”HALLOWEEN”
A tentativa de fazer com que o dia 31 de Outubro entre para o nosso calendário como “Dia das Bruxas” está, infelizmente, caminhando a passos largos. Ano após ano, escolas, clubes e outros grupos aproveitam a data para “comemorar” o Halloween utilizando-se de fantasias de bruxas, fantasmas e duendes, com abóboras e mamões transformados em caveiras…
Neste contexto, de um modo geral, surgem duas visões divergentes a este respeito: de um lado, há os que pregam veementemente contra esta comemoração, acusando-a de ser uma festa satânica, e de outro há os que acreditam se tratar de uma celebração inocente, sem nenhum mal. Como cristãos, acreditamos que nossa referência é a Palavra de Deus. Portanto, neste estudo vamos procurar estabelecer alguns princípios bíblicos para a viabilidade ou não das festas de Halloween.
Um pouco de História: A comemoração do Halloween teve início na Irlanda, há mais de 3 mil anos, no chamado Samhain – festival da colheita dos celtas. Os Druidas (magos celtas) acreditavam que nessa noite a janela que separava o mundo dos vivos do mundo dos mortos desaparecia, e as almas dos mortos regressavam numa visita aos lares terrenos. Para manter esses espíritos contentes e afastar os maus espíritos de seus lares os celtas deixavam comida e doces na parte de fora de suas casas, e realizavam rituais com sacrifícios humanos.
Significado espiritual: Em nossos dias, tanto no calendário pagão (movimento neo-pagão), como na bruxaria e no satanismo (adeptos da Igreja Mundial de Satanás), o Halloween é a data mais importante do ano. Rituais para invocação de espíritos, comunicação com os mortos, adivinhações, e até mesmo a adoração e evocação do próprio Satanás são realizados de maneira pródiga neste dia.
Conseqüências: Embora muitos defendam o Halloween como uma festa folclórica da cultura norte-americana, e o comércio incentive a comemoração visando tirar proveito dela, não podemos fechar os olhos para as nefastas conseqüências que esta “comemoração” traz para as pessoas e para a nossa nação. Vamos enumerar algumas:
1) Todos os valores enaltecidos nas festas de Halloween são contrários à boa, agradável e perfeita vontade de Deus para as nossas vidas:
· Morte è “Todos os que me aborrecem amam a morte.” (Provérbios 8:36)
· Bruxaria e Feitiçaria è “Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou se dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria…” (Deuteronômio 18:10)
· Comunicação com os mortos è “Não permitam que se ache alguém entre vocês que faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos. O Senhor tem repugnância por quem pratica essas coisas” (Deuteronômio 18:11-12)
· Ocultismo è “E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe.” (Efésios 5:11-12)
2) Embora muitos participem de tais comemorações de maneira inocente e lúdica, sem o objetivo de adorar a Satanás, indiretamente estarão fazendo isso. Observe as palavras do próprio Jesus Cristo: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mateus 6:24); “Quem não é por mim é contra mim.” (Mateus 12:30).
3) A popularização de figuras como bruxas, feiticeiros, duendes, caveiras e espíritos malignos presentes no Halloween, faz com que, a médio e longo prazo, crianças e adultos, não só aceitem tais figuras e valores, mas as amem! É uma espécie de condicionamento através do qual, as pessoas passam a amar e a admirar os valores satânicos, tão abomináveis diante de Deus. “Aquilo que uma geração tolera, a próxima adota como estilo de vida normal”. O contato constante com estes valores afeta nossa sensibilidade de tal maneira que, o que antes parecia feio e errado, nos pareça normal e aceitável. Assim, ao sermos coniventes com esta “festa”, estaremos condenando as próximas gerações a aceitarem como corretos e aprazíveis os componentes do Reino das Trevas: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” Isaías 5:20.
CONCLUSÃO:
Embora nem todos tenham consciência disso, uma tremenda guerra espiritual está ocorrendo bem acima de nossas cabeças, e o Halloween é uma das estratégias do Diabo e suas Hostes espirituais para tentar enaltecer e popularizar as obras das trevas. Cabe a cada um de nós demonstrar verdadeiro repúdio a esta maldita celebração importada dos EUA. Como disse Eddy Andrade Pinos, diretor regional da Cultura no Equador há alguns anos atrás: “Nada temos que fazer com bruxas nem abóboras, tampouco enganar as crianças com contos de bruxas”… Também nenhuma escola pode obrigar seus alunos a participarem destas festas, uma vez que ultrapassam o campo cultural e acadêmico, e violam princípios cristãos. Por isso, por amor a Jesus, não tomem parte destas coisas! “Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor; vivam como filhos da luz e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor” (Efesios 5:8, 10)
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
FAMÍLIA -UM PROJETO DE DEUS
Salmos 127:1
“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalha os que a edifica”.
Ter uma família feliz é o alvo de todo cristão. Trabalhar para a edificação da família é a obrigação de cada pessoa que a compõe.
No texto a cima podemos ver que, para que haja uma família feliz, é necessário a atuação divina para edifica-la e o trabalho constante do homem para preservar aquilo que Deus começou.
No texto a cima podemos ver que, para que haja uma família feliz, é necessário a atuação divina para edifica-la e o trabalho constante do homem para preservar aquilo que Deus começou.
Como Deus se apresenta para a edificação de um a família?
1. Ele revela-se a nós como um ser relacional que criou os seres humanos para o relacionamento. (Gen: 1:26-28; Ef. 1:4-6; Apoc. 4:11).
No plano do relacionamento, Deus espera que o homem possa reconhece-lo como Deus criador, bem como vê-lo como um Pai amoroso que está sempre ao seu lado.
Se aprendermos a nos relacionarmos com Deus vendo-O como um bom Pai, certamente nosso relacionamento com as pessoas tanto fora como dentro do lar será diferente. Veremos todas as pessoas como uma extensão da nossa família.
O bom relacionamento dentro do lar é um grande remédio para a edificação da família.
Pergunta: Como deve ser o relacionamento entre pais e filhos? Deut. 1:31; João 20:27
Pergunta: Como deve ser o relacionamento entre pais e filhos? Deut. 1:31; João 20:27
2. Deus se revela também a nós em termos familiares.
Deus dá tanto importância a família, que Ele se apresenta a nós como Pai.
Ele fala do seu povo (Israel) como uma esposa para o Senhor, (Isa. 54:5; Jer. 3:14) e compara a igreja a uma noiva (II cor. 11:2; Ef. 5:25-27; Apoc. 21:2), e ainda mostra a infidelidade e apostasia do Seu povo como um rompimento do casamento.
Ele fala do seu povo (Israel) como uma esposa para o Senhor, (Isa. 54:5; Jer. 3:14) e compara a igreja a uma noiva (II cor. 11:2; Ef. 5:25-27; Apoc. 21:2), e ainda mostra a infidelidade e apostasia do Seu povo como um rompimento do casamento.
É inegável que a relação entre Deus e Seu povo é sempre representada tanto no velho como no novo testamento sob a figura do casamento.
O culto de Israel a outros deuses era constantemente referido pela a figura do adultério.
Aplicando para nós hoje esta maneira de Deus se revelar, podemos concluir que em toda família há hierarquia, onde os pais devem ser respeitados; onde o esposo e esposa respeitarem-se e onde os votos matrimoniais devem ser levados em considerações e revistos para que não haja rompimento do mesmo.
Saber respeitar os membros da família, é um meio de se manter edificada numa família.
Pergunta: Qual deve ser nossa atitude para com Deus e com nossos pais? Mat. 6:9; 19:19.
3. Na edificação da família, Deus trabalha com a mesma intensidade e objetivos de fazer dela uma máquina de fazer discípulos. O processo de fazer discípulos é fundamental visto que a família é o lugar principal onde se desenvolvem a intimidade e a capacidade de amar uns aos outros e a Deus e onde os valores espirituais são transmitidos às gerações subseqüentes.
A família é a melhor e maior escola do mundo. É ali onde você tem a oportunidade de ensinar a ao mesmo tempo aprender, de ouvir e ter a oportunidade de falar e perguntar, de aprender antes que o mundo o ensine.
Pergunta: Que tipo de didática Deus espera dos pais? Deut. 6:6-9
4. Na edificação da família, Deus instituiu um pacto que está fundamentado nos princípios de amor, lealdade, exclusividade, confiança e apoio mantido por ambos cônjuges.
Assim podemos ver: Gen. 2:24; I Cor. 13; Ef. 5:21-29; I Tess. 4:1-7.
Quando estes princípios são violados pelo abuso, abandono ou outras instâncias de infidelidade ao voto conjugal, é posta em perigo a essência do voto matrimonial.
Qual deve ser nossa atitude no processo de edificação da família?
Qual deve ser a atitude de cada componente da família para a edificação da mesma?
1. O Esposo e Pai
O papel do esposo e pai é de grande importância na edificação da família.
Que mandamento Deus aconselha que o esposo e pai desenvolvam em seu lar? Ef. 5:25; Col. 3:21; Ef. 6:4.
Define-se o pai como o laço de união no seio da família.
“É ele que une mediante sua afeição devotada, forte e fervente aos membros da família – mãe e filhos” L.A. p.211.
É na construção da força da união familiar, que o pai deve ser o centro, o elo de ligação.
O esposo e pai é o cabeça da família. Ele é responsável em todos os sentidos pelo bem estar da família que ele constitui.
Ele esta investido de responsabilidade e autoridade para dirigir os membros de sua família.
Ele esta investido de responsabilidade e autoridade para dirigir os membros de sua família.
O pai é o centro da família todas as coisas em família deve convergir para ele.
Ele é o legislador da família;
Ele é o provedor
Ele é o educador
Ele deve ser um homem modelo para o filho.
Quão grande é a responsabilidade dos pais da dar aos filhos, o exemplo digno de ser imitado por atos e palavras.
Ele deve ser um amigo inseparável de seu filho.
Tirar tempo para eles;
Brincar com eles;
Interessar-se pelos seus problemas.
Ele é o provedor
Ele é o educador
Ele deve ser um homem modelo para o filho.
Quão grande é a responsabilidade dos pais da dar aos filhos, o exemplo digno de ser imitado por atos e palavras.
Ele deve ser um amigo inseparável de seu filho.
Tirar tempo para eles;
Brincar com eles;
Interessar-se pelos seus problemas.
2. A mãe e Esposa
Que tipo de trabalho deve desempenhar a esposa e mãe para a edificação do lar?
A esfera de atividade da mãe pode ser humilde e simples, mas sua influencia é tão duradoura como a eternidade.
Depois de Deus, o poder da mãe para o ser é a maior graça conhecida na Terra.
A criança é mais prontamente impressionada e influenciada pela vida e exemplo da mãe que do pai.
Depois de Deus, o poder da mãe para o ser é a maior graça conhecida na Terra.
A criança é mais prontamente impressionada e influenciada pela vida e exemplo da mãe que do pai.
Que mandamentos deus dá para a esposa e mãe? Col. 3:18; I Cor. 7;10; Ef. 5:22; I Tim. 3:11.
“O mundo necessita de mães que o sejam não meramente no nome, mais em todo o sentido da palavra. Podemos dizer com segurança que os deveres que distinguem a mulher são mais sagrados, mais santos que os do homem. Compreenda a mulher a santidade de uma obra e na força e temor de Deus e assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos para serem úteis neste mundo e para o lar no mundo melhor”. L.A. p.231.
3. Filhos
Que tipo de trabalho os filhos devem desempenhar na edificação do seu lar?
Há uma grande responsabilidade também por parte dos filhos em tornar seu lar uma benção. Não estão isentos dos seus deveres para com o seu lar e seus pais.
A Srª White escreveu algumas orientações para os filhos: “Os filhos devem sentir-se em dívida para com os pais, que lhes têm velado a infância e cuidado deles nas enfermidades”. L.A.p. 292.
“ Nestes últimos dias os filhos se fazem notar tanto por sua desobediência e desrespeito, que Deus os tem observado especialmente, e isto constitui um sinal da proximidade do fim. É um indicio de que Satanás tem completo domínio sobre a mente dos jovens. L.A. p.293.
“Filhos que desonram e desobedecem aos pais, e não levam em conta seus conselhos e instruções, não podem ter parte na Nova Terra. A Terra purificada não será lugar para filhas ou filhos rebeldes, desobedientes, ingratos... Nenhum transgressor do mandamento pode herdar o reino dos Céus”. L.A.p. 295.
Quais os conselhos bíblicos para os filhos? Ef. 6:1-2; Pv. 10:1.
Os filhos pertencem a Deus. Gen. 33:5; Sal. 127:3; Isa. 8:18
O filho sábio fala a verdade;
O filho louco mente;
O filho sábio obedece;
O filho louco desobedece;
O filho sábio ajuda seu pai a viver;
O filho louco mata seu pai por drogas;
O filho sábio traz alegria;
O filho louco é a tristeza de sua mãe.
Conclusão
Deus através de Sua revelação nos deixou bem claro de como viver em família. Seu desejo é edificar cada lar. Ver cada família como uma canção.
Deus através de Sua revelação nos deixou bem claro de como viver em família. Seu desejo é edificar cada lar. Ver cada família como uma canção.
Seus conselhos para isso são: Mat. 22:37-40
“Quando nós aprendermos a nos relacionar bem com Deus e com o nosso próximo, certamente seremos uma benção para Deus, para a comunidade e para a nossa família.
“Quando nós aprendermos a nos relacionar bem com Deus e com o nosso próximo, certamente seremos uma benção para Deus, para a comunidade e para a nossa família.
sábado, 25 de outubro de 2014
O que são Missões Transculturais?
O QUE SÃO MISSÕES TRANSCULTURAIS?
Duas coisas diferentes que comumente confundimos são MISSÃO e Missões. Desde o Éden, quando a raça humana nas pessoas dos nossos primeiros pais se separou de Deus pela desobediência, Deus manifestou seu Amor e seu plano perfeito e eterno de resgatar para si aqueles que se haviam perdido. Genesis 3:15 é a primeira promessa do Libertador, aquele esmagaria a cabeça da serpente ainda que ferido no calcanhar. Esta é a MISSÃO e ela pertence a Deus pois ele mesmo se propôs a cumpri-la. Por esta razão Jesus afirmou não poucas vezes que ele havia vindo para resgatar, buscar, o que se havia perdido. Maravilha das maravilhas é que o Senhor Deus desejou contar conosco e usar-nos no cumprimento da MISSÃO. Missões, portanto, são expressões diversas pelas quais nós, povo de Deus, cumprimos nossa parte na MISSÃO, isto é, em toda parte e de toda maneira levando as boas novas de que, em Cristo, já é possível voltar ao lar.
A Missão é desenvolvida em missões transculturais todas as vezes que buscamos COMUNICAR a notícia de salvação em Cristo a outros, mesmo perto de nós, e, ainda, sempre que os missionários ou enviados buscam fazê-lo a grupos humanos que existem em outros universos sócio-culturais e linguísticos, isto é, onde as maneiras de pensar, de entender a vida e de falar são mais ou menos diferentes das nossas, os que queremos comunicar do Evangelho. Paul Hiebert diz:
“Há um abismo entre nós e aqueles a quem vamos servir (ministrar). Há ainda um abismo maior entre o contexto histórico e cultural da Bíblia e vida contemporânea. Como unir estes abismos, tornando possível e eficiente a comunicação (transcultural) ... do Evangelho?”
QUAL A IMPORTÂNCIA DE CONHECER A CULTURA DE UM POVO
Para responder bem a esta pergunta precisaríamos pensar mais demoradamente no que é, finalmente, o que costumamos chamar CULTURA. Muitas são as tentativas de definir este conjunto de coisas que acaba por definir que tipo de pessoa humana ou mesmo de grupo humano é este sobre o qual pensamos. Uma imagem muito usada é a de uma cebola com suas várias camadas sendo cada uma delas uma representação dos diversos níveis de realidades que compõem a pessoa humana e também um povo ou raça humana. Hiebert, citando LARAIA diz que culturas são:
“Os sistemas mais ou menos integrados de idéias, sentimentos, valores (e crenças) e seus padrões associados de comportamento e produtos, compartilhados por um grupo de pessoas que organiza e regulamenta o que pensa, sente e faz.” (Laraia em Hiebert, 1999, 30). grifo nosso
Tentar comunicar com alguém ou com um povo que pensa e tem valores, sentimentos e crenças totalmente diferentes dos nossos é uma tarefa das mais complicadas, uma vez que não conhecemos os caminhos para a compreensão, as barreiras que podem atrapalhar ou mesmo impedir por completo que a mensagem que eu tenho a transmitir seja compreensível da forma como eu gostaria de comunicar. De fato, as diferenças de pensamento são tão sérias que algumas vezes além de não sermos compreendidos podemos mesmo entrar em situações perigosas por ofendermos alguém com palavras ou ações que, para nós, não significam ofensa, mas para eles sim. Por isso, tentar comunicar o Evangelho de Cristo sem conhecer previamente a mente e o coração de um povo a quem queremos alcançar vai, inevitavelmente, fadar nosso esforço a uma acomodação sincrética de idéias, onde o velho e o novo se fundem e produzem algo diferente e falso.
QUAL O VALOR DA BÍBLIA TRADUZIDA PARA UMA LÍNGUA NATIVA?
Por que a fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus.
Jesus é prometido antes da fundação do mundo, a história de Deus está em toda a Bíblia. É muito importante que um indígena tenha esta história completa, para que não coloque as histórias de Deus no mesmo patamar de seus mitos.
A bíblia é nosso manual de instruções, ela supra cultural ou seja serve para qualquer cultura.
Para um indígena ouvir Deus falando sem sua própria língua, e ver seus escritos é fundamental para que creiam que este Deus é seu criador.
Estudamos a bíblia para sentir o mundo como Deus sente, ver com o olhar Dele. Por isso é muito valioso ter essa visão de Deus escrita em cada língua, ao alcance de todos.
O PORQUÊ DE ANUNCIAR O EVANGELHO PARA OS INDÍGENAS?
Sempre me deparo com esta pergunta: para que pregar para os indígenas? Eles são puros e sem pecado. Bem o que a bíblia diz é que todos pecaram, isso inclui os indígenas, africanos, brasileiros, etc. E aonde chegou o pecado tem que chegar a graça redentora de Cristo.
Em atos capítulo 1:8 diz que todo crente receberia poder, resultado da presença do Espírito Santo em nós, mas esse poder seria para ser testemunhas custe o que custar, até aos confins da terra, até a ultima aldeia.
Sabemos que não é tão simples, eles vivem em um mundo espiritual bem mais real que nós, barreiras enormes tem que ser vencidas, línguas a serem aprendidas, culturas a serem adquiridas. Mas o maior preço já foi pago na cruz. Se Ele disse Ide, a nós cabe só obedecer.
Além de ser uma ordem é um ato de amor e fidelidade. Foram comprados cabe a nós avisá-los. Vivem em trevas, cabe a nós levar a luz, estão morrendo é nossa obrigação levar Jesus, a Vida.
Se eu fosse um deles gostaria muito que alguém falasse desse tão grande amor.
E você? Se fosse um deles?
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
As Bases do Casamento Cristão
Texto Áureo: Ef. 5.25 – Leitura Bíblica: Ef. 5.22—28. 31.33
INTRODUÇÃO
Conforme temos estudado ao longo das primeiras lições, o casamento cristãoestá fundamentado na Bíblia, a Palavra de Deus. Na aula de hoje trataremos, especificamente, a respeito das bases que sustentam o casamento. A primeira delas é a graça, o favor imerecido, a disposição de aceitar o outro,com suas diferenças e particularidades. E não com menor importância, o amor que se sacrifica, que não busca apenas os interesses individuais.
1. O CASAMENTO CRISTÃO
Existe muito idealismo em relação ao casamento, até mesmo entre os cristãos, na maioria das vezes isso se concretiza em um romantismo exacerbado, que, ao invés de ajudar, atrapalha a relação conjugal. O casamento cristão é a união de duas pessoas, um homem e uma mulher, que não são perfeitas, por isso, precisam administrar cada situação, principalmente as mais adversas. Não podemos esquecer que existe uma propensão à carnalidade no ser humano, tanto no homem quanto na mulher (Gl. 5.17), por isso, ambos carecem de arrependimento, e sobretudo, das orientações do Senhor Jesus (Lc. 5.31,32). Ocasamento cristão, que está pautado em Cristo, busca, na Bíblia, e não nos padrões midiáticos, seu alicerce de sustentação (Jo. 14.6). Em Ef. 5, Paulo destaca que Cristo é a referência, não a sociedade, para as atitudes nocasamento. As esposas devem submeter-se ao marido, “como ao Senhor” (v. 22). Os maridos, por sua vez, devem amar a esposa “como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (v. 25). Os maridos devem cuidar de sua esposa “como também Cristo o faz com a igreja” (v. 29). Em todas as circunstâncias, devemos considerar que se trata de um mistério, que está diretamente relacionado a Cristo e à igreja (v. 32). É um equívoco da nossa sociedade tentar fundamentar o casamento no sexo e no romantismo. Mesmo na igreja muitos cristãos foram contagiados por essa tendência. Evidentemente o sexo é necessário, e importante dentro do matrimonio (Hb. 13.4), mas não é uma base para o casamento. As pessoas envelhecem, a beleza física se esvai, o fervor sexual arrefece. O romantismo não deve ser desconsiderado, as palavras afáveis contribuem para o crescimento conjugal, mas nem só de romantismo vive o casamento. As pessoas podem perder o bom humor de vez em quando, principalmente nos momentos difíceis, quando filhos adoecem, e as contas chegam à caixa do correio. O casamento cristão é composto por um casal de pessoas pecadoras, uns mais ou menos espirituais, que são desafiados a permanecerem juntas, até que a morte as separe (I Tm. 1.15, 16).2. SEM GRAÇA, É UMA DESGRAÇA
Diante das adversidades, o casamento precisa de graça, caso contrário, permitam-me o trocadilho, se transformará em uma desgraça. Quanto mais espirituais forem os cônjuges, maior será a propensão de andarem no Espírito, denão satisfazerem as concupiscências da carne (Gl. 5.17). Um casamentocentrado apenas no eu, nos interesses individuais de apenas um dos cônjuges, resulta em sofrimento para o outro. Há uma tendência, alimentada pela mídia, de fazer com que as pessoas passem a vida inteira procurando uma alma gêmea. Por causa disso, muitos casamentos se desfazem, pessoas passam a vida inteira na busca pelo príncipe encantado. Essas pessoas que querem encontrar uma alma gêmea põem o foco demasiado em seus desejos, entram nas relações querendo sempre autossatisfação, que resulta em frustração (Tg. 4.1-3). Essa é uma tendência da natureza caída, que fará de tudo para minar o casamento, já que tem o egocentrismo como base. Se essa lei do pecado não for controlado pelo Espírito, a vida conjugal poderá ser arruinada (Rm. 7.21-23). Ao invés de sempre querer julgar o outro, o cristão deve antes olhar para si mesmo (Mt. 7.4,5). Muitos maridos e esposas encontram facilmente defeitos nos seus cônjuges, mas têm dificuldade de fazer o mesmo quando olham para eles mesmos. É bom lembrar que não conhecemos os outros, nem mesmo a nós mesmos em completude, apenas em parte (I Co. 13.12). Por isso, ao invés de julgar o outro, precisamos aprender antes a nos avaliar, isso porque se julgássemos a nós mesmos não seríamos julgados, mas quando somos julgados pelo Senhor, é paranão sermos condenados com o mundo (I Co. 11.32). Quando abordado pelo Senhor, Adão quis, imediatamente, colocar a culpa sobre a sua esposa, fugiu da sua responsabilidade pela desobediência (Gn. 3.12). Davi precisou de um Natã para reconhecer o seu pecado e se voltar para o Senhor (II Sm. 12.13). Portanto, o casamento cristão deve basear-se na graça – charis em grego – que é um favor imerecido. Fomos alcançados pela graça e misericórdia de Deus, por isso devemos agir de igual modo em relação ao nosso cônjuge (Lc. 6.36; Tt. 2.11-14). Jesus compadeceu-se das nossas fraquezas, por isso devemos fazer o mesmo (Hb. 4.15), e lembrar que a misericórdia poderá triunfar sobre o julgamento (Tg. 2.13). Para o bem do casamento, todo cristão deve fortificar-se na graça que está em Cristo Jesus (II Tm. 2.1).3. NÃO SÓ COM PALAVRAS, MAS COM AMOR SACRIFICIAL
A supervalorização do sexo na sociedade contemporânea tem causado muitos males ao casamento. O sexo foi criado por Deus, não apenas para reprodução, mas também para o prazer. O problema é que ele tem sido usado indiscriminadamente, e às vezes, confundido com amor. A expressão “fazer amor” tornou-se sinônima de fazer sexo, ainda que fora dos padrões bíblicos. Deus criou o sexo para a realização dos casais, e este é por ele estimulado (I Co. 7.1-5), mas ninguém deve basear o casamento exclusivamente no sexo. Apalavra-chave do casamento, e o seu principal fundamento, é o amor. Issonão diz respeito a qualquer tipo de amor, mas ao agape – o amor sacrificial. Umcasamento somente alcançará maturidade quando os cônjuges dependerem menos do eros – o sexo, e mais do agape – o amor desinteressado. É o amor agape que supera as incompatibilidades, pois, definitivamente, o casamento é uma composição de pessoas incompatíveis, ainda que essas possam ser atenuadas se os jovens forem sábios antes da decisão de dizer “sim” (Gn. 24). As imperfeições ficam evidentes antes mesmo da celebração do casamento. Aqueles que dizem “sim” devem estar cientes que precisam fazer concessões. E para ser mais realista, dificilmente as mudanças acontecerão de forma significativa depois do casamento. Por isso, como se costuma dizer aos jovens, “abram bem os olhos antes do casamento, mas feche-os um pouco depois de casados”. Isso porque o casamento é um pacto de sujeição, de disposição para viver não para si mesmo, mas para o outro (Ef. 5.22-25). Jesus é o maior exemplo, tendo em vista que não agradou a Si mesmo (Rm. 15.2,3). Ocasamento é plano de Deus, e um glorioso ministério, mas o alvo central não é a busca da felicidade. A meta do casamento não é a felicidade, ainda que essa, de uma maneira misteriosa, possa ser encontrada, mesmo na adversidade. Ocasamento é um ambiente de amor, no qual atitudes de paciência, benignidade, sacrifício, entrega e perdão são manifestas, elementos do fruto do Espírito (Gl. 5.21,22; I Co. 13.4,5). Dizer que se ama não é difícil, e mostrar interesses pelos outros para “fazer amor” também, mas a base cristã para o casamento é o amor-agape, que não se revela apenas em palavras, mas, sobretudo, em obras e em verdade (I Jo. 3.18).CONCLUSÃO
O casamento cristão é um mistério, tão sublime como a relação entre Cristo e a Igreja, cujo fundamento é a graça e o amor. Como cristãos, não podemos nos deixar influenciar pelos valores que tentam sustentar o casamento, tais como o individualismo romântico e a sexualidade descompromissada. Um casamentogenuinamente cristão aceita o cônjuge com as suas diferenças, e está disposto a sacrificar-se pelo outro, assim como Cristo amou e se entregou a Sua Igreja.quarta-feira, 22 de outubro de 2014
A PROVIDÊNCIA DIVINA NA FIDELIDADE HUMANA
Lição 04
Texto Áureo Dn. 3.17 – Leitura Bíblica Dn. 3.1-14
INTRODUÇÃO
No capítulo 3 de Daniel
nos voltaremos para a instituição da religião humana. Veremos que Nabucodonosor
decidiu construir uma imagem e que essa deveria ser adorada. No entanto, os
servos de Deus, em obediência a Sua palavra, decidiram ser fiéis ao Senhor, e
não se prostraram diante dela. Além de ressaltar a fidelidade de Ananias, Mizael
e Azarias, destacaremos a providência divina, quando os jovens foram lançados
na fornalha de fogo, para serem mortos.
1. A RELIGIÃO DE
NABUCODONOSOR
Em Dn. 3, Nabucodonosor,
em sua embriaguez pelo poder, constrói uma estátua. Ele pensava ser um deus,
não se contentou em ser apenas humano. Esse é o princípio do pecado, tanto
Lúcifer (Is. 14.14) quanto Adão e Eva quiseram ser iguais a Deus (Gn. 3.5). A famigerada fome pelo poder tem levado alguns
líderes a atitudes insanas. Alimentados pela bajulação, até mesmo os líderes
evangélicos tem caído nesse pecado. Ainda bem que existem aqueles que não se
dobram diante desse servilismo. Os cultos às celebridades evangélicas estão
causando estragos às igrejas. Há aqueles que se negam a cultuar o ser humano,
dando-lhe a glória que somente pertence a Deus. A religião de Nabucodosor se
destaca pelo totalitarismo, apenas a sua palavra é final, com ninguém se
aconselha. A consciência dos seus súditos é controlada a fim de manter sua
opressão. Esse tipo de liderança é perigosa, porque escraviza as pessoas, e as coisifica
(Dn. 3.7,8). Esse tipo de religião não vê pessoas, apenas súditos a serem
usados, que podem ser descartados. Muitas pessoas estão sofrendo, algumas delas
fazendo tratamento médico, por causa de feridas causadas em nome de Deus. Uma
marca dessa religiosidade babilônica é a intriga, o pouco caso em relação aos
outros. Existem inclusive aqueles que trabalham para denunciar aqueles que não
se dobram diante do autoritarismo. A inveja é a principal moeda nessas
religiões neuróticas e adoecedoras (Dn. 3.12). Os vassalos do rei denunciaram
os jovens servos de Deus, a fim de tirar proveito daquela condição. A
fidelidade a Deus, no entanto, deve ser inegociável, ainda que venhamos a perder
privilégios. Mais importante que está no auge é se encontrar no centro da
vontade de Deus (Rm. 12.1,2). Nem sempre a maioria tem razão, a verdade está na
Palavra de Deus, essa é a voz de Deus. A religião de Nabucodonosor é farisaica,
e foi denunciada por Jesus, por causa do culto ao exterior, em detrimento do
interior (Mt. 23).
2. A FIDELIDADE DOS
SERVOS DE DEUS
Como testemunhas de Deus, devemos nos posicionar, mesmo diante de ameaças
(Dn. 3.15). Há crentes que têm medo de perseguições, por isso buscam
conveniências, às vezes fazendo concessões. A igreja não deixa de crescer
durante a perseguição, muito pelo contrário, temos testemunhos de fidelidade
justamente em tempos adversos. Devemos orar pela paz, e buscar viver bem em
sociedade, mas é preciso ter cuidado, para não transformar a comodidade em
comodismo. A defesa da nossa fé não precisa ser odiosa, devemos demonstrar
mansidão (I Pe. 3.15), e amor, até mesmo aos inimigos (Mt. 5.44-48). A igreja
de Jesus Cristo está susceptível às perseguições (II Tm. 3.12). Ainda que no
futuro leis sejam aprovadas, contrárias aos fundamentos da fé cristã, não
assumiremos os valores defendidos e praticados pelo mundo (I Jo. 5.19). As
consequências poderão ser desafiadoras, mas devemos permanecer firmes, como
fizeram os jovens na Babilônia (Dn. 3.17,18). Os cristãos continuarão a viver a
partir dos princípios divinos, independentemente das circunstâncias. A morte
não deve ser motivo de temor, pior que a morte é um cristianismo medíocre, que
não se compromete com a verdade divina (Mt. 10.28). Nesses dias que antecedem
ao pleito eleitoral, tenhamos cuidados para não nos dobrarmos diante de
ideologias humanas. Também sejamos cautelosos para não nos tornarmos meros
moralistas, julgando os pecadores sem dar-lhes a oportunidade de arrependimento.
Se por um lado, muitos estão se dobrando diante do deus-imoralidade, outros
estão, com a maior naturalidade, se deixando conduzir pelo deus-mamom. O mesmo
Deus que reprova os pecados sexuais (Mt. 5.32)
também censura os adoradores do dinheiro (Mt. 6.24; I Tm. 6.10). Somente Deus deve ser adorado, essa é a
mensagem contundente de Jesus, profética para os dias atuais (Mt. 4.10).
3. A PROVIDÊNCIA DO
SENHOR
Os jovens, fiéis servos
do Senhor, foram lançados na fornalha de fogo ardente, resultante da fúria
insana de Nabucodonosor (Dn. 3.15). Ele mandou aquecer a fornalha sete vezes
(Dn. 3.19) e mandou amarrá-los antes de lança-las no fogo (Dn. 3.20). Nem
sempre Deus livra os seus servos da fornalha, mas na fornalha (Is. 43.1-30). Os
cristãos que não querem mais sofrer, e que fogem da possibilidade de
perseguição, não compreenderam o preço do discipulado (Mt. 16.24). Há uma cruz
a ser carregada, com C. S. Lewis, não recomendamos o cristianismo a quem quer
uma religião confortável. A fé cristã nos tira do lugar comum, nos lança diante
da adversidade, também da incompreensão. Por causa da nossa fé, podemos ser
tratados como a escória do mundo, não poucas vezes assumidos como loucos (I Co.
1.17-23). Mesmo diante das perseguições, podemos confiar em Deus, Jesus
prometeu estar conosco (Mt. 28.20). Justamente nas horas mais adversas, quando
somos perseguidos por causa do amor a Cristo, sentimos mais de perto a Sua
presença. Aqueles que são perseguidos na defesa do evangelho são
bem-aventurados (Mt. 5.11,12). Deus promete, no meio da perseguição, nos dá o
escape, mesmo que esse venha com a morte. A galeria dos heróis da fé de Hb. 11
é uma demonstração dessa verdade. O Senhor pode decidir ser glorificado através
da passagem dos seus servos para a eternidade. Estevão se tornou o primeiro
mártir da fé cristã, mas para isso precisou sacrificar a própria vida, por amor
a verdade do evangelho de Jesus Cristo (At. 7.51-60). Mas o Senhor pode soberanamente
dar o livramento nesta vida, de maneira providencial como fez com os jovens
judeus na Babilônia (Dn. 3.24,25). Mas eles não foram salvos para a glória
pessoal, antes para dar glória a Deus (Dn. 3.26).
CONCLUSÃO
Você Passaria Num Teste de Fidelidade?
Davi não podia imaginar a encrenca em que estava se metendo ao receber sobre a cabeça aquele óleo derramado por Samuel. Mesmo ungido rei, não podia assumir o trono enquanto este estivesse ocupado por Saul. Para evitar um embate com o velho monarca, Davi tornou-se um foragido. Nas duas oportunidades que teve de livrar-se de Saul, preferiu poupá-lo. Não havendo mais lugar seguro para ele em Israel, Davi resolveu exilar-se entre os filisteus. Porém, não estava só. Seiscentos homens, com suas respectivas famílias, o acompanharam.
Agora seu desafio era outro. Teria que provar aos filisteus que não era um agente infiltrado. Dirigindo-se à Áquis, filho do rei de Gate, disse-lhe: “Se achei graça aos teus olhos, dá-me lugar numa das cidades da terra, para que ali habite. Por que razão habitaria o teu servo contigo na cidade real?” (1 Sm.27:5). Em resposta ao seu pedido, recebeu de Áquis a cidade de Ziclague. Enquanto esteve lá, Davi e seus homens pelejaram contra os gesuritas, os gersitas e os amalequitas. Mas quando perguntado contra quem ele havia lutado, Davi respondia que havia dado contra o Sul de Judá, ou contra o Sul de alguma outra parte do domínio dos Israelitas. Desta maneira, conquistava a confiança de Áquis, que pensava: “Fez ele por certo tão aborrecível para com o seu povo em Israel que me será por servo para sempre” (1 Sm.27:12).
Aquele que havia sido o herói de Israel, que derrotara um gigante filisteu com uma funda, agora apelava a uma arma carnal, a mentira, para ser aceito entre seus inimigos.
Áquis, então, resolveu submetê-lo a um último teste de fidelidade:
“Naqueles dias, juntando os filisteus os seus exércitos para a peleja, para fazer guerra contra Israel, disse Áquis a Davi: Fica sabendo que comigo sairás ao arraial, tu e os teus homens. Disse Davi: Então verás o que é capaz de fazer o teu servo. Respondeu Áquis: Por isso eu te nomeio meu guarda pessoal para sempre” (1 Sm.28:1-2).
Não restava mais dúvida no coração de Áquis. Davi lhe era fiel. E a prova disso é que estava disposto a lutar contra seu próprio povo para defender seus novos aliados, os filisteus. Quem diria, aquele que havia sido predestinado a ser o rei de Israel, agora recebia a promessa de que seria o guarda-costa oficial do príncipe dos filisteus…
Não há quem traia a alguém, sem que antes traia a si mesmo. O homem segundo o coração de Deus entrava em rota de colisão com os propósitos divinos. Algo teria que ser feito para desviá-lo daquele caminho. Chegava a hora de Deus intervir mais uma vez na História, para que o seu trem voltasse aos trilhos. O texto sagrado diz que “ajuntaram os filisteus todos os seus exércitos em Afeque, e acamparam-se os israelitas junto à fonte que está em Jezreel. Os príncipes dos filisteus foram-se para lá com centenas e com milhares, mas Davi e os seus homens iam com Áquis na retaguarda. Perguntaram os príncipes dos filisteus: Que fazem aqui estes hebreus? Respondeu Áquis: Não é este Davi, o servo de Saul, rei de Israel, que esteve comigo há muitos dias ou anos? Coisa nenhuma achei contra ele desde o dia em que se revoltou, até o dia de hoje” (29:1-3). Mesmo tendo vivido ali por um ano e quatro meses, Davi ainda não se fizera conhecido de toda a Filístia. Embora gozasse da confiança de Áquis, ainda não conquistara a confiança dos demais príncipes. Sua presença ali causava mal-estar em todos. Por isso, os príncipes dos filisteus, indignados, disseram a Áquis: “Faze voltar a este homem, e torne ao seu lugar em que tu o puseste. Não desça conosco à batalha, para que não se nos torne na batalha em adversário (…) Não é este aquele Davi, de quem cantavam nas danças: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares?” (vv.4a,5).
Não se pode passar uma borracha na história. Mesmo vivendo ali no anonimato, a fama de Davi ainda ecoava. Que mais ele precisaria fazer para provar que era aliado?
Será que Davi sabia que Saul estava à frente do exército de Israel? Será que sabia que Jônatas, aquele com quem entrara em aliança, também estava lá? Mas a esta altura, suas preocupações e prioridades eram outras. Afinal de contas, ele agora tinha uma cidade inteira só pra si. Por que se interessaria pelo trono de Israel? O homem que se negara a usar a armadura de Saul, agora usava uma armadura filistéia. Seu coração acelerado. Sua respiração ofegante.
De repente, ouve dos lábios de Áquis: “Tão certo como vive o Senhor, tu és reto, e a tua entrada e a tua saída comigo no arraial é boa aos meus olhos. Nenhum mal achei em ti, desde o dia em que a mim vieste, até o dia de hoje, mas aos príncipes não agradas. Volta, agora, e vai em paz, nada faças para desagradar aos príncipes dos filisteus” (vv.6-7). Desgostoso, Davi reúne seus homens e bate em retirada. Aparentemente, a oportunidade de demonstrar seu valor aos filisteus escapou por entre seus dedos.
Foram três dias de viagem. Todos pareciam desanimados. Como explicariam às suas esposas e familiares a razão de não terem lutado? Quando chegaram a Ziclague, tiveram uma desagradável surpresa: “os amalequitas com ímpeto tinham dado sobre o sul e Ziclague, e tinham ferido a Ziclague e a tinham queimado a fogo; tinham levado cativas as mulheres e todos os que lá se achavam, tanto grandes quanto pequenos. A ninguém mataram, tão-somente os levaram consigo, e foram o seu caminho” (30:1-2). Os mesmos amalequitas contra os quais Davi pelejou enquanto esteve entre os filisteus, agora aproveitaram sua ausência para irem à forra. Enquanto Davi se preocupava em provar sua lealdade a Áquis, as pessoas a quem realmente devia lealdade eram levadas cativas pelos amalequitas. Davi teve muita sorte, pois se os amalequitas o tratassem da maneira como ele os tratou, não teriam poupado a vida de ninguém.
Exausto da viagem, desesperado com o quadro encontrado, só lhe restou chorar. O texto diz que ele e o povo “alçaram a sua voz, e choraram, até que não houve neles mais força para chorar” (v.4). Até as mulheres de Davi, Ainoã e Abgail, foram levadas. De repente, o choro dá lugar à revolta. O povo que antes o seguia, dispunha-se a apedrejá-lo. De amado a odiado, de querido a desprezado, Davi se viu só. Chegara a hora da guinada. Tudo isso acontecera para que ele se despertasse e relembrasse o propósito de sua existência.
Diante deste quadro caótico, “Davi se fortaleceu no Senhor seu Deus” (v. 6b). O que fazer? Que medida tomar? Davi, então, se dirige ao sacerdote Abiatar, e pede que se lhe traga a estola sacerdotal. Vestido como um sacerdote, Davi consulta ao Senhor: “Perseguirei eu a esta tropa? Alcançá-la-ei? Respondeu-lhe o Senhor: Persegue-a. De certo a alcançarás, e tudo libertarás” (v.8). Quanto tempo se perde quando, em vez de consultarmos a Deus, fazemos as coisas do nosso jeito! Acabamos perdendo o foco. Imagina se Davi não houvesse sido dispensado pelos príncipes dos filisteus… Quando chegasse a Ziclague, seria tarde demais. Tão logo recebeu o sinal positivo do Senhor, “partiu Davi, ele e os seiscentos homens que com ele se achavam” (v.9a).
Logo no início da caminhada, duzentos deles pedem arrego. Não conseguiram sequer atravessar o ribeiro. “Mas Davi e os quatrocentos homens continuaram a perseguição”(v.10). Provavelmente, aqueles duzentos eram mais velhos, já não dispunham de energia para lutar. Levá-los consigo era correr um risco desnecessário.
No meio do caminho, “acharam no campo um homem egípcio e o trouxeram a Davi. Deram-lhe pão, e comeu, e deram-lhe a beber água. Deram-lhe também um pedaço de paosta de figos secos e dois cachos de passas. Comeu, e voltou-lhe o ânimo, pois havia três dias e três noites que não tinha comido pão nem bebido água. Então Davi lhe perguntou: De que és tu, e donde és? Respondeu o moço egípcio: Sou servo de um amalequita, e meu senhor me dixou, porque adoeci há três dias” (vv.11-13). Repare nisso: Davi tratou bem aquele homem antes de saber que ele poderia servir-lhe como informante. Por ele, soube que já havia três dias, desde que os Amalequitas haviam levado suas mulheres. Isso significa que no momento em que Davi e seus homens se dispunham a enfrentar Israel em favor dos filisteus, Ziclague estava sendo incendiada. Davi persuardiu àquele egípcio a guiá-lo até onde estava a tropa amalequita.
Ao chegar lá, deparou-se com os amalequitas “espalhados sobre a face de toda a terra, comendo, bebendo e dançando, por todo aquele grande despojo que haviam tomado da terra dos filisteus e da terra de Judá. Feriu-os Davi, desde o crepúsculo até a tarde do dia seguinte” (v.16). Foram quase 24 horas de batalha. Resultado: “Assim recobrou Davi tudo o que os amalequitas haviam tomado; também libertou as suas duas mulheres. Não lhes faltou coisa alguma, nem pequena nem grande, nem os filhos, nem as filhas, nem o despojo, nada de tudo o que os amalequitas lhes haviam tomado. Tudo Davi tornou a trazer” (vv.18-19).
Quando voltaram para Ziclague, aqueles duzentos homens que não acompanharam a Davi na batalha por estarem exaustos saíram ao seu encontro. Embora Davi os tenha saudado em paz, houve uma reação imediata dos que lutaram. Eles não achavam justo que aqueles duzentos fossem beneficiados com os depojos da batalha. Bastaria-lhes receber de volta duas mulheres e filhos, e nada mais. Ainda que pareça justa sua reivindicação, as Escrituras classificam tais homens de “filhos de Belial” (algo como, filhos do diabo). Em vez de dar-lhes ouvidos, Davi disse: “Não fareis assim, irmãos meus, com o que nos deu o Senhor, que nos guardou e entregou nas nossas mãos a tropa que vinha contra nós. Quem vos daria ouvidos nisso? Qual é a parte dos que desceram à peleja, tal será também a parte dos que ficaram com a bagagem. Receberão partes iguais”(vv.23-24). Na opinião de Davi, a permanência daqueles homens ali serviu a um propósito honroso: proteger o que lhes havia restado (bagagem).
O que Davi talvez não houvesse percebido é que por trás de toda aquela situação havia um propósito ainda maior. Deus o estava poupando de participar de uma batalha que culminaria na morte de Saul e de seus filhos, inclusive Jônatas, com quem Davi tinha feito uma aliança (31:1-6). Por uma ironia do destino, foi justamente isso que lhe garantiu o trono. Porém, Deus o poupou de tocar em Seu ungido. Quando Davi soube Da morte de Saul e Jônatas, lamentou profundamente. Se houvesse participado daquela investida, teria se arrependido pelo resto de seus dias.
Agora seu desafio era outro. Teria que provar aos filisteus que não era um agente infiltrado. Dirigindo-se à Áquis, filho do rei de Gate, disse-lhe: “Se achei graça aos teus olhos, dá-me lugar numa das cidades da terra, para que ali habite. Por que razão habitaria o teu servo contigo na cidade real?” (1 Sm.27:5). Em resposta ao seu pedido, recebeu de Áquis a cidade de Ziclague. Enquanto esteve lá, Davi e seus homens pelejaram contra os gesuritas, os gersitas e os amalequitas. Mas quando perguntado contra quem ele havia lutado, Davi respondia que havia dado contra o Sul de Judá, ou contra o Sul de alguma outra parte do domínio dos Israelitas. Desta maneira, conquistava a confiança de Áquis, que pensava: “Fez ele por certo tão aborrecível para com o seu povo em Israel que me será por servo para sempre” (1 Sm.27:12).
Aquele que havia sido o herói de Israel, que derrotara um gigante filisteu com uma funda, agora apelava a uma arma carnal, a mentira, para ser aceito entre seus inimigos.
Áquis, então, resolveu submetê-lo a um último teste de fidelidade:
“Naqueles dias, juntando os filisteus os seus exércitos para a peleja, para fazer guerra contra Israel, disse Áquis a Davi: Fica sabendo que comigo sairás ao arraial, tu e os teus homens. Disse Davi: Então verás o que é capaz de fazer o teu servo. Respondeu Áquis: Por isso eu te nomeio meu guarda pessoal para sempre” (1 Sm.28:1-2).
Não restava mais dúvida no coração de Áquis. Davi lhe era fiel. E a prova disso é que estava disposto a lutar contra seu próprio povo para defender seus novos aliados, os filisteus. Quem diria, aquele que havia sido predestinado a ser o rei de Israel, agora recebia a promessa de que seria o guarda-costa oficial do príncipe dos filisteus…
Não há quem traia a alguém, sem que antes traia a si mesmo. O homem segundo o coração de Deus entrava em rota de colisão com os propósitos divinos. Algo teria que ser feito para desviá-lo daquele caminho. Chegava a hora de Deus intervir mais uma vez na História, para que o seu trem voltasse aos trilhos. O texto sagrado diz que “ajuntaram os filisteus todos os seus exércitos em Afeque, e acamparam-se os israelitas junto à fonte que está em Jezreel. Os príncipes dos filisteus foram-se para lá com centenas e com milhares, mas Davi e os seus homens iam com Áquis na retaguarda. Perguntaram os príncipes dos filisteus: Que fazem aqui estes hebreus? Respondeu Áquis: Não é este Davi, o servo de Saul, rei de Israel, que esteve comigo há muitos dias ou anos? Coisa nenhuma achei contra ele desde o dia em que se revoltou, até o dia de hoje” (29:1-3). Mesmo tendo vivido ali por um ano e quatro meses, Davi ainda não se fizera conhecido de toda a Filístia. Embora gozasse da confiança de Áquis, ainda não conquistara a confiança dos demais príncipes. Sua presença ali causava mal-estar em todos. Por isso, os príncipes dos filisteus, indignados, disseram a Áquis: “Faze voltar a este homem, e torne ao seu lugar em que tu o puseste. Não desça conosco à batalha, para que não se nos torne na batalha em adversário (…) Não é este aquele Davi, de quem cantavam nas danças: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares?” (vv.4a,5).
Não se pode passar uma borracha na história. Mesmo vivendo ali no anonimato, a fama de Davi ainda ecoava. Que mais ele precisaria fazer para provar que era aliado?
Será que Davi sabia que Saul estava à frente do exército de Israel? Será que sabia que Jônatas, aquele com quem entrara em aliança, também estava lá? Mas a esta altura, suas preocupações e prioridades eram outras. Afinal de contas, ele agora tinha uma cidade inteira só pra si. Por que se interessaria pelo trono de Israel? O homem que se negara a usar a armadura de Saul, agora usava uma armadura filistéia. Seu coração acelerado. Sua respiração ofegante.
De repente, ouve dos lábios de Áquis: “Tão certo como vive o Senhor, tu és reto, e a tua entrada e a tua saída comigo no arraial é boa aos meus olhos. Nenhum mal achei em ti, desde o dia em que a mim vieste, até o dia de hoje, mas aos príncipes não agradas. Volta, agora, e vai em paz, nada faças para desagradar aos príncipes dos filisteus” (vv.6-7). Desgostoso, Davi reúne seus homens e bate em retirada. Aparentemente, a oportunidade de demonstrar seu valor aos filisteus escapou por entre seus dedos.
Foram três dias de viagem. Todos pareciam desanimados. Como explicariam às suas esposas e familiares a razão de não terem lutado? Quando chegaram a Ziclague, tiveram uma desagradável surpresa: “os amalequitas com ímpeto tinham dado sobre o sul e Ziclague, e tinham ferido a Ziclague e a tinham queimado a fogo; tinham levado cativas as mulheres e todos os que lá se achavam, tanto grandes quanto pequenos. A ninguém mataram, tão-somente os levaram consigo, e foram o seu caminho” (30:1-2). Os mesmos amalequitas contra os quais Davi pelejou enquanto esteve entre os filisteus, agora aproveitaram sua ausência para irem à forra. Enquanto Davi se preocupava em provar sua lealdade a Áquis, as pessoas a quem realmente devia lealdade eram levadas cativas pelos amalequitas. Davi teve muita sorte, pois se os amalequitas o tratassem da maneira como ele os tratou, não teriam poupado a vida de ninguém.
Exausto da viagem, desesperado com o quadro encontrado, só lhe restou chorar. O texto diz que ele e o povo “alçaram a sua voz, e choraram, até que não houve neles mais força para chorar” (v.4). Até as mulheres de Davi, Ainoã e Abgail, foram levadas. De repente, o choro dá lugar à revolta. O povo que antes o seguia, dispunha-se a apedrejá-lo. De amado a odiado, de querido a desprezado, Davi se viu só. Chegara a hora da guinada. Tudo isso acontecera para que ele se despertasse e relembrasse o propósito de sua existência.
Diante deste quadro caótico, “Davi se fortaleceu no Senhor seu Deus” (v. 6b). O que fazer? Que medida tomar? Davi, então, se dirige ao sacerdote Abiatar, e pede que se lhe traga a estola sacerdotal. Vestido como um sacerdote, Davi consulta ao Senhor: “Perseguirei eu a esta tropa? Alcançá-la-ei? Respondeu-lhe o Senhor: Persegue-a. De certo a alcançarás, e tudo libertarás” (v.8). Quanto tempo se perde quando, em vez de consultarmos a Deus, fazemos as coisas do nosso jeito! Acabamos perdendo o foco. Imagina se Davi não houvesse sido dispensado pelos príncipes dos filisteus… Quando chegasse a Ziclague, seria tarde demais. Tão logo recebeu o sinal positivo do Senhor, “partiu Davi, ele e os seiscentos homens que com ele se achavam” (v.9a).
Logo no início da caminhada, duzentos deles pedem arrego. Não conseguiram sequer atravessar o ribeiro. “Mas Davi e os quatrocentos homens continuaram a perseguição”(v.10). Provavelmente, aqueles duzentos eram mais velhos, já não dispunham de energia para lutar. Levá-los consigo era correr um risco desnecessário.
No meio do caminho, “acharam no campo um homem egípcio e o trouxeram a Davi. Deram-lhe pão, e comeu, e deram-lhe a beber água. Deram-lhe também um pedaço de paosta de figos secos e dois cachos de passas. Comeu, e voltou-lhe o ânimo, pois havia três dias e três noites que não tinha comido pão nem bebido água. Então Davi lhe perguntou: De que és tu, e donde és? Respondeu o moço egípcio: Sou servo de um amalequita, e meu senhor me dixou, porque adoeci há três dias” (vv.11-13). Repare nisso: Davi tratou bem aquele homem antes de saber que ele poderia servir-lhe como informante. Por ele, soube que já havia três dias, desde que os Amalequitas haviam levado suas mulheres. Isso significa que no momento em que Davi e seus homens se dispunham a enfrentar Israel em favor dos filisteus, Ziclague estava sendo incendiada. Davi persuardiu àquele egípcio a guiá-lo até onde estava a tropa amalequita.
Ao chegar lá, deparou-se com os amalequitas “espalhados sobre a face de toda a terra, comendo, bebendo e dançando, por todo aquele grande despojo que haviam tomado da terra dos filisteus e da terra de Judá. Feriu-os Davi, desde o crepúsculo até a tarde do dia seguinte” (v.16). Foram quase 24 horas de batalha. Resultado: “Assim recobrou Davi tudo o que os amalequitas haviam tomado; também libertou as suas duas mulheres. Não lhes faltou coisa alguma, nem pequena nem grande, nem os filhos, nem as filhas, nem o despojo, nada de tudo o que os amalequitas lhes haviam tomado. Tudo Davi tornou a trazer” (vv.18-19).
Quando voltaram para Ziclague, aqueles duzentos homens que não acompanharam a Davi na batalha por estarem exaustos saíram ao seu encontro. Embora Davi os tenha saudado em paz, houve uma reação imediata dos que lutaram. Eles não achavam justo que aqueles duzentos fossem beneficiados com os depojos da batalha. Bastaria-lhes receber de volta duas mulheres e filhos, e nada mais. Ainda que pareça justa sua reivindicação, as Escrituras classificam tais homens de “filhos de Belial” (algo como, filhos do diabo). Em vez de dar-lhes ouvidos, Davi disse: “Não fareis assim, irmãos meus, com o que nos deu o Senhor, que nos guardou e entregou nas nossas mãos a tropa que vinha contra nós. Quem vos daria ouvidos nisso? Qual é a parte dos que desceram à peleja, tal será também a parte dos que ficaram com a bagagem. Receberão partes iguais”(vv.23-24). Na opinião de Davi, a permanência daqueles homens ali serviu a um propósito honroso: proteger o que lhes havia restado (bagagem).
O que Davi talvez não houvesse percebido é que por trás de toda aquela situação havia um propósito ainda maior. Deus o estava poupando de participar de uma batalha que culminaria na morte de Saul e de seus filhos, inclusive Jônatas, com quem Davi tinha feito uma aliança (31:1-6). Por uma ironia do destino, foi justamente isso que lhe garantiu o trono. Porém, Deus o poupou de tocar em Seu ungido. Quando Davi soube Da morte de Saul e Jônatas, lamentou profundamente. Se houvesse participado daquela investida, teria se arrependido pelo resto de seus dias.
sábado, 18 de outubro de 2014
O Coxo da Porta Formosa
E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.Atos 3:1-2
Essa é uma passagem Bíblica bem conhecida e é difícil ouvir coisas novas sobre ela porque em uma primeira vista já transmite algo tão glorioso que por si só basta: nem alegorias, nem entrelinhas, nem contexto histórico seriam capazes de acrescentar informações mais valiosas que a cura de um coxo através da fé no Nome de Jesus. E foi exatamente a objetividade de Lucas ao descrever a cura do coxo que me instigou na busca sobre : quem era esse coxo e o que significava a tal porta Formosa? Como disse anteriormente, o desconhecimento dessas informações não diminui o poder da mensagem. Porém, o aprofundamento nos detalhes nos proporciona maravilhamento quanto ao agir de Deus: Ele é perfeito e faz com que todas as coisas, de fato, contribuam para o bem dos que O amam (Romanos 8:28). Assim, com a presença de Deus entre seu povo, um simples encontro no meio da rua, a caminho de algum lugar, possibilita acontecimentos extraordinários. Foi o que aconteceu com o coxo da Porta Formosa.
Atualmente as portas de Jerusalém são em número de oito e não mais doze. O que teria acontecido as outras quatro portas? Eu jamais teria observado esse importante fato se não fosse o relato sobre a Porta Formosa em Atos dos Apóstolos. As portas que não mais existem são: Porta de Efraim, Mifcade, dos Cavalos e porta Oriental (dourada ou da compaixão). Pelo menos sobre esta última há explicação concreta: se encontra lacrada, Jesus entrou por ela assentado em um burrinho ao ser aclamado pela multidão como Rei e Messias. (Mateus 21). Os judeus aguardam a chegada do Messias entrando por esta porta.
Ez 44.2 – “E disse-me o Senhor: Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela; por isso estará fechada”.
Deus tem o controle e o domínio sobre todas as coisas. Jerusalém terrestre é uma analogia a Jerusalém celestial: (Apocalipse 21:2:)” Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.” E se antes tinha doze portas e hoje somente oito, tem algum sentido. Considerei importante fazer essas observações, mas para não fugir ao tema, voltemos para a Porta Formosa.
A Porta Velha mesma Formosa (Neemias 3.6) - “Jeoiada, filho de Paséia; e Mesulão, filho de Besodéias; restauraram a porta velha, estes a emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos”. Segundo a tradição, esta porta simbolizava a tradição e a história falada dos hebreus, o tesouro antigo, acerca das gerações de sua origem.
“E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus.” Atos 3:1-8
Eram três horas da tarde, de grande fluxo de pessoas no templo. Imagino que o coxo tinha vários pontos de esmolar pela cidade e pessoas com quem dividia o apurado como forma de retribuir o favor de carregá-lo de um lado para outro. Afinal, um homem de 40 anos, deveria pesar consideravelmente. Certamente já havia encontrado Pedro e João outras vezes e pedido moedas. Os apóstolos reparavam nele, mas ele não fazia pausa alguma para conhecer melhor o que tinham para falar. O coxo já estava acostumado com o ser levado, sustentado e sobreviver de forma tão dificultosa. Quando se acostuma com o mal, ele até se torna aceitável e deixa de incomodar. Isso acontece constantemente e é a causa de não se procurar por mudanças. A porta Formosa estava repleta de mendigos, que por algum motivo, esperavam caridade dos religiosos, do lado de fora do templo, porque se achavam indignos, de frequentar o interior do local. Ou o mundo os tinha convencido disso.
Algo que me chama bastante atenção nesse milagre é o fato de que imediatamente após ser curado, o homem entra no templo e segue com os discípulos até o pórtico de Salomão, um lugar que ele só imaginava como era, mas nunca tinha estado. Quanta alegria, quantos louvores não deve ter saído dos lábios daquele que era coxo e também dos que o viam! Agora ele sabia que existia algo muito mais precioso que o ouro ou a prata que ajuntava em seus depósitos e que às vezes lhe faltava.
Assim, a Porta Formosa a partir do relato de Atos 3, representa Porta de entrada para o Reino celestial, para o conhecimento da Verdade Salvífica, para a grandeza do Nome de Jesus!
Deus o abençoe.
Essa é uma passagem Bíblica bem conhecida e é difícil ouvir coisas novas sobre ela porque em uma primeira vista já transmite algo tão glorioso que por si só basta: nem alegorias, nem entrelinhas, nem contexto histórico seriam capazes de acrescentar informações mais valiosas que a cura de um coxo através da fé no Nome de Jesus. E foi exatamente a objetividade de Lucas ao descrever a cura do coxo que me instigou na busca sobre : quem era esse coxo e o que significava a tal porta Formosa? Como disse anteriormente, o desconhecimento dessas informações não diminui o poder da mensagem. Porém, o aprofundamento nos detalhes nos proporciona maravilhamento quanto ao agir de Deus: Ele é perfeito e faz com que todas as coisas, de fato, contribuam para o bem dos que O amam (Romanos 8:28). Assim, com a presença de Deus entre seu povo, um simples encontro no meio da rua, a caminho de algum lugar, possibilita acontecimentos extraordinários. Foi o que aconteceu com o coxo da Porta Formosa.
A Porta Formosa – Dados históricos
No capitulo três do livro de Neemias é descrita a reconstrução das doze portas do templo de Jerusalém, mas a porta Formosa não aparece, pelo menos com esse nome. A menção a essa porta, só aparece no livro de Atos dos apóstolos. O historiador Flávio Josefo, relaciona Formosa como sendo a mesma “Porta de Jafa” ou “Porta Velha” no exterior do templo, uma pré porta de acesso ao pátio das mulheres. Os árabes chamam-na de “ Bab el Jalil (Porta do Amigo); abre-se para oeste, em direção ao porto da Cidade de Jafa. É a mais conhecida e movimentada de todas, devido ao constante fluxo de turistas de todos os lugares do mundo.Atualmente as portas de Jerusalém são em número de oito e não mais doze. O que teria acontecido as outras quatro portas? Eu jamais teria observado esse importante fato se não fosse o relato sobre a Porta Formosa em Atos dos Apóstolos. As portas que não mais existem são: Porta de Efraim, Mifcade, dos Cavalos e porta Oriental (dourada ou da compaixão). Pelo menos sobre esta última há explicação concreta: se encontra lacrada, Jesus entrou por ela assentado em um burrinho ao ser aclamado pela multidão como Rei e Messias. (Mateus 21). Os judeus aguardam a chegada do Messias entrando por esta porta.
Ez 44.2 – “E disse-me o Senhor: Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela; por isso estará fechada”.
Deus tem o controle e o domínio sobre todas as coisas. Jerusalém terrestre é uma analogia a Jerusalém celestial: (Apocalipse 21:2:)” Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.” E se antes tinha doze portas e hoje somente oito, tem algum sentido. Considerei importante fazer essas observações, mas para não fugir ao tema, voltemos para a Porta Formosa.
A Porta Velha mesma Formosa (Neemias 3.6) - “Jeoiada, filho de Paséia; e Mesulão, filho de Besodéias; restauraram a porta velha, estes a emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos”. Segundo a tradição, esta porta simbolizava a tradição e a história falada dos hebreus, o tesouro antigo, acerca das gerações de sua origem.
O Coxo
Seu nome não é mencionado, Atos 4:22 diz que ele tinha 40 anos quando encontrou Pedro e João na Porta Formosa, a deficiência era de nascença. Há quem diga que ele não estava exatamente na porta Formosa, mas a caminho dela quando encontra os apóstolos. Não comungo dessa interpretação. Mas a caminho, sendo carregado, ou já assentado no lugar de sempre, o importante foi que aquele seria um dia diferente:“E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus.” Atos 3:1-8
Eram três horas da tarde, de grande fluxo de pessoas no templo. Imagino que o coxo tinha vários pontos de esmolar pela cidade e pessoas com quem dividia o apurado como forma de retribuir o favor de carregá-lo de um lado para outro. Afinal, um homem de 40 anos, deveria pesar consideravelmente. Certamente já havia encontrado Pedro e João outras vezes e pedido moedas. Os apóstolos reparavam nele, mas ele não fazia pausa alguma para conhecer melhor o que tinham para falar. O coxo já estava acostumado com o ser levado, sustentado e sobreviver de forma tão dificultosa. Quando se acostuma com o mal, ele até se torna aceitável e deixa de incomodar. Isso acontece constantemente e é a causa de não se procurar por mudanças. A porta Formosa estava repleta de mendigos, que por algum motivo, esperavam caridade dos religiosos, do lado de fora do templo, porque se achavam indignos, de frequentar o interior do local. Ou o mundo os tinha convencido disso.
Algo que me chama bastante atenção nesse milagre é o fato de que imediatamente após ser curado, o homem entra no templo e segue com os discípulos até o pórtico de Salomão, um lugar que ele só imaginava como era, mas nunca tinha estado. Quanta alegria, quantos louvores não deve ter saído dos lábios daquele que era coxo e também dos que o viam! Agora ele sabia que existia algo muito mais precioso que o ouro ou a prata que ajuntava em seus depósitos e que às vezes lhe faltava.
Considerações Finais
Querido leitor, quero destacar algo que também me chama a atenção nessa história: “E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa”. (Atos 3:4,5). Os discípulos se abaixaram para olhar nos olhos daquele coxo, um ato de amor e compaixão que talvez ninguém tenha ousado fazer antes. O coxo pedia e as pessoas davam, jogavam moedas em suas mãos, sua cesta e prosseguiam seus caminhos. O coxo era “o coxo” e sua condição era insignificante aos olhos de muitos. Mas vem Pedro e João, enviados de Deus, falando em Nome de Jesus e dizendo: “Eu me importo com você, desço até sua miséria para te resgatar porque você é precioso para mim, te comprei pelo mais alto preço”. Oh glória! Quem é que resgata o pobre da lama, do calabouço? Quem olha nos olhos e sente todo drama, dor ? Somente Jesus!Assim, a Porta Formosa a partir do relato de Atos 3, representa Porta de entrada para o Reino celestial, para o conhecimento da Verdade Salvífica, para a grandeza do Nome de Jesus!
Deus o abençoe.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
A Música na Igreja de Cristo
INTRODUÇÃO
Este estudo tem por objetivo analisar de forma singela, porém objetiva, a questão da música e da dança em cultos a Deus, e qual seria a melhor forma de encará-las.
A Música no Velho Testamento
A música está presente em várias passagens do Velho
Testamento. Vamos então ver algumas delas, de modo a que possamos
entender sua natureza e aplicação em seu contexto original:
Notemos a pureza da razão pela qual a filha de Jefté estava em dança com adufes (dança folclórica de honra de seus entes queridos que chegam da guerra):
Observemos agora que no cântico de Moisés, não há tambores ou dança (Êxodo 15:2-19)
Mas, em seguida no cântico de Miriã há, mas não há sinal na Palavra de Deus de aprovação ou de reprovação, apenas o registro do fato. Contudo devemos ter em mente o fato de Miriã não ter bom testemunho perante Deus:
Devemos também notar que a carnalidade que antes fora observada em Miriã acabou por contaminar o povo:
Quando as mulheres dançaram louvando a Davi mais que a Saul, o
resultado foi inveja e tristeza, como pode ser observado em:
Notemos a pureza da razão pela qual a filha de Jefté estava em dança com adufes (dança folclórica de honra de seus entes queridos que chegam da guerra):
"Vindo, pois, Jefté a Mizpá, à sua casa, eis que a sua filha lhe saiu ao encontro com adufes e com danças; e era ela a única filha; não tinha ele outro filho nem filha." (Juizes 11:34 ACF1)
Mas, em seguida no cântico de Miriã há, mas não há sinal na Palavra de Deus de aprovação ou de reprovação, apenas o registro do fato. Contudo devemos ter em mente o fato de Miriã não ter bom testemunho perante Deus:
"E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cusita, com quem casara; porquanto tinha casado com uma mulher cusita. (2) E disseram: Porventura falou o SENHOR somente por Moisés? Não falou também por nós? E o SENHOR o ouviu... (9) Assim a ira do SENHOR contra eles se acendeu; e retirou-se. (10) E a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã ficou leprosa como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa." (Números 12:1-2,9-10 ACF)
"E, ouvindo Josué a voz do povo que jubilava, disse a Moisés: Alarido de guerra há no arraial. (18) Porém ele respondeu: Não é alarido dos vitoriosos, nem alarido dos vencidos, mas o alarido dos que cantam, eu ouço. (19) E aconteceu que, chegando Moisés ao arraial, e vendo o bezerro e as danças, acendeu-se-lhe o furor, e arremessou as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte;...(21) E Moisés perguntou a Arão: Que te tem feito este povo, que sobre ele trouxeste tamanho pecado? (22) Então respondeu Arão: Não se acenda a ira do meu senhor; tu sabes que este povo é inclinado ao mal;" (Êxodo 32:17-19,21-22 ACF)
"E as mulheres dançando e cantando se respondiam umas às outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém, Davi os seus dez milhares. (8) Então Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na verdade, que lhe falta, senão só o reino?" (I Samuel 18:7-8 ACF)
A música é criação divina, é dom de Deus:
"Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. (5) Quem lhe pós as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? (6) Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, (7) Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?" (Jó 38:4-7 ACF)
Mas foi em parte contaminada pelo pecado:
"Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. (14) Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. (15) Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti." (Ezequiel 28:13-15 ACF)
Lembremo-nos que Jubal era descendente de Caim!"E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão." (Gênesis 4:21 ACF)
A música dedicada a Deus deve ser santa e santificada, assim como a vida dedicada a Deus deve ser santa e santificada. Deus não irá aceitar cânticos que de qualquer forma apresentem sinais de carnalidade:
"Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas." (Amós 5:23 ACF)
"Ai dos que dormem em camas de marfim, e se estendem sobre os seus leitos, e comem os cordeiros do rebanho, e os bezerros do meio do curral. (5) Que cantam ao som da viola, e inventam para si instrumentos musicais, assim como Davi; (6) Que bebem vinho em taças, e se ungem com o mais excelente óleo: mas não se afligem pela ruína de José; (7) Portanto agora irão em cativeiro entre os primeiros dos que forem levados cativos, e cessarão os festins dos banqueteadores." (Amós 6:4-7 ACF)
Música indica circunstância
Quando ouvimos uma música algo vem a nossa mente, ou há uma
lembrança de algo, ou há uma identificação de circunstância ou ainda de
origem.
Assim, vemos que certas músicas nos trazem à lembrança amor romântico (eros + ágape), outras apenas a pura paixão carnal (amor eros), outras ainda nos lembram de nossas brincadeiras infantis, outras incentivam à coragem para lutar (marchas militares), outras ainda o folclore carnal (carnaval, forró, etc..) etc..
Também identificamos as músicas com sua origem, assim músicas de origem mundana, mesmo que tenham a letra modificada para algo dito "cristão", ainda assim serão músicas mundanas, com sua carga carnal.
Também, músicas vinculadas a igrejas hereges transmitem a idéia de que quem as canta se identifica com as doutrinas pregadas nas igrejas onde estas músicas se originaram. Vemos isto em várias músicas de origem católica, ou de muitos movimentos neo-pentecostais.
Devemos estar atentos para não pecar pela carnalidade, ou pela identificação com o mal:
Assim, vemos que certas músicas nos trazem à lembrança amor romântico (eros + ágape), outras apenas a pura paixão carnal (amor eros), outras ainda nos lembram de nossas brincadeiras infantis, outras incentivam à coragem para lutar (marchas militares), outras ainda o folclore carnal (carnaval, forró, etc..) etc..
Também identificamos as músicas com sua origem, assim músicas de origem mundana, mesmo que tenham a letra modificada para algo dito "cristão", ainda assim serão músicas mundanas, com sua carga carnal.
Também, músicas vinculadas a igrejas hereges transmitem a idéia de que quem as canta se identifica com as doutrinas pregadas nas igrejas onde estas músicas se originaram. Vemos isto em várias músicas de origem católica, ou de muitos movimentos neo-pentecostais.
Devemos estar atentos para não pecar pela carnalidade, ou pela identificação com o mal:
"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. (16) Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. (17) E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." (I João 2:15-17 ACF)
"Abstende-vos de toda a aparência do mal. (23) E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." (I Tessalonicenses 5:22-23 ACF)
A razão da música no culto ao Senhor
Não vamos à Igreja para "assistir" o culto, quem assiste o culto é Deus, nós vamos prestar (ou dar) culto, vamos para adorar a Deus. O culto a Deus deve ser racional e prestado com decência e ordem:
"(36) Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.(1) Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." (Romanos 11-36,12-1 ACF)
"Mas faça-se tudo decentemente e com ordem." (I Coríntios 14:40 ACF)
O culto é um momento em que nos apresentamos a Deus reverenciando Sua grandeza. Em tal situação, a música deve ser utilizada para levar as pessoas a se aproximarem de Deus, e não para criar um ambiente de festividade e animação carnal. O objetivo do culto não é criar uma ocasião para o deleite pessoal de quem lá estiver. Sua razão de ser é que nos apresentemos a Deus, em gratidão e reverência, e desta maneira a alegria que sentiremos virá de nossa comunhão com Deus e não de qualquer animação carnal.
O culto é um momento em que nos apresentamos a Deus reverenciando Sua grandeza. Em tal situação, a música deve ser utilizada para levar as pessoas a se aproximarem de Deus, e não para criar um ambiente de festividade e animação carnal. O objetivo do culto não é criar uma ocasião para o deleite pessoal de quem lá estiver. Sua razão de ser é que nos apresentemos a Deus, em gratidão e reverência, e desta maneira a alegria que sentiremos virá de nossa comunhão com Deus e não de qualquer animação carnal.
Os Instrumentos
Por si só nenhum instrumento musical traz em si qualquer
mau. Os problemas começam com a simbologia à qual o instrumento está
ligado. Por exemplo, o atabaque está ligado diretamente a cultos
satânicos africanos, logo seu uso em um culto a Deus trará em si
uma carga totalmente indesejável. Devemos nos ater ao uso de
instrumentos que não tragam, dentro da cultura local, indicação de uso
que afronte a Deus, como a idolatria, o satanismo, o paganismo, etc.. E devemos utilizá-los como meio de nos aproximarmos de Deus com reverência e piedade:
"Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade;" (Hebreus 12:28 ACF)
Sem leviandade:
"E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e ofereceram fogo estranho perante o SENHOR, o que não lhes ordenara. (2) Então saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR. (3) E disse Moisés a Arão: Isto é o que o SENHOR falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se chegarem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão calou-se." (Levítico 10:1-3 ACF)
E sem carnalidade:
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. (32) Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus." (I Coríntios 10:31-32 ACF)
A dança
Na Palavra de Deus há referências a danças folclóricas puras e inocentes:
Bem como também há referências a danças sensuais e carnais:
Mas, em cada caso os seus efeitos e conseqüências estão claramente apresentados.
Vemos também em ocasião única e sem qualquer conotação de mandamento ou indicação de que deva ser imitada, Davi sendo retratado a saltar diante do Senhor:
"Então disseram: Eis que de ano em ano há solenidade do SENHOR em Siló, que se celebra para o norte de Betel do lado do nascente do sol, pelo caminho alto que sobe de Betel a Siquém, e para o sul de Lebona... (21) E olhai, e eis aí as filhas de Siló a dançar em rodas, saí vós das vinhas, e arrebatai cada um sua mulher das filhas de Siló, e ide-vos à terra de Benjamim... (23) E os filhos de Benjamim o fizeram assim, e levaram mulheres conforme ao número deles, das que arrebataram das rodas que dançavam; e foram-se, e voltaram à sua herança, e reedificaram as cidades, e habitaram nelas." (Juizes 21:19,21,23 ACF)
"E aconteceu que, chegando Moisés ao arraial, e vendo o bezerro e as danças, acendeu-se-lhe o furor, e arremessou as tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte;" (Êxodo 32:19 ACF)
Vemos também em ocasião única e sem qualquer conotação de mandamento ou indicação de que deva ser imitada, Davi sendo retratado a saltar diante do Senhor:
"E Davi saltava com todas as suas forças diante do SENHOR; e estava Davi cingido de um éfode de linho." (II Samuel 6:14 ACF)
Comparemos com:
Contudo, independente de qualquer outra avaliação, em momento algum Davi realizou dança com conotação sensual ou carnal, como muitas que podem ser vistas em algumas Igrejas tidas como "modernas"."E Davi ia vestido de um manto de linho fino, como também todos os levitas que levavam a arca, e os cantores, e Quenanias, mestre dos cantores; também Davi levava sobre si um éfode de linho... (29) E sucedeu que, chegando a arca da aliança do SENHOR à cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, olhou de uma janela, e, vendo a Davi dançar e tocar, o desprezou no seu coração." (I Crônicas 15:27,29 ACF)
"Louvai ao SENHOR. Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder. (2) Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza. (3) Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa. (4) Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos." (Salmo 150:1-4 ACF)
Nesta passagem temos que a palavra traduzida aqui por dança,
pode também significar flauta (ver tradução Almeida Revista e
Corrigida), o que parece fazer sentido em meio a tantos outros
instrumentos. Contudo, mesmo com o significando de dança, não é de modo
algum dança sensual ou carnal, mas pura e inocente como uma dança de
roda.
Como determinar a boa música Cristã
- Sua melodia fala ao nosso espírito, nos eleva, como o hino 1 do Cantor Cristão2? Ou nos traz à mente coisas que não estão ligadas a Deus, como é o caso das músicas mundanas com letras trocadas cantadas em algumas igrejas?
- Seu ritmo não deve dar margem a danças sensuais ou carnais. A forma de saber é imaginar se o ritmo da música poderia levar alguma pessoa a ficar tentada a balancear seus quadris, da mesma forma que ritmos como o samba ou o rock poderiam fazer:
"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. (24) Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." (João 4:23-24 ACF)
- A letra da música fala da sã doutrina cristã de forma plena, como é o caso da letra do hino 9 do Cantor Cristão3, ou traz em si heresias? Pois, se houver heresias não devemos cantá-la:
"Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém." (I Pedro 4:11 ACF)
- Existe a menor dúvida quanto à música? Se sim, não devemos cantá-la:
"Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. (23) Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado." (Romanos 14:22-23 ACF)
- Se houver qualquer possibilidade da música ser pedra de tropeço para alguém, não devemos cantá-la:
"Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça". (Romanos 14:21 ACF)
"Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize." (I Coríntios 8:13 ACF)
Conclusão
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." (I Coríntios 10:31 ACF)
"E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens" (Colossenses 3:23 ACF)
"Abstende-vos de toda a aparência do mal." (I Tessalonicenses 5:22 ACF)
"A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração. (17) E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai." (Colossenses 3:16-17 ACF)
Notas:
1 Todos os textos bíblicos citados neste
estudo foram extraídos da tradução de João Ferreira de Almeida -
Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original (ACF), editada pela
Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, exceto quando houver sido
especificado em contrário. 2 Hino intitulado "Antífona". Em sua primeira estrofe traz: "A Ti, ó Deus, fiel e bom Senhor, Eterno Pai, supremo Benfeitor, Nós, os teus servos, vimos dar louvor, Aleluia! Aleluia!" 3 Hino intitulado "Santo". Em sua primeira estrofe traz: "Santo! Santo! Santo! Deus onipotente! Cedo de manhã cantaremos teu louvor. Santo! Santo! Santo! Deus Jeová triúno! És um só Deus, excelso Criador
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