quinta-feira, 28 de abril de 2016

O Amor Puro e Insondável, Proveniente de Deus


 

Conteúdo da Lição 5 - Revista Editora Bétel


01 de maio de 2016


Texto Áureo
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo. Lucas 10.27


Verdade Aplicada
Demonstrar amor nem sempre é suficiente, importante é como você ama.

Textos de Referência

1Coríntios 13.1, 3, 4, 6 e 7
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.
4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece,
6 não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Introdução
A primeira característica do fruto do Espírito Santo que estudaremos é o amor na ótica humana, mas o amor insondável de Deus e Sua manifestação na vida do homem.

1. Amor: um dom divino
Para se oferecer amor, é necessário que tenha sido de alguma forma recebido por nós ou gerado em nós. A característica do fruto do Espírito conhecida como amor é gerada por Deus e cultivada por nós para que possamos distribuí-la em nossos relacionamentos.

1.1. O amor identifica o servo de Cristo
A primeira característica do fruto destacado por Paulo foi a caridade. Em muitas versões, aparece como amor, pois, em sua colocação, Paulo escolheu a palavra “ágape” para identifica-la, Isto quer dizer que caridade é o amor puro e insondável de Deus. Quem desenvolve esta característica busca o bem de todos sem nada querer em troca (Ef 5.2). O amor já tem em si ferramentas para fazer com que o indivíduo seja identificado como uma pessoa tocada de alguma forma pelo poder de Deus. Tal característica faz com que o indivíduo aja como um verdadeiro servo de Cristo.

1.2. Amor, essência do Evangelho
Em sua primeira carta aos Coríntios, Paulo dedica um capítulo em especial para definir o que é o amor. Em suas palavras, o apóstolo apresenta dezesseis qualidades que são acrescidas por quem desenvolve o amor. Poderíamos aqui definir cada uma delas que se encontram na epístola no capítulo 13, do versículo 4 até o 8, entretanto, queremos apenas deixar claro que, sendo o amor a essência do Evangelho (Mc 12.30-31), ao desenvolvê-lo, o indivíduo terá a oportunidade de ter uma vida abundante em Cristo. Viver em amor é o produto de uma vida santa não contaminada por situações que interferem na nossa intimidade com o Criador.

1.3. Amar pregando o Evangelho
O amor nos livra da necessidade de buscar por informações externas que, em muitas vezes, nos assustam com imagens violentas que demonstram como o mundo está morto no maligno. As imagens produzidas pelo maligno ferem os princípios do amor, pois visam em todo o tempo colocar temor em nossos corações, tentando nos afastar do real propósito de Deus para nossas vidas, que é anunciar o Evangelho. O que devemos fazer é demonstrar amor através da pregação da Palavra, para que os que estão aprisionados por Satanás possam vir a ter o conhecimento da verdade e assim alcancem a graça salvadora de Jesus Cristo.

2. Compartilhando o amor
O fruto do Espírito está dividido em três seções. O amor está incluído na seção que se refere ao homem consigo mesmo. Desta forma, para o indivíduo amar, é necessário que esteja em harmonia pessoal. O amor só pode ser compartilhado por quem ama a si próprio (Mt 22.39).

2.1. Relacionamentos comprometidos
O amor é a base dos relacionamentos, seja ele amoroso, familiar ou de amizade. Hoje temos visto essas relações se esfriarem devido ao uso indiscriminado dos meios tecnológicos. Basta observarmos os lugares públicos que veremos muitos casais, que antes estariam conversando, ou até mesmo trocando carinhos, focados em seus aparelhos eletrônicos. Este tipo de comportamento também tem invadido muitas residências onde as famílias não se comunicam como antes. Alguns dos membros estão diante da TV, outros no computador e outros ainda em tabletes e smartphones. A troca de informações e os momentos em volta da mesa são cada vez mais raros.

2.2. O esfriamento do amor
Em suas palavras, Jesus nos deixou uma grave advertência. O texto de Mateus 24.12 se refere, em especial, aos falsos profetas que haviam de surgir quando o fim se aproximasse. Logo, não é surpresa para quem conhece a Palavra de Deus os muitos acontecimentos que temos presenciado. Violência, morte e destruição não são mais nenhuma novidade. Contudo, temos percebido que a mídia tem trabalhado sem pestanejar para criar um sentimento de insegurança em meio à sociedade, com o desejo de colocar pânico, produzindo corações amedrontados. É impossível que um coração amedrontado produza amor. A proliferação da iniquidade tem sido, em sua maioria, disseminada pela mídia, que tem funcionado como falso profeta.

2.3. Difundindo o verdadeiro amor
Muitos pensam que é impossível expressar o amor de maneira verdadeira. No entanto, podemos declarar que se o indivíduo experimentar a ação de um amor verdadeiro, ele poderá sim transferir este amor a outrem, criando assim uma corrente positiva de boas ações e boas notícias. Enquanto o diabo trabalha produzindo notícias ruins, o amor personificado, que é Cristo, produz em nós o desejo de fazer o bem sem nenhum interesse (1Co 13.5)). Se não estivermos livres de todo sentimento mal, nem as nossas ofertas serão aceitas pelo Senhor (Mt 5.23-24). Uma vida de bem-aventuranças dependerá também de uma vida devotada em espalhar o amor. O amor é a base para o início de uma vida frutífera nas mãos do Senhor.

3. Lições práticas
Toda atitude grandiosa tem que passar por um filtro. O servo do Senhor deve em tudo viver uma vida espiritual, mas deve também ter uma relação racional com o Criador (Rm 12.1). Quando conseguimos perceber o propósito de Deus para nossas vidas, passamos a entender o quanto amar é necessário. A paixão é irracional, mas o amor é totalmente racional, porque é dom de Deus.

3.1. Os benefícios do amor
Na sua primeira carta aos Coríntios, Paulo nos mostra a excelência do amor (1Co 13), enquanto, em sua primeira carta, João nos apresenta os benefícios do amor (1Jo 4.9-19). No texto descrito por João, aprendemos o que nos é dado por Deus através do amor por Ele expressado em Cristo. Entretanto, o texto nos adverte que não adianta receber tanto se não estivermos dispostos a dividi-los com aqueles que estão próximos a nós (1 Jo 4.20-21).

3.2. A prova do amadurecimento
Quando aceitamos a Cristo, conhecemos o fruto do Espírito. Este nos é dado de maneira graciosa, a fim de que tratemos do seu amadurecimento. Nenhum fruto que não está maduro é saboroso o suficiente para ser consumido, sendo assim, fica claro o tamanho da nossa responsabilidade. Cada característica do fruto tem um valor próprio e especial. O amor é imprescindível para que sejamos saudáveis no corpo, na alma e no espírito. Para termos uma vida verdadeiramente saudável, devemos tratar de maneira especial do amadurecimento do fruto do Espírito Santo em nós. Ao doarmos amor, provamos que estamos andando no Espírito (Gl 5.25) e isto mostra que o fruto está em processo de amadurecimento.

3.3. Ganhando almas pelo amor
Em meios aos muitos apelos midiáticos nos quais está mergulhado o mundo, aquele que recebeu o fruto do Espírito Santo deve proceder de maneira inteligente, não se deixando envolver inadvertidamente por tais apelos, pois estes certamente irão desviá-los do propósito escolhido. O projeto do Criador é que alcancemos o maior número possível de almas. Através do amor de Deus personificado em nós, certamente apresentaremos um sem número de salvos ao Pai.


Conclusão
Devemos valorizar ainda mais o desenvolvimento do amor, característica do fruto do Espírito, em nós a doação do mesmo a todos que estiverem ao nosso alcance. A melhor maneira para fazermos isso é abandonando os novos costumes que nos têm sido impostos pelo uso inadequado da tecnologia.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Pequeno Estudo, As Bases do Casamento Cristão




Texto Referencial: Ef. 5.25 – Leitura Bíblica: Ef. 5.22—28. 31.33

INTRODUÇÃO


Conforme temos estudado ao longo das primeiras lições, o casamento cristão está fundamentado na Bíblia, a Palavra de Deus. Na aula de hoje trataremos, especificamente, a respeito das bases que sustentam o casamento. A primeira delas é a graça, o favor imerecido, a disposição de aceitar o outro,com suas diferenças e particularidades. E não com menor importância, o amor que se sacrifica, que não busca apenas os interesses individuais. 


1. O CASAMENTO CRISTÃO


Existe muito idealismo em relação ao casamento, até mesmo entre os cristãos, na maioria das vezes isso se concretiza em um romantismo exacerbado, que, ao invés de ajudar, atrapalha a relação conjugal. O casamento cristão é a união de duas pessoas, um homem e uma mulher, que não são perfeitas, por isso, precisam administrar cada situação, principalmente as mais adversas. Não podemos esquecer que existe uma propensão à carnalidade no ser humano, tanto no homem quanto na mulher (Gl. 5.17), por isso, ambos carecem de arrependimento, e sobretudo, das orientações do Senhor Jesus (Lc. 5.31,32). O casamento cristão, que está pautado em Cristo, busca, na Bíblia, e não nos padrões midiáticos, seu alicerce de sustentação (Jo. 14.6). Em Ef. 5, Paulo destaca que Cristo é a referência, não a sociedade, para as atitudes no casamento. As esposas devem submeter-se ao marido, “como ao Senhor” (v. 22). Os maridos, por sua vez, devem amar a esposa “como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (v. 25). Os maridos devem cuidar de sua esposa “como também Cristo o faz com a igreja” (v. 29). Em todas as circunstâncias, devemos considerar que se trata de um mistério, que está diretamente relacionado a Cristo e à igreja (v. 32). É um equívoco da nossa sociedade tentar fundamentar o casamento no sexo e no romantismo. Mesmo na igreja muitos cristãos foram contagiados por essa tendência. Evidentemente o sexo é necessário, e importante dentro do matrimonio (Hb. 13.4), mas não é uma base para o casamento. As pessoas envelhecem, a beleza física se esvai, o fervor sexual arrefece. O romantismo não deve ser desconsiderado, as palavras afáveis contribuem para o crescimento conjugal, mas nem só de romantismo vive o casamento. As pessoas podem perder o bom humor de vez em quando, principalmente nos momentos difíceis, quando filhos adoecem, e as contas chegam à caixa do correio. O casamento cristão é composto por um casal de pessoas pecadoras, uns mais ou menos espirituais, que são desafiados a permanecerem juntas, até que a morte as separe (I Tm. 1.15, 16). 

2. SEM GRAÇA, É UMA DESGRAÇA


Diante das adversidades, o casamento precisa de graça, caso contrário, permitam-me o trocadilho, se transformará em uma desgraça. Quanto mais espirituais forem os cônjuges, maior será a propensão de andarem no Espírito, de não satisfazerem as concupiscências da carne (Gl. 5.17). Um casamento centrado apenas no eu, nos interesses individuais de apenas um dos cônjuges, resulta em sofrimento para o outro. Há uma tendência, alimentada pela mídia, de fazer com que as pessoas passem a vida inteira procurando uma alma gêmea. Por causa disso, muitos casamentos se desfazem, pessoas passam a vida inteira na busca pelo príncipe encantado. Essas pessoas que querem encontrar uma alma gêmea põem o foco demasiado em seus desejos, entram nas relações querendo sempre autossatisfação, que resulta em frustração (Tg. 4.1-3). Essa é uma tendência da natureza caída, que fará de tudo para minar o casamento, já que tem o egocentrismo como base. Se essa lei do pecado não for controlado pelo Espírito, a vida conjugal poderá ser arruinada (Rm. 7.21-23). Ao invés de sempre querer julgar o outro, o cristão deve antes olhar para si mesmo (Mt. 7.4,5). Muitos maridos e esposas encontram facilmente defeitos nos seus cônjuges, mas têm dificuldade de fazer o mesmo quando olham para eles mesmos. É bom lembrar que não conhecemos os outros, nem mesmo a nós mesmos em completude, apenas em parte (I Co. 13.12). Por isso, ao invés de julgar o outro, precisamos aprender antes a nos avaliar, isso porque se julgássemos a nós mesmos não seríamos julgados, mas quando somos julgados pelo Senhor, é para não sermos condenados com o mundo (I Co. 11.32). Quando abordado pelo Senhor, Adão quis, imediatamente, colocar a culpa sobre a sua esposa, fugiu da sua responsabilidade pela desobediência (Gn. 3.12). Davi precisou de um Natã para reconhecer o seu pecado e se voltar para o Senhor (II Sm. 12.13). Portanto, o casamento cristão deve basear-se na graça – charis em grego – que é um favor imerecido. Fomos alcançados pela graça e misericórdia de Deus, por isso devemos agir de igual modo em relação ao nosso cônjuge (Lc. 6.36; Tt. 2.11-14). Jesus compadeceu-se das nossas fraquezas, por isso devemos fazer o mesmo (Hb. 4.15), e lembrar que a misericórdia poderá triunfar sobre o julgamento (Tg. 2.13). Para o bem do casamento, todo cristão deve fortificar-se na graça que está em Cristo Jesus (II Tm. 2.1).

3. NÃO SÓ COM PALAVRAS, MAS COM AMOR SACRIFICIAL

A supervalorização do sexo na sociedade contemporânea tem causado muitos males ao casamento. O sexo foi criado por Deus, não apenas para reprodução, mas também para o prazer. O problema é que ele tem sido usado indiscriminadamente, e às vezes, confundido com amor. A expressão “fazer amor” tornou-se sinônima de fazer sexo, ainda que fora dos padrões bíblicos. Deus criou o sexo para a realização dos casais, e este é por ele estimulado (I Co. 7.1-5), mas ninguém deve basear o casamento exclusivamente no sexo. Apalavra-chave do casamento, e o seu principal fundamento, é o amor. Isso não diz respeito a qualquer tipo de amor, mas ao agape – o amor sacrificial. Um casamento somente alcançará maturidade quando os cônjuges dependerem menos do eros – o sexo, e mais do agape – o amor desinteressado. É o amor agape que supera as incompatibilidades, pois, definitivamente, o casamento é uma composição de pessoas incompatíveis, ainda que essas possam ser atenuadas se os jovens forem sábios antes da decisão de dizer “sim” (Gn. 24). As imperfeições ficam evidentes antes mesmo da celebração do casamento. Aqueles que dizem “sim” devem estar cientes que precisam fazer concessões. E para ser mais realista, dificilmente as mudanças acontecerão de forma significativa depois do casamento. Por isso, como se costuma dizer aos jovens, “abram bem os olhos antes do casamento, mas feche-os um pouco depois de casados”. Isso porque o casamento é um pacto de sujeição, de disposição para viver não para si mesmo, mas para o outro (Ef. 5.22-25). Jesus é o maior exemplo, tendo em vista que não agradou a Si mesmo (Rm. 15.2,3). Ocasamento é plano de Deus, e um glorioso ministério, mas o alvo central não é a busca da felicidade. A meta do casamento não é a felicidade, ainda que essa, de uma maneira misteriosa, possa ser encontrada, mesmo na adversidade. O casamento é um ambiente de amor, no qual atitudes de paciência, benignidade, sacrifício, entrega e perdão são manifestas, elementos do fruto do Espírito (Gl. 5.21,22; I Co. 13.4,5). Dizer que se ama não é difícil, e mostrar interesses pelos outros para “fazer amor” também, mas a base cristã para o casamento é o amor-agape, que não se revela apenas em palavras, mas, sobretudo, em obras e em verdade (I Jo. 3.18). 

CONCLUSÃO

casamento cristão é um mistério, tão sublime como a relação entre Cristo e a Igreja, cujo fundamento é a graça e o amor. Como cristãos, não podemos nos deixar influenciar pelos valores que tentam sustentar o casamento, tais como o individualismo romântico e a sexualidade descompromissada. Um casamento genuinamente cristão aceita o cônjuge com as suas diferenças, e está disposto a sacrificar-se pelo outro, assim como Cristo amou e se entregou a Sua Igreja. 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O PERIGO DO USO EXCESSIVO DE REDES SOCIAIS


                               O perigo do uso excessivo de redes sociais 
A quantidade de horas que os adolescentes e jovens passam em frente à internet é um problema crônico que foi agravado com o avanço das redes sociais, em especial o Facebook e também o WhatsApp. As redes sociais têm se caracterizado como os principais mediadores para as comunicações entre adolescentes e jovens. 
Uma pesquisa realizada por Juliano Ciebre dos Santos, intitulada “Viciados no Facebook”, publicado na revista “Nativa-Revista de Ciências Sociais do Norte de Mato Grosso” avaliou o nível de dependência dos adolescentes e jovens ao Facebook e os dados recolhidos da pesquisa deixou em alerta a comunidade médica. O autor realizou a pesquisa com adolescentes e jovens entre 13 e 18 anos, em que 85% dos adolescentes pesquisados acessam o Facebook diariamente, dos quais, 24% ficam conectados de uma a duas horas e 65% ficam conectados ao Facebook mais de duas horas por dia; 25% posta todas as atividades do seu dia, tudo, sem esconder nada (tudo mesmo); 60% afirmaram que já usaram o Facebook como mecanismo de desabafo dos sentimentos; 70% usa o Facebook como meio de passatempo. Além disso, outro aspecto que chama a atenção é que 75% referiram preferir ficar navegando na internet a interagir com pessoas do mundo real (1/4 dos pesquisados) e 25% afirmaram ter publicado algum tipo de ofensa a outras pessoas através da rede, fazendo assim o famoso cyberbulling. 
Conforme já comentei neste capítulo, são indiscutíveis os benefícios das redes sociais para a sociedade, para a igreja e para as pessoas, porém, as redes sociais também tem seu lado sombrio e quero retratar aqui um alerta sobre isso.
É cada vez maior o número de adolescentes e jovens que utiliza as redes sociais para fazerem ali o seu muro das lamentações. Depositam tudo na rede. Suas ansiedades, medos, desabafos, indiretas e as vezes diretas e além dessa exposição de sentimentos, muitos passam dos limites e começam a expor suas intimidades, fotos privadas, sua localização, rotina e etc. 
Gente, o que anda acontecendo com essa galera de jovens cristãos, que não está pensando nos riscos desse tipo de exposição desnecessária? Ai você pode pensar: “mas isso é somente para os jovens não cristãos”... Ah mas não é mesmo meu irmão. Você está um pouco fora da realidade se está pensando assim. Todos os dias que você abre o Facebook se depara com essas atividades sendo postadas pelos jovens da igreja, sim, de sua igreja e da minha. Muitos acham completamente natural indicar passos de sua rotina e suas localizações, 24h por dia? “É isso mesmo produção?” Não dá pra entender. Não estou falando de uma postagem ou outra você indicar o local que está através do serviço de localização. Mas toda postagem? Até no banheiro meninas?  
Pensa comigo: “de que adianta erguer muros altos em volta da casa, cercas, alarmes e dispositivos de segurança e deixar livre o acesso à vida pessoal através dos meios virtuais?” “Bombam” informações sobre o dia a dia, compras, visitas, fotos, relacionamentos e algumas vezes até fotos íntimas. Hei jovem, você está esquecendo que a internet é um mundo sem fronteiras e que qualquer pessoa pode ter acesso a essas informações? Ninguém anda pelas ruas distribuindo abertamente cartões com seus telefones e endereços a desconhecidos, então porque fazer isso em redes sociais? 
Existem histórias de jovens que, como você, postava toda a sua rotina nas redes sociais e acabou se dando muito mal. Veja o exemplo abaixo: 
Esse caso aconteceu em ilhota, Santa Catarina no ano de 2014, a pouco tempo atrás e destaco a afirmação do sequestrador: “planejei tudo acompanhando o garoto pelo Facebook”.
Meu amigo e minha amiga, repito mais uma vez o que já escrevi. Não sou radical ao ponto de dizer que você precisa parar de usar redes sociais. Nunca vou falar isso porque redes sociais são uma benção na vida de quem sabe usar. Entretanto, preciso sim alertar você leitor de que é necessário vigiar para não passar provas desnecessárias, conforme nos ensina Mateus 26.41: "Vigiem e orem para que não caiam em tentação. Jovens! Adolescentes! Vigiem com suas atitudes na rede. Vigiem com suas palavras no Facebook. Vigiem com suas postagens. Vigiem com as fotos que posta e mais importante ainda, vigiem na hora de postar toda sua rotina, para não acontecer com você o que aconteceu com o garoto de Ilhota. 
“Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar (1 Pedro 5.8). 
O diabo não brinca em serviço, pode ter certeza. O diabo não brinca de ser diabo, então vigie todos os dias de sua vida para não cair na boca do leão. Eu sei que é um pouco forte o que escreverei, mas preciso dizer isso a você. Se o diabo não brinca de ser diabo, porque será que muitos jovens e adolescentes brincam de ser cristãos? Já pensou nisso? Se não pensou, pense! 
Meu desejo é que o alerta de 1ª Pedro possa ecoar em nossos corações todos os dias. Que possamos ser sóbrios, ou seja, equilibrados e moderados no uso das redes sociais e da internet de um modo em geral. Não passe mais tempo da rede do que com o Espírito Santo. Não deixe seus amigos de lado por uma amizade virtual. Não troque o grupo de jovens da igreja pelo grupo do whatsapp. Além de ser equilibrados, Pedro ainda ensina a vigiar. Então vigiemos todos os dias para agradar o Espírito Santo e desagradar o diabo.  

sexta-feira, 8 de abril de 2016

OS PERIGOS DA FEBRE DAS REDES SOCIAIS.


10 de abril de 2016
Texto Áureo
“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”. Is 55.6

Verdade Aplicada
Não podemos permitir que nada seja mais suficiente para nós do que uma vida verdadeiramente em Cristo.

Textos de Referência.

Salmos 128.1-6
1 Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos.
2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
3 A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
4 Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.
5 O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
6 E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.

Introdução
Nos últimos anos, as redes sociais se transformaram no maior meio de contato virtual. Porém, também contribuíram para o afastamento de muitos do seu convívio social. Abordaremos nesta lição este polêmico, mas real, tema.

1. O começo de tudo.
O conceito de redes sociais teve seu início na segunda metade dos anos 90 do século XX com a criação dos chamados chats de bate papo. As pessoas começaram a se relacionar via Internet e a se conhecerem virtualmente. Em meados de 1995, foi criado o Mirc, site com a proposta de colocar as pessoas em contato através da rede mundial de computadores. A partir daí, foi dada a largada ao que chamamos de relacionamentos virtuais. O Mirc viria a ser substituído no início da década seguinte pelos chamados mensageiros instantâneos, como o MSN.

1.1. As primeiras redes sociais.
Ao contrário do que muitos pensam, as redes sociais, como conhecemos hoje, não são algo novo, elas também tiveram as suas primeiras inserções na rede em meados de 1990. Na segunda metade da década, surgiu aquele seria considerado o precursor do Instagram, o Fotolog. Assim como a popular rede social de hoje, o Fotolog era utilizado para postagens de fotos com pequenos textos e também começava a tornar popular aqueles que criavam o seu perfil naquela rede. Nesta época, surgiram também o Flogão e ainda as páginas pessoais gratuitas, como Geocities, HPG e Kit Net. A grande diferença hoje é a exposição instantânea, devido ao acesso acelerado dos smartphones e à internet móvel.

1.2. Adolescentes e uma opção contra timidez.
Ainda falando dos anos noventa, podemos destacar que a grande novidade desta época eram as salas de bate-papo, pois elas proporcionavam contato rápido com parceiros virtuais. Isso foi uma grande oportunidade para adolescentes tímidos que tinham dificuldade de se relacionar, principalmente com adolescentes do sexo oposto, Em 1996, surgiu o ICQ que, em menos de uma ano, já contava com mais de um milhão de usuários, se tornando o veículo de mensagem rápida preferido desta faixa etária de internautas. O ICQ se manteve na liderança até o inicio dos anos 2000, depois de conquistar cerca de 160 milhões de usuários, quando perdeu a primazia para o MSN.

1.3. Influenciando comportamentos.
Ao longo das últimas três décadas, o comportamento humano vem sendo modificado pela influência deste tipo de acesso à Internet. Enquanto, foi na primeira década do século XXI que a exposição virtual apresentou um maior impulso. Em 2004, chegou à rede aquele que seria o grande inovador do conceito de rede social, o outrora maior site de relacionamento da Web, o Orkut. Este site, durante 10 anos, dominou o inconsciente dos internautas, tendo sido extinto pelos seus criadores em setembro de 2014, pela vertiginosa perda de espaço para redes que ofereciam melhores opções de acesso: o Twiter e o Facebook.

2. O bem e o mal.
Nosso estudo não tem a intenção de demonizar nem a Internet, nem as redes sociais, mas mostrar o que de bom e ruim temos tanto em uma, quanto em outra, já que essas têm servido de maneira satisfatória à pregação do Evangelho. O problema está no exagero.

2.1. A infelicidade nas redes sociais.
Pesquisas realizadas por universidades através do mundo comprovam que o tempo de exposição às redes sociais vem causando infelicidade em muitos indivíduos. Alguns usuários têm se desesperado em busca de atenção nas redes e são capazes de divulgar os mais terríveis posts em busca de curtidas. Fotos extravagantes, e até mesmo íntimas, têm povoado a timeline (linha do tempo) de muitos internautas. Só isso já é suficiente para refletirmos sobre que tipo de valores têm permeado a nossa família e sociedade.

2.2. Comunhão com Deus em risco.
Pesquisas comprovam que os brasileiros chegam a passar 4 horas diariamente nas redes sociais. Isso tem sido tremendamente nocivo para o seu crescimento individual, pois, quando confrontados acerca do porquê não estudar ou esforçar-se mais em busca de uma melhora profissional, muitos alegam falta de tempo. Esse tempo cedido às redes sociais pode, inclusive, afetar o crescimento espiritual. Parte desse tempo poderia ser utilizado com a meditação da Palavra e contemplação das bênçãos recebidas do Senhor. O texto de Isaías 55.6 nos adverte a buscar o senhor enquanto está perto. O uso exagerado das redes sociais promove o nosso afastamento de Deus, afetando a nossa comunhão com Ele.

2.3. O risco das invasões de perfis.
Uma vida de fantasia tem levado muitos indivíduos a um estado de depressão. Geralmente, quando descobrem algumas farsas plantadas por sites inescrupulosos, ou então têm suas intimidades expostas por pessoas que outrora tinham com íntimas, passam a ter uma vida reclusa, com medo da discriminação da sociedade. Esse tipo de atitude, a exposição de intimidades, tem se multiplicado, causando a infelicidade de muitos usuários, pois inocentes têm tido seus perfis invadidos. A invasão de perfis tem sido responsável por muitas desavenças. Ao acessar a rede, os menos avisados podem se tornar presas fáceis para invasores, que irão utilizar seus perfis para fins promíscuos, como divulgar pornografia infantil, por exemplo.

3. Lições práticas.
O uso contínuo das redes sociais vem, ao longo do tempo, comprometendo os relacionamentos. Hoje em dia, temos um número sem fim de amigos nas redes, mas com quantos poderíamos contar em caso de real necessidade?

3.1. Um novo conceito de amizade.
As redes sociais criaram um novo conceito acerca de amizade. Hoje, muitas amizades são pautadas em relacionamentos superficiais, os quais não oferecem nenhuma segurança. Em busca de amigos virtuais acabamos por perder a amizade de Jesus, o nosso melhor amigo (Jo 15.15).

3.2. O comprometimento do casamento.
Muitas crises conjugais têm sido atribuídas às redes sociais. “Amizades” entre homens casados e moças solteiras têm causado muitas brigas entre casais. O esfriamento do contato com o cônjuge também tem sido a reclamação de muitas pessoas, principalmente as mulheres, que se sentem abandonadas por seus esposos. A Bíblia ensina que o homem deve deixar pai e mãe e unir-se a sua mulher, fazendo com ela uma só carne (Gn 2.24; Mc 10.7; Ef 5.31). Então, por que não deixar um pouco de lado os relacionamentos virtuais e valorizar o casamento, que Deus criou para realização de seu maior projeto: a família? Em muitos casos, vemos a atenção aos filhos sendo negada em favor de uma vida voltada para o contato diário nas redes. Lembre-se de que os filhos são herança do Senhor e o cuidado deles é o nosso compromisso (Sl 127.3).

3.3. O regate da perda.
Podemos ter acesso a todas as coisas, entretanto não podemos nos deixar dominar por elas (1Co 6.12). Quando percebermos que o uso das redes sociais está fugindo do nosso controle, invadindo a nossa privacidade, afastando do nosso cônjuge e da nossa família, devemos imediatamente buscar o amadurecimento do fruto do Espírito, que nos garantirá o retorno a uma perfeita comunhão com o Senhor e esse retorno resgatará o que tivermos perdido.

Conclusão.
Muitos relacionamentos têm sofrido pelo mau uso dos meios de comunicação, contudo, pudemos observar que existem meios de controlar esse uso e nos mantermos ligados à modernidade, sem nos afastar do que realmente tem valor para o homem: Deus e a família.

Atenda ao Chamado de Deus!



 É hora de atender ao urgente chamado de adoração! Este é um dos mais fortes clamores aos filhos de Deus. Não há mais tempo a perder! O senhor está ansiosamente procurando por verdadeiros... e este fato faz-nos pensar que eles, os adoradores, estão incluídos nas espécimes raras. Sim! Nós não procuramos algo que está à nossa frente, à nossa vista ou algo abundante. O verbo procurar indica que o objeto procurado não é abundante ou está escondido ou está perdido. Deus está a procura de verdadeiros adoradores, e infelizmente eles são raros!
       Adorar é obedecer ao primeiro e principal mandamento, que é amar a Deus por qualquer outra coisa deturpamos a adoração, aliás, ao invés de sermos adoradores do Senhor da glória, nos tornamos idólatras ignorantes. Sim, idólatras! Quando adoramos nosso ego, nosso cargo, nossa posição, nossa família, nosso prazer, nosso dinheiro, nossa música e até pessoas em lugar de Deus, somos desprezados ou ignorados quando Ele sai à procura de verdadeiros adoradora! É infeliz a existência de cegos idólatras no corpo de Cristo! Estes deverão compreender rapidamente a dimensão do erro que estão cometendo: estão trocando o Deus da glória por nada!
       Adorar é manter comunhão com o Pai constantemente. é viver radicalmente em santidade, sem desculpas, rodeios e meio-termos. É direcionar a atenção, oração e jejum às nossas fraquezas e iniquidades em amor ao Cordeiro, que se entregou por nós naquela horrível cruz, para a qual às vezes não damos a mínima! É verdade! Quando pecamos estamos desprezando o sangue de Cristo, não dando valor àquele ato que revelou um amor tão imenso que até hoje não conseguimos compreender.
       O Noivo entregou a sua vida em favor da Noiva e às vezes ela não faz a mínima questão de retribuir esta graça em forma de louvor, temor, reverência, amor e comunhão! Que pena!
       Adorar é chegar-se a Deus sem segundas intenções. É olhar para o seu perfeito caráter, e não apenas para o que Ele faz! É amar o Deus da bênção e não a bênção de Deus; é amar o Deus da cura e não a cura de Deus. Quantas vezes olhamos apenas para os milagres, bênçãos, e nos esquecemos de olhar para aquele que faz tudo isso! Deturpamos a adoração quando entramos na presença de Deus apenas para ganhar algo., seja de qualquer tipo: bênção, milagre,"arrepio", "choque" etc. Devemos amar a Deus pelo que Ele é, não pelo que Ele faz. Devemos amar a Deus mesmo que daqui para frente Ele não faça nada por nós. A propósito, não merecemos nada do que Ele já fez por nós! Deus nos criou para termos comunhão com Ele, para sermos adoradores, e não comerciantes enganosos que só querem sair ganhando com esta relação. Quantas pessoas largaram os caminhos do Senhor por que não amavam a Deus e sim as suas obras? Queriam apenas ver milagres, curas, demonstração de poder, sinais. São exatamente estes que se chegam a Deus com segundas intenções... parece que amam a Deus, mas não amam! Foi a estes que Jesus se dirigiu: "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim..."
       Deixo um alerta: Atenda ao chamado de adoração! Não há mais tempo a perder... Cada minuto é precioso... Cada momento na presença do Pai é incomparável... Ele está à procura de filhos que o amem de verdade. Hoje mesmo entre na gloriosa presença de Deus e fale com Ele. Coloque-se diante do Senhor da glória. Seja um verdadeiro Adorador!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Louvor e Adoração - A Origem Bíblica das Palavras


Normalmente não fazemos muita distinção entre louvar e adorar a Deus. Para nós essas palavras têm o mesmo sentido.

Mas observando a maneira como são empregadas na Palavra de Deus, podemos perceber que muitas vezes são empregadas ao mesmo tempo: Louvai e adorai ao Senhor, louve e exalte o seu santo nome....

Isso é porque nos textos originais são palavras diferentes que expressam significados que são muito importantes para nós.

As palavras para louvor vêm do hebraico hãlal, que significa fazer ruído, yãdhâ que está associada às ações e gestos corporais que acompanham o louvor e, zãmar, que é associada à música tocada e cantada. No Novo Testamento a palavra grega eucharistein que significa agradecer é mais utilizada que a palavra eulogein "bendizer".

Facilmente se percebe que a louvor está muito associado a oferta, aquilo que entregamos a Deus.

Se cantamos, tocamos, dançamos, aplaudimos, estamos louvando. A Bíblia diz que toda a natureza louva a Deus. Pois demonstra o Seu poder, criatividade, soberania.

Salmos 65:13 - Os campos se vestem de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; eles se regozijam e cantam.

Salmos 69:34 - Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo quanto neles se move.

Salmos 98:8 - Os rios batam as palmas; regozijem-se também as montanhas,

Isaías 44:23 - Cantai alegres, vós, ó céus, porque o SENHOR o fez; exultai vós, as partes mais baixas da terra; vós, montes, retumbai com júbilo; também vós, bosques, e todas as suas árvores; porque o SENHOR remiu a Jacó, e glorificou-se em Israel.

O simples fato de existirmos já louva a Deus.

Já a palavra hebraica para adoração é abhôdhâ e o grego latreia, ambos significam servir com temor reverente, admiração e respeito.

Este vocábulo grego latreia origina palavras como idolatria: a qual vemos bastante por aí, sejam as romarias católicas ou as caravanas para assistir shows de rock, onde pessoas viajam quilômetros para ver seus ídolos, compram tudo o que tenha sua imagem, fazem de tudo para se identificarem com ele.

Isso serve para nós pensarmos:

A idolatria só produz a degradação e a diminuição da dignidade do adorador, mas estes se entregam de corpo e alma.

A verdadeira adoração restaura o caráter do adorador, pois é para isso que fomos criados, para servir ao Deus verdadeiro ao qual fomos criados imagem e semelhança.

Adorar a Deus é serví-lo com devoção, admiração, zelo, enfim é a intenção e a motivação, com que a oferta é feita.

Face a tudo isto é perfeitamente possível que eu esteja louvando a Deus sem adorá-lo.

O Pai procura verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4:23). Na busca de Deus por adoradores, como Ele está se deparando diante de você?

Deixe que Ele encontre em seu coração o espírito devoto e sincero de um verdadeiro adorador!

sexta-feira, 1 de abril de 2016

O Senhor Pelejará Por Ti


Todo o livro de Deuteronômio consiste em um único discurso de Moisés, feito pouco antes de sua morte. Esse discurso faz uma revisão dos quarenta anos que Israel tinha passado vagando no deserto. E Moisés o faz dirigido à nova geração de israelitas. À época o povo estava colocado nos altos de Cades-Barnéia, um lugar importante em sua história. Estavam na fronteira de Canaã, a terra prometida. Era o mesmo local onde seus pais haviam estado trinta e oito anos antes. Era também o lugar onde Deus havia impedido a velha geração de entrar na terra prometida. O Senhor os enviou de volta ao deserto, para vagar até que toda a geração morresse, com exceção de Josué e Calebe. Agora Moisés relembrava à nova geração a história de seus pais. Ele queria que eles soubessem exatamente porque a geração precedente havia morrido - e fora considerada desesperadamente rebelde aos olhos de Deus.

Moisés insistia em que aprendessem a partir dos erros trágicos dos pais, dizendo algo como: “Vocês conhecem a história de seus pais. Eram um povo chamado, escolhido e ungido por Deus. Mas perderam a visão. O Senhor os amou de tal maneira que os pegou nos braços, e os pôs no colo inúmeras vezes. Contudo, vez após vez, eles murmuraram e reclamaram dele, entristecendo-O.” “Finalmente, a paciência de Deus chegou ao fim. Ele viu que eles tinham se comprometido com a incredulidade. E não havia nada que Ele poderia fazer para que mudassem de opinião; nenhum milagre que Ele realizasse conseguiria lhes persuadir totalmente quanto à Sua fidelidade e bondade. Seus corações eram como granito. Então Deus lhes disse: ‘Nenhum de vocês entrará na terra prometida. Pelo contrário, agora mesmo vocês vão fazer a volta – e retornar ao deserto.”‘ Que palavras poderosas. Mas Moisés não estava falando apenas à nova geração de israelitas. Ele também estava se dirigindo a cada uma das gerações de crentes que se seguiriam, incluindo nós hoje. Como todos os registros do Velho Testamento, esse foi escrito “para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (I Coríntios 10:11). Moisés está nos mostrando o perigo da incredulidade. E previne que a menos que levemos essa questão a sério, sofreremos as mesmas terríveis conseqüências daqueles que caíram antes de nós: “A fim de que ninguém caia, seguindo o mesmo exemplo de desobediência” (Hebreus 4:11). Ele está dizendo, basicamente: “Não importa que tipo de coisa impossível vocês estejam enfrentando, ou o quanto à situação pareça desesperadora. Vocês não devem cair no mesmo pecado de incredulidade. Caso contrário, irão acabar em um deserto terrível, como eles. E vagarão por ele pelo resto da vida”.

“Deus é fiel para lhes guiar. E Ele levou seus pais a crises por um motivo: para ensiná- los a confiar nele. Ele queria um povo inabalável na fé.

Eles deveriam sair do deserto com uma fé provada – pura como ouro.

Ele queria que fossem um testemunho para o mundo da bondade dele para com o Seu povo.” Acredito que a nossa geração tem aceito o pecado da incredulidade de maneira muito leviana. E agora mesmo, estamos vendo os trágicos resultados. Vejo muitos crentes atualmente cheios de depressão e inquietude. Claro, alguns sofrem estas coisas por razões físicas. Mas muitos outros suportam tal sofrimento devido à situação espiritual. Em minha opinião, a depressão de tais pessoas é resultado do desagrado de Deus pela incredulidade contínua. O Senhor sempre usa linguagem forte ao se referir à incredulidade em meio ao Seu povo – termos como ira, cólera, abominação, tentar a Deus. Moisés levanta esse ponto ao lembrar os jovens israelitas quanto a isso: “Vistes que o Senhor, vosso Deus, nele (deserto) vos levou, como um homem leva a seu filho, por todo o caminho pelo qual andastes… Tendo, pois, ouvido o Senhor as vossas palavras (de incredulidade), indignou-se e jurou, dizendo: Certamente, nenhum dos homens desta maligna geração verá a boa terra que jurei dar a vossos pais” (Deuteronômio 1:31, 34-35).

Moisés então descreve o trágico erro que os pais haviam cometido em Cades-Barnéia. Aconteceu pouco após a travessia do mar Vermelho. Deus havia ordenado que Israel avançasse ousadamente à Canaã. E havia lhes dado poderosas palavras de segurança: “Eis que o Senhor, teu Deus, te colocou essa terra diante de ti. Sobe, possui-a, como te falou o Senhor, Deus de teus pais: Não temas e não te assustes… Não vos espanteis, nem os temais. O Senhor, vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós, segundo tudo o que fez conosco, diante de vossos olhos, no Egito” (Deut. 1:21, 29-30).

Que promessa incrível. Nenhum de seus inimigos conseguiria enfrentá-los (v. 7:24). Mas Israel vacilou diante da promessa de Deus. Ao invés de aceitá-Lo segundo a Sua palavra, insistiram em enviar espiões à Canaã. E esses espiões trouxeram “más notícias”, cheias de incredulidade. Falaram de gigantes e de cidades cercadas por altas muralhas. E o povo acreditou nesse relatório que trouxeram: “Porém vós não quisestes subir, mas fostes rebeldes à ordem do Senhor, vosso Deus” (1:26). Agora Moisés diz à nova geração: “Eles deveriam ter se movido na mesma hora segundo a palavra de Deus. O Senhor havia dito que lutaria por eles. Mas eles se rebelaram”. Dá para você ver o quê aconteceu com a velha geração?

O envio daqueles espiões para Canaã foi um ato de incredulidade. E enquanto esses espiões estiveram lá, foram influenciados por Satanás. Ficaram sujeitos às mentiras do inimigo porque não haviam seguido a palavra de Deus. E assim voltaram ao acampamento como instrumentos do diabo.

Após ouvir o relatório maldito, o povo agitou os punhos contra Deus acusando: “O Senhor nos abandonou, Deus. O Senhor nos trouxe aqui para morrer”. Poucos meses antes, este mesmo povo havia sido separado por Deus, tornado especial aos Seus olhos, e milagrosamente salvo. Mas agora o acampamento todo se via confuso. Eles perguntavam entre si: “Será que Deus não está mais conosco?”. Logo começaram a chorar pelos filhos: “Os nossos filhos vão morrer de fome neste deserto. Deus nos odeia!”.

Moisés lembra os jovens israelitas das acusações dos pais: “Murmurastes nas vossas tendas e dissestes: Tem o Senhor contra nós ódio; por isso, nos tirou da terra do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus e destruir-nos” (1:27).

Cades-Barnéia é Onde Deus Leva Todos os Seus Filhos Para o Teste Definitivo da Fé. Cades-Barnéia é o local da coisa assumidamente impossível. A própria palavra vem da raiz hebraica significando “fugitivo, vagabundo, vagante”. Resumindo – se você tomar a decisão errada aqui, acabará vagando por um deserto o resto da vida. Muitos cristãos estão exatamente nesse ponto agora.Deus lhes deu Suas promessas de Aliança; lhes deu um passado histórico maravilhoso consigo, lhes concedendo milagre após milagre de libertação. Mas o diabo foi a eles com mentiras, dizendo que não conseguiriam acabar a carreira. Ele os convenceu de que não eram bons o suficiente, de que Deus ainda estava zangado com eles devido a pecados passados, e que nunca os perdoaria.

Diga: você começou a aceitar estas mentiras? Você acha que Deus irá falhar quando a sua crise chegar? Se é assim, então em algum ponto de seu caminhar você deixou de aceitar a Deus segundo a palavra d’Ele. Você não agiu segundo o Seu comando.

E o quê foi verdadeiro para Israel é também verdadeiro para você: o teste que você enfrenta em Cades-Barnéia irá determinar o curso de seus anos restantes.

Como Israel, você tem sido carregado nos braços de Deus em meio a um terrível deserto. Ao olhar para trás, você pode recordar as tremendas provações que enfrentou, os dolorosos fracassos que suportou. Você passou por lutas que jamais pensou que iria superar. Mas Deus lhe foi fiel em cada uma delas.

Toda vez, Ele misericordiosamente se inclinou e lhe levantou. E agora você pode dizer: “Deus nunca falhou comigo. Estou aqui hoje pela Sua graça. É verdade –Deus me pôs em Seus braços, do jeito que um pai pega o filho”.

E mais, Deus o trouxe para fora a fim de o colocar dentro. Há uma terra prometida à sua frente, da mesma maneira que havia para Israel: “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus” (Hebreus 4:9). Deus o salvou para levá-lo a um lugar de repouso. O quê é esse repouso? É um lugar de fé e de confiança inabaláveis no Senhor. É um lugar de dependente confiabilidade em Suas promessas – de que elas cuidarão de você em meio a seus períodos mais difíceis. Mas para chegar a esse lugar de repouso, você primeiro precisa passar por Cades- Barnéia. Chegando lá, você estará face a face com uma batalha tão intensa, que superará tudo que já viveu. Há inimigos, gigantes, altas muralhas, coisas que lhe parecem totalmente insuperáveis. E você precisa submeter totalmente a sua confiança ao Senhor para prosseguir. Já vimos como os israelitas hesitaram em agir segundo a palavra de Deus em Cades-Barnéia. Como resultado, Satanás os colocou sob a influência de dez mentirosos inspirados pelo demônio. Qual o resultado? O resultado é que o povo acabou pensando que Deus estava resolvido a lhes destruir. E o mesmo se mantém verdade para nós hoje. Quando nos recusamos a agir rapidamente em cima das promessas de Deus, nos abrimos a espantosas mentiras demoníacas. E essas mentiras têm o objetivo de destruir a nossa fé. Satanás quer que pensemos que Deus nos deixou lutando sozinhos; nos diz que as muralhas à frente são altas demais, que não há como escalá-las para a vitória. Diz que vamos fracassar, que todo o nosso caminhar com Jesus foi em vão. Ele cochicha que não adianta continuar, que é melhor desistir. Lhe digo o seguinte: é por isso que Deus sempre quer que ajamos rapidamente segundo a Sua palavra. Ele não quer que o diabo tenha chance de nos assaltar com mentiras.

Alguém pode pensar: “Eu nunca iria acreditar que Deus me odeia. Como vou achar que o Senhor esteja a fim de me destruir?”. Mesmo assim, se ouvirmos as mentiras de Satanás, é exatamente isso que acabaremos dizendo: “Deus me levou a uma situação impossível. Não há sinal de Ele estar arranjando uma saída para mim. No entanto, Ele diz que não permitiria que eu suportasse algo acima de minhas forças. E agora mesmo o que estou passando é mais do que posso suportar”. Tais pensamentos são acusação direta contra Deus. Eles O acusam de não estar conosco em meio ao sofrimento.

Vemos novamente esta incredulidade em Israel quando chegaram a Refidim. Este era o local mais seco do deserto, e outro lugar de crise. Logo o povo começou a agonizar de sede. E uma vez mais, perderam toda a confiança em Deus: “Está o Senhor no meio de nós ou não?” (Êxodo 17:7), querendo dizer: “Se Deus estivesse conosco, nós não estaríamos nessa crise. Desta vez é insuperável”.

No Fundo, o Motivo da Incredulidade de Israel, é o Mesmo Motivo da Incredulidade da Igreja Hoje.

Simplificando: a palavra de Deus não foi suficiente para Israel. O Senhor lhes havia dado promessas incríveis; contudo em meio à crise, Israel nunca confiou em Sua palavra. A despeito de cada uma das promessas, de cada compromisso férreo de cuidar deles, eles entenderam Sua palavra como algo inútil. Como? Eles nunca a juntaram à fé: “A palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé” (Hebreus 4:2).

Em vez disso, o povo sempre pediu uma nova palavra de Deus. Vemos isso em seu questionamento: “Deus está conosco, ou não?”. Em outras palavras: “Temos de saber se Deus está conosco nessa crise, não na crise anterior. Precisamos de uma nova revelação dele, para essa nova situação”. Eu lhe pergunto: como alguém poderia esquecer tão rapidamente tudo que Deus havia feito por eles? Israel havia removido da lembrança todos os exemplos passados de libertações feitas por Deus. Eles jamais permitiram que Seus atos sobrenaturais passados edificassem sua fé nele.

Mesmo assim, a despeito das acusações contra Ele, Deus proferiu uma outra palavra para Israel. Ele instruiu Moisés a lhes dizer: “Não vos espanteis, nem os temais (os inimigos). O Senhor, vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós, segundo tudo o que fez conosco, diante de vossos olhos, no Egito” (Deut. 1: 29-30). Ora, essa promessa não era nova.

Deus estava apenas reafirmando o que já havia dito ao Seu povo: “O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis” (Êxodo 14:14). Ele os estava lembrando: “Lhes disse no Egito que Eu iria à frente. Disse que habitaria em seu meio, e lutaria por vocês contra todos os inimigos”. E Ele havia feito exatamente isto.Deus os havia livrado todas as vezes, à cada provação.

Vez após vez Deus lhes havia dito: “Estou com vocês. Vou lutar por vocês. Agora então, apropriem-se desta promessa, e não a esqueçam”. Mesmo assim, cá estavam eles em Cades-Barnéia, tremendo diante do inimigo, e se concentrando na própria fraqueza. Finalmente,  raciocinaram assim: “Não estamos capacitados para irmos contra eles”. Isso era duvidar escandalosamente – duvidar do chamado de Deus para as suas vidas, duvidar que Ele os havia enviado, duvidar de Sua presença em seu meio.

Você pode achar que nunca iria reagir dessa maneira. Contudo muitos cristãos hoje dizem coisas similares: “Senhor, Tu estás realmente comigo? Sei o quê o Senhor me prometeu. Mas isso é verdade mesmo? Posso confiar no que o Senhor disse? Preciso novamente ouvir algo novo de Ti. Preciso de uma nova palavra. Por favor, me dê um pouco mais de segurança”. Acabamos tremendo diante do inimigo de nossas almas. E tudo porque não cremos no que Deus nos prometeu. Agimos como se Ele nunca tenha dito uma palavra a nós.

E é precisamente aí que O “tentamos”. Mesmo que Ele já tenha se provado a nós inúmeras vezes, nós continuamente pedimos que outra vez nos prove a Sua fidelidade, que nos envie mais uma palavra para edificar a fé. Mas Deus dirá apenas uma palavra: “Creia no que Eu te disse”. Você treme diante de um pecado que lhe assedia, e que cresce diante de si como uma cidade murada? Se é o caso, o que Deus lhe disse quanto a essa fortaleza inimiga? Por toda a Sua palavra, Ele promete: “Eu lutarei por ti. Você não precisa ter medo. Maior é o que está em ti, do que o que está no mundo. Não há pessoa ou inimigo que possa te arrancar da Minha mão. Eu te purificarei e santificarei, pelo Meu Espírito. Confie na Minha palavra revelada a ti”.

A Incredulidade é Até Um Pecado Maior no Novo Testamento do que no Velho -Jesus veio como profeta e operador de milagres à Sua própria casa, Israel. No entanto somos informados de que “não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles” (Mateus 13:58). Que afirmação incrível. A incredulidade limitou até o poder de Cristo para operar.

Vemos outros resultados trágicos da incredulidade por todo o Novo Testamento. Os discípulos não conseguiram expulsar um demônio de uma pequena criança devido à incredulidade. E Jesus os repreendeu por isso (v. Mateus 17:14-21).

Após a ressurreição, Cristo ficou chocado novamente devido à incredulidade deles: “e censurou-lhes a incredulidade e dureza do coração” (Marcos 16:14). E também, Paulo diz o seguinte sobre os judeus: “Pela sua incredulidade, foram quebrados” (Romanos 11:20). Por que o julgamento de Deus quanto à incredulidade é tão severo no Novo Testamento? É porque os crentes de hoje receberam algo que os santos do Velho Testamento somente podiam sonhar.Deus nos abençoou com o dom do Seu Espírito Santo. Sob a Velha Aliança, os crentes eram visitados pelo Espírito de Deus só ocasionalmente. Eles tinham de ir ao templo para experimentar a presença do Senhor. Mas hoje Deus faz Sua habitação no Seu povo. Nós somos o Seu templo, e a Sua presença habita todo crente.

No Velho Testamento, Abraão só ocasionalmente era visitado por um anjo, ou recebia uma palavra de Deus. E ele cria no que lhe era dito. Abraão confiava que Deus era capaz de cumprir tudo que prometia. Ele “não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus” (Romanos 4:20). Contudo hoje, Jesusestá disponível a nós a qualquer hora do dia. Temos habilitação para apelar a Ele a nossa vida toda, e sabemos que Ele responderá. Ele nos convida a irmos ousadamente à Sua sala do trono, para tornarmos conhecidas as nossas petições. E nos dá consolação e direcionamento através do Espírito Santo.

Mesmo assim, a despeito destas bênçãos, ainda duvidamos de Deus nas ocasiões de provações extremas. Jesus repreende essa incredulidade, dizendo: “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18:7-8). Se Cristo fosse voltar hoje, Ele acharia fé em você?

Aqui Estão as Conseqüências da Incredulidade “Também foi contra eles a mão do Senhor, para os destruir…até que toda aquela geração dos homens… se consumiu…” (Deuteronômio 2:15,14). Cá está uma das linguagens mais duras de toda a Bíblia em relação à incredulidade. Você pode achar: “Mas isso não é linguagem da graça. Deus não trata da incredulidade com essa severidade hoje em dia”.

Não é assim. A Bíblia diz que hoje, sob a graça, “Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6). Aqui estão algumas conseqüências da incredulidade:

• A incredulidade contamina todas as áreas da vida. Esse pecado não pode ser reduzido a um ponto único em nossa vida. Ele derrama em cima de tudo, infectando todos os detalhes do nosso caminhar. A dúvida de Israel não se limitava à habilidade de Deus em matar os inimigos. A dúvida se derramava sobre a confiança deles quanto às provisões diárias. Eles duvidavam da habilidade de Deus quanto a proteger os filhos deles. Eles duvidavam quanto a Ele levá-los à terra prometida. Eles duvidavam até se Ele estava com eles. É por isso que Deus lhes disse: “Virai-vos e parti para o deserto… não estou no meio de vós” (Deuteronômio 1:40,42).

Se temos incredulidade numa área, isso se espalha como câncer a todas as outras, contaminando o nosso coração inteiro. Podemos confiar em Deus em alguns assuntos, tais como crer que Ele nos salva pela fé, que é todo-poderoso, que o Seu Espírito habita em nós. Mas confiamos nele quanto ao nosso futuro? Cremos nele para nos prover quanto à saúde e finanças, para nos dar vitória sobre o pecado?

• A incredulidade leva ao pecado da presunção. Presunção é a ousadia de acharmos que sabemos o que é o certo. É uma arrogância que diz: “Sei o caminho”, e age por si. Cá está ainda outro pecado que Israel cometeu em sua incredulidade. Quando Deus os mandou voltar ao deserto, eles não quiseram obedecer. Antes, foram até Moisés dizendo: “Ok, nós pecamos. Mas agora já resolvemos isso. Estamos prontos para obedecer à ordem de Deus para marcharmos contra o inimigo”. E resolveram eles mesmos definir a situação. Aqui está aonde muitos crentes em dúvida cometem um engano trágico: quando fracassam em uma questão da fé, eles se voltam para a carne. Fazem o que acham que tem de ser feito, mas em sua própria sabedoria e capacidade. A fé, no entanto, sempre resiste a agir com medo. Ela espera que Deus aja. A fé nunca quer fazer alguma coisa acontecer indo à frente de Deus. Esse grupo de israelitas foi à frente de Deus organizando um pequeno exército. Planejaram uma estratégia e se puseram a caminho por vontade própria. Mas quando os inimigos os viram, perseguiram os soldados israelenses “como fazem as abelhas” e os destruíram (Deuteronômio 1:44).

Vi casos terríveis de cristãos que jamais conseguiram entrar no repouso de Deus. O Senhor os levou a um ponto de tremendas provações – crise familiar, problemas financeiros, problemas conjugais – mas eles não esperaram que Deusagisse. Pelo contrário, acusaram-no de negligência, e tentaram eles mesmos resolver a situação. Hoje, tais crentes não têm repouso, não têm paz e o senso da presença de Deus. Antes, vivem em dúvida constante. E parecem ir de crise em crise. Só conseguem falar do último problema que tiveram. Contudo cada pedacinho dessa confusão é causado por uma coisa: incredulidade. 

O salmista diz: “Acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro” (Salmo 90:9). O salmista está falando do incrédulo. Qual é o título do seu conto? É: Viveram e Morreram em Vão. É a mesma história que ouvimos as pessoas contando sobre avós não crentes: “Viveram seus anos na dor e na amargura. A única coisa que faziam era murmurar e reclamar. E morreram sós e esquecidos”.

Esse é o horror da incredulidade. Ela amputa o seu histórico espiritual, tal que a única lembrança que têm de você é o de uma vida que se perdeu. Quando a geração jovem de Israel perguntava, “E o vovô e a vovó?”, lhes respondiam: “Eles só murmuravam e reclamavam. Eles não tinham porquê viver – então ficaram sentados esperando a morte”.

Muitos Cristãos Ainda Têm de Entrar no Repouso que Deus Tem Para Eles “Resta entrarem alguns nele” (Hebreus 4:6). O crente verdadeiro está determinado a confiar em Deus mesmo se a sua oração não é respondida. Não importa se todos os seus bens são levados, ou mesmo se enfrenta a morte. Ele deseja entrar no repouso de Deus. Qual é a evidência de uma vida assim? Uma pessoa assim, “ele mesmo descansou de suas obras” (4:10). Não passam mais a noite em claro tentando resolver os problemas em sua própria sabedoria, ou com a sua própria habilidade. Antes, lançam tudo sobre Jesus. Não importa se ganham ou se perdem. Eles se concentram unicamente no fato de que Deus tem um plano, e que Ele está operando isso em suas vidas.

Quero terminar com uma experiência que tive há pouco. Numa noite de sábado, desci até o cruzamento de Times Square em Nova York, em meio ao alvoroço de turistas e de outros fazendo as compras de fim de ano. Estima-se que nas horas de pico, quase 250.000 pessoas passam por aqui.

Então, enquanto estava lá, eu orava observando as multidões passando. Certa hora o Espírito Santo cochichou para mim: “David, dê uma olhada nessa aglomeração. Multiplique-a várias vezes, e esse será o quanto de gente que morreu no deserto. Em toda essa multidão, só dois entraram no meu repouso, Josué e Calebe. Todos os outros morreram antes da hora, em desespero e em incredulidade”.

Esse pensamento me foi aterrador. Olhei mais de perto a massa de pessoas entrando nos teatros da Broadway, nos restaurantes, lojas. Vi gente rica, pessoas desabrigadas, gente da classe média, homossexuais, dreg queens…e entendi que Deus provavelmente não estava no pensamento de nenhum deles. Pensei no estádio de futebol, nos ginásios de basquete e de hockey, e em todas as pessoas que os enchiam, com só uns poucos que verdadeiramente amam a Deus. Olhei em torno vendo todos os cinemas ali, e pensei nos milhares ali sentados, zombando de tudo que é santo. Observando toda essa gente, entendi que todos eles tiveram a mensagem do evangelho ao seu dispor alguma vez, através da televisão, do rádio, literatura, até de Bíblias gratuitas em quartos de hotéis. Se apenas eles quisessem saber, seriam informados de que o mesmo Deus que operou milagres para o antigo Israel, faz o mesmo para todos os que O amam hoje.

Porém são pessoas que não O querem conhecer. Se vêem alguém entregando folhetos evangelísticos, eles se apressam e o rejeitam. Não têm nenhum deus além do prazer, do dinheiro e das posses.

De repente, comecei a ver o valor de um crente único diante dos olhos de Deus. E ouço Jesus fazendo a mesma pergunta hoje: “Quando Eu voltar, encontrarei fé na terra?”. Vejo Cristo, O que sonda o coração dos homens, esquadrinhando todos os bairros, e encontrando poucas pessoas, se tanto, que verdadeiramente O amam. Eu O vejo procurando nos campus universitários, perguntando: “Quem aqui vai crer em Mim?”. Eu O vejo pesquisando na capital de nosso país, em busca de quem O aceitaria, e encontrando poucos. Eu O vejo buscando em países  inteiros, e achando só um remanescente. Vejo-O buscando dentro da moderna igreja apóstata, e não encontrando fé, apenas mortandade.

Finalmente, Ele pesquisa a Sua igreja, procurando servos com genuína fé. Porém, o que Ele vê parte o Seu coração, e O entristece profundamente. Ouço-O chorando como fez por Israel: “Jerusalém, Jerusalém… Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não quisestes!” (Mateus 23:37). Qual o motivo da angústia dele? Deus enviou o Seu Filho para revelar o amor do Pai aos filhos amados. Enviou o Espírito Santo para confortar e guiá-los. Mesmo assim, multidões dentro da Sua casa não têm fé. Não crê em que Ele responda orações. Murmuram e reclamam, acusando-O de negligenciá-los. E ficam com medo e em desespero, como se Deus os tivesse abandonado.

Como ministro do Senhor, carrego a carga do meu Pastor. E sinto a Sua dor. Nesse momento, ouço-O dizendo: “Mesmo em Minha casa, vejo tão poucos com fé. Muitos dos Meus próprios filhos, incluindo os Meus pastores, fraquejam na hora das lutas. Não confiam em Mim quanto às suas famílias, seus empregos, seus futuros. Em verdade, muitos fizeram a sua escolha”.

Então, e você? O Senhor vem a cada um de nós, perguntando: “Você crê em Mim? Você confia em Mim? Quando Eu vier, encontrarei fé em ti?”.
Como você responderá?

Quem pode tomar a Santa Ceia?

  De acordo com a Bíblia, se você é salvo, você pode tomar a Santa Ceia.   Cada um deve examinar a si mesmo antes de participar da Santa Cei...