sábado, 18 de abril de 2020

Apocalipse, Uma Mensagem Urgente Para a Igreja


Aventuras na História · Quem escreveu o Apocalipse?


                                         Apocalipse 1.1-8

INTRODUÇÃO

1. Dois fatores contribuem para que muitos crentes evitem o livro de Apocalipse:

a) A idéia de que ele é um livro selado, que trata de coisas encobertas

- Na verdade o livro de Apocalipse é oposto disto. Apocalipse significa tirar o véu, descobrir, revelar o que está escondido. A ordem de Deus é: "Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo" (22:10). As coisas que em breve devem acontecer mostra que há uma tensão entre o futuro imediato e o mais distante; o mais distante é visto como que transparecendo do imediato. O Cordeiro é o executor do deve acontecer. Há duas atitudes em relação à segunda vinda: 1) Quem se acomoda diz: "Onde está a promessa da sua vinda?" 2) "Estai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo".

b) A idéia de que ele é um livro que fala de catástrofe, tragédia e caos

- Esse é o significado da palavra hoje. Tornou-se sinônimo de tragédia. Mas Apocalipse não fala de caos, mas do plano vitorioso e triunfante de Cristo e da sua igreja.

I. O TÍTULO DO LIVRO DE APOCALIPSE

1. O Apocalipse é um livro aberto e não fechado

• A palavra "Apocalipse" significa descoberta, sem véu. Revelação não é especulação humana, é a Palavra de Deus e o testemunho fiel (v. 2). Ele revela o plano vitorioso, triunfante de Cristo e da sua igreja. Sua vitória absoluta contra todos os seus inimigos: a Meretriz, a besta, o falso profeta, o dragão, os incrédulos, a morte. O Apocalipse mostra que o último capítulo da história não será de tragédia, mas de uma retumbante vitória do Cordeiro de Deus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

• Apocalipse é um livro aberto em que Deus revela seus planos e propósitos para a sua igreja.


2. O Apocalipse não é revelação apenas das últimas coisas, mas sobretudo do Cristo vencedor e glorioso

• O Apocalipse não fala tanto de fatos, mas de uma pessoa. Apocalipse é fundamentalmente a revelação de Jesus Cristo (v.1), e não apenas de eventos futuros. Você não pode divorciar a profecia da Pessoa de Jesus. Apocalipse não é revelação de João, mas revelação de Jesus Cristo a João.

• Cristo veio ao mundo para revelar o Pai (Jo 17:6). No Apocalipse é o Pai quem revela a Jesus (Ap 1:1). E como o revela? Como o servo lavando os pés dos discípulos? Como uma ovelha muda que vai para o matadouro? Como aquele de quem os homens escondem o rosto? Como aquele que está pregado na cruz, com o rosto cheio de sangue? Como aquele que têm as mãos atadas e os pés pregados na cruz? Absolutamente não!

• A revelação do Noivo da Igreja pelo Pai é de um Cristo glorioso: Seus cabelos não estão cheios de sangue, mas são alvos como a neve. Seus olhos não estão inchados, mas são como chama de fogo. Seus pés não estão pregados na cruz, mas são semelhantes ao bronze polido. Sua voz não está rouca, porque a língua está colada ao céu da boca, por atordoante sede, mas é voz como voz de muitas águas. Suas mãos não estão cheias de pregos, mas ele segura a igreja e a história em suas onipotentes mãos. Seu rosto não está desfigurado, mas brilha como o sol.

• O objetivo do livro de Apocalipse não é nos dar uma tabela do tempo do fim, mas nos revelar o Noivo glorioso da igreja, o supremo conquistador. A igreja precisa olhar para a supremacia do seu Senhor. Durante a sua primeira vinda a glória de Cristo estava encoberta. Ele viveu se esvaziando da sua glória. Mas na segunda vinda de Cristo, sua glória será auto-evidente (Mc 14:61-62; Ap 1:7).

II. O AUTOR DO LIVRO DE APOCALIPSE - V. 1-2,4

1. Deus tem planos distintos ao usar seus servos

• O Espírito Santo usou João para escrever o quarto evangelho, as cartas e o Apocalipse. O objetivo do evangelho é alertar as pessoas a crerem em Cristo (20:31). O objetivo das cartas é encorajar os crentes a terem certeza da vida eterna (5:13). O objetivo do Apocalipse era alertar os crentes para estarem preparados para a segunda vinda de Cristo (22:20).

2. Deus transforma tragédias em triunfo

• Domiciano, o segundo Nero, que arrogou para si o título de Senhor e Deus, baniu João para a Ilha de Patmos, a colônia penal da costa da Ásia Menor. Mas ao mesmo tempo em que se achava fisicamente em Patmos, achou-se também em espírito e Deus abriu-lhe o céu e revelou-lhe as coisas que em breve devem acontecer.

• Num tempo em que a igreja estava sendo massacrada e pisada, perseguida e torturada, João recebe a revelação de que o Noivo da Igreja, o Senhor absoluto dos céus e da terra, está no total controle da igreja e da história (1:1.3; 5:5).


3. Deus esclarece uns e confunde outros

• O livro de Apocalipse é um livro altamente simbológico. Por que? É como as parábolas: esclarece uns e confunde outros. Para a igreja era uma mensagem clara, mas para os ímpios uma mensagem indecifrável.

• Os símbolos não enfraquecem com o tempo. Em vez de falar do diabo como um ser maligno, falou de um dragão. Em vez de falar de um ditador, falou de uma besta. Em vez de falar de um sistema sedutor, falou de uma Meretriz, Babilônia, a grande.


III. OS LEITORES DO LIVRO DE APOCALIPSE

1. As sete igrejas da Ásia Menor

• O número sete é um número importante no livro de Apocalipse. Ele aparece 54 vezes neste livro. O livro fala de sete candeeiros, sete estrelas, sete selos, sete trombetas, sete taças, sete espíritos, sete cabeças, sete chifres, sete montanhas. O número sete significa completo, total. Havia mais de sete igrejas na Ásia Menor. Mas quando Jesus envia carta às sete igrejas, significa que ele envia sua mensagem para toda a igreja, em todos os lugares, em todos os tempos.

• Não há nenhuma indicação nas sete igrejas que elas representem sete períodos sucessivos da história da igreja. João escolheu estas sete igrejas para que elas servissem de representantes da igreja toda. O Apocalipse era e é para toda a igreja.

2. Este livro é destinado a todos os cristãos em todos os tempos

• Não podemos limitá-lo à visão preterista nem à visão futurista. Ele é um livro encorajador para os todos os cristãos em todos os tempos.

• Este livro devia ser lido em voz alta em culto público (v. 3). Há uma bem-aventurança para os que lêem, ouvem, e praticam a mensagem deste livro.

• Para todas as igrejas o Senhor que anda no meio dos candeeiros tem uma palavra de exortação e também de encorajamento. Ele os desafia a serem vencedores!

• A mensagem central de Jesus para a igreja é que nós não devemos nos aproximar da profecia apenas com curiosidade acerca do futuro.

Quando Daniel e João receberam a palavra da profecia, do plano de Deus, do futuro, ambos caíram aos pés do Senhor (Dn 10:7-10; Ap 1:17). Eles ficaram esmagados pela grandeza da manifestação do Senhor. É assim que nós devemos nos aproximar do livro de Apocalipse, como adoradores e não como acadêmicos.


IV. O REMETENTE DO LIVRO DE APOCALIPSE

1. Uma saudação de encorajamento e não de medo – v. 4

• Graça e Paz não é uma palavra de medo, mas de doçura, de encorajamento a uma igreja que passa pelo vale do martírio.

2. A Graça e a Paz são enviadas à Igreja pela Trindade - v. 4-5

• O Deus Pai, o Deus Espírito e o Deus Filho estão no completo controle da história e num tempo de sombras e provas, eles enviam à igreja sua graça e sua paz.

3. Como a igreja deve ver o seu Noivo? – v. 5

a) Como a Fiel Testemunha - Jesus foi fiel durante todo o seu ministério. Nunca deixou de testemunhar sobre o Pai, mesmo na hora do sofrimento e da morte. "Eu vim para fazer a vontade do Meu Pai." = PROFETA.

b) Primogênito dos Mortos - Jesus foi o primeiro a ressuscitar em glória. Ele está vivo para sempre. Ele é o primogênito porque é o primeiro da fila e nós vamos logo atrás. Jesus matou a morte. Ele venceu nosso último inimigo. Uma igreja que está enfrentando o martírio precisa saber que o seu Deus vencer o poder da morte. A noiva do Cordeiro não tem mais a morte à sua frente, mas atrás de si = SACERDOTE.

c) O Soberano dos Reis da Terra - A igreja precisa ver Jesus como o presidente dos presidentes, diante de quem todos os poderosos vão se dobrar. Jesus está acima de Roma, dos imperadores. Ele está acima dos impérios, das nações soberbas, dos reis da terra, dos presidentes que ostentam o seu poder = REI.


4. Como a igreja deve se posicionar diante do seu Noivo? – v. 5-6

• Quando João vê a glória do Noivo, ele prorrompe numa doxologia suprema, diante da suprema glória de Cristo. Ele se encanta com o Cristo que lhe é revelado. Seu coração se derrama em adoração.

• Por que a igreja deve adorar o seu Noivo?
a) Porque ele nos ama - O verbo está no presente. O amor de Cristo é algo que permanece. Ele nos amou, ainda nos ama e nos amará até o fim.

b) Ele nos libertou dos nossos pecados - Fala de um ato de redenção concluído (5:9). A versão King James diz que ele nos lavou. Ele quebrou as amarras do pecado e nos limpa. O que é maravilhoso é que ele nos amou quando estávamos sujos e perdidos e depois nos libertou.

c) Nos constituiu Reinos e Sacerdotes – A igreja não foi amada e libertada para nada. O alvo do amor é nos constituir reis e sacerdotes para Deus. Ele nos ama. nos levanta da lama e depois nos coloca a coroa e a mitra. Já estamos assentados com Cristo nas regiões celestiais, mas haveremos de ser co-regentes com ele, pois reinaremos com ele. Somos um reino não apenas porque Cristo reina sobre nós, mas porque participamos do seu reinado. A mitra do sumo sacerdote tinha uma placa de ouro "Santidade ao Senhor’. Temos livre acesso a ele, pois somos uma raça de sacerdotes reais.


V. O TEMA DO LIVRO DE APOCALIPSE - V. 7-8

1. Há uma descrição das características da sua Vinda

• O grande tema do livro de Apocalipse é a glória e a vitória de Cristo na sua vinda. Esta verdade é apresentada nas sete seções paralelas. Cristo vem para estabelecer o juízo e triunfar sobre seus inimigos. Na primeira vinda a glória de Cristo não era auto-evidente, mas na segunda vinda será (Mc 14:61). A igreja triunfa com ele, enquanto seus adversários lamentarão (6:15-16; Zc 12:10). Os ímpios não se converterão (9:20; 16:9,11). Como Jesus virá?

• Aqueles que o amam se alegrarão na sua segunda vinda, mas aqueles que o rejeitaram se lamentarão. Como será a sua vinda?
a) Uma vinda Pessoal
b) Uma vinda Pública
c) Uma vinda Visível -
d) Uma vinda Poderosa
e) Uma vinda para juízo


2. Há uma descrição das características daquele que vem

• Essas características da sua eternidade e onipotência são dadas, para mostrar que Jesus é poderoso para executar o seu plano na história humana.

CONCLUSÃO

• Temos hoje uma visão da glória do Noivo da Igreja? Temos honrado o nosso Noivo? Estamos nos preparando para encontrar com ele, como as virgens prudentes? Nossas lâmpadas estão cheias de azeite?

Fonte:| Autor: Pastor Josias Moura 

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Estudo Bíblico João Batista um Modelo de Humildade


                        É necessário que Ele cresça e que eu diminua (Jo 3.30).

O ministério de João Batista foi bem definido pelo Senhor: “preparar o caminho”. Por isso, quando falou da sua alegria, ao saber do começo da obra de Jesus, afirmou: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”.

Quanto mais próximos de Cristo nós estamos, menos as pessoas vêem de nós e mais do Senhor Jesus.

Quantos de nós, muitas vezes sem perceber, buscamos palcos e holofotes na tentativa de divulgar o nome de Deus ou fazer com que outras pessoas sejam despertadas para o Senhor! Às vezes proclamamos mais a nós mesmos do que ao Salvador e acabamos perdendo o foco de servir ao Pai.

A melhor pregação que podemos fazer para glorificar o nome de Jesus é levar o ouvinte a lembrar de Deus e de Sua Palavra muito mais do que de nós mesmos. Melhor do que dizer o que Deus fez em nosso coração é mostrá-lo através das atitudes de nosso viver diário.

Não faltam igrejas, hoje em dia, as quais crescem e onde Jesus diminui. Não faltam líderes religiosos que se auto-promovem, às custas de uma pregação aguada, sem o temor do Cristo. Líderes e igrejas que crescem ao mesmo tempo em que diminuem Jesus.

A humildade é uma excelente virtude que deve ser buscada, cultivada e valorizada no seio da Igreja. Para sermos fortes na fé necessitamos ser humildes. Ao nos empenharmos em servir o Senhor Jesus, rapidamente notamos quão necessário é sermos humildes.

João Batista falou inspirado por Deus, acerca dessa virtude, não como algo opcional, mas como uma NECESSIDADE. A humildade pode ser comparada ao oxigênio, pois sem ele não há vida, e sem humildade não há vida espiritual.

Morremos sufocados por nosso orgulho quando rejeitamos o ensino do Mestre acerca da humildade. A humildade não é opcional, mas necessária à nossa sobrevivência espiritual (Pv 16:18; Tg 4:6; 1 Pe 5:5). Quem quer agradar a Deus precisa ser humilde, quem quer servir ao Espírito Santo precisa ser humilde, quem quer ir para o Céu precisa ser humilde.

Assim como as demais virtudes espirituais, a humildade deve ser aprendida, pois não somos humildes por natureza, pelo contrário, fomos concebidos e nascemos com o DNA do orgulho humano.

A Bíblia nos ensina de um modo majestoso, o que é SER HUMILDE: “…que Ele (Jesus) cresça e que eu diminua”. Essa é a fórmula da humildade! O seu efeito é progressivo e transformador. Verifiquemos se as nossas atitudes são semelhantes às de Jesus, e se o nosso procedimento, reações e decisões têm como base os ensinamentos de Cristo, ou a nossa própria vontade e temperamento (Mt 5.1-12).

A Igreja necessita de servos (as) humildes, para que a obra de Deus seja realizada a contento. Sem a humildade a vida cristã torna-se um deserto árido, com a humildade ela se torna um manancial de águas vivas (Sl 84.5-6; Is 58.11; Jo 7.38).

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de Servo, tornando-se semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até à morte e morte de Cruz.” Fp 2:5-8.

"Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;"( Rm 12.16).

Aquele que muito quer nada tem. Quando desejamos coisas altas demais corremos o risco de não alcançá-las e depois sofrer com o sentimento de incapacidade e frustração. Muitas vezes buscamos glória e reconhecimento para nós mesmos, mas não é essa a recomendação bíblica. Deus quer que estejamos satisfeitos com as coisas humildes, e caso Ele achar que convém nos dará as coisas grandes para que Seu nome seja glorificado.

Diferentemente do pensamento atual, onde o possuir mais a qualquer custo está se tornando a essência da vida da maioria das pessoas e tem também aumentado a fila de candidatos aos divãs dos psicólogos, a busca inconseqüente pela riqueza ou o adquiri mais do que realmente necessita traz por conseqüências varias frustrações que pode culminar em um colapso emocional levando a pessoa ao estagio depressivo.


A idéia de que: “qualquer esforço vale a pena quando a mente não é pequena” é uma grande e mentirosa armadilha onde incautos adeptos desta prática logo irão perceber o alto preço que é pago. Justamente por não nos contentamos com o que temos ou podemos ter sem que seja necessário ultrapassar limites normais é que vemos cada vez mais o ser humano tornar-se uma criatura Egoísta e Egocêntrica.

João Batista veio ao mundo anunciar e preparar o caminho para Jesus. Ele ensinava aos homens a valorizar mais as pessoas do que as coisas. Os conceitos de justiça social que João Batista já mencionava em sua época não pensem os amigos que mudaram em relação aos dias atuais. Como hoje havia corrupção, injustiça de classe, abuso de autoridade e toda sorte de descaminho.

Veja o teor de suas profecias:

- Ele percorreu toda a região próxima ao Jordão, pregando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados.

- Como está escrito no livro das palavras de Isaías, o profeta: Voz do que clama no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele.

- Todo vale será aterrado e todas as montanhas e colinas, niveladas. As estradas tortuosas serão endireitadas e os caminhos acidentados, aplanados.

- E toda a humanidade verá a salvação de Deus.

- João dizia às multidões que saíam para serem batizadas por ele: “Raça de víboras”! Quem lhes deu a idéia de fugir da ira que se aproxima?

- Dêem frutos que mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão.

- “O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo”.

- "O que devemos fazer então?”, perguntavam as multidões.

- João respondia: "Quem tem duas túnicas reparta-as com quem não tem nenhuma; e quem tem comida faça o mesmo".

- Alguns publicanos também vieram para serem batizados. Eles perguntaram: "Mestre, o que devemos fazer? "

- Ele respondeu: "Não cobrem nada além do que lhes foi estipulado".

- Então alguns soldados lhe perguntaram: "E nós, o que devemos fazer? " Ele respondeu: "Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente; contentem-se com o seu salário".

- O povo estava em grande expectativa, questionando em seus corações se acaso João não seria o Cristo.

- João respondeu a todos: “Eu os batizo com água”. Mas virá alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de curvar-me e desamarrar as correias das suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.


- Ele traz a pá em sua mão, a fim de limpar sua eira e juntar o trigo em seu celeiro; mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga.

- E com muitas outras palavras João exortava o povo e lhe pregava as boas novas ( Lc 3:3-18).

Veja a passagem abaixo onde relata João Batista, na prisão, sabendo que iria morrer, envia seus discípulos até Jesus com fins de indagarem D´Ele se seria realmente o Cristo esperado. Jesus responde aqueles apontando-lhes as boas obras que vinha fazendo e manda-os contar isto a João, alertando a todos que o escutavam que feliz o homem que não se escandalizasse com os milagres que vinham sendo realizados.

(Lc 7.19-23)
19. e os enviou ao Senhor, para perguntar: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?” 20. Eles foram ter com Jesus e disseram: “João Batista nos mandou a ti para perguntar se tu és aquele que há de vir ou se devemos esperar outro”. 21. Naquela ocasião, Jesus havia curado a muitos de suas doenças, moléstias e espíritos malignos, e proporcionado a vista a muitos cegos. 22. Respondeu, pois: “Ide contar a João o que vistes e ouvistes: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são purificados e surdos ouvem, mortos ressuscitam e a pobres se anuncia a Boa Nova. 23. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito”.

Em nenhum momento João Batista vacilou em sua fé, na sua certeza. João conhecia bem as escrituras e sabia que os milagres produzidos por Jesus eram os sinais de que Ele era o salvador, pois que conhecia bem as escrituras do profeta Isaias. Mas os seus seguidores não. Seus seguidores, ainda que João não fizesse nenhum milagre, continuava seguindo os passos do profeta.

Escutavam e o obedeciam. A ele dedicavam seus tempos. João, na prisão, e sabendo que morreria, mas uma vez tentava mostrar aos que estava junto a ele quem era o verdadeiro Jesus, a quem verdadeiramente deveriam ouvir. A indagação formulada a Jesus não era para conhecimento de João e sim para que seus seguidores, que deveriam também conhecer o livro do profeta Isaias, certificar-se de que Jesus não era tão somente um profeta, mas o Cristo, o Enviado de Deus.

Importante notar que João, mesmo sendo seguido fielmente por multidões, em nenhum momento se deixa apoderar pelo demônio da vaidade e incansavelmente lhes indica quem é o verdadeiro Cristo.

Ao fim, Jesus vai dizer a todos que estavam ao seu redor, além dos então seguidores de João, que “feliz de quem não se escandaliza a meu respeito”. Feliz é aquele que tem fé, cujos olhos foram abertos e puderam ver o verdadeiro Cristo, que o reconheceram pelas suas boas obras, pelos seus ensinamentos. Felizes daqueles que não duvidavam de Jesus e criam N´Ele.

Nós queremos mostrar agora as virtudes de humildade e submissão que fizeram de João batista um modelo ideal para os nossos dias:

I. Submissão ao chamado de Deus.

Mc ( 1.2,4,5) apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados.

1. João Batista foi submisso à vontade de Deus e não hesitou em cumprir o seu chamado (v. 4 "apareceu João Batista no deserto [...]"). Seu ministério havia sido profetizado pelo profeta Isaías (v. 2 "Conforme está escrito na profecia de Isaías [...]").

- Deus tem um plano no seu reino para cada um de nós. Precisamos estar dispostos a obedecer ao ministério que ele tem revelado para nossas vidas.

2. Submissão requer de nós disposição para agir para o estabelecimento do que recebemos.

- João percorreu a região da Judéia pregando e batizando aqueles que se arrependiam (v.5).

- Quem recebeu um dom de Deus não pode permanecer na inatividade. Aqueles que enterram o seu talento estão em desobediência a Deus. A sua omissão prejudica o desenvolvimento do corpo de Cristo.

- É visível a submissão daqueles que são servos humildes, que decidiram agir ao invés de esconder o seu dom. A segunda virtude que podemos notar em João Batista é:

II. Fidelidade ao ministério que recebeu de Deus.

1. João recebeu de Deus uma mensagem que consistia num rito atrelado a uma mensagem de perdão (v. 4 "apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados").

- Seu dever era levar aos aflitos por causa do pecado uma mensagem de perdão. Ele não misturou o seu ministério com qualquer outro ensino.

- Não podemos prostituir os nossos ministérios. O que Deus colocou sob nossa responsabilidade devemos cumprir como nos foi dado. Caso contrário estaremos agindo sem fé e com soberba.

- O servo humilde do Senhor é fiel e não macula o seu ministério.

Por fim, João Batista nos ensina outra virtude importantíssima nos servos humildes:

III. Reconhecimento das suas limitações.

1. Embora pregasse o perdão, João sabia que não possuía o poder de expiar pecados (v. 7 "E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias").

- O maior poder estava para ser revelado em Jesus. Este tiraria de uma vez por todas a culpa do pecado sobre aqueles que cressem (Jo 1.29).

- João reconheceu isso e se submeteu.

- Precisamos ter a capacidade de reconhecer que não somos poderosos como pensamos. Todo o poder de nossas vidas vem de Cristo (Jo 15:5 "... sem mim nada podeis fazer").

CONCLUSÃO

- A humildade de João é um exemplo do que Deus espera de todos aqueles que lhe servem.

- Para isso precisamos anular o nosso ego e nos submeter à vocação que recebemos do Senhor. Agindo com fidelidade para com Deus, reconhecendo que dependemos exclusivamente de Cristo para a realização da nossa vocação nessa vida.

Faça um teste hoje, se entregue totalmente a Deus, deixe que Ele apareça em sua vida, coloque tudo o que você tem e o que você nas mãos do Criador confiando Nele, e muito mais Ele fará por você.

Faça como o apóstolo João diga em seu coração "Que Ele cresça e eu diminua", assim o nome do Senhor será glorificado em sua vida. Amém!
| Autor: Jânio Santos de Oliveira |

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