quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Estudo Bíblico sobre Olha o Carnaval aí Gente!








A palavra carnaval data de 1680, mas tem a sua origem no latim medieval do século XII. Originariamente o termo era carneleváre ou carnileáriae servia para indicar a véspera da Quarta-Feira de Cinzas, que era o dia em que se iniciava a abstinência de carne exigida na Quaresma. Carnaval, então, significa carnem leváre, ou seja, abstenção de carne, como prenunciava a expressão no dialeto milanês, da Itália, desde 1130, quando se tem registro do termo carnelevale com este sentido.
 
Com o passar dos tempos e com a inclusão dos povos chamados pagãos na sociedade européia e no mundo de então, percebeu-se que estes povos realizavam várias festividades profanas desde a Antiguidade, iniciando tais festas na Epifania, dia de Reis, e encerrando-as na Quarta-feira de Cinzas, às vésperas da Quaresma. Destas festividades a que mais se destaca era a de Veneza, na qual os homens se mascaravam dos pés à cabeça para se deleitarem em orgias, sem que fossem identificados.
 
Mais tarde, numa infeliz tentativa de se obter a simpatia dos pagãos e de cristianizar o mundo, a igreja católica romana, que representava o cristianismo, recuperou tais festividades, incorporando-as ao calendário cristão, porém sem descaracterizar a festa, que constituía-se de festejos populares provenientes de ritos religiosos e de costumes culturais pagãos, e que se caracterizavam pela liberdade de expressão e de movimentos, bem como pela libertinagem.
 
Infelizmente as coisas não mudaram muito com o passar dos séculos. A igreja católica continua parcimoniosa em relação ao carnaval e a tônica carnavalesca é a liberdade de expressão e de movimentos, ainda impregnado de rituais religiosos e de costumes culturais primitivos, bem como exacerbado de libertinagem. No carnaval as pessoas se escondem atrás de suas máscaras e fantasias para expressarem seus instintos mais primitivos e animalescos, banalizando a sexualidade e profanando seus corpos na prática das mais absurdadas orgias.
 
Aquilo que seria a expressão nobre da religiosidade, o carnaval, e que indicaria a disposição do fiel de submeter-se à abstinência para devoção e purificação espiritual, é hoje a festa da carne. Não da carne de animais para o alimento, mas, o que é pior, da carne humana que é exposta na nudez que se faz desrespeitosa à sociedade por pressupor a libertinagem e a imoralidade como expressões culturais autênticas, o que além de não ser verdade é uma agressão sociocultural.
 
A Palavra de Deus alerta aos carnavalescos e foliões asseverando que tais manifestações, “imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias”, são sim carnais, porém advertindo também que “aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus”, Efésios 5.19-21. ou seja, aqueles que fazem a opção pelo carnaval não têm salvação e desfilam para o inferno pelas largas avenidas da maldade e da perversão da humanidade.
 
É lamentável que os governos fomentem e financiem o carnaval, bem como as orgias praticadas neste período, distribuindo preservativos com o dinheiro dos impostos que nós pagamos, mas é muito mais triste vermos que a maior igreja cristã do País, o catolicismo romano, continua conivente com essa prostitutização da sociedade, inclusive aspergindo água benta sobre a cabeça dos foliões que, numa tentativa de minimizar o vazio da alma e de se justificarem dos pecados cometidos sob o reinado de Momo, comparecem às missas na Quarta-feira de cinzas.
 
Amados, é tempo de uma grita geral. Assim como os foliões têm o seu grito de guerra, que identifica a agremiação pela qual desfilam, devemos bradar aos quatro ventos, proclamando a salvação em Jesus e combatendo o pecado e a pecaminosidade que impera durante o carnaval. Não podemos mais permanecer lenientes. Temos que confrontar e combater essa atrocidade sociocultural que tem desfigurado a nossa sociedade e, com isso, corroído a consciência moral e a resistência ética do nosso povo.
 
Como cristãos verdadeiros, diante das deusas e dos deuses da luxúria que o carnaval exalta e venera, devemos proclamar que cremos no Deus verdadeiro, o único Deus que salva e santifica, e que nos purificando de todo pecado em Cristo Jesus.
 
Que Deus nos dê coragem e destemor para essa empreitada.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Dons Espirituais para o Crente



PERSPECTIVA GERAL.

Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26 nota). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.

(1) As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).

(2) Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).

(3) É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).

(4) Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21; ver o estudo PROVAS DO GENUÍNO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO).

OS DONS ESPIRITUAIS.

Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.

(1) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).

(2) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).

(3) Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20, nota sobre a fé verdadeira; Mc 11.22-24; Lc 17.6).

(4) Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados (ver o estudo A CURA DIVINA). Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15 notas).

(5) Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos (ver Jo 6.2 nota; ver o estudo O REINO DE DEUS).

(6) Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas (ver o estudo DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA). Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte: (a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado. (b) Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3; ver o estudo O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO). (c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31). (d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3). (e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).

(7) Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (ver 14.29 nota; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (ver Mt 24.5 nota) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (ver 1Tm 4.1 nota), esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja.

(8) Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14 notas; ver também o estudo O FALAR EM LÍNGUAS). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20). (c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). (d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28; ver o estudo O FALAR EM LÍNGUAS).

(9) Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13).

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Estudo Bíblico O Pior de Todos os Pecados




“saiba qual é, de que maneira se manifesta e como vencê-lo”

“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” Provérbios 16:18

Introdução

Por que falar sobre o pecado? Não seria melhor falar uma mensagem de conforto em vez de uma mensagem de confronto? Não seríamos mais aceitos se exaltássemos as virtudes das pessoas ao invés de condenarmos os seus vícios?

Prefiro deixar de ser bem-sucedido em meu ministério para poder ser bem-aventurado nele!
A primeira razão para falarmos sobre o pecado é porque apesar dele nos dar prazer, nunca nos dará alegria – o pecado nos garante muito prazer e pouca satisfação e no final nos deixa sem nenhum prazer e com uma imensa angústia, afinal não há como comer o fruto de dois sabores sem ter indigestão! (Gênesis 3).

A segunda razão é para que entendamos que mais que uma mudança de comportamento, precisamos de uma mudança de coração – nosso problema não está no que fazemos, mas no que somos! O coração do problema é o problema do coração! Não são nossas ações o problema, mas nossas intenções!

A terceira razão é para que aprendamos que não basta evitar o mal, é preciso detestar o mal – repudiamos o fruto, mas regamos as sementes! Abominamos o adultério, mas agasalhamos pensamentos impuros em nossa mente! Enquanto não amarmos o que Deus ama jamais odiaremos o que Ele odeia!

A quarta razão é para que entendamos que é melhor confessarmos nossas inclinações do que nossas transgressões – é melhor que com que esse estudo as escamas dos nossos olhos caiam e vejamos o quanto somos pecadores, antes de nós mesmos cairmos e os outros verem o quanto fomos pecaminosos! É melhor remover sementes do que arrancar árvores!

A quinta razão é para que deixemos de ser um juiz severo com os outros e um advogado tolerante conosco – lembram-se de João 8 e o episódio da mulher adúltera? Pois é, naquela ocasião os acusadores voltaram acusados e a acusada voltou perdoada! Chega de ver o cisco no olho do outro e permanecer cego para com a trave em nossa vista! Não precisamos de um autoexame, mas sim de um exame do Alto! Com o autoexame corremos o risco de não enxergar o quão pecadores somos e consequentemente nos tornemos complacentes ou em vendo isso, entremos em desespero. Somente com a luz divina podemos dissipar as sombras e as trevas em nosso coração!

Achei por bem começar com os sete pecados capitais, cuja lista não se encontra na Bíblia, embora todos os sete pecados sejam citados e condenados nela, mas que de certa forma é um bom ponto de partida para entendermos o que somos para só então chegarmos a desejar quem precisamos ser.

Há várias outras listas de pecados na Bíblia, contendo muito mais do que sete pecados, e elas nunca tiverem a pretensão de serem exaustivas, mas servem como alerta para aqueles que buscam mais do que serem boas pessoas, porque querem ser novas criaturas! (veja algumas dessas listas em Provérbios 6:16, Gálatas 5:19, I Coríntios 6:10 e Apocalipse 21:8).

A lista com os sete pecados capitais foi criada na Idade Média por monges eremitas que em seu estudo sobre as tentações que assediam a natureza humana, concluíram que haviam pecados que geravam outros pecados, que de certa forma eram maiores até que os outros pecados (daí a palavra capital, que significa governo, cabeça etc).

Começaremos com o pior de todos os pecados – o orgulho! Analisando o que é, porque ele é o pior de todos, de que maneira ele se manifesta e como podemos vencê-lo.

I. O QUE É O ORGULHO

lembre-se que no que se refere ao pecado não é tão importante saber o que ele é, mas sim o que ele é capaz de fazer! A Bíblia nuca se ocupou em tentar definir o que é pecado, mas ela é pródiga em mostrar o que ele faz, pois ele simplesmente é capaz de nos separar de Deus! (Isaías 59:2).

“Se eu tivesse apenas um sermão para pregar, seria um sermão contra a soberba” G. K. Chesterton

1. O orgulho não é o mesmo que vaidade – a vaidade é uma variação do orgulho, sua versão menor, mas não menos perigoso. O orgulhoso ignora a opinião dos outros acerca de si mesmo por estar convicto de sua superioridade, já o vaidoso precisa muito da opinião alheia para se sentir seguro acerca de si mesmo. A vaidade é o principio da corrupção, já orgulho é a própria corrupção em seu estado último. O vaidoso se centra no que os outros pensam acerca dele, já o orgulhoso se concentra no que ele pensa acerca de si mesmo!

2. O orgulho não é o desejo de ter mais, mas o desejo de ser mais – a avareza é o desejo de ter mais que os outros, mas o orgulho é o desejo de ser mais que os outros! O orgulhoso é por natureza competidor! Ele não se importa em ser o primeiro, basta que seja o penúltimo, isto é, o que importa não é tanto quem está acima dele, desde que haja alguém abaixo dele!

3. O orgulho não é apenas uma admiração desmedida por si mesmo, mas também pode se manifestar numa forte depreciação acerca de si – existem pessoas tão orgulhosas que chegam ao ponto de se desprezarem por não serem tudo aquilo que gostariam de ser. Tem gente que se ama tanto, que chega a se odiar por não conseguir ser tudo o que almeja! Essa é a pior forma de manifestação do pior tipo de pecado!

4. O orgulho é transformar dádivas em conquistas – tudo o que somos, fazemos e temos vem do Pai das luzes e nunca foram produzidos por nós mesmos! Tudo que você tem, com exceção do pecado , foi dado por Deus por pura graça e nunca por algum mérito que você pudesse ter!

II. PORQUE O ORGULHO É O PIOR DE TODOS OS PECADOS

se orgulho foi capaz de transformar um anjo de luz no príncipe das trevas e o maior dos reis num jumento, o que ele não é capaz de fazer com pessoas como nós?

“O orgulho consiste em ocultar o quanto pensamos em nós mesmos e o quão pouco pensamos nos outros” Mark Twain

1. É pior de todos os pecados porque é um vício que pode se confundir com as melhores virtudes – o orgulho pode ser confundido com honra, auto-estima, personalidade forte, dignidade própria, brio etc. Quanto melhor um pecado se disfarça, pior o estrago que ele provoca!

2. É pior de todos os pecados porque além de corromper outras virtudes, ele também é capaz de inflamar outros vícios – o orgulho é capaz de transformar a virtude da coragem em simples atrevimento, a virtude humildade em falsa modéstia, a virtude da perseverança em teimosia. Também agrava outros vícios, fazendo com que avarentos se tornem também roubadores, irascíveis se tornem assassinos etc.

3. É pior de todos os pecados porque é usado pelo Diabo para vencer vícios menores – muitas vezes evitamos um pecado ou abandonamos um pecado, não por uma virtude, mas por esse que é o pior dos vícios. Deixamos de pecar, não porque tememos a Deus, mas porque tememos ser envergonhados. Não pecamos porque não queremos ser expostos ao ridículo e não porque não queremos ofender a Deus. O diabo fica feliz quando ele cura um resfriado nos dando como remédio um câncer!

4. É pior de todos os pecados porque nos impede de cumprir o maior de todos os mandamentos – como podemos amar a Deus acima de todas as coisas se nos ocupamos em nos amar acima de qualquer coisa! Como podemos amar o próximo se o vemos como um inimigo com o qual competimos para alcançar algo, uma coisa a qual usamos para alcançar algo ou um nada que não pode nos dar algo!

III. DE QUE MANEIRA O ORGULHO SE MANIFESTA

o fato do orgulho estar oculto, não significa que ele está ausente!

“Quanto mais detestamos o orgulho nos outros, mas o temos em nós mesmos” C. S. Lewis

1. O orgulho se manifesta não na maneira como tratamos os que estão ao nosso lado, mas em como tratamos os que estão abaixo de nós – pense em como você tem tratado aqueles que pensam diferente de você, possuem menos recursos que você, não estão dotados do mesmo conhecimento que o seu. Você os trata com compaixão ou desprezo? Os eleva acima de você ou os mantém abaixo de você?

2. O orgulho se manifesta não apenas quando recebemos elogios, mas também quando outros recebem elogios – Certa vez quando foram elogiar Spurgeon sobre sua excelente mensagem, ele respondeu dizendo que o Diabo já o tinha elogiado antes de descer do púlpito! Mas, não é só quando somos elogiados que o orgulho se manifesta ou desperta em nós, ele também costuma surgir quando vemos outros sendo elogiados. Lembram-se de Saul quando ouviu a cantiga que dizia que se ele havia matado milhares, Davi havia matado dez milhares? Pois é, naquela ocasião o orgulho se manifestou na forma de inveja!

3. O orgulho se manifesta não só quando todos concordam com o que dissemos, mas também quando alguns contrariam o que dissemos – em geral quando dizemos algumas coisas coerentes e as pessoas passam a concordar com a gente ao ponto de nem pensarem mais no que falamos, desde que tenha a nossa assinatura, podemos nos tornar orgulhosos. Porém, a pior forma de orgulho se mostra quando alguns nos contrariam, discordam do que argumentamos, e pior quando nos mostram que estávamos errados! Como o orgulhoso tem dificuldade em admitir erros, ele se manifesta quando contrariado na forma de ira! Quando se acabam os argumentos numa conversa, se começa o orgulho numa discussão!

4. O orgulho se manifesta não quando não conseguimos ser humildes, mas quando tomamos consciência de que temos sido humildes – por incrível que pareça o orgulho surge na hora em que tomamos conhecimento de que temos sido humildes, portanto não deixe que seus olhos saibam o que suas mãos tem feito de bom. Podemos se orgulhar de sermos humildes!

IV. COMO VENCER O ORGULHO

um bom começo para vencer o orgulho é admitir que temos sido orgulhosos, pois a pessoa que até agora não assumiu que é orgulhosa, essa é sem dúvida a mais orgulhosa de todas! Agradeça a Deus por suas fraquezas, imperfeições, faltas e dificuldades, pois eles são mensageiros de Satanás esbofeteando você para mantê-lo humilde!

“Deus criou tudo do nada, e tudo o que Deus usa, primeiro Ele reduz a nada” Soren Kierkegaard

1. Vencemos o orgulho quando não esquecemos de quem fomos para não deixar de ser quem somos – esquecemos de que um dia fomos pecadores miseráveis, destituídos da glória de Deus! Lembre-se que todo santo teve um passado do qual se envergonhar, e todo pecador tem um futuro no qual se gloriar! Vejam Pedro! Ele era Simão, mas Jesus o tornou Pedro, mas no dia em que ele se esqueceu de que havia sido um Simão, ele deixou de ser Pedro!. Jesus quando o viu pela primeira vez o chamou de Pedro, e o chamou de Pedro desde então até o dia em que ele começou a se engrandecer perante os outros apóstolos, dizendo que era capaz de morrer por Jesus, nessa ocasião Jesus não o chama de Pedro, mas de Simão, para tentar relembrá-lo de quem ele havia sido, pois ele corria o risco de deixar de ser quem ele havia se tornado. O resto da história vocês já sabem … (Lucas 22:31).

2. Vencemos o orgulho quando o nosso rosto brilha e ao invés de um espelho, usamos um véu – vocês se recordam do dia em que o rosto de Moisés brilhou? Ele fez o que? Usou um espelho para ficar contemplando sua cara de holofote? Não, ele usou um véu para não chamar a atenção para si! (Êxodo 34:29-35).

3. Vencemos o orgulho quando paramos de nos comparar com os publicanos e passamos a nos comparar com Jesus – somos como fariseu na parábola de Lucas 18, olhamos somente para os publicanos quem estão abaixo de nós e nunca para Aquele que está acima de todos nós! Não basta dizer que não somos tão ruins quanto os publicanos, pois a questão é que nunca seremos tão bons quanto Jesus! Ao olharmos para Ele, caímos sobre o nosso rosto, pois além de ver o quanto Ele é santo, vemos o quanto somos pecadores! Adoração é a resposta para o pecado do orgulho, pois na adoração nasce em nós a virtude da humildade! Não deixe que aquilo que você tem o distraia daquilo que lhe falta! Vejam o exemplo de Paulo, ele começa se considerando o menor dos apóstolos (I Coríntios 15:9), depois passa a se consider o menor de todos os santos (Efésios 3:8) e chega ao fim da vida se considerando o principal dos pecadores (I Timóteo 1:15). Isso sim é humildade, considerar os outros superiores a si mesmo!

4. Vencemos o orgulho não quando pensamos menos de nós mesmos, mas quando pensamos menos em nós mesmos – humildade não é pensar menos de si mesmo, isso é complexo de inferioridade e não humildade . Humildade é pensar menos em si mesmo e mais em Deus e nos outros. A humildade é uma virtude discreta, quase secreta! Humildade, como já disse alguém, é como roupa íntima, é absolutamente essencial, mas quando aparece é indecente!

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