quarta-feira, 9 de maio de 2012


                               SARDES, A IGREJA MORTA



Texto Básico:Ap 3:1-6

“Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá” 
(Ef 5:14).
INTRODUÇÃO
Conforme o texto sagrado (Ap 3:1-6), a Igreja em Sardes estava morta espiritualmente.  Aos olhos das pessoas apresentava um perfil ortodoxo, a sua aparência exterior era impecável. É possível uma igreja ser ortodoxa e, ao mesmo tempo, estar árida como um deserto. A ortodoxia morta mata. Externamente está tudo bem, mas a motivação está errada. Crentes ortodoxos, mas secos como um poste. Crentes que conhecem a Bíblia, mas perderam o encanto com Jesus. Crentes que conhecem teologia, mas a verdade já não mais os comove. A situação espiritual da igreja em Sardes podia muito bem se enquadrar naquilo que Jesus definiu aos escribas e fariseus: “Pois que sois semelhantes aos sepulcros caia­dos, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia” (Mt 23:27). Há igrejas, hoje, cuja aparência é bela e cujo desempenho aos olhos humanos é formidável, mas elas não passam no crivo de Jesus. Precisamos nos acautelar, pois nem tudo que é belo aos olhos dos homens é aceitável diante de Deus. Nem tudo que impressiona os homens é agradável a Deus. O homem vê a aparência; e Deus, o coração. O homem se contenta com o exterior, Deus requer a verdade no íntimo. 
I. A IGREJA EM SARDES
1. A cidade de Sardes. 
O nome Sardes significa: os que estão escapando ourenovação. Segundo o Novo Dicionário da Bíblia - Edição Nova Vida -, Sardes foi “uma cidade da província romana da Ásia, a oeste do que atualmente é a Turquia Asiática. Era capital do antigo reino da Lídia, o maior dos poderes estrangeiros que os gregos encontraram durante sua primitiva colonização da Ásia Menor. Sua antiga prosperidade, especialmente sob Croeso, tornou-se lendária por causa de sua riqueza; essa riqueza se derivava em parte do ouro de aluvião do Pactolos, um ribeiro que atravessava a cidade. A cidade original era uma cidadela-fortaleza quase inexpugnável, elevando-se bem acima do largo vale do Hermo, e quase inteiramente cercada por penhascos cortados de precipícios compostos de rochas traiçoeiramente frouxas. Sua posição como centro da supremacia lídia, sob Croeso, terminou abruptamente quando Ciro, rei da Pérsia, cercou a cidade e conquistou a cidadela (549 a.C.), aparentemente escalando os penhascos e entrando em um ponto fracamente defendido sob proteção da escuridão. As mesmas táticas levaram novamente à queda da cidade em 214 a.C., quando foi capturada por Antíoco, o Grande. Embora a mesma ficasse numa importante rota comercial, no vale do Hermo, sob o domínio romano jamais recuperou a espetacular proeminência que havia tido em séculos anteriores. Em 26 d.C., seu pedido de ser-lhe dada a honra de servir de sede de um templo imperial foi rejeitado em favor de sua rival, Esmirna”. Ainda segundo o Novo Dicionário da Bíblia, a carta ao anjo da igreja em Sardes(Ap 3:1-6) sugere que a primeira comunidade cristã ali existente estava embuída do mesmo espírito da cidade, repousando em sua reputação passada mas sem qualquer grande realização no presente, e falhando, conforme a cidade falhara por duas vezes, por não aprender do passado, e por não ter atitude de vigilância. O símbolo das ‘vestiduras’ pode em parte ser uma alusão ao comércio principal da cidade, que era o fabrico de vestes de lã e a tinturaria. No ano 17 d.C. Sardes foi parcialmente destruída por um terremoto e reconstruída pelo imperador Tibério. A cidade tornou-se famosa pelo alto grau de imoralidade que a invadiu e a decadência que a dominou. Atualmente existe apenas uma pequena vila (Sarte) perto do sítio da antiga cidade.
2. A igreja em Sardes.
Provavelmente, assim como em Éfeso, a fundação da igreja em Sardes teve grande influência das viagens missionárias do apóstolo Paulo e, principalmente, de sua forte dedicação ao ensino da Palavra por espaço de dois anos, quando esteve em Éfeso, “de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a Palavra do Senhor Jesus, assim judeus como gregos”(At 19:10). Sardes era uma igreja aparentemente ativa. Dona de um grande nome e famosa, mas não tinha vida. Tinha desempenho, mas não integridade. Tinha obras, mas não dignidade. Tinha todas as características de um ministério dinâmico, mas estava morta (Ap 3:1). Além disso, havia gente no Centro de Terapia Intensiva (CTI), à beira da morte espiritual - “… o restante que estava para morrer…” (Ap 3.2). A vitalidade dessa igreja se fora. Sua pulsação espiritual cessara. Aos olhos dos homens, era uma igreja entusiasmada, mas, aos olhos de Cristo, estava em estado de coma espiritual. Aquilo que impressiona os homens não impressiona a Deus. É nesse contexto que vemos Jesus enviando essa carta à igreja. Quando João entregou essa carta, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. Sua glória estava no passado, e seus habitantes entregavam-se aos encantos de uma vida de luxúria e prazer. A igreja tornou-se como a cidade. Em vez de influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida. A igreja não era nem perigosa nem desejável para a cidade de Sardes. Conquanto a igreja em Sardes estivesse vivendo de aparência, havia uns poucos que não haviam contaminado suas vestiduras (Ap 3:4). Enquanto uns já estavam mortos e outros no centro de terapia intensiva, à beira da morte, alguns ainda mantinham-se íntegros, puros e incontaminados. No meio da igreja há sempre um remanescente fiel. Esses são os vencedores. São os que “não contaminaram suas vestes” e com Jesus “andarão de branco, porquanto são dignos disso”(Ap 3:4). Para esses Jesus Cristo faz uma promessa: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”(Ap 3:5). Não é diferente o estado da igreja hoje. Ao sermos confrontados por Aquele que anda no meio dos candelabros, precisamos também tomar conhecimento de nossa necessidade imperativa de reavivamento hoje. O primeiro passo para o reavivamento é ter consciência de que há crentes mortos e outros dormindo, e todos eles precisam ser despertados.

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