Texto Áureo Dn. 5.23 – Leitura Bíblica Dn. 5.1-30
Impérios se levantam e também caem, nenhum governo humano dura para sempre. Na lição de hoje mostraremos essa realidade concretizada na ruína do império babilônico. Inicialmente destacaremos os procedimentos humanos que levaram o império a cair, em seguida, nos voltaremos para a soberania de Deus, que se manifesta através dos seus decretos. Ao final, nos meditaremos sobre o perigo de ser achado em falta por Deus, e a necessidade de um arrependimento iminente e verdadeiro.
1. A QUEDA DE UM IMPÉRIO
Nabucodonosor reconheceu a grandeza de Deus, e se voltou para Ele em adoração, após sua soberba ter sido identificada. O mesmo não aconteceu com seu filho, Belsazar, que mesmo com as advertências proféticas, continuou no caminho da desobediência. As decisões de Belsazar, desconsiderando o testemunho do seu pai, é uma demonstração do livre arbítrio. Conforme instrui a palavra de Deus, devemos ensinar a nossos filhos no caminho do Senhor, mas isso não garante que eles O seguirão (Pv. 22.6). Ao invés de se dobrar diante de Deus, Belsazar preferiu viver de acordo com seus interesses (Dn. 5.22). A queda de um império acontece quando os filhos deixam de trilhar os caminhos da fé de seus pais. Existem países que estão sofrendo porque os filhos não seguem mais a fé dos seus pais. A culpa não é apenas dos governantes, a própria igreja tem se distanciado dos padrões bíblicos. Por causa disso a fé evangélica está deixando de ser relevante, e de atrair a atenção da sociedade. Como Belsazar, muitos jovens estão se desviando da Palavra de Deus, algumas igrejas também não conseguem mais falar a linguagem dos jovens. Não devemos fazer concessões dos princípios cristãos, antes precisamos criar meios para torna-los relevantes a esta geração. Os jovens crentes também precisam buscar mais Deus, e não viverem regaladamente, como fez o filho de Nabucodonosor. Esta geração hedonista está colocando o prazer como um fim em si mesmo, a Babilônia começou a ruir em uma festa (Dn. 5.2). O falta de uma espiritualidade genuína, pautada na Palavra, tem resultado em meros formalismos. A cultura do entretenimento pode produzir distrações espirituais, e comprometer o futuro da juventude.
2. DECRETADO PELO DEDO DE DEUS
Os descalabros cometidos por Belsazar levaram o país à destruição, sua embriaguez fez com que ele perdesse o senso de responsabilidade. Tenhamos cuidados para não perder a lucidez, vivemos em um mundo solapado pela ilusão. Por isso Paulo orienta os crentes de Éfeso para não se embriagaram, antes busquem ser cheios do Espírito (Ef. 5.18). Muitas pessoas estão perdendo muito tempo diante de coisas que distraem na vida espiritual. O exercício da piedade precisa ser reativado na vida de muitos cristãos (I Tm. 4.7,8). As redes sociais precisam ser utilizadas com equilíbrio, caso contrário, poderão levar à destruição física e espiritual. O rei Belsazar foi longe demais, decidiu profanar as coisas sagradas, mostrando seu desrespeito pelo céu. O resultado desse pecado premeditado foi a perturbação, muitos estão perdidos em seu rumo. Os pecados dos seres humanos, e suas drásticas consequências, já é um juízo de Deus, na medida em que esses tiram a paz (Dn. 5.5-9). O homem ceifa aquilo que semeia, as obras da carne podem se transformar em tempestades, e fazer com que os cristãos percam a intimidade com Deus (Gl. 5.17). A alegria do rei de repente se transformou em pavor, sua arrogância foi julgada por Deus. A sabedoria de Deus confunde as astúcias humanas, o Senhor confronta o pecado por meio da Sua palavra (Dn. 5.7,8). Daniel foi levantado por Deus como profeta, para denunciar os desmandos do rei da Babilônia. Uma igreja profética reconhece seus limites na participação política. O envolvimento totalmente submisso às autoridades pode comprometer o caráter profético da igreja. Depois de receber a mensagem de juízo de Deus, o rei Belsazar, ao invés de se arrepender, como fez seu pai, Nabucodonosor, se voltou contra a Palavra (Dn. 5.22). Quando o pecado se aloja no coração das pessoas, elas ficam cegas, e acabam agindo de maneira equivocada, fundamentadas no desejo desenfreado. A palavra de Deus foi contundente ao rei babilônico: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM.
3. ENCONTRADO EM FALTA
Mene significa contar, isso quer dizer que os dias do rei estavam contados, Deus deu um basta naquele império, por causa da sua desobediência (Dn. 5.25). Tequel significa pesar, isso quer dizer que Deus julgou, e avaliou o império babilônico. Por fim, UFARSIM – PERES significa romper ou dividir, assim sendo, Deus dividiria o reino da Babilônia. Essa divisão aconteceu quando os medos e persas (Dn. 5.28) tomaram o império babilônico. Certa noite, Dario desviou o curso do rio Eufrates e invadiu a Babilônia. Os juízos de Deus virão sobre a humanidade, por isso todos devem depender de Cristo. Ninguém pode ser considerado justo perante Deus, todos pecaram e ficaram distanciados de Deus (Rm. 3.23). O salário do pecado é a morte (Rm. 6.23), mas a dádiva de Deus é a vida eterna, através de Jesus. Todos nós fomos achados em falta perante Deus, mas Jesus, com Seu amor infindo, nos atraiu para o Pai (Jo. 14.6). O amor de Deus é incondicional, Ele nos atrai para Si, basta apenas crer nEle (Jo. 3.16). O Senhor não quer que as pessoas se percam, antes que se arrependam, e se voltem para Ele (II Pe. 3.9). Mas nem sempre as pessoas estão dispostas a tomarem uma decisão por Cristo. Por causa disso, muitos estão padecendo nestes dias. O juízo de Deus começa pela própria decisão humana de viver por si mesmo. A vida de algumas pessoas tornou-se um inferno, porque optaram por não se entregaram a Deus. Mas o inferno não é apenas aqui, o juízo de Deus vai além, no futuro aqueles que se negaram a viver para Cristo, comparecerão perante o Trono Branco (Ap. 20.11-15). Desse trono muitos tentarão fugir, mas será improvável, pois o Senhor julgará com reta justiça. Nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo, mas para os pecadores impenitentes, que agem como Belsezar, o resultado será a condenação (Rm. 8.1). O lago de fogo está preparado para Satanás e seus anjos, e para todos aqueles que querem fazer companhia ao Diabo (Mt. 25.21).
CONCLUSÃO
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