segunda-feira, 26 de junho de 2017

Estudo Bíblico sobre Eu namoro, tu namoras, eles namoram



         Há algum tempo atrás, namorar, significava para a maioria das pessoas um período de conhecimento entre duas pessoas que pretendiam ficar noivas e se casarem. Hoje, namorar ganhou novos significados. Ainda na minha mocidade já percebia com certa freqüência o uso do termo substituindo palavras ou frases, como: “interessado em”, “de olho”, “verificando alguns detalhes em”, “observando”. A frase, por exemplo: “estou interessado em um televisor na loja e estou quase decidido a comprá-lo”, sendo substituída por: “estou namorando um televisor na loja e estou quase decidido a comprá-lo”. Juntamente com a substituição, um verbete que entrou e ficou: “paquerar”. Este, ainda que usado por alguns com o mesmo significado, já não significava a mesma coisa; mais parecia dar um aspecto um tanto superficial; como que um namoro menos comprometido.
         Uma explicação mais consistente para as mudanças no cenário do amor de namorados requer um estudo mais aprofundado. Posicionando-me em uma análise simplória e localizada na esfera cristã vejo que nem tudo está perdido, pelo contrário, talvez as mudanças que ocorreram do decurso destes poucos anos surgiram para proteger os sinceros namorados que preferem a manutenção do termo verbo “namorar”com o significado exclusivo de “um período de tempo de conhecimento, respeito e amor, que precede ao noivado e ao matrimônio”.
         Defendendo a troca do namoro cego por um amor prudente a Psicóloga Lana Harari escreveu:
 
“Que significado tem o dia dos namorados atualmente? O que os namorados celebram nesses tempos em que o "amor cego" foi substituído pelo "amor prudente", um amor que leva os parceiros a viverem uma relação com precauções, empenhando-se para construí-la ao mesmo tempo em que deixam uma porta aberta para sair dela quando ela não os satisfizer mais? Não é fácil viver numa época como a de hoje, em que a liberdade individual e a auto-realização são as principais metas a serem alcançadas. Manter um laço a qualquer preço, nem pensar!

NAMORO SÉRIO

         Hoje, 12 de junho de 2006, comemoram-se o dia dos namorados. Vamos respeitar as várias correntes e suas posições sobre o tempo, local, idade para se namorar. Vamos aprender com os jovens os novos termos que eles usam para expressar este período tão bonito de namoro; talvez o ficar deles é o mesmo “ficamos” nosso, chamado namoro. O cuidado, no entanto, é com a segurança dos jovens cristão neste período de pleno vigor físico e sexual e com tanta energia, nossos moços precisam de um maior envolvimento em atividades que os coloquem em harmonia com Deus, com o seu “amor”, com os responsáveis por eles e por si mesmos.
         Tenho me preocupado bastante com a questão do namoro no seio da juventude evangélica. A Palavra de Deus mostra regras estabelecidas de conduta que eles devem seguir; muitas vezes são rígidas demais para os seus atuais dias e nem todos os líderes espirituais estão habilitados a falar no assunto por razões diversas.

AS DIFICULDADES NA ORIENTAÇÃO DOS JOVENS

         Algumas situações que podem interferir na vida ministerial do líder religioso no momento de ensinar os jovens na área sentimental e sexual são várias. Uns por terem vivido um namoro totalmente livre e nunca foram orientados na ocasião. Outros viveram na mocidade a mesma situação e por não terem resistido à tentação cederam ao pecado e por isso não se sentem com condições morais para falar do assunto. Alguns poucos não eram evangélicos na sua mocidade e com poucos meses de convertidos foram ordenados ao alto cargo de pastor, assim não tiveram tempo de aprender todos os assuntos pertinentes ao exercício de sua função. Também existem os que praticam certos erros na área sexual e por isso não ensinam para não se sentirem hipócritas. Enfim, são várias situações que envolvem a juventude evangélica na área do namoro e infelizmente, muitos adolescentes e jovens continuam a namorar, noivar e se casar, sem a mínima orientação, de seus pais e na falta destes, de seus pastores.

LIDERANÇA EXTREMISTA, UM PERIGO

         Tenho visto que alguns líderes de Igreja Evangélica radicalizando em seus ensinamentos doutrinários, aplicando uma regra de conduta rígida, porque temem relaxar e assim verem os seus jovens em caminhos visivelmente tortuosos. No lado oposto estão os que pensam que não precisam nem tocar no assunto porque Deus é misericordioso, tolerante e por Sua infinita Graça não atenta para esta questão. Em certos casos, os radicais não convidam palestrantes de fora para falar do assunto; já no segundo caso, até convidam renomados palestrantes para falar para os seus liderados, mas com certo medo de “escandalizar”.

LIDERANÇA EQUILIBRADA, PRUDÊNCIA

         Graças a Deus que existem muitos pastores que tratam o assunto com o maior carinho possível dando ele mesmo palestras, pregando, doutrinando e agendando palestras e atividades afins, tudo em benefício destes nossos apaixonados namorados.

ALERTA AOS PRETENDENTES

         Quero deixar aqui a minha mensagem para todos os meus leitores namorados, casados ou solteiros. Vivam em amor em todas as esferas da vida de vocês. Se você está sozinho, é solteiro, separado por quaisquer motivos ou viúvo, lembre-se em primeiro lugar que o seu comportamento deve ser único na esfera sentimental e amorosa, havendo diferenças apenas no aspecto social. Para um jovem solteiro,“paquerar” não causa nenhum espanto na sociedade; enquanto que um viúvo, dependendo da sua idade pode causar algum constrangimento, pois em nosso círculo social ainda reside, seqüelas da antiga discriminação. O que está na condição civil de “separado” ou divorciado deve atentar o seu caso específico e verificar as regras impostas pela sua igreja, há casos de pessoas que estão separadas há anos e nem tem noção de por anda o seu consorte, mas algumas igrejas não os aceitam como livres. Você, casado, que está separado porque a sua esposa que está em tratamento de saúde no hospital ou no exterior, deve se comportar como casado, ainda que separado pelo tempo que for; jamais poderá trair a sua amada. Este é o categórico jugo do casamento e do amor. Se esta é a sua cruz e a acha pesada, lembre-se o amor tudo suporta.
 
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.” (1 Co 13.4).

MENSAGEM AOS NAMORADOS LIVRES

         Se você é livre e está namorando, tenha muito amor, paciência, carinho, ternura, respeito, comunicação, fidelidade e, sobretudo temor a Deus. Lembre-se que suas palavras são muito importantes, mas a sua cara-metade colhe sempre mais de suas atitudes do que quaisquer tipos de discursos
 
“Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio” (Pv 10.19).
        Ponha em Deus a sua confiança
 
“Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança, e que não respeita os soberbos nem os que se desviam para a mentira.” (Sl 40.4)
        e Ele suprirá todas as suas necessidades
 
“O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4.19).

MENSAGEM AOS NAMORADOS CASADOS

         Um recadinho em dez sentenças para você se casou e vive com o seu“amor”:
  • Busquem a felicidade em conjunto;
  • Continue namorando todos os dias de sua vida;
  • Não atente para a aparência física no decorrer dos anos;
  • Deus colocou elementos exatos na equação do amor para compensar a evidência do tempo; por isso que amamos muito mais ao nosso cônjuge nas bodas de prata do que no casamento; nas bodas de ouro do que na de prata;
  • Lembre-se que o amor conjugal jamais se envelhece e não deve nunca acabar enquanto viverem;
  • Jamais simule atitude de amor, o seu cônjuge sabe quando você está manifestando o seu amor naturalmente ou com segundas intenções;
  • Não é possível se esconder diante da pessoa que vive em união estável;
  • Não guarde para depois aquilo que deve ser comunicado;
  • Orem juntos, sempre;
  • Deus, o inventor e conservador do casamento tem o maior interesse em facilitar todas as coisas para que haja felicidade na vida dos casais consolidados pelo matrimônio.

AOS CASADOS QUE ESTÃO VIVENDO EM “PROVAÇÃO”

         Existe algo na vida conjugal que deve ser muito bem administrado, a crise financeira. Meu amigo, muitas vezes você quis presentear a sua esposa com um lindo apartamento perto da faculdade onde ela estuda, mas não conseguiu fechar o negócio; não se entristeça; ela chorou com você pela sua impossibilidade de realizar o seu sonho. Amada, não se entristeça por não ter podido fazer aquele almoço especial para o seu marido no dia do adversário dele; vocês estavam sem dinheiro e o cartão estava bloqueado por falta de pagamento; fique tranqüila e sorria, ele sofreu muito mais do que você e percebeu a sua dor. Amados namorados casados, o nosso cônjuge sofre tudo na mesma grandeza e forma do nosso sofrimento. Não é possível ficar nada em branco na vida de um casal que se ama. Lembrem-se, nós os que pregamos e os que ouvem a pregação tem ouvido quase que como uma reza a afirmativa: “DEUS ESTÁ NO CONTROLE”. Disse o salmista:
 
“O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura em todas as gerações” (Sl 145.13).

         A todos os namorados, dos adolescentes aos vovôs. Deus abençoe a todos, por Sua Graça.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

O Que Significa a Mulher Ser Submissa ao Marido?



No primeiro estudo sobre relacionamentos saudáveis no lar, preparamos a tela para a pintura de um retrato de uma mulher cujo valor é inestimável diante de Deus. Assim como a famosa pintura da "Mona Lisa" de Leonardo da Vinci, essa mulher possui um ar misterioso criado pelo Artista divino. Deus a retrata como alguém com espírito manso e tranqüilo, mas que faz uma contribuição singular ao lar cristão. Tendo preparado a tela com o ensino bíblico sobre o que a submissão da mulher NÃO significa, voltemos para ver esses toques leves e equilibrados com que o Artista pintou o quadro daquela que podemos chamar nossa "Mona Submissa". Vejamos, então, o que a submissão feminina significa.

1. Submissão se oferece pela mulher ao próprio marido.

Colossenses 3:18 e Efésios 5:22 falam diretamente às esposas. Infelizmente, muitos homens têm interpretado o texto como se fosse a responsabilidade deles manter suas esposas "na linha". Mas Deus chama as mulheres para sua responsabilidade de "alinhar-se" debaixo da liderança de seus próprios maridos.

Seria um contra-senso falar de "submissão exigida" pelo marido, e não submissão oferecida a ele pela mulher, seria ridículo como a pessoa que fala: "Exijo que você me ame espontaneamente!" Submissão é uma obra do Espírito Santo no coração da mulher. É uma questão entre a mulher e seu Deus, ou seja, alinhamento vertical com Deus, que resulta num alinhamento debaixo da liderança do marido.

Não adianta o homem insistir em submissão. Cabe a ele orar para que Deus transforme o coração de sua esposa. Semelhantemente, a mulher com marido que fica pressionando-a para "submeter-se" a ele precisa primeiro avaliar o coração dela diante de Deus, depois procurar ser a mulher de espírito manso e tranqüilo (1 Pe 3:1-6), e finalmente orar pelo marido.

2. Submissão da esposa é uma ordem, não uma opção.

Mesmo sendo algo oferecido ao marido pela mulher, o ensino bíblico nos lembra de que submissão é uma ordem. Essa, a segunda pincelada do Artista no retrato da mulher submissa, deixa claro que submissão é primariamente e principalmente uma questão entre a mulher e Deus. A ordem está no tempo presente, ou seja, deve ser contínua e não ocasional. Deus não necessariamente chama a mulher para entender o plano divino, mas, sim, obedecê-lo. Podemos afirmar que há grande perigo para a família que rejeita a receita divina para relacionamentos saudáveis no lar.

Alguns afirmam nesses dias pós-modernos de relativismo, que tal ordem foi uma acomodação à cultura daquela época. Infelizmente, esse argumento não tem base. O ensino bíblico quanto ao papel da mulher é unânime, trans-cultural e trans-temporal: desde a criação, depois da queda, antes e depois da Lei, antes e depois da Cruz de Cristo. Paulo e Jesus não eram machistas como muitos alegram; muito pelo contrário. Os dois eram radicais extremistas em termos da liberdade e atenção oferecidas às mulheres numa cultura altamente preconceituada. Protegeram e elevaram o "status" das mulheres através do seu ensino sobre a santidade do casamento, a preservação da dignidade sexual da mulher, e sua igualdade com o homem relativo à posição em Cristo.

3. Submissão significa alinhar-se debaixo do marido.

O terceiro "toque" do Artista define a submissão. Podemos afirmar que o significado do termo hoje NÃO se deriva da idéia de uma "missão inferior" ("sub"- missão), como se a tarefa dela fosse menos importante que a do homem. Também não concordamos com aquele que definiu submissão como "a arte de saber quando abaixar para que Deus possa bater em seu marido!" O verbo grego traduzido como "submissão" traz a idéia de "colocar-se em ordem debaixo". É a idéia de alinhar-se debaixo da liderança do marido, para o bom funcionamento do lar. Isso não é por causa de uma suposta inferioridade, mas pelo fato de que não poder haver dois chefes no lar. De novo, isso não significa autonomia masculina no lar, só que, na última análise, a responsabilidade de liderar recai sobre o homem. A responsabilidade é dele, a culpa será dele, e a mulher fica protegida quando ela segue a liderança dele.

Mais uma vez podemos entender isso pela ilustração da dobradiça de uma porta. Para a porta revolver-se eficientemente, alguém precisa alinhar e encaixar todos os anéis da dobradiça, um em baixo do outro. Todos os anéis são feitos do mesmo material, com a mesma força. Não é uma questão de inferioridade, mas, de funcionamento equilibrado. Para a porta da família funcionar bem, todas as dobradiças precisam ficar alinhadas, "no eixo".

Para isso, o homem precisa assumir seu lugar como líder, delegando sem abnegar de sua responsabilidade. A mulher precisa andar em conjunto com o marido, seguindo-o e complementando-o desde que esse não exija que ela desobedeça a padrões divinos. Jovens precisam tomar muito cuidado para não casarem-se com alguém com que não poderá "alinhar-se" eficientemente, ou seja, num jugo desigual que cria uma "porta torta" e uma dobradiça barulhenta.

4. Submissão bíblica significa respeitar o marido.

Dissemos que o termo "submissão" significa "alinhar-se debaixo do marido". Mas alinhar-se debaixo de outra pessoa forçosamente, sem o devido respeito, iguala-se à opressão na melhor das hipóteses e prostituição na pior. Como sempre, Deus está mais interessado no coração da mulher do que no mero rito de "submissão". Submissão sem respeito é como obediência sem honra. Vemos isso claramente na criação de nossos filhos. Se não atingirmos o coração da criança, produzimos hipocrisia. A mulher que "submete-se" "de boca pra fora" ainda não compreendeu a vontade de Deus para seu lar. Nesse caso, seria como uma dobradiça que está alinhada, mas que sempre chia, irritando todos ao redor.

Efésios 5:33 resume toda a discussão sobre o papel da mulher com a palavra "respeito". Da mesma forma como a igreja deve ser submissa a Cristo, a esposa deve se submeter ao seu marido, com essa atitude de coração chamada "respeito". A palavra original traz a idéia de "temor", não no sentido de ficar encurvada e temerosa diante do marido, mas num relacionamento intimo de honra e consideração, assim como na frase "o temor do Senhor".

1° Pedro 3:1-6 também reflete esse aspecto interior de submissão. Deus valoriza o espírito manso e tranqüilo da mulher, especialmente no relacionamento submisso diante de um marido que, humanamente falando, talvez não mereça tanto respeito. O respeito não é necessariamente porque o marido é digno, mas pelo fato de que Deus o constituiu como líder do lar. Não é respeito tanto pela pessoa, mas, pela posição dada por Deus. Essa é a mesma posição bíblica quanto à submissão do cristão diante das autoridades políticas, sejam justas ou injustas, por serem estabelecidas por Deus.

Certamente a mulher precisa traçar um limite quando o marido exige algo contrário à Palavra. Mas precisa também verificar com muito cuidado que não haja uma opção criativa para não ter que desobedecer a Deus nem o marido.

5. Submissão bíblica requer uma obra sobrenatural no coração da mulher.

O último toque do Artista acrescenta a idéia de submissão "como convém no Senhor" (Cl 3:18). A frase lembra-nos de que o padrão é celestial. Temos que admitir que tudo que Deus pede para relacionamentos saudáveis no lar está fora da nossa capacidade natural. A mulher não submete-se ao marido natural e espontaneamente. Da mesma forma, como veremos depois, a natureza do homem não é de amar sacrificalmente sua esposa, mas de explorá-la e usá-la para seus próprios fins egoístas.

Desde a Queda a tendência da mulher tem sido tentar superar o marido, não sendo "auxiliadora idônea" que complementa-o, mas alguém que compete com ele. Então, se a tendência natural da mulher é de resistir a liderança do marido, e se a tendência natural do homem é de subjugar a mulher, como podemos voltar ao padrão bíblico de complementação, harmonia, e paz no lar? A resposta está no poder sobrenatural e espiritual vindo como fruto da obra de Cristo na cruz. Em Cristo, as tendências velhas foram vencidas e tudo se fez novo. Efésios 5:18, que antecede o ensino paulino sobre relacionamentos saudáveis no lar, nos lembra de que uma vida controlada pelo Espírito Santo verte o quadro criado pela Queda. Essa é a única esperança para o lar - uma obra sobrenatural em que a vida de Cristo está sendo reproduzida dia após dia na vida tanto do homem como da mulher. Esse retrato é mais valioso que qualquer pintura misteriosa por da Vinci ou outro artista famoso. É a pintura do Artista divino.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Estudo Bíblico sobre Namoro Cristão - Dicas Básicas



A prática sexual antes do casamento, aliado ao alto índice de casais infelizes e divórcios, nos leva a questionar, onde estará o problema? Não são poucos os casos, onde o problema pode ser detectado num namoro ou casamento que não tem os princípios da palavra de Deus como referencial de conduta. Aliás, a pós-modernidade trás de volta algumas filosofias, tais quais:
O hedonismo - Se é bom faça
O relativismo - Não existe uma conduta moral universal
O antinomismo - Todo tipo de regra, norma ou lei é repressão
O humanismo - O homem é a medida de todas as coisas (Protágoras)
Tais filosofias, além de servirem de argumento para os céticos e defensores do sexo livre, acabam por influenciar a vida de muitos cristãos, que deveriam exatamente exercer influência como sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-14).
Conceituação e Definição de Namoro e Noivado
Assim como muitas outras práticas na vida de uma sociedade, não existe um padrão universal para o namoro, noivado e casamento. O próprio modelo dos tempos bíblicos, tornou-se impraticável em algumas culturas, visto que envolvia entre outras coisas:Idade mínima de 12 anos para as moças e 13 anos para os rapazes (tradição rabínica).
Os pais escolhiam na maioria das vezes com quem seus filhos casariam (Gn 24.33-53; Gn 21.21; Gn 28.1-2; Gn 28.8-9; Gn 34.4-6; Gn 38.6; Jz 14.2-3; Js 15.16; I Sm 8.17, etc.)
Havia o pagamento do dote "mohar" (valor simbólico) feito pelo pretendente aos pais da moça (Gn 29.15; 34.12).
Era costume casar-se com uma parente (Gn 24.4; 28.2; 29.19; Jz 14.3, etc.), isso evitava transferência dos bens da tribos, como também influências negativas de práticas idólatras e imorais. Deve-se salientar, que no interior da família, eram proibidos os casamentos com parentes imediatos (Lv 18 e 20).
Os "esponsais" ou "promessa de casamento", uma vez quebrados, eram passíveis de penalidades a(s) partes responsáveis (I Sm 18.17-19; 18.26-27), visto que o "noivado" trazia consigo direitos e obrigações quase idênticos ao casamento.
Apesar de mudar quanto a forma, o namoro e noivado em todas as culturas, devem moldar-se aos princípios da castidade, fidelidade, compromisso, respeito, verdade e amor.
O namoro, juntamente com o noivado, pode ser definido como um relacionamento entre duas pessoas de sexo opostos, baseado no amor, tendo por finalidade maior, a preparação para um casamento dentro da vontade de Deus.
Questões Práticas
1.Quando começar a namorar-- Quando se estiver pronto para enfrentar os desafios que o casamento impõe. Isto implica terminar os estudos, ter um emprego, maturidade, etc.
2.Com quem namorar-- Crente namora com crente (2 Co 6.14-16) da mesma linha de credo e costumes (Nm 36.5-9). Imagine crentes de denominações e posições teológicas diferentes casando-se:
-No final de semana para qual igreja iriam?
-Batizariam seus filhos por imersão ou aspersão?
-Ensinariam seus filhos ou não sobre o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais?
-Quais costumes adotariam?
3.Motivações erradas para se começar um namoro-- Dentre muitas citamos:
-Aparência física
-Interesses econômicos, políticos e financeiros
-Imposição dos pais
-Influência dos amigos
-Desespero (impulsos sexuais, insegurança, etc.)
4.Como fazer a escolha certa-- Algumas questões precisam ser consideradas na ora de escolher com quem casar-se:
a)O senso da vontade de Deus
-Orar em toda e qualquer situação (1 Ts 5.17)
-Ter a palavra de Deus como instrumento de análise das motivações para o casamento, como também do perfil de conduta do futuro cônjuge (Sl 119.105)
-Analisar as orientações divinas em condições especiais, tendo cuidado de não usar a exceção com regra (Gn 24.10-14). Isso implica o cuidado com os profetas casamenteiros e descasamenteiros.
-Usar o bom senso, e observar a conduta do(a) pretendente como filho (disposição para trabalhar, respeito aos pais, obediência, etc.). Geralmente bons filhos tornam-se bons cônjuges.
b)Senso de afinidade mútua
-Valores e projetos espirituais (dedicação e vocação)
-Valores e projetos pessoais (preferências gerais, filhos, trabalho, estudos, etc.)
-Valores físicos (Aparência, higiene, saúde, etc.)
5.Problemas no namoro cristão- O cristão que inicia um namoro, tem como objetivo o casamento dentro da vontade de Deus, devendo para este fim tomar alguns cuidados, tais como:
-O descompromiso ou "ficar" (Pv 5.18; Ml 2.1-14)
-Intimidades físicas resultantes de tentações, supostas provas de amor, prova de virilidade, imprudência, carnalidade, etc. (I Ts 4.3-7)
-Sexo pré-conjugal (Gn 2.24; I Co 7.9; 2 Co 11.2)
Você que é um jovem cristão precisa entender que um namoro e casamento fora da vontade de Deus só lhe trará desgaste, sofrimento, frustrações e feridas difíceis de serem cicatrizadas.
Vale apena esperar e fazer a vontade de Deus.


Fonte:Autor: Altair Germano










Autor: Altair Germano

sábado, 3 de junho de 2017

Estudo Bíblico Deus Condena Crianças ao Inferno?




Não é de hoje que muitos cristãos acreditam na salvação das crianças que ainda não amadureceram o suficiente para crerem no Evangelho. Afinal, o Senhor Jesus afirmou que delas é o Reino de Deus (Mc 10.13-16). Crê-se que os tais infantes, caso venham a morrer, estarão protegidos pela graça preveniente de Deus e automaticamente salvos da condenação, haja vista não terem a capacidade de atender à condição exigida para o recebimento da salvação (cf. Mc 16.16).
Entretanto, alguns teólogos não acreditam na salvação de todas as crianças que partem para a eternidade sem terem maturidade para crer no Evangelho. Até mesmo os recém-nascidos podem ir para Inferno, caso morram nessa fase da vida. Tais teólogos baseiam sua tese no julgamento igualitário, na aliança familiar com Deus e ou na eleição soberana. Ou, ainda, numa combinação desses três elementos.

Teoria do julgamento igualitário. Os defensores do julgamento igualitário afirmam — acertadamente — que a inocência das crianças é apenas uma crença popular, haja vista serem elas pecadoras de nascimento (Sl 51.5; Rm 5.12). Mas eles erram ao não fazerem distinção entre pessoas mentalmente maduras e imaturas para crer no Evangelho.

De acordo com a Bíblia, as pessoas adultas, mentalmente maduras, quando creem no Evangelho, escapam da condenação, mas o Senhor não tira de dentro delas o pecado. Apesar de salvas pela graça, ainda possuem a natureza caída, a tendência para o mal (Rm 7.19-24). Como ilustração, Deus tirou os israelitas do Egito, sem tirar o Egito de seus corações. Por isso, sentiam saudades da vida velha. Jesus liberta os salvos do poder do pecado, e não da presença do pecado (Rm 6.12-14).

Isso significa que, apesar de sermos redimidos pelo sangue de Cristo, continuamos sendo pecadores por natureza (1 Pe 1.18,19; Rm 3.9). E, ainda que tenhamos a certeza da vida eterna e de que nenhuma condenação há para nós (Rm 8.1), estamos sujeitos a pecar (1 Jo 2.1; Lc 21.34). Não é, por conseguinte, o fato de não pecarmos que nos livra da condenação, e sim o recebimento, pela fé, da graciosa salvação em Cristo (Ef 2.8,9).

Embora as crianças mentalmente imaturas não sejam, de fato, inocentes de nascimento — posto que herdaram o pecado de nossos primeiros pais (Rm 3.23; 5.12) —, elas são puras e vivem num “período de inocência”, na prática, haja vista não conhecerem o pecado e o plano salvífico de Deus. Elas não têm o conhecimento do bem e do mal, o qual se evidencia por atitudes maliciosas e pela prática consciente do mal (Gn 3.7-11). Quanto ao julgamento divino, portanto, faz-se necessário distinguir-se entre as pessoas maduras e imaturas.

Teoria da aliança familiar com Deus. Alguns teólogos têm proposto — com base em passagens como 1 Coríntios 7.14 e Atos 16.31 — que as crianças pertencentes a um lar compromissado com o Senhor estão automaticamente salvas. Quanto às outras, mesmo não tendo a capacidade de discernir as coisas, o que lhes impossibilita de reconhecerem o seu pecado e crerem no Evangelho, estão condenadas. Consideremos as crianças que morrem ao nascer ou poucos dias depois de seus nascimentos. Seriam elas condenadas ao Inferno por não pertencerem a uma família cristã? E se, na sua família, apenas um dos pais for salvo?

Se crianças incapazes de raciocinar e crer no Evangelho podem ser condenadas, caso morram nessa fase, como conciliar isso com o princípio bíblico da justiça divina? Permitiria o Justo Juiz que criaturas suas entrassem no mundo por pouco tempo, com o único propósito de serem condenadas a sofrer por toda a eternidade? E, ainda, sem terem a mínima chance de defesa?

Em 1 Coríntios 7.14 está escrito: “Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo marido. Doutra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos”. Fica evidente, à luz do contexto, que esta passagem não trata de salvação eterna, e sim da influência positiva que um cônjuge pode ter sobre o outro, caso se converta (1 Pe 3.1,2). A prova de que uma pessoa salva não determina que cônjuge e filhos sejam igualmente salvos está em 1 Coríntios 7.16: “Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?”

Não é o fato de os pais serem salvos que garante a salvação da alma de seus filhos. Caso contrário, ao atingirem a maturidade, não precisariam crer no Evangelho (Jo 3.36), posto que já teriam recebido de antemão a salvação, em razão de pertencerem a uma família evangélica. Quando Paulo disse ao carcereiro de Filipos que, se ele cresse no Senhor Jesus Cristo, a sua família seria salva (At 16.31), fez essa afirmação no sentido de que a sua influência, como pai de família, levaria todos a receberem o Evangelho. Afinal, a salvação depende de uma decisão pessoal de cada um: “para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

Segue-se que a ideia da salvação por aliança familiar é antibíblica e se assemelha à tese romanista da salvação por batismo sacramentalista. De acordo com essa teoria, todas as crianças se tornam salvas após o sacramento, contrariando o princípio de que o batismo deve ser ministrado aos que têm maturidade para crer (Mc 16.16). Ademais, batismo não salva; trata-se de uma ordenança para quem já possui a certeza da salvação (Rm 6.1-14).

Teoria da eleição soberana. Outros teólogos, por sua vez, afirmam que existem crianças salvas e crianças perdidas, mesmo antes de nascerem, haja vista salvação e condenação decorrerem da eleição soberana de Deus. Ninguém menos que Calvino defendia esse pensamento! “Os pequeninos que recebem o sinal da regeneração e da renovação, se passam deste mundo antes de chegarem à idade da razão, caso tenham sido escolhidos pelo Senhor, são regenerados e renovados pelo seu Espírito, como lhe apraz, segundo o seu poder, para nós oculto e incompreensível” (As Institutas [2006], III.11).

Os defensores desse argumento dizem que é totalmente equivocada a ideia de que as crianças imaturas herdam o Reino de Deus automaticamente só por serem incapazes de crer no Evangelho. Alegam — acertadamente — que o termo grego toiouton, em Mateus 19.14, não se refere à salvação de crianças, e sim às pessoas que se assemelham a elas. Mas, na passagem correlata de Marcos 10.14-15, está escrito: “Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele”.

Em outras palavras, as crianças são tão puras, simples, humildes, que foram tomadas para exemplificar como devem ser os adultos verdadeiramente convertidos (Mt 18.1-4). E, se os infantes são o padrão para os que hão de herdar o Reino de Deus, por que a alguns deles seria negada a entrada no Céu? O que o texto em apreço quer dizer, em última análise, é que, assim como o Reino de Deus é recebido pelas crianças, também o será por aqueles que se fizerem semelhantes a elas.

Outra passagem citada em defesa da suposta condenação antecipada de crianças é Marcos 9.21-22. Esta mostra que um rapaz estava possuído — antes de ter sido liberto por Jesus Cristo — por um espírito mudo desde a sua infância. No entanto, o fato de o Senhor ter expulsado o demônio daquele rapaz não o transformou em uma pessoa salva, visto que a salvação da alma depende de arrependimento e fé (At 3.19; Rm 10.9,10). O Senhor apenas deu àquele jovem a oportunidade de, a partir daquele momento, pela livre-vontade, segui-lo (cf. Lc 9.23).

Se a expulsão de demônios da vida de uma pessoa não lhe garante a salvação de imediato, sendo necessários, ainda, o arrependimento e a fé, não se pode, também, afirmar que uma criança mentalmente imatura esteja sentenciada ao Inferno pelo fato de não ter, por si mesma, como se defender do ataque de espíritos malignos. Afinal, muitas crianças que sequer conseguem falar e andar direito já são atormentadas e apresentam comportamento estranho, resultante de possessão ou influência demoníaca.

Por outro lado, alguns teólogos têm afirmado, também de modo errôneo, que todas as crianças, pelo simples fato de serem consideradas imaturas mentalmente, estão salvas, exatamente por causa disso. Esse conceito é antibíblico e extremado, porque a salvação sempre se dá pela graça de Deus, e não por nossos méritos (Tt 2.11; Rm 3.20). Podemos, no entanto, crer que Deus oferece a salvação — mediante a obra expiatória já realizada na cruz por Jesus Cristo — às crianças que não têm idade para prestação de contas, visto que elas não possuem maturidade para crer (Jo 3.36; Mc 16.16). A salvação delas se dá pela graça preveniente, e não simplesmente por serem crianças.

No Trono Branco, todos os mortos condenados comparecerão diante do Juiz para receberem a sentença. E o julgamento de cada um desses ímpios se dará “segundo as suas obras” (Ap 20.12,13). No caso das crianças mentalmente imaturas, como o Senhor as condenaria ao Lago de Fogo segundo as suas obras se elas sequer tiveram a oportunidade de entender o que são tais obras? Essa suposta condenação seria mesmo baseada no fato de a criança não ter pertencido a uma família cristã nem eleita para a vida eterna?

A Palavra de Deus enumera, em Apocalipse 21.8 e 22.15, as más obras que condenarão os ímpios ao Inferno: “quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira”. De quais más obras o Justo Juiz acusaria os infantes que sequer alcançaram a maturidade necessária para entender o que é pecado?

Diante do exposto, conquanto seja difícil estabelecer-se precisamente a fase da imaturidade de uma criança, se a morte de uma pessoa ocorrer nesse período da vida, ela seria alcançada pela graça preveniente de Deus: “dos tais é o Reino de Deus” (Lc 18.16,17). Essa argumentação me parece bastante lógica, mas não posso ser dogmático, nesse caso. Mesmo assim, tenho certeza de que, seja qual for o critério usado pelo Senhor, Ele jamais condenará pessoas ao Inferno de antemão, de modo arbitrário, visto que Ele não é um Deus cheio de ódio, um sádico que tem prazer em condenar o pecador, e sim o Justo Juiz, um Deus cheio de misericórdia (Gn 18.23-33; Jo 3.16-36).

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