrimento, alegria, paciência e esperança. Estes versículos evidenciam o desenvolvimento e a maturidade cristã por meio do sofrimento e da paciência, conduzindo à esperança. Talvez, seja fácil esperar no momento em que as coisas caminham na normalidade; no entanto, quando os problemas persistem e mesmo se avolumam, nossa reação natural é desesperar-se e perder a fé. A paciência, como fruto do Espírito, não é a conformidade cega e funesta diante deste tipo de situação — é justamente o oposto: plena confiança no Senhor e no seu cuidado por nós.(Revista Lições Bíblicas - CPAD - 1T 2005 - Pr.Antonio Gilberto - Página 43)

3.2. Os perigos do não crescimento.
São muitos os “ventos de doutrina” e os modismos teológicos que têm causado grandes prejuízos na vida dos que “se estavam afastando dos que andam em erro” (2Pe 2.18). Paulo, em 1 Coríntios 3.1, lembra o início da instrução aos discípulos naquela cidade. É evidente que aquele que acaba de passar pela experiência do novo nascimento é como um “menino em Cristo”; ainda não está amadurecido. A alimentação pela Palavra era adaptada à capacidade dos alunos. Por isso era baseada no leite. A dificuldade é que os discípulos de Corinto ainda não podiam receber o alimento mais sólido (1Co 3.2).

Os membros da igreja em Corinto, pelo tempo, já deveriam ter superado o estágio de “meninos em Cristo”. Já deveriam ter feito progresso. Então, Paulo aponta várias condutas que resultam de uma vida cristã sem amadurecimento: inveja, contendas e dissensões” (1Co 3.3).(Revista do professor)

Professor destaque o perigo do cristão não ter condição de receber alimentação sólida e permanecer tomando leite por tempo indeterminado e conseqüentemente apresentar uma espiritualidade anêmica.

Espiritualidade anêmica
O evangelho “é o poder de Deus para salvação”, assim sendo, é o alimento de nossas almas. As pessoas que professam Jesus Cristo como Senhor e Salvador aprendem, ou deveriam aprender, a nutrir a suas almas com a Palavra de Deus. Jesus mesmo disse na famosa oração sacerdotal assim: “Santifica-os na verdade, a Tua palavra é a verdade” (João 17:17). A Palavra de Deus é o alimento que irá produzir uma vida santa e desenvolver a salvação. A Palavra de Deus há de ser o alimento de nossas almas. Alimento que nutre e sara. Nutre a alma de esperança, fé e amor, e sara das mentiras, vaidades e paixões desse século. A Palavra promove uma desintoxicação no coração e mente dos discípulos de Jesus, que se deliciam na leitura e estudo da Palavra eterna, pois a Palavra, nos lábios de Jesus é a verdade.
Nosso Mestre também disse que ao passo em que “conhecemos a verdade, a verdade nos libertará”, por isso essa Palavra poderosa que transforma, salva e liberta também imuniza o pecador. As porções diárias de leitura da Palavra aliada a períodos devocionais de oração, contrição e louvor irão nutrir a alma e imunizar o pecador diante das paixões desse século. Um coração firmado na Palavra de Jesus é um coração que não sofre de anemia espiritual. E um coração sadio e revigorado. É um coração alimentado pela verdade do Senhor que promove libertação. A ação infecciosa e contagiosa do pecado é expurgada com a Palavra, por isso que os que forem “lavados pelo sangue o cordeiro” terão acesso ao reino de Deus.

A espiritualidade anêmica é aquela que se alimenta de versos isolados, que baseia a fé em correntes e/ou campanhas, que crê que a oração do pastor e/ou bispo é “mais forte”, que a “adoração e devoção” só se dão em determinados locais geograficamente determinados pelos líderes. A espiritualidade anêmica é aquela que enfatiza as riquezas materiais em detrimento da salvação, como a maior riqueza dessa vida. É aquela espiritualidade que enfatiza que as bênçãos de Deus devem ser medida pela saúde, prosperidade, sucesso e vida luxuosa, desprezando o sofrimento. É aquela espiritualidade que convida a pessoas a “pararem de sofrer”, deixando de lado que a figura do Messias Esperado, relatado no A.T, é a do Servo Sofredor. É a espiritualidade que se baseia na troca, na barganha e nas expressões deterministas e que não ensina que somos fracos, falhos e pecadores.
É a espiritualidade que nada fala sobre eternidade, só fala de vitória material, de conquistas efêmeras e de curas milagrosas, valorizando esse corpo que deverá voltar ao pó da terra. É a espiritualidade que valoriza o amor ao dinheiro e aos prazeres que ele pode oferecer, que foi tão combatido por Jesus. É a espiritualidade que coloca o ser humano no trono e Deus como Aquele que recebe ordens de filhos mimados. É a espiritualidade destituída de adoração, devoção e rendição por uma espiritualidade de cobrança, de rituais religiosos, de cobranças litúrgicas, de retorno do tempo e dinheiro investido, de uma fé cega que aliena e neutraliza a razão humana, tão valorizada no contexto do N.T.

Essa espiritualidade anêmica não apresenta sintomas inicialmente, mas com o decorrer dos dias espiritualidade não responderá e nem dará suporta diante das situações cotidianas e nem responderá o destino final da vida após a morte. Essa espiritualidade não nutre a lama do pecador, não faz dele um ser humano parecido com Jesus, uma pessoa que reflete a imagem de Deus, pelo contrário, essa espiritualidade enfatiza a emoção, coloca o homem como centro de tudo, e leva as pessoas a serem mimadas que só querem benesses divinas de cunho material.
Essa espiritualidade anêmica um dia começa apresentar seus sintomas, pois as suas propostas só satisfazem por um tempo e não preenche o vazio interior, não leva o pecador e buscar a Deus em tudo, pois enfatiza Deus como o meio de se conquistar patamares cada vez mais elevados. Essa espiritualidade um dia cobra o preço de sua rapidez, e deixa a pessoa fragilizada, magoada, decepcionada, e desestruturada. Para não sofrer de anemia espiritual não podemos negligenciar a comunhão com Deus, a leitura e estudo bíblico, e a pregação da Palavra de Deus, pois a “fé vem de ouvir a Palavra de Deus”. Para combatermos essa espiritualidade anêmica pregada e ensinada pelas igrejas neopentecostais em nosso país, precisamos redescobrir o valor nutritivo do evangelho e o poder das Escrituras para nosso fortalecimento espiritual.

Nutra sua vida com o evangelho para não viver uma espiritualidade anêmica. Priorize o Reino e sua espiritualidade promoverá vigor na caminhada cristã. Que o evangelho seja seu alimento para suportar os dias maus e miseráveis.


3.3. Não sejamos negligentes.
O fator tempo (no que se refere ao início do novo nascimento até um determinado momento), como em 1 Coríntios, também é mencionado na epístola aos Hebreus. O escritor aos hebreus menciona que alguns discípulos de Cristo “pelo tempo” (de conversão, de nascido de novo) já deveriam estar ensinado outros, ajudando os novos convertidos, porém ainda estavam necessitando que alguém lhes ensinasse as doutrinas básicas (Hb 5.12). No lugar de alimento sólido, ainda precisavam de leite (Hb 5.12-14). Mas, no versículo 11 de Hebreus 5, o escritor identifica o problema como resultado de negligência “para ouvir”, por parte daqueles discípulos de Cristo. Ou seja, eram indolentes, preguiçosos e lentos. Não queriam se esforçar para aprender.

Estes cristãos judeus eram imaturos. Alguns deles deveriam estar ensinando a outros, mas eles ainda não haviam aplicado os princípios básicos às suas próprias vidas. Eles estavam relutantes em ir além de antigas tradições, doutrinas já estabelecidas, e discussões sobre os princípios básicos.
Eles não seriam capazes de compreender o papel do sumo sacerdotal de Cristo a menos  que saíssem de suas posições confortáveis, cortassem alguns de seus vínculos judaicos e parassem de tentar se misturar com sua cultura. O compromisso com Cristo move as pessoas para fora de suas zonas de conforto.
A fim de nos transformarmos em cristãos maduros, a partir de uma condição de cristãos infantis, devemos aprender a usar o discernimento. Devemos treinar nossa consciência, nossos sentidos, nossas mentes, e nossos corpos para distinguir o bem do mal. Você é capaz de reconhecer a tentação antes que ela lhe coloque em uma encruzilhada ? Você é capaz de verificar a diferença entre o uso correto das Escrituras e um uso enganoso ?


CONCLUSÃO
Precisamos diariamente ir abandonando as práticas da velha maneira de viver a fim de que o nosso desenvolvimento não seja impedido (Ef 4.13). Como no tempo da Igreja Primitiva, as circunstâncias contrárias não impedem o crescimento para salvação (1Pe 2.2).

1. Como o discípulo de Cristo inicia a nova vida?
R: Com o novo nascimento (1Pe 1.23).

2. O que Paulo ensina em Colossenses 1.6?
R: Que o crescimento espiritual ocorre a partir do Evangelho, ou seja, “a graça de Deus em verdade” (Cl 1.6).

3. O que o discípulo de cristo deve “desejar afetuosamente”?
R: A Palavra de Deus (1Pe 2.2).

4. Qual chamado as epístolas de Pedro fazem?
R: Ao crescimento espiritual (1Pe 2.2; 2Pe 3.18).

5. Como o apóstolo Pedro identifica os discípulos de Cristo?
R: Como “peregrinos e forasteiros” (1Pe 2.11).

Fonte Pr Gerson Tomé.

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