segunda-feira, 9 de junho de 2014

O Pregador e o Sermão



  • Qualidades do Pregador do Evangelho

        Naturalmente para que alguém obtenha êxito como mensageiro de Deusdeve possuir certas qualidades, ou satisfazer a determinadas condições. 
         O fator essencial, a característica de maior importância, é a piedade, que, no dizer do apóstolo, "para tudo é proveitosa", I Timóteo 4:8. Só o crente consagrado, verdadeiramente espiritual, alcançará grandes vitórias por Deus e para Deus. O homem leviano, superficial, poderá ser notável orador político e obterá, talvez o aplauso e admiração de muitos, porém jamais conseguirá tornar-se um eficiente pregador ou um instrumento poderoso usado pelo Senhor. 
         No mínimo três elementos são essenciais à eficiência do seu trabalho: humildade, para alcançar graça; oração, a fim de conseguir poder; estudo da Bíblia, para obter sabedoria. 

  • Preparo Individual do Pregador

        Antes mesmo de preocupar-se com a mensagem, deve o pregador cuidar de si. É princípio inegável que aquilo que ele faz depende do que ele é. Daí as recomendações de Paulo a Timóteo: "Tem cuidado de ti mesmo (a pessoa) e da doutrina" (o trabalho); e mais adiante:
 
"Procura apresentar-te aprovado perante Deus, como obreiro que não tem de que se envergonhar (o indivíduo) e que maneja bem a palavra da verdade", (a ação) (I Timóteo 3:16 e II Timóteo 2:15).

         Para que o pregador seja bem sucedido em seu trabalho, é indispensável uma preparação completa, a qual abrange três aspectos: físico, intelectual e espiritual.
        Preparação física: boa condição do organismo; saúde equilibrada. A Bíblia fala muito a respeito do equilíbrio das refeições. Nunca devemos exagerar na alimentação. Só recentemente que a ciência descobriu que a comida em excesso, pode ser prejudicial. Porém, a Bíblia Sagrada ensinava essa verdade há 3.500 anos atrás.
 
"Depois disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Nenhuma gordura de boi, nem de carneiro, nem de cabra comereis. Todavia pode-se usar a gordura do animal que morre por si mesmo, e a gordura do que é dilacerado por feras, para qualquer outro fim; mas de maneira alguma comereis dela" (Levítico 7:22-24).

        Temos conhecimento no dia de hoje, quão pernicioso é o colesterol em nosso sangue. O exercício também é muito importante para quem quer servir ao Senhor. Longas caminhadas e outras atividades que "desemperram" os músculos são indispensáveis na vida do servo do Senhor. Acredito que o fator que pesou na longevidade de anos na vida dos servos do Senhor, foi sem dúvida alguma, as longas caminhadas que eles eram obrigados a fazer no cotidiano de suas vidas. Abraão, Isaque, Jacó e muitos outros patriarcas eram caminhantes inveterados.
         O próprio Moisés caminhou no deserto, conduzindo o rebelde povo de Israel, pelo menos quarenta anos. Não é de admirar que Moisé morreu com 120 anos de idade (Deuteronômio 34:7). Se Moisés tivesse algum problema sério de saúde, naturalmente não seria usado por Deus para estar à frente do povo hebreu por longos quarenta anos.
         Vamos imaginar se Moisés fosse um cardíaco. Como resistiria ele as longas caminhadas naquele deserto abrasador? É necessário, portanto, que o servo do Senhor cuide de sua saúde. O apóstolo João, o ancião, desejou saúde ao seu amigo Gaio (III João 2).
        Preparação intelectual: É natural que o pregador seja amante dos livros. Indispensável, pois, se torna que vá, aos poucos, formando a sua biblioteca. Devido ao elevado custo atual dos livros, deve o pregador selecionar os volumes que precisa adquirir, evitando gastar tempo e dinheiro com obras que poderia dispensar.
         O pregador compreensivo se dedicará às matérias essenciais, ao tipo de estudo mais proveitoso para o seu ministério. Não perderá os seus momentos preciosos com leituras supérfluas ou que nada edificam.
          Além da Bíblia, que é o primordial, e da Arte de Pregar, a língua materna deve merecer sua atenção perene. Como é lamentável o pregador, e quanto é prejudicial à mensagem, cometer graves erros de português. Não se fala de ser um erudito, mas de evitar erros primários. Quanto mais cultura ele tiver, mais fácil e mais eficiente será o seu ministério. O pregador precisa conhecer bem o homem e a cultura de seu tempo: suas idéias, seus costumes, seus problemas, seus recursos, sua personalidade e sua psicologia. Por isso, o pregador não pode contetar-se em estudar apenas sua Bíblia. O pregador não deve ser "homem de um livro só". Mas, há muita gente que se ufana disso. Quem afirma que o pregador deve estudar só a Bíblia revela ignorância ou preguiça mental.
         O pregador precisa estar em dia com o seu tempo, com a cultura de seu povo ou do povo a quem ele vai ministrar. Se ele está no Brasil, precisa conhecer a psicologia do povo brasileiro, o grau de cultura deste povo, suas aspirações, suas frustrações, o que faz, como o faz, o que pensa e o que pretende. Se ele dirigir a outro país, terá que conhecer o mesmo a respeito do povo daquele país. Precisará não só conhecer essa cultura, mas assimilá-la e integrar-se nela.
         Por isso, o pregador terá que ler muito (ser leitor inveterado e insaciável de informações). Ler jornais, revistas, livros; ouvir rádio, ver televisão (menos o que não presta); estar se informando dos mais diversos noticíarios do mundo. Ele precisa ver, ouvir e sentir o seu povo.
         Paulo, o apóstolo aos gentios, não esquecia do seu preparo intelectual, e isto se nota quando ele pediu ao seu colega Timóteo, os livros e pergaminhos (II Timóteo 4:13). Concluimos, pois, que Paulo valorizava o preparo intelectual.

  • Preparo Espiritual do Pregador

        O pregador deve, prioritariamente, buscar a qualidade espiritual. O bom condicionamento físico e o preparo intelectual são bons, e até necessários, mas nada disso adianta, se o pregador não empenhar-se na busca da santidade, (I Timóteo 4:13).
        a) Estudo da Bíblia. O pregador deve levar a sério o estudo das Sagradas Escrituras. Para obter sucesso em sua labuta no dia a dia, o pregador ou pastor precisa desenvolver o hábito de estudar com afinco o Santo Livro. 
 
"Não se aparte de sua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás proseperar o teu caminho, e serás bem sucedido" (Josué 1:8).

        Neste pequeno e excelente versículo, temos uma receita divina. Deus, aqui, mostra o que futuro sucesso de Josué, seria observar e pôr em prática o Santo Livro. Paulo também sabia do valor das Escrituras Sagradas na vida de Timóteo, seu filho na fé. Eis o conselho que Paulo deu ao Jovem Timóteo:
 
"Procure apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que maneja bem a palavra da verdade" (II Timóteo 2:15).

         As Santas Escrituras são instrumentos poderosíssimos na vida de quem quer dedicar na causa do Evangelho. Paulo, o maior pregador de todos os tempos, abaixo de Cristo, disse:
 
"Porque não me envergonho do Evangelho, pois o é poder deDeus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego" (Romanos 1:16).

        b) Oração: Devido a grande importância do assunto, dedicaremos alguns parágrafos à oração, como fator sem igual para o progresso espiritual do obreiro.
         Alguém, numa certa ocasião, disse acertadamente: "A oração é a primeira, a segunda e a terceira coisa necessária ao pregador". O pregador que não se dedica à oração, não pode ser bem sucedido em seu ministério.
         Todas as Escrituras estam cheias de exemplos de homens de oração profunda e piedosa. Os heróis do Antigo Testamento a usavam como arma eficiente nas suas grandes vitórias. Um dos grandes exemplos de oração é o do patrairca Jó. Jó sofreu as mais terríveis pressões que a vida reserva; porém, a Bíblia diz que Jó continuou imbatível em sua jornada de fé. Jó perdeu todos os seus bens materiais, perdeu todos os seus dez filhos, e, por fim, perdeu a saúde, mas não perdeu a sua esperança no Todo-Poderoso. Este valoroso homem continuava orando a Deus, apesar dos dissabores que sofreu. Vejamos o que a Bíblia diz a respeito de Jó e sua oração:
 
"O Senhor, pois, virou o cativeiro de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o Senhor deu a Jó o dobro do que antes possuía" (Jó 42:10).

         Davi, o segundo rei da nação de Israel, também era um homem de oração. Este homem foi notável em seus momentos de devoção a Deus. São dele essas palavras que nos estimulam às orações:
 
"De tarde, de manhã e ao meio-dia me queixarei e me lamentarei (oração); e Ele ouvirá a minha voz" (Salmos 55:17).

         Quando estudamos o Evangelho de Lucas, que apresenta Jesus com homem perfeito, e dá ênfase à sua dependência de Deus na realização do ministério na terra, aprendemos que o Senhor vivia em constante comunhão com Deus; no batismo, "orando Ele, o céu se abriu" (Lucas 3:21); após a efetuação de prodígios, retirava-se para o deserto e ali orava (Lucas 5:16); antes de escolher os doze, "subiu ao monte a fim de orar, e passou a noite em oração aDeus" (Lucas 6:12); esteve sozinho, orando pouco antes de interrogar aos seus discípulos: "Quem dizem o homem que eu sou?" (Lucas 9:18); noutra ocasião levou três dos mais íntimos companheiros "e subiu ao monte a orar e ali se transfigurou" (Lucas 9:29); exultante, orou ao Pai com ação de graças pelas revelações aos humildes seguidores (Lucas 10:21); "estando Ele a orar em certo lugar" os seus discípulos suplicaram que lhes ensinasse a orar (Lucas 11"1); na cruz orou, pedindo perdão para os inimigos (Lucas 23:34). E conforme o testemunho do autor da carta aos hebreus, ainda hoje "vive para interceder por nós" (Hebreus 7:25).
         Paulo é outro exemplo magnífico: não obstante as múltiplas responsabilidades do apóstolo, suas contínuas viagens, as perseguições que enfrentava, as lutas do ministério e os labores constantes, encontramo-lo sempre em oração intercessória, conforme aprendemos dos seus escritos:
 
"Incessantemente faço menção de vós, pedindo nas minhas orações..." (Romanos 1:9-10).

"Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deusque vos foi dada"  (I Coríntios 1:4).

"Fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria" (Filipenses 1:4).

"Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós" (Colossenses 1:3).

         Por falta de espaço e tempo, não podemos transcrever aqui muitas outras passagens que revelam a importância da oração.

  • Aqueles Que o Senhor Chama

        Consideremos então a importância do crente redimido por Jesus Cristo ser o arauto das verdades eternas do Evangelho. Como crente em Cristo, muitos privilégios tenho tido em minha vida. Porém, nenhum outro privilégio pode se comparar com a oportunidade de servir o meu Criador. Lembro-me do apóstolo Paulo que considerava o grande privilegiado de ser escolhido para "...anunciar as inescrutáveis riquezas de Cristo" (Efésios 3:8). Pregar o Evangelho de Cristo, sem dúvida alguma, é pregar a maior riqueza de todo o universo. Estou certo de que Deus concede a todos os convertidos, seja homem ou mulher, seja moço ou moça, menino ou menina, essa grande bênção de falar de Cristo aos seus semelhantes que necessitam de salvação. Todos os regenerados pelo poder do Espírito Santo de Deus, podem e devem falar de Jesus como sendo a única esperança ao perdido pecador.
         Pregar o Evangelho de Cristo, não quer dizer com isso, que todos devem ocupar a direção ou liderança de uma determinada igreja. Aprendemos nas Escrituras Sagradas que nem todos são chamados para ocuparem o pastorado da igreja. Deus, que conhece os corações, escolhe e capacita àqueles que por Ele são chamados para este grandioso serviço. Paulo mesmo disse que nem todos têm um mesmo dom na Igreja de Cristo.
 
"E uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? São todos profetas: são todos mestres? são todos operadores de milagres? todos têm dom de curar? Falam todos línguas? Interpretam todos? Mas procurai com melhor zelo os maiores dons. Ademais, eu vos mostrarei um caminho sobremodo excelente" (I Coríntios 12:28-31).

         Sabemos que, no caso da mulher, Deus proíbe terminantemente ocupar uma posição de liderança na igreja. Apesar deste ensino produzir muita polêmica entre igrejas e pastores, ele continua firme nas páginas das Escrituras Sagradas. Veja as seguintes passagens: (I Coríntios 14:34; I Timóteo 2:11-13). Quando uma mulher se levanta para fazer uma pregação, exercendo assim, a liderança sobre os homens, ela está frontalmente desobedecendo a palavra do Senhor.
         Porém, com isso, não quer dizer que a mulher não pode fazer nada pela causa de Cristo. Muito pelo contrário, a mulher pode e deve ser uma ferramenta útil nas mãos do Senhor. O mesmo apóstolo que ordenou que as mulheres aprendessem em silêncio nas igrejas, mais tarde disse:
 
"E peço a ti, meu verdadeiro companheiro, que as ajudes, porque trabalharam comigo no Evangelho..." (Filipenses 4:3).

        Paulo está se referindo às duas mulheres (Evódia e Síntique) que aparentemente estavam tendo alguns problemas pessoais. Mas o que nos chama a atenção é Paulo (chamado por muitos de machista) dizendo que essas duas mulheres trabalharam com ele no Evangelho.
         A mulher Samaritana também serve como exemplo de que a mulher pode ser muito útil na causa do Senhor. A mulher Samaritana, a mando de Cristo, foi à cidade e convidou (não pregou) aos homens e disse:
 
"Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; será este, porventura, o Cristo?" (João 4:29-30).

        Sim, esta mulher fez algo muito importante, pois ela foi convidar os homens da cidade a virem até onde Cristo estava. Isto as mulheres podem fazer nos dias de hojem também. As convertidas, na semelhança da mulher Samaritana, podem convidar homens, seus conhecidos e amigos, a virem à Igreja para ouvir a pregação do Evangelho.
         Algumas mulheres que foram milagrosamente curadas por Cristo, acompanhavam-no e o serviam com as suas posses (Lucas 8:1-3). Aprendemos, então, que as mulheres podem fazer muito em prol do Evangelho. Hoje em dias, em nossas igrejas, as irmãs têm contribuído muito, principalmente quando usam os seus dons musicais, ajudando com suas vozes e, mesmo nos intrumentos musicais, como pianos, teclados, acordeons etc. Elas colaboram desta maneira sem exercer nenhuma liderança sobre os homens. Quantas irmãs têm sido úteis no Evangelho como educadoras de crianças, encaminhando-as a Cristo como Salvador.

  • O Que é Chamado Deve Obedecer Imediatamente

        Quando alguém se sente chamado para o ser pastor, evangelista ou pregador, não deve hesitar, mas sem delongas aceitar a chamada de Deus. Temos o exemplo do apóstolo Paulo, que quando chamado, não questionou com Deus, mas imediatamente aceitou o grande desafio de ser usado pelo Senhor. Veja Gálatas 1:16-17. Também o profeta Isaías, no Antigo Testamento, é um exemplo de obediência imediata quando sentiu que Deus o estava chamando para o ministério:
 
"Depois disso ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim". (Isaías 6:8).

         O chamado por Deus para pregar o Evangelho não deve esquecer que os anjos também desejariam desempenhar este glorioso serviço. "...para as quais coisas os anjos bem desejariam atentar" (I Pedro 1:12). Os anjos são numerosíssimos, pertencentes a muitas ordens diferentes, dotados de grande inteligência, poder e autoridade, e alguns deles são dirigentes de vastas regiões dos mundos celestiais. Veja Efésios 1:21 e Apocalipse 19:17.
         Aceitar a chamada de Deus para o trabalho de anunciar o Santo Evangelho, é o que de mais honroso se poderia almejar. Muitos se enchem de orgulho pelo simples fato de ser aprovados num concurso do Banco do Estado, do Banco do Brasil, do Banco Central etc. Outros se acham agraciados por ocuparem altos cargos nas mais altas hierarquia do Governo ou de uma grande empresa de prestígio internacional. Mas digo com toda a convicção, que nenhum cargo na terra, por mais importante que seja entre os mortais, se eqüivale ser chamado por Deus para o seu santo serviço.
         Há vária maneiras de pregar o Evangelho de Cristo. Você pode falar com um amigo ou amiga. Podemos ir a um hospital ou presidiário e, então expor com humildade, a mensagem aos doente ou presos.

  • Exemplos de Alguns Homens Chamados e Usados Por Deus

        Gostaria de relacionar alguns homens, que apesar de serem fracos e vulneráveis ao pecado, Deus os usou poderosamente para desempenhar alguns trabalhos especiais:
        - Moisés foi chamado especialmente para tirar o povo da escravidão do Egito (Êxodo 3:10).
        - Deus chamou Josué para liderar o povo de Israel em direção da terra prometida (Josué 1:1-2).
        - Samuel foi usado para ser o último grande Juiz da nação Hebraica e ajudar o povo a escolher o primeiro rei de sua história (I Samuel 3:1-14; 8:6-7; 10:1).
        - Davi, o segundo rei da história de Israel, foi chamado pelo Senhor para substituir Saul que deixara Israel com moral baixa (I Samuel 16:11-13).
        - Salomão foi chamado por Deus para dar continuidade ao reinado de seu pai, o rei Davi (I Reis 1:37 e 2:1-4).
        - Jonas foi chamado para pregar a um povo estranho às alianças de Deus, o povo de Nínive (Jonas 1:1-2).
        - Jesus chamou os doze apóstolos para estarem ao seu lado e, também, para serem os primeiros fundamentos de sua Igreja (Lucas 9:1-6; I Coríntios 12:28).
        - Paulo, o apóstolo aos gentios, foi chamado pelo Senhor para sofrer pelo seu nome (Atos 9:15-16).
        - Timóteo, o jovem companheiro do apóstolo Paulo, foi chamado para trabalhar na causa do Evangelho (I Timóteo 4:14-15).
        - Alguns são chamados para exercerem o pastorado da igreja e outros são chamados para o honrado trabalho diaconato (Atos 6:1-6 e I Timóteo 3:1-10).

         É bom lembrar novamente, que, quando alguém é chamado por Deus para pregar o Evangelho, não se deve questionar o Todo-Poderoso. Lembremos de Moisés e como ele queria fugir, mas não pôde (Êxodo 4:10-17).
         Outro homem que procurou "tirar o corpo fora" foi Gideão, mas também não pôde (Juízes 6:14-15).
         Poderíamos ainda falar do profeta Jonas, que ao ser chamado para pregar aos ninivitas, ele procurou fugir desta grande responsabilidade (Jonas 1:1-4).

  • As Dificuldades na Vida do Pregador

        A vida de quem prega o Evangelho de Jesus Cristo é marcada de muitos obstáculos e dificuldades. É lamentável que a maioria não compreende a vida daquele que se entrega para o serviço de Deus. Aqueles que acham que a vida do pregador, evangelista ou pastor é "moleza", são os que menos cooperam na causa do Evangelho.
         Todo pregador do Evangelho, mais cedo ou mais tarde, será criticado. Porém, a crítica mais dolorida não é tanto dos descrentes, pois deles é de se esperar qualquer tipo de crítica, mas as que mais ferem o pregador são aquelas que vêm de pessoas que estão no rol da membros da igreja. Paulo sofreu este ataque de alguns membros da Igreja de Corinto (I Coríntios 4:3; II Corintios 10:10-13; II Coríntios 11:6). Outro exemplo de crítica ferina que abala o pregador ou dirigente encontra-se no livro de Números quando Arão e Míriam criticaram a Moisés devido o seu casamento com a mulher cuhita (Números 12:1-15). Deus, entretanto, tomou as dores de Moisés e deu uma dura reprimenda em Arão e Míriam por terem falado contra Moisés. Não sei o porquê, mas Deus foi muito mais severo com Míriam, irmã de Moisés, deixando-a leprosa (Números 12:10).
         Outra dificuldade que o pregador, evangelista, pastor ou qualquer dirigente de igreja depara em seu caminho, é quando algumas pessoas o considera como um "superstar" ou "super-espiritual". Há pessoas, por incrível que pareça, que consideram o pastor ou dirigente de igreja um "semi-deus". É claro que o pastor ou pregador deve ser exemplo em tudo, mas considerá-lo como alguém que tem a solução para todos os tipos de problemas, é o cúmulo do absurdo. Creio que todo pregador mais cedo ou mais tarde terá de enfrentar esse tipo de problema. A nação de Israel caiu grave neste erro quando achou que seu líder era um "super-homem". Moisés não agüentou a pressão de tanta "choradeira"do povo e disse a Deus:
 
"Concebi eu porventura todo este povo? Dei-o eu à luz, para que me dissesses: Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança de peito, para a terra que com juramento prometeste a seus pais? Donde teria eu carne para dar a todo este povo? Porquanto choram diante de mim, dizendo: Dá-nos carne a comer. Eu só não posso levar a todo este povo, porque me é pesado demais. Se tu me hás de tratar assim, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria" (Número 11:12-15).

        Quando o pregador é pressionado desta maneira, a sua reação é semelhante à de Moisés. Mas com o tempo o pastor ou dirigente de uma igreja aprende a se esquivar de tais problemas, mas naturalmente, isto se aprende depois de muitos anos no "batente". Antigamente eu perdia noites de sono com alguns problemas que membros de minha igreja me traziam. Eram problemas que estavam além de minha capacidade. Eram questões familiares, tais como: brigas de esposo e esposa; pais que vinham reclamar de um determinado filho rebelde; alguns dizendo que precisavam de emprego; outros que diziam que estavam com falta de dinheiro etc. Ora, esses tipos de questões o pastor ou dirigente de igreja não pode solucionar. Podemos e devemos orar a Deus, e esperar que Ele dê a solução ao problema. Se o pastor ou dirigente de igrejas forem ajudar financeiramente os irmãos pobres, então precisaria de uma fortuna tal como a do Bill Gates ou de qualquer outro bilionário deste mundo. Porém, como é o caso de muitos pastores e dirigentes, eles estão na lista dos mais pobres de suas igrejas. O pastor ou pregador do Evangelho deve aprender que sua principal ocupação é cuidar do rebanho de Deus e procurar ganhar almas para Cristo. Que nós, pastores e pregadores, aprendamos agir como Cristo:
 
"Homem, quem me constiuiu a mim como juíz ou repartidor entre vós?" (Lucas 12:14).

        As dificuldades financeiras e as diferenças sociais é uma realidade, porém, o pastor ou dirigente não pode fazer nada para resolver esta questão. As Sagtradas Escrituras dizem que os pobres sempre existirão na terra. Veja Deuteronômio 15:11 e Mateus 26:11.

  • A Pregação

        Vamos agora falar da pregação. Pregar significa anunciar, divulgar, proclamar em alta voz uma determinada mensagem. Qual é a mensagem que o pregador deve proclamar? A mensagem da Bíblia. A Bíblia e somente a Bíblia que o pregador deve anunciar.
         As Sagradas Escrituras é a fonte inesgotável da mensagem de Deus. Suas páginas inspiradas contêm tudo o que precisa o servo de Deus para o desempenho eficiente da missão de pregar. Este maravilhoso Livro apresenta variado material para o abastecimento perene do obreiro: poesia, história, biografia, doutrina, profecia... A Bíblia tem uma palavra adequada para cada ouvinte, em todo o tempo e em qualquer circunstância: é pão para o faminto, água para o sedento, alívio para o amargurado, conforto para o perseguido e luz para o duvidoso.
         Não podemos negar o valor da psicologia, da filosofia e da antropologia, mas recorrer a esses valores para convencer o homem de seu estado pecaminoso, é atingir as raias do absurdo!!!
         O apóstolo Paulo reconheceu o valor das Escrituras Sagradas, quando disse:
 
"Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra" (II Timóteo 3:16-17).

        Jeremias, o profeta do Antigo Testamento, também reconheceu o valor da Palavra do Senhor, quando ouviu de Deus as seguintes palavras:
 
"Não é a minha Palavra como fogo, diz o Senhor; e como martelo que esmiúça a pedra?" (Jeremias 23:29).

        O famoso rei Davi disse:
 
"Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos" (Salmos 19:8).

         Portanto, não podemos deixar de reconhecer que o Livro Divino contém tudo quanto o pregador ou pastor precisa em seu trabalho.
         É muito importante que o pregador examine a sua Bíblia de diferentes modos, evitando assim o enfado ou monotonia e tornando o estudo mais atraente e proveitoso. Deve considerá-la como um todo, procurando vê-la de maneira ampla ou geral, como alguém que, de avião, contempla panorâmicamente determinada cidade. A seguir, procure estudar livro por livro, a fim de compreender os ensinos principais, os fatos salientes de cada um deles, inclusive o autor, a data, as circunstâncias históricas, a quem foi dirigida a sua mensagem e com que intento. Depois estude os seus capítulos mais notáveis, os quais apresenta verdades profundas e essênciais. Então procure os textos que se destacam pelo seu valor e profundeza, buscando sempre entender o seu verdadeiro sentido.

  • Tipos de Pregação

        Todos apreciam a variedade. Em razão disso, o pregador deve esforçar-se para não se escravizar a um só tipo de mensagem, o que prejudicaria o seu trabalho. Porém, ele tem que expor ao povo do Senhor "...todo o conselho deDeus" (Atos 20:27). Nunca esquecer que em determinadas ocasiões, o pregador deve trazer uma mensagem apropriada. EXEMPLO: Num velório, a pregação deve ser mais séria; o pregador deve trazer uma mensagem de esperança às pessoas que assistem. O servo de Deus deve ter sempre em mente que numa ocasião desta, as pessoas estão mais receptivas do que, quando assistem culto em uma festa de aniversário ou de casamento. No livro de Eclesiastes encontramos as sábias palavras do rei Salomão:
 
"Melhor é ir à casa de luto (velório) do que ir à casa onde há banquete (festa); porque naquela (no velório) se vê o fim de todos os homens, e os vivos (que estão no velório) o aplicam ao seu coração" (Eclesiaste 7:2).

         Há vários tipos de sermões, e naturalmente todos eles são úteis, mas aquele que prega o Evangelho deve aprimorar-se no tipo de sermão que mais lhe agrada. Porém, os tipos de sermões mais usados e conhecidos são estes três: TÓPICOS, TEXTUAL E EXPOSITIVO. Vejamos então, através de exemplos, como se desenvolve estes três tipos de sermões:

        1º) Tópico: quando um assunto se desenvolve através de comparação de diversos trechos da Bíblia. Muitos pregadores usam este tipo de sermão, pois a vantagem de ser usado facilita com que o pregador apresente um assunto mais completo. Jesus e seus apóstolos fizeram uso largamente deste tipo de sermão. Vamos ilustrar aqui alguns sermões deste tipo:

I - Palavra da Cruz - I Coríntios 1:18-31.

1) Mensagem do amor divino;
2) Mensagem da dor ou do sofrimento;
3) Mensagem do perdão;
4) Mensagem da vitória.

II - "Vinde" - Lucas 14:15-24.

1) Uma necessidade (do homem);
2) um apelo (de Deus);
3) Uma oportunidade (para todos);
4) umaresponsabilidade (dos que escutam o convite)

III - Símbolo e Realidade - Números 21:1-9.

A serpente de metal como um perfeito tipo de Cristo:
1) Providenciada por Deus;
2) Para socorrer a um povo aflito;
3) Semelhante, mas distinta;
4) Levantada;
5) O alvo da fé;
6) O suficiente.

         2º) Textual: quando não apenas o assunto, mas de igual modo os pontos ou divisões são extraídos do próprio versículo. Assim, o pregador analisa mais minuciosamente o conteúdo do texto, explicando as suas verdades, ou salientando as suas frases. As divisões da mensagem correspondem exatamente às cláusulas do versículo sobre o qual está baseada. É de grande utilidade este método, pois consiste na interpretação do texto da maneira mais completa.
         Vejamos alguns exemplos de sermões textuais:

I - A Mensagem do Evangelho - Atos 17:30-31

1) Divina: "Deus";
2) Perdoadora: "Não tendo em conta os tempos da ignorância;
3) Urgente: "Agora";
4) Universal: "A todos os homens, em todo o lugar";
5) Definida: "Que se arrependam";
6) Responsabilidade dos que a ouvem ou perigo de desprezá-la: "Há de julgar o mundo com justiça".

II - Os verdadeiros seguidores de Cristo - João 10:27-28.

1) Obedientes: "ouvem a minha voz";
2) Dedicados: "me seguem";
3) Salvos: "dou-lhes a vida eterna";
4) Seguros: "nunca perecerão";
5) Protegidos: "Ninguém as arrebatará da minhas mãos"

         Ou, ainda, estes outros:

Baseando-nos no Salmo 9:17, usamos o seguinte esboço:

l) Uma classe: os ímpios;
2) uma punição: serão lançados;
3) U lugar: o inferno;
4) Uma atitude: esquecimento de Deus.

Usando Mateus 8:11, pregamos um sermão com as seguintes divisões:

1) A maior garantia - "EU vos digo"; (a palavra infalível de Cristo);
2) A mais sábia escolha: "virão";
3) A mais ampla oportunidade: "do Oriente e do Ocidente" (isto é, todos, a humanidade inteira);
4) O melhor descanso: "sentarão";
5) A mais doce companhia: "Abraão, Isaque e Jacó" (todos os remidos);
6) A mais feliz habitação: "o reino de Deus", o céu. Concluindo, analisamos, por contraste:
7) A mais lamentável tragédia: ser lançado fora (por desprezar o Evangelho).

        3º) Expositivo: é uma exegese da Escritura, a análise de um trecho da Bíblia, com maior número de pormenores. Tem sido, por certo, o tipo menos popular. Sem dúvida alguma, esse tipo de sermão exige um estudo sério, uma meditação profunda. A essência do sermão expositivo é a explicação detalhada de um trecho das Escrituras Sagradas escolhido pelo pregador. Para este tipo de sermão, exige-se da parte do pregador um cuidado especial, pois, se a exposição do trecho não for bem claro em sua explanação, haverá da parte dos ouvintes uma interrogação ("no ar") pelo fato de não te entendidos a mensagem.
         O sermão expositivo possibilita maior conhecimento bíblico tanto para o pregador, como para os ouvintes. É um método rápido e eficaz para o fortalecimento ou edificação da igreja; dá mais honra à Palavra inspirada; a interpretação é mais exata, mais fiel, pois o mensageiro não tem oportunidade de afastar-se do texto sob o impulso da imaginação, e, enfim, a persistência ou hábito no seu uso torna-se uma grande bênção para o obreiro.
         Vamos mostrar alguns sermões bíblicos desta categoria:

I - A Mulher Cananéia - No trecho de Mateus 15:21-28.

1) Sua posicão - estrangeira;
2) Sua necessidade - a filha enferma;
3) - Seu embaraço - aparente indiferença de Jesus e repreensão do povo;
4) - Sua humildade, perseverança e fé;
5) - Resultado: a cura.

II - Na história do cego de nascensa - No capítulo 9 de João.

1) - Sua condição - cego, mendigo;
2) - Sua oportunidade: encontrar-se com Jesus;
3) - Sua atitude - obediência, fé, persistência;
4) - Sua cura - imediata, completa;
5) - Sua prova- as oposições;
6) - Seu testemunho corajoso - vs. 16, 33 e sobretudo o 25.

III - Podemos considerar na parábola do Filho Pródigo (Lucas 15:11-24) as diferentes atitudes do moço ou as suas várias situações.

1) - Arrogância - "da-me";
2) - Dissipação - "gastou tudo";
3) - Ruína total - padecendo necessidade;
4) - Humilhação - procurando emprego; Despertamento - "caiu em si";
5) - Decisão - voltando ao lar;
6) - Recompensa - a recepção festiva.

IV - Uma série de condições para se ser salvo encontramos no trecho clássico de Isaías 55:1-8.

1) - Ter sede;
2) - Vir a Cristo;
3) - Receber de graça;
4) - Não demorar;
5) - Abandonar a vida pecaminosa.

         Creio que os exemplos destes três tipos de pregação é mais do que suficientes para aqueles, que porventura podem aproveitar este estudo. Obras Bibliográficas usadas neste trabalho: Ajuda a Pregadores Leigos, de Edgar Leitão. Exposição do Novo Testamento, de Walter L. Liefild A arte de pregar o Evangelho, de Plínio Moreira da Silva 

Estudo Bíblico A Vestimenta Que Agrada a Deus



A vestimenta mais importante do discípulo verdadeiro de Jesus é interna e espiritual. Ele já tem removido os panos sujos de pecado e maus   pensamentos, e tem os substituído por novas roupas de santidade e entendimento da vontade de Deus (veja Colossenses 3:1-16). Ele procura cada dia ser mais parecido com seu Senhor, e se esforça para desenvolver as atitudes piedosas que Jesus ensinou e demonstrou (Mateus 5:1-12). Essas transformações internas vão modificar seu comportamento externo, é claro. Ele não vai mentir ou furtar como pessoas mundanas (Efésios 4:25-29). Todos os aspectos da vida dele são colocado sob controle do Deus santo a quem ele serve (1 Pedro 1:13-16).

Através da História, homens e mulheres têm lutado com a questão de como essa transformação interna deve ser refletida exteriormente. Deve o servo de Deus se vestir de um modo diferente do que as pessoas do mundo? Respostas a essa pergunta são quase tão diversas como as modas numa loja de roupas. Alguns argumentam que a vestimenta dos servidores de Deus devem ser completamente diferentes do que as das pessoas do mundo. Resultados de tais pensamentos incluem as trajes tradicionais de ordens religiosas especiais e outras roupas peculiares, como as adotadas pelo povo Amish. Outros vão ao extremo oposto, dizendo que os cristãos devem ser iguais ao mundo e que eles podem seguir todas e quaisquer modas do mundo.

Deus nos ensina como nos vestir

Quando Deus fala sobre algum assunto em todas as épocas da história bíblica, devemos reconhecer que é importante. Por exemplo, ele ensina sobre a permanência de casamento no período dos patriarcas, na dispensação da lei de Moisés, e no Novo Testamento. Enquanto não adotamos do Antigo Testamento leis específicas sobre o casamento, nós entendemos os princípios do Novo Testamento com a ajuda do Antigo Testamento. Percebemos que são diversos os assuntos que são incluídos em todas as épocas de revelação divina: adultério, idolatria, a importância de sacrifícios apropriados, comer sangue, matar, etc. Desde o jardim de Éden, Deus tem orientado seu povo sobre roupas modestas. Vamos procurar entender esse ensinamento, e tenhamos a fé e o amor suficiente para aceitar o que ele diz, mesmo se não o compreendemos (Isaías 55:6-9).

Deus ensina seu povo a se vestir com modéstia

A dão e Eva. "Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam" (Gênesis 2:25). Na sua inocência, antes de cometer o primeiro    pecado, era normal para Adão e Eva estarem nus, mesmo andando no jardim na presença de Deus. A mesma inocência é vista em criancinhas ainda não corruptas pelo pecado. Mas, quando Adão e Eva conheceram a diferença entre o bem e o mal, ficaram envergonhados e imediatamente fizeram algum tipo de roupa mínima (Gênesis 3:7). A palavra usada aqui sugere que fizeram alguma coisa que foi embrulhada no corpo, evidentemente escondendo as partes mais íntimas do corpo. Mas Deus não aprovou esse tipo de roupa. Ele lhes fez uma vestimenta de peles (Gênesis 3:21). Essa palavra sugere um tipo de túnica. William Wilson, em seus Estudos de Palavras no Antigo Testamento, diz que essa vestimenta era um tipo de roupa usado por homens e mulheres que, tipicamente, tinha mangas e caiu até os joelhos, raramente aos tornozelos. O que podemos aprender desse primeiro caso? Deus quer que homens e mulheres usem roupas. Não somos como animais, que não sentem vergonha de sua nudez. Podemos entender, também, que a vontade de Deus desde o princípio é que usemos vestimentas que cobrem o corpo, não meramente alguma coisa embrulhada no corpo para esconder as partes mais íntimas. Cada servo de Deus precisa ser honesto e sincero aqui: as roupas de praia usadas hoje em dia seriam mais parecidas com as roupas que Deus fez, ou com as cintas que Adão e Eva fizeram?

Sacerdotes do Velho Testamento. Ninguém hoje tem motivo para dizer que nós devemos usar roupas iguais aos trajes sagrados usados pelos sacerdotes do Antigo Testamento. Mas, nós podemos aproveitar uma lição importante do motivo que Deus deu junto com algumas regras. Primeiro, ele proibiu altares elevados, para que a nudez do sacerdote não fosse exposta (Êxodo 20:26). Mais tarde, ele acrescentou outra instrução para melhor evitar esse tipo de problema. Ele ordenou que os sacerdotes usassem calção em baixo de suas túnicas para cobrir a sua nudez (Êxodo 28:40-42). Deus especificou que o calção iria "da cintura às coxas". Deus não queria que esses servos mostrassem as coxas expostas ao mundo. Hoje, homens do mundo tiram suas camisas e mostram suas coxas para todo o mundo na praia ou na rua. Homens que servem a Deus precisam perguntar para si, honestamente, se isso é realmente o que Deus pretendia que o povo santo fizesse.

Roupas peculiares ao sexo oposto. Em Deuteronômio 22:5, Deus disse: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem, veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais cousas é abominável ao Senhor, teu Deus." Entendemos que não somos sujeitos às ordenanças dadas por meio de Moisés aos israelitas. Portanto, é esclarecedor entender o que Deus estava dizendo. Ele não estava proibindo que homens e mulheres usassem algum artigo de roupa semelhante. Na época, ambos os sexos usavam túnicas, como ambos homens e mulheres em muitas culturas hoje usam calças compridas. É errado usar esse versículo para condenar as mulheres que usam calças. Mas, Deus quer que mantenhamos distinções entre os sexos (veja, por exemplo, 1 Coríntios 11:14-15). Ele condena as perversões de homens que se vestem e se comportam efeminadamente (1 Coríntios 6:9).

A vergonha da virgem da Babilônia. Quando Isaías profetizou, a nudez era, ainda, associada com vergonha. Quando ele descreveu o povo da Babilônia como uma virgem abusada, um aspecto da humilhação dela era que o inimigo descobriu suas pernas e sua nudez (Isaías 47:1-3). Mas hoje em dia, mulheres do mundo voluntariamente mostram suas pernas e ousam expor sua nudez, sem sentir nem um pouco envergonhadas. Será que tornamos tão dessensibilizados ao pecado, devido à cultura corrupta, que já esquecemos como sentir vergonha? (Veja Jeremias 8:5,8,9,11,12.) Como servos de Deus, temos que ser diferentes, não conformados aos costumes errados do mundo (Romanos 12:1-2). Precisamos saber como sentir vergonha.

A modéstia e bom senso de mulheres cristãs

Agora, vamos ver duas passagens semelhantes no Novo Testamento. "Da mesma  sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom   senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)" (1 Timóteo 2:9-10). "Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido" (1 Pedro 3:3-5). Esses trechos não são idênticos (1 Timóteo fala sobre mulheres em geral, enquanto 1 Pedro fala sobre a mulher cujo marido não é cristão), mas há vários pontos paralelos. Vamos estudar alguns pontos chaves.

Joias. É comum ouvir alguém usar esses versículos para proibir absolutamente todos os tipos de joias, enfeites de cabelo, etc. Mas esse não é o sentido do texto. A Bíblia, às vezes, usa essa construção (Não faça isso, mas faça aquilo) para enfatizar o que é mais importante, sem proibir o menos importante. João 6:27 é um exemplo claro: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará...." Jesus não está proibindo trabalho honesto para suprir as necessidades da vida (compare 2 Tessalonicenses 3:10; 1 Timóteo 5:8), mas está dizendo que devemos dar muito mais importância às coisas espirituais. Da mesma forma, Paulo e Pedro não proibiram o uso de joias ou estilos de cabelo, mas disseram que mulheres piedosas devem dar mais ênfase à pessoa interior. É interessante que tanto Paulo como Pedro usaram exemplos do Antigo Testamento para explicar seu ensinamento. No Velho Testamento, joias eram comuns, até entre as mulheres fiéis a Deus (veja Isaías 61:10; Provérbios 1:9; Gênesis 24:22,30,53). Excessos devem ser evitados, mas esses servos de Deus não proibiram o uso modesto de joias.

Aqui, é bom observar que os escritos inspirados do Novo Testamento usaram exemplos do Velho Testamento para mostrar como o povo de Deus se veste.

A modéstia começa no coração. Os dois autores, Paulo e Pedro, fazem uma ligação importante entre o coração e as roupas. Algumas mulheres vão insistir em usar o tipo de roupas que elas querem, dizendo que ninguém pode mostrar onde Deus especificamente proibiu mini-saias, ou mini-blusas, ou biquínis, ou roupas muito justas. O problema nesses casos não é a falta de alguma regra específica nas Escrituras, mas a ausência de uma atitude certa no coração. Regras no vestuário não fazem a mulher modesta. Se o coração estiver errado, a mulher não será mansa e modesta.

A modéstia e bom senso. Em vez de dar uma lista de regras sobre vestimenta, Paulo apela à modéstia e bom senso das mulheres. Uma mulher (ou homem!) cujo entendimento é baseado nos princípios das Escrituras e cujo coração é dedicado a Deus, se vestirá decentemente. Ela não vai procurar chamar atenção por meios carnais, pelo uso de roupas dispendiosas ou que mostram o corpo.

Manso e tranquilo. Pedro fala do espírito "manso e tranquilo" como a base das roupas apropriadas. Paulo disse que nós todos devemos procurar viver uma vida "tranquila e mansa" (1 Timóteo 2:2). O espírito manso e tranquilo de cristãos — homens, mulheres e jovens — vai determinar o tipo de roupa que realmente agradará a Deus. Os cristãos farão diferença entre as roupas que refletem um espírito piedoso e as que sugerem carnalidade (veja Provérbios 7:10 — roupas fazem uma diferença!).

Vestindo-se para agradar a Deus

Muitas igrejas erram por inventar regras humanas sobre roupas. Mas, muitas  outras erram por recusar a estudar e ensinar, cuidadosamente, o que Deus tem  dito, para ajudar cada filho de Deus pensar e se vestir de uma maneira que glorifica o nome dele. Que possamos nos vestir para ele, começando com o próprio coração.

sábado, 7 de junho de 2014

Estudo Bíblico Rock, Música do Inferno?


Antes de argumentar sobre o assunto do título, faço a seguinte pergunta. O que é um Adorador?

A bíblia nos diz que Deus procura adoradores, mas como saber se sou adorador? Como se constitui um adorador?

São indagações comuns principalmente nos dias de hoje. Confesso não ser o mais apto para falar sobre este assunto, mas estarei expondo experiências e a palavra de Deus.

Em II a Crônicas 29-28 diz: ?E toda a congregação adorava, e os cantores cantavam, e os trombeteiros tocavam; e tudo isso continuou até acabar o holocausto?.

Vemos que há um conjunto, Adoração, Canto e os toques dos instrumentos (Música).

A Adoração está sempre atrelada a música apesar de não necessitar da musica em sí.

Adoração é mais do que cantar, tocar. Adoração implica em intimidade comDeus.

O dicionário nos informa o significado da adoração que é: 1. Render culto a uma divindade. 2. Venerar. 3. Amar extremamente, idolatrar. Vamos pegar os pontos 1 e 3.

Render culto ? É um processo continuo de ?prestação de homenagem?, de culto ao nosso Deus.

Amar extremamente ? Coloque no liquidificador toda sua bondade, amor e toda sorte de sentimentos bons que você tem para seus familiares, esposo(a), filhos etc. E com toda sua gratidão expresse isso para Deus, com um coração sincero. Isso é amar ao extremo.

É reconhecer o preço pago por Cristo, é sentir, entender e experimentar do mesmo amor que Deus tem por nós. Efésios 3.17,18.(Leia)

Mas porque a música está atrelada a Adoração?

Quando você gosta de uma garota e ouve aquela musica romântica que faz lembrar dela, dá um ótimo sentimento, faz você sentir mais alegre, confiante, mais apaixonado. Você então tem vontade de se declarar, de dizer da importância dela para você. É semelhante quando nós cantamos louvores aDeus. Queremos expressar, declarar as maravilhas do Pai.

A importância da musica

Hoje em dia, em comerciais, novelas, no carro, shoppings e em todo lugar, tem como forma de atração (no sentido de atrair, encantar) de público. A necessidade do ser humano ouvir musica é comparada por vários musicos, como a necessidade de comer e beber. Estudos comprovam que musicos e cantors em geral, conseguem trabalhar com os dois lados do cérebro, sendo que, uma pessoa ?comum? trabalha apenas com um. O lado artístico, voltado a arte e ao sentimentalismo, fica apagado. Além deste benefício, a música é também usada para relaxamento. Comprova-se que, uma pessoa que tem o hábito de ouvir musicas relaxantes, como música Clássica no trabalho, tende a serem mais produtivas, assim como nas linhas de espera de atendimentos telefônicos, colocam Jazz instrumental e Clássica, tende a diminuir o stress da pessoa que aguarda, assim melhorando o atendimento evitando problemas com usuários e empresas.

Um outro ponto que não deve ser esqueçido é que Deus é musical, e isso ele deixa bem claro na sua palavra.

O livro de Jó, no capítulo 38, versículos de 4 a 7, relata o momento sublime da criação. Lá estava o Todo-Poderoso "lançando os fundamentos da terra". O versículo 7 nos traz a impressionante revelação de que havia música na criação: "...quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam..."

Deus também é o criador dos intrumentos musicais.

"Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom..." Gênesis 1:31. Lá estava o Éden, jardim de Deus. De acordo com Ezequiel 28:13-15, havia no Éden um lugar, mais precisamente um monte santo, onde um querubim especial tinha a responsabilidade do serviço musical. Para isso ele dispunha de alguns instrumentos, entre eles: pífaros e tambores, com os quais cumpria o propósito divino.

Outra importante revelação bíblica: "...a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estavam em ti; no dia em que foste criado foram preparados" - v. 13. Aqueles instrumentos foram preparados por alguém, certo? Quem foi este alguém? A resposta é: o Senhor Deus!

E ele também é compositor

Até parece brincadeira, mas a verdade é que o texto bíblico nos revela ter havido um dia em que o Senhor Deus resolveu se comunicar com seu povo através de um cântico de sua autoria: "Escreverei para vós outros este cântico, e ensinai-o aos filhos de Israel; ponde-o na sua boca, para que este cântico me seja por testemunha contra os filhos de Israel" - Deuteronômio 31:19.

Depois da obra da cruz, onde se deu a restauração espiritual e moral do homem, também foi restaurada a musicalidade divina. Davi declara que depois de ter sido tirado de um lago horrível, do poço de perdição, foi colocado sobre uma rocha (a figura de Cristo) e recebeu um cântico novo (Salmos 40:2-3).

Este cântico novo é a música divina presente no homem regenerado, e que agora faz parte de sua nova vida (Salmos 42:8), de seu relacionamento com Deus(Salmos 30:12), com os seus irmãos (Efésios 5:19) e de seu testemunho diante dos homens (Salmos 40:3; Salmos 126:2).

Agora entendemos o propósito divino com relação à música. Ela foi criada porDeus e colocada no homem para que este o adore com amor todos os dias e por toda a eternidade!

E o Rock?

Não vou de novo tudo dizer o que todos já sabem do ritmo, quando surgiu, quem foi o precursor do Rock e nem ficar citando bandas supostamente satânicas ou satânicas declaradas. Não vou fazer apologia ao ritmo apesar de ser um dos ritmos que mais gosto de ouvir e tocar, mas quero apresentar-lhes o novo.

A linguística faz a analise da mutações, semantica, fonenas e outros. Muitas palavras que eram usadas na década de 50 hoje já cairam no desuso, o sentido da palavra Rock in Roll, não é o mesmo de antes (antigamente usado com sentido sexual). Hoje em dia Rock in Roll é apenas mais uma palavra para descrever um estilo musical assim como as palavras, Jazz, merengue e Salsa.

Porque há tanta polêmica quando o assunto é Rock?

Sempre quando entra neste assunto, pastores e líderes eclesiásticos, torcem o nariz, avessos a qualquer tipo de opoio ou condescendência ao ritmo. Normalmente fazem aquela pesquisa (para mim fraca) na internet que aborda o tema e condenam todo um ritmo. Seus argumentos são os mesmos e as bandas citadas sempre as mesmas, nomes como Kiss, Iron maidem e outros basicamente são esses os mais citados, sem dizer da agresão quando trata-se de Heavy Metal. Dizem que esse som vem do inferno (que exagero!). Qualquer musico nota que isso é puro preconceito pois não gostam do ritmo. Será que eles já ouviram falar em Death metal, Black Metal?? Creio que não, pois se ouvissem, não com certeza iria abolir o uso de guitarras elétricas, baixos e baterias nas igrejas. Estas duas variantas do Heavy Metal que citei é o lado escuro, Negro. Este sim, fazem musicas inspiradas e para satanás (Normalmente são grupos satanistas e praticante da Wicca). Já joguei do outro lado, já fui o inimigo dos crentes! Conheço bem do que estou falando. Mas o ponto não é este, devemos direcionarmos ao coração. A palavra de Deus diz que: ? o que sai da boca procede do coração, e é isso que contamina o Homem? Mateus 15-18.

Meus amados, a palavra é bem clara quanto as intenções do nosso coração. O problema não é o Rock, e sim o coração!!!

Podemos adorar a Deus com Rock?

Devemos! Nada mais fácil para um ex-rockeiro se adaptar aos louvores com guitarras distorcidas, andamentos mais rápidos. Francamente, há muitas bandas sérias no que diz respeito a exaltação a Deus com Rock e outros ritmos. Eu conheço varias delas, e graças a deus faço parte de uma.

Tem bandas que usam o Rock para rebeldia, satanismo etc? Tem, em contrapardida há as pessoas que usadas por Deus para destruir as obras do mal, E quem é maior Deus ou o Diabo? A resposta é simples: Deus!!

Pequeno espaço para um testemunho

No dia 07/12/04 em Carapicuiba a Banda Philos, Banda a qual pertenço, tocou em um aniversário de uma igreja (na verdade um grupo que se uniram para levar a palavra de Deus). Haviam cerca de 100 pessoas. Foram cantados muitas musicas dentre elas corinhos bem conhecidos como: Senhor é a Luz, Grande é o Senhor, Senhor te quero, Poderoso Deus e outros. Muitos deles tocado no ritmo Rock. A noite estava maravilhosa, o Senhor estava derramando grandemente da unção dele. Ao som de hinos pessoas choravam e eram restituidas por Deus em diversas partes das suas vidas. No apelo 3 pessoas aceitaram a Cristo e uma garota de cadeira de rodas, que antes só andava com ajuda de outra pessoa, passou a andar sozinho no meio daquele salão, Deus estava operando. Sorrisos eram visto naqueles rostos e lágrimas também.

'Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua graça para comigo não foi inútil...' 1Coríntios 15.10.

Somente pela graça de Deus isso ocorre. 

Obrigado Senhor!

Palavras finais

Acho que devemos parar com nossos preconceitos e agirmos para a causa de Cristo, usando de artifícios válidos para a propagação do evangelho sobre a terra.

Enquanto paramos para julgar-mos métodos meramente humanos e não coisas espirituais gastamos tempo com coisas mínimas quando a palavra de Deus no diz: II Conríntios 9-6,7 ? Mas aquele que semeia pouco, pouco também ceifará e aquele que semeia com abundância, em abundância também ceifará, Cada um contribua com aquilo que propôs no coração, não com tristeza, nem por contrangimento; Porque Deus ama aquele que dá com alegria?.

Este versículo não fala apenas da contribuição dos dízimos e das ofertas, diz também da contribuição que damos para a obra de DeusDeus vê a intenção do nosso coração e sabe se nossa atitude, se aquilo que está no profundo é verdadeiro ou é falso.

Pecamos por negligênciar ministérios dado por Deus, a pessoas que usam a música como arma contra satanás, ficamos falando contra isto ao invéns de arregaçar-mos as mangas e cumprir o ministério.

" Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas; eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura não o percebereis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo. Os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei águas no deserto, e rios nos ermos, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido, ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor".- Isaías 43:18-21

Deus te abençoe!

sexta-feira, 6 de junho de 2014

O Caminho para Casa



Aqui estão os elementos chaves pelos quais nos reconciliamos com o Pai. Todos e cada um deles são vitalmente importantes. Se apenas um somente estiver ausente, poderá impedir nosso relacionamento de ser totalmente completo.
Nossa condição: Em primeiro lugar precisamos entender que nós estávamos separados de Deus. O abismo que nos separa de Deus é largo e profundo. Herdamos por nascimento um defeito fatal. Como resultado disso, nós vivemos nossas vidas independentes Dele. A Bíblia destaca esta realidade desoladora: “Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). Se não podemos aceitar o fato de que o pecado nos separa de Deus, nunca chegaremos a um lugar, porque não sentiremos a necessidade de um Salvador.
O remédio de Deus: Em segundo lugar, necessitamos ter uma compreensão muito clara de quem é Jesus, e o que Ele fez por nós, de maneira que possamos com toda confiança por nossa fé em Jesus. Ele se fez como ponte entre o abismo que nos separava de Deus. Nas palavras do apóstolo João: “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
Jesus não foi somente um homem bom, um grande mestre, um profeta inspirado. Ele veio a terra como o Filho de Deus. Nasceu de uma mulher virgem. Teve uma vida sem pecado. Ele morreu. Foi sepultado. Ressuscitou no terceiro dia. Subiu aos céus onde tornou se Nosso Senhor.
A morte de Jesus e ressurreição em nosso favor satisfez as exigências de Deus: uma provisão completa para eliminar nosso pecado. Este Jesus, e somente Ele, esta qualificado para ser o remédio para o nosso pecado.
O arrependimento - pessoal é vital no processo de transformação. Arrependimento literalmente significa “uma mudança na maneira de pensar.” Consiste em dizer ao Pai: “Quero estar contigo e longe da vida que levava independente de Ti. Eu peço perdão pelo que tenho sido e o que tenho feito, quero mudar de maneira permanente. Eu recebo o perdão por meus pecados.”
Neste ponto, são muitos os que experimentam uma notável “purificação” de coisas que haviam acumulado por toda uma vida, todas elas capaz de degradar a alma e o espírito de uma pessoa. Sentimos ou não o perdão de Deus, se nos arrependemos, podemos ter a segurança total de que estamos perdoados. Nossa confiança é baseada na promessa de Deus, e não como sentimos.
Alcançamos uma relação pessoal com o Senhor quando tomamos a maior decisão da vida – o ponto critico que nos referimos anteriormente. Esta decisão consiste em crer que Jesus é o Filho de Deus, aquele que morreu por nossos pecados, que foi sepultado e ressuscitou da morte – e como conseqüência o recebemos como Senhor e Salvador. Quando cremos desta forma, nos tornamos filhos de Deus. Esta prometido expressamente no evangelho de João: “Mas a todos quantos o receberam, aos que crêem em seu nome, deu lhes o direito de ser filhos de Deus” (João 1:12).
Você quer receber a Jesus Cristo como seu Salvador? Se você desejar pode fazer esta oraçã
«Senhor Jesus, eu preciso de Ti. Eu me arrependo da vida que tive longe de Ti. Obrigado por morrer na cruz para pagar o preço por meus pecados. Eu creio que és o Filho de Deus e agora eu te recebo como meu Senhor e Salvador. Eu consagro minha vida a te seguir.»
Você fez esta oração?
SimEu ainda tenho dúvidas

quinta-feira, 5 de junho de 2014

As causas das maldições


Muitas pessoas se perguntam o por quê de certas coisas más acontecerem com umas pessoas e não com outras, ou ainda, por que certas ondas de azar acontecem. Várias pessoas atribuem a má sorte a feitiços e ações eventuais como a quebra de um espelho, passar por debaixo de escada, etc. E para combater essa má sorte se valem de vários recursos e patuás, contudo aqui não trataremos da questão da sorte, boa ou má, e sim da maldição, pois muitos confundem uma coisa com outra.
Sorte é coisa passageira e não tem causa especifica, pode vim a qualquer um.

Observei ainda e vi que debaixo do sol não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a peleja, nem tampouco dos sábios o pão, nem ainda dos prudentes a riqueza, nem dos entendidos o favor; mas que a ocasião e a sorte ocorrem a todos. Eclesiastes 9:11

Já maldição ela pode até ser passageira, mas tem causa especifica.
Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu voar, assim a maldição sem causa não encontra pouso. Provérbios 26:2

Então comecemos.

O que é maldição?

A primeira coisa a fazermos para compreendermos as causas das maldições é sabermos o que é realmente uma maldição!
Na Bíblia existem 06 palavras em hebraico e 04 palavras em grego para designar a maldição, e cada uma com significados específicos. Mas, não ficaremos nas explicações sobre os tipos de maldição, a colocaremos aqui de forma genérica, para entendermos melhor suas causas.

Maldição é mal dizer, ou seja, resumidamente, é falar mal de alguém, diminuir por meio de palavras, falar palavras de má sorte, ridicularizar.

Na antiguidade, e até hoje em dia, muitas pessoas acreditam no poder mágico das palavras, assim como, se você dizer tal coisa, isso ira acontecer. Veja no meio evangélico, existe a questão de “profetizar”, “a palavra tem poder”, e fora do mundo evangélico essa ideia persiste através de rituais, mantras, rezar, mandingas, benzeduras, etc.
Porém a Bíblia declara que só a Palavra de Deus é que tem o poder de fazer algo miraculoso acontecer. Claro que as palavras humanas têm efeito prático, exemplo disso é a psicologia, que de fato é uma “cura pelo falar” e se uma mãe, por exemplo, ficar dizendo constantemente a seu filho: “você não presta”, provavelmente a criança introjectará essa ideia, e poderá não prestar mesmo. Mas esses não são efeitos miraculosos e sim humanos.
Enfim tanto a benção de Deus como as maldições estão condicionadas a alguma ação, escolhas ou posturas humanas, aprovadas ou reprovadas por Deus, e não a falas ou atos, mesmo proféticos, que são invocações mágicas meramente, e são essas condições e motivos relativas as maldições que iremos ver.

O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência. Deuteronômio 30:19

1º Motivo da maldição: Quem desobedece a Lei de Deus.

Se, porém, não ouvires a voz do Senhor teu Deus, se não cuidares em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que eu hoje te ordeno, virão sobre ti todas estas maldições, e te alcançarão: Deuteronômio 28:15
A maldição é o contrario da benção, e a benção esta condicionada a obediência, então a desobediência gera a maldição, notem porem que os mandamentos foram feitos para o bem do ser humano, assim o descumprimento desses mandamentos de Deus gera males, seria como se um doente não tomasse os medicamentos indicados pelo médico.

2º Motivo da maldição - Quem amaldiçoa é amaldiçoado.

Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Genesis 12:3
Este é o principio da semeadura, o que o homem planta ele colhe, sendo assim se alguém amaldiçoa outro, receberá esta maldição para si, pois a maldição só vem com uma causa, perceba a Bíblia condena severamente os maldizentes e murmuradores. Então perceba que o versículo acima Deus não diz que vai abençoar Abraão e sim as pessoas que abençoarem a ele e por causa disso também Abraão seria o canal de benção para as famílias da terra. Em suma tanto a benção como a maldição são condicionais a postura do homem.

3º Motivo da maldição - Quem confia no homem

Assim diz o Senhor: Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Jeremias 17:5

Todo homem é instável, ou seja, ele pode mudar ou estar errado, além do fato da mentira e falsidade ser real na vida humana, por esses motivos o homem não é confiável, porém a questão da confiança no homem que a Bíblia se refere, vai muito além de ter pessoas confiáveis ou não, a gestão é não por sua confiança e esperança no homem, no poder humano e nas coisas materiais; por exemplo, a pessoa crer que terá um emprego, pois conhece alguém importante (pistolão), ou ainda espera uma velhice segura, pois tem um bom plano de aposentadoria; ficará rico porque fez bons investimentos, Jesus chama essas pessoas de locos na parábola do rico insensato, pois para Deus o homem é vaidade.
É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem.
É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar nos príncipes. Salmo 118: 8-9

3º Motivo da maldição- Quem faz a obra de Deus relaxadamente

Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente, e maldito aquele que vedar do sangue a sua espada! Jeremias 48:10

Ninguém gosta de ter um funcionário, ou até um serviço feito para si de forma negligente, relaxada. Imagine alguém construindo sua casa de qualquer jeito, ou fazendo sua comida sem o mínimo de cuidado e higiene; logicamente estes fatos geram revolta no ser humano, quanto mais no coração de Deus, que é zeloso. Sendo assim esta pode ser uma das grandes causas de maldição entre os crentes, pois veja uma ideia corrente de fazer as coisas sem o devido zelo e preparo, então depois de se perceber que a coisa não esta boa se diz: “É para Deus, Ele aceita”. Na Biblia Deus manda entregar este tipo de oferta aos ilustres da comunidade e amaldiçoa o enganador hipócrita que simula santidade.

Pois quando ofereceis em sacrifício um animal cego, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou o doente, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos exércitos.
Mas seja maldito o enganador que, tendo animal macho no seu rebanho, o vota, e sacrifica ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos exércitos, e o meu nome é temível entre as nações. Malaquias 1: 8 e 14

Então compare certos cultos e apresentações, eles seriam feitos da mesma forma se fossem exibidos em uma rede de televisão, por exemplo?
Dentro deste conceito de negligencia esta inserido também a falta de cuidado com a casa de Deus, a infidelidade e o deixar de buscar a Deus e isso esta relacionado em Malaquias 2 e Oseías 4, comparativamente o dizimo, ofertas e o estudo da Palavra de Deus.

4º Motivo de maldição - Quem não produz fruto

Então Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Olha, Mestre, secou-se a figueira que amaldiçoaste. Marcos 11:21

Nós fomos criados para produzirmos, exemplo disso é que uma das primeiras ordens dadas ao primeiro casal foi para serem fecundos e encherem a terra.
Por causa disso é que no Novo testamento vemos Jesus só uma vez amaldiçoando algo, que foi justamente a árvore que não tinha fruto, e veja que nem era o tempo propicio para isso, não era tempo de figos (Marcos 11:13).
Sendo assim podemos estar sendo amaldiçoados se não tivermos em nossos corações o interesse de produzir:
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento. Marcos 3:8
Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. Gálatas 5:22
E o fruto do crente que é um outro crente.

5º Motivo de maldição - Quem distorce a Palavra de Deus

Agora, ó sacerdotes, este mandamento e para vós.
Se não ouvirdes, e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o vosso coração. Malaquias 2:1-2

Entendimento errado da Palavra sempre existiu e continuará existindo, pois somos falhos, porém cabe a nós estarmos atentos para ouvirmos a correção de outros que Deus usa para corrigir a sua igreja. Veja o exemplo do que talvez seja a primeira interpretação errada do que Jesus disse:

Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor, e deste que será?
Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu.
Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? João 21: 21-23

Então veja a sutileza do erro Jesus não afirmo, Ele simplesmente questiona a Pedro, perceba que o diabo usou a mestra estratégia de deturpação da Palavra de Deus com Eva:
Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Genesis 3:1
O diabo deturpou a Palavra colocou uma pergunta para questionar uma afirmação, e em João 21 o engano é colocar uma pergunta como afirmação. Contudo essas são coisas que muito acontece e a maldição vem pelo não se deixar corrigir pelo Espírito de Deus, nem buscas a Palavra, deixando-se levar por seus desejos carnais.
Foi isso que aconteceu com Eva, ela achou que a fruta era boa, os sacerdotes amaldiçoados citados em Malaquias faziam acepção de pessoas, e é assim sempre deixa-se a Palavra de Deus por algum desejo humano e quando vem a correção não aceita pois amam as benesses do erro.

Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Mateus 5:19
O erro estar em permanecer com a atitude pecaminosa, seria como esperar pelas recompensas nesta terra, porém a pessoa não percebe que esta sob uma maldição, exemplo disso podemos citar como a avareza, pois a pessoa corre a procura de dinheiro, e quanto mais tem, mais é escravo dele.

Conclusão

Ninguém no mundo é perfeito, porém para Deus a perfeição humana é ter um coração arrependido, e disposto a voltar para Ele. E é bom lembrar sempre que Deus perdoa todos os tipos de pecado, menos Blasfêmia contra o Espírito Santo, que basicamente é não aceitar a correção dele própria, e não se converter a Jesus.
Portanto vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Mateus 12:31

Por que.

E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:
do pecado, porque não crêem em mim;
da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais,
e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. João 16:8-11

 
 Fonte: Por Rubens Aguiar

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O MINISTÉRIO DE MESTRE OU DOUTOR


Texto Áureo Rm. 12.6,7 – Leitura Bíblica Mt. 7.28,29; At. 13.1; Rm. 12.6,7; Tg. 3.1



INTRODUÇÃO
Mais um dom ministerial será estudado na aula de hoje, desta feita o de mestre ou doutor (gr. didaskalos). Há teólogos que defendem, com bastante sentido, que o ministério de mestre está diretamente atrelado ao de pastor, tendo em vista a ausência de um artigo no grego. Em todo caso, conforme estudaremos, Deus dá para igreja pessoas para a instrução na Palavra, que são reconhecidos como mestre. Ao final da aula destacaremos a relevância desse ministério para o amadurecimento espiritual da igreja.

1. JESUS, O MESTRE DOS MESTRES
Com Nicodemos devemos reconhecer a respeito de Jesus que era “um Mestre vindo da parte de Deus” (Jo. 3.2). De modo que Jesus se tornou o maior modelo de Mestre para os cristãos da igreja. Ele se destaca dos outros mestres porque Sua doutrina vem diretamente de Deus (Jo. 7.17). Ele ensinava com autoridade tal que chamava a atenção daqueles que O ouviam, atestando que ninguém ensinava como Aquele homem (Jo. 7.46). A maneira como Jesus ensinava causava maravilha para os ouvintes, principalmente porque se distinguia da forma dos escribas, pela autoridade que demonstrava (Mt. 7.28,29). A ministração de Jesus fazia o coração dos discípulos arder, e se fundamentava nas Escrituras (Lc. 24.32, 45). Jesus fora chamado, por dezessete vezes, de “Rabi”, termo hebraico para Mestre (Mt. 23.7; Mc. 9.5; 14.65; Jo. 1.38,49; 4.31; 11.8), assim sendo, não podemos desconsiderar a relevância de Seu ministério como ensinador. O Senhor, na verdade, sempre demonstrou acreditar no ensino (Jo. 3.2), por isso, Ele mesmo chamou a si mesmo de Mestre (Jo. 13.13) e não perdia oportunidades de pregar nas sinagogas (Mt. 4.23), no templo (Jo. 8.2), nas ruas (Mc. 10.17) e nas casas (Lc. 14.1). Dentre os métodos que utilizava, destacamos: parábolas (Mc. 4.11; Mt. 13.13), declarações curtas (Mt. 10.16; 10.39; Jo. 11.25), lições experienciais (Mt. 18.1-6; Lc. 21.1-4; Mt. 4.19; Mt. 6.26,28) e perguntas (Mt. 9.5; 16.26; Mc. 8.29). Seus ensinamentos partiam, basicamente, das Escrituras (Mt. 4.1-11; Lc. 4.18; 24.27; Mt. 5.17-48; Jo. 3.14). Além do conhecimento bíblico, Jesus demonstrou também ter a capacidade de compreender o comportamento humano (Jo. 2.25; Mt. 9.4; Jo. 6.61,64). Os ensinamentos do Mestre tinham objetivos claros e definidos: 1) formar ideais justos (Mt. 5.48); Jo. 3.1-14); 2) firmar convicções fortes (Mt. 18.12; 22.42; Jo. 21.15-17); 3) levar os Seus ouvintes a se relacionarem com Deus (Mt. 6.33; Mc. 12.30; Lc. 15.18); 4) a amar o próximo (Mc. 12.31; Jo. 13.34); e 5) a preparar seus discípulos para o serviço (Mt. 4.19; 28.19-20; Mc. 3.14).

2. O DOM MINISTERIAL DE MESTRE OU DOUTOR
O mestre ou doutor (gr. didaskalos) necessariamente não é uma pessoa que obteve formação acadêmica na área do magistério, ou mesmo que concluiu uma pós-graduação em nível de doutorado, é uma dádiva de Deus para a igreja (I Co. 12.28). Evidentemente aqueles que atuam no ministério do ensino são orientados a buscarem qualificação, ou melhor, desenvolverem o ministério (Rm. 12.6,7). Sendo assim, é aconselhável que os mestres da igreja busquem conhecer melhor as Escrituras, frequentando assiduamente a EBD e/ institutos bíblicos. Alguns deles também fazem carreira acadêmica, buscando formação institucional em universidades que têm cursos de mestrado e doutorado. O que importa é a motivação desse dom, que seja para a “edificação da igreja” (I Co. 14.12), já que Paulo reconhece a necessidade de pessoas idôneas para ensinar nas igrejas (II Tm. 2.2). O próprio apóstolo dos gentios se identifica entre aqueles que foram designados por Deus para ser mestre (I Tm. 2.7; II Tm. 1.11). Reconhecidamente Apolo foi um mestre da igreja primitiva, mas que demonstrava humildade, sentando-se entre aqueles que careciam da orientação divina (At. 18.24-26). O mestre é comparado no texto bíblico àqueles que regam as plantas, edificando na doutrina os que foram alcançados pela graça de Deus (At. 18.27; I Co. 3.6-10). Os mestres ou doutores da igreja enfrentam tentações, a principal delas é o orgulho, para evitar esse pecado, precisam ter a consciência firmada na palavra, e a convicção de que forma separados por Deus (I Co. 8.1). É nesse sentido que Tiago admoesta aqueles que querem ser mestres apenas para se colocarem sobre os demais, sem humildade e temor a Deus (Tg. 3.1) Os mestres também precisam saber que são passíveis de ensino, não devem achar que já sabem tudo. Aqueles que caem nesse pecado acabam por se distanciar do caminho de Deus, considerando que a soberba conduziu Satanás à perdição (Is. 14.12-14). Mesmo os mestres que muitos sabem, através do estudo dedicado às Escrituras, são limitados, ou seja, conhecem apenas em parte (I Co. 13.9), por isso ninguém deve jactar-se do conhecimento bíblico-teológico que detém.

3. O VALOR E A NECESSIDADE DOS MESTRES
Infelizmente há muitos crentes que desprezam o ministério do mestre na igreja, esses geralmente seguem o caminho do fanatismo ou dos falsos ensinamentos. Os mestres exercem papel fundamental na igreja, eles dão prosseguimento ao trabalho desenvolvido pelos apóstolos e evangelistas (I Co. 12.28). Os mestres atuam na igreja a fim de prevenir contra a tentação e o pecado, eles não se cansam de ensinar as mesmas coisas, para a segurança da igreja (Fp. 3.1). O ensinamento dos mestres serve como remédio e prevenção para evitar que os crentes sejam engodados pelo pecado, na medida em que os direciona para guardarem a palavra de Deus (Sl. 119.9,11). Os mestres também corrigem atitudes equivocadas na igreja, direcionando os crentes para a mansidão consolidada por meio da poderosa palavra de Deus (Tg. 1.21). É justamente na Palavra que o mestre fundamenta seu ensino, não em especulações filosóficas, ou teorias psicológicas, se firma “na doutrina dos apóstolos” (At. 2.42). Principalmente nos dias atuais, nos quais os cristãos estão sendo solapados pela superficialidade, carecemos de mestres para produzir convicções fortes nos crentes, para compreenderem o mistério de Deus em Cristo (Cl. 2.2). Paulo sabia da importância desse ministério, por isso instrui Timóteo a doutrinar a igreja, evitando que essa seja conduzida pelos falsos mestres, que semeiam ensinamentos distanciados das Escrituras, apenas para alimentarem a cobiça (II Tm. 4.2,3). Os mestres exercem papel fundamental na igreja a fim de preparar os cristãos para o serviço, tendo em vista que é a Palavra de Deus que habilita o crente para a obra do Senhor (II Tm. 3.16,17).

CONCLUSÃO
Jesus é o maior exemplo de Mestre para a igreja, na verdade Ele é o Mestre dos mestres. Se o Senhor exerceu esse ministério com propriedade, sendo reconhecido pelos seus ouvintes como Rabi, a igreja não pode desprezar a atuação daqueles que labutam no ensino. Devemos apoiar os mestres e doutores da igreja para que esses possam exercer o ministério com maestria. Eles também não podem desprezar esse dom, antes são instados a praticá-lo, esmerando-se ao fazê-lo. Mas não podem esquecer-se de ser humildes, reconhecendo que são despenseiros dos mistérios revelados de Deus, mas somente dos revelados (Dt. 29.29).

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Estudo Bíblico sobre Natal - Nem Três, Nem Reis! A Verdadeira História dos Magos




Figuras notórias nos cartões natalinos, os três reis magos exercem fascínio sobre os cristãos do mundo inteiro. Mas quem disse que eram “reis”? E mais: quem disse que eram “três”? Não há uma única passagem bíblica que afirme isso. Presume-se que eram três por serem três os presentes que trouxeram ao menino Jesus. Mas não há qualquer indício para que presumamos que eram reis.

Até nomes e nacionalidades já lhes foram atribuídos: Baltazar, o árabe; Belchior, o indiano; e Gaspar, o etíope. Geralmente, eles aparecem nos quadros natalinos ao redor da manjedoura, porém a Bíblia sugere que ao chegarem a Belém, Jesus já teria por volta de dois anos.

Se quisermos distinguir entre o que diz a tradição e o que dizem as Escrituras, nada melhor do que examinarmos o texto bíblico em busca de mais informações sobre esses personagens misteriosos, aproveitando para buscar edificação para nossas vidas. Afinal, nada do que está registrado na Bíblia tem outro propósito que não seja nos edificar.

“Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, vieram unsmagos do Oriente à Jerusalém, e perguntavam: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente, e viemos adorá-lo” (Mt.2:1-2).

Quem seriam os magos? Por que foram chamados assim? Pode-se conjecturar a partir de evidências extra-bíblicas. A palavra “magoi”, traduzida como “magos” sugere que eles pertenciam à casta sagrada dos Medos, sendo sacerdotes da Pérsia. A religião praticada por eles provavelmente era o Zoroastrismo, que proibia a feitiçaria; seu encontro com Jesus se deveu à sua astrologia e habilidade de interpretar sonhos.

Naquela época não havia distinção entre astronomia e astrologia. Todos os que se ocupavam a estudar os fenômenos celestes eram astrólogos. Portanto, a astrologia era considerada uma ciência. A aparição de um novo astro nos céus indicava que algo extraordinário estava por acontecer.

Acerca da misteriosa estrela, há várias explicações plausíveis.

1- A palavra “aster” pode significar um cometa.

2- A estrela poderia ter sido a conjunção de Júpiter e Saturno (7 a.C.), ou de Júpiter e Venus (6 a.C.). Conjunção é quando dois astros parecem se fundir nos céus devido a um alinhamento raro, e assim, dão a impressão de serem um único astro, mais brilhante que todos à sua volta.

3- Os Magos podem ter avistado uma super-nova, uma estrela que aumenta de repente em tamanho e brilho e em seguida, diminui novamente. Fenômeno muito raro de ser avistado à olho nu.

Estas teorias, embora razoáveis, deixam de lado a explicação que “a estrela que tinham visto no Oriente, ia adiante deles até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino”(Mt. 2:9). Que fenômeno celeste seria capaz de tal proeza?

Teria sido a Estrela de Belém um milagre, tal qual a coluna de fogo que permaneceu no arraial durante o Êxodo dos hebreus (Êx.13:21)? Ou como o resplendor de Deus que brilhou em torno dos pastores no campo (Lc.2:9), ou ainda como a luz proveniente do céu que apareceu a Saulo de Tarsos no caminho de Damasco (At.9:3)?

Tenha sido um fenômeno natural ou sobrenatural, o que importa que os magosse deixaram guiar por ele, e isso os levou até Jerusalém. Provavelmente, eles imaginaram que o novo rei teria nascido em Jerusalém. Que outro lugar haveria para que um monarca judeu nascesse do que na cidade dos reis?

Eles também achavam que todos estavam a par da boa notícia. Mas se equivocaram. Ninguém na cidade sabia que algo extraordinário havia acontecido. “Quando o rei Herodes ouviu isto, alarmou-se e com ele toda Jerusalém” (Mt.2:3). A voz dos magos ecoou pelas ruas e mercados da cidade santa. Mas em vez de alegrar-se com a notícia, todos se alarmaram.

Logo agora que todos já haviam se acostumado à idéia de terem Herodes, um edomita, como rei, a aparição de um novo rei subverteria a ordem, o Status Quo. E vale dizer que conquistar a simpatia dos judeus custou muito caro a Herodes. Entre os empreendimentos que visava conquistar a admiração dos judeus, estava a restauração do templo, tornando-o ainda mais suntuoso do que nos tempos áureos.

Herodes, agora, se sentia ameaçado. Ele sabia que não tinha o direito de sentar-se naquele trono. Ele não pertencia à linhagem de Davi. Sequer era judeu. Por isso, convocou “todos os principais sacerdotes, e os escribas do povo”, e “perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo”(v.4).

Os magos não possuíam todas as informações. Eles sabiam que o menino havia nascido, mas não tinham idéia de “onde”. Nada indica que eles conhecessem os textos sagrados, as profecias. O único livro de que dispunha para obter informações sobre o nascimento do Messias era o “livro da natureza”. A astrologia era a sua ciência.

Há que se ponderar aqui sobre algo: a ciência não responde a todas as nossas perguntas. Através da ciência podemos fazer uma leitura dos fenômenos naturais que nos forneceram indícios acerca de Deus. Há que se deduzir: se há leis que regem o Universo, logo, há por trás delas um Legislador.

Não há razão para que a fé e a ciência se ponham em trincheiras opostas. Cada uma se dispõe a responder a perguntas diferentes, que abarcam sua área de atuação.

Em se tratando da criação, por exemplo, podemos dizer que a ciência se propõe a responder a duas perguntas: “quando”, e “como”. Já a fé deve focalizar em outras questões: “quem”, e “pra quê”.

No caso que estamos examinando, a ciência levou os magos na direção certa, porém, faltava-lhes algumas informações que só a revelação contida na Palavra é capaz de suprir.

Herodes mandou chamar a “nata” da teologia de sua época. Ninguém conhecia tão bem as escrituras do que os sacerdotes e os escribas. Os primeiros, porque a liam constantemente. E os escribas porque a copiavam exaustivamente.

“Eles lhe responderam: Em Belém da Judéia, pois foi isto que o profeta escreveu: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és o menor entre os governantes de Judá; pois de ti sairá um guia que apascentará o meu povo, Israel” (Mt.2:6).

Embora buscasse na fonte certa a resposta, a motivação de Herodes era a pior possível. Como ele, há muitos em nossos dias que usam das Escrituras para alcançar objetivos espúrios, assim como há muitos cientistas, alguns deles ateístas, que buscam respostas com a melhor das intenções.

O texto prossegue, dizendo que “Herodes chamou em secreto os magos, inquiriu deles exatamente acerca do tempo em que a estrela aparecera” (v.7).

Por que Herodes não buscou tal informação nas Escrituras? Simplesmente, porque elas não ao contém. Assim também, é perda de tempo buscar certas informações nas páginas das Escrituras.

A Bíblia jamais se preocupou em oferecer um cronograma exato deacontecimentos históricos. Dizer que a criação se deu há cerca de seis mil anos, por exemplo, é fazer uma leitura ingênua e equivocada do livro sagrado.

Depois de certificar-se do tempo em que a estrela aparecera, Herodes enviou-os a Belém, dizendo-lhes: “Ide e perguntai diligentemente pelo menino. Quando o achardes, avisai-me, para que eu também vá e o adore” (v.8).

Os meios usados por Herodes para obter informação sobre o nascimento do Messias eram legítimos e louváveis, porém suas motivações e seu objetivo eram deploráveis. Aqui encontramos o inverso do que foi proposto por Maquiavel: os meios justificando os fins!

“Tendo eles ouvido o rei, partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. Vendo eles a estrela, alegraram-se imensamente” (vv.9-10).

Por que, antes de chegarem a Belém, eles passaram por Jerusalém? Porque a estrela os guiara até lá. Porém, ela não se estagnou. Era apenas uma escala na viagem, não o destino final. A estrela só parou sobre o lugar onde estava o menino.

Imagine a alegria daqueles homens, depois de viajarem por cerca de 1200 milhas, empregando para isso cerca de doze meses de camelo em um trajeto por regiões inóspitas e desérticas do oriente médio.

Para a surpresa deles, o Messias anunciado pela estrela não fora encontrado nos palácios de Jerusalém, mas em uma modesta casa em Belém.

“Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe e, prostrando-se, o adoraram. Então, abrindo os seus tesouros, lhe apresentaram suas dádivas:ouroincenso e mirra” (v.11).

De alguma maneira, eles chegaram à conclusão de que aquele menino não era apenas mais um monarca, mas o próprio Deus que Se fizera homem. Por isso, sentiram-se compungidos a se prostrar e adorá-Lo.

Chegara a hora de descarregar seus camelos. Em vez de fraldas, mamadeiras, chupetas, e outras coisas que geralmente se dá um nenê, eles presentearamouroincenso e mirra.

incenso era considerado oferenda sagrada. Todas as religiões do Oriente o usam em seus rituais, inclusive o budismo. Ao presenteá-Lo com incenso, estavam reconhecendo Sua divindade.

mirra era o perfume usado para embalsamar os mortos. Cada família deveria ter em casa mirra suficiente para um eventual falecimento de um ente. Portanto, quem Lhe presenteou com a mirra, estava profetizando a Sua morte em favor da humanidade. Ali estava alguém que nascera para morrer. Entretanto, aquela mirra jamais fora usada em Jesus. Quando Maria foi ao Seu túmulo para embalsamá-lo, Ele já havia ressuscitado. Além do mais, dias antes de morrer, outra Maria, irmã de Lázaro, se antecipou a derramar um perfume caríssimo sobre Jesus, preparando-o para o sepultamento, conforme Ele mesmo testificou. A propósito, aquele perfume era destinado a Lázaro, porém não foi usado nele, para ser usado em Jesus. Por isso, Lázaro cheirava mal depois de quatro dias de sepultamento. Não era comum que isso acontecesse a um judeu. Quanto à mirra com que fora presenteado pelos magos, provavelmente tenha sido usado em algum outro familiar de Jesus. De qualquer maneira, profetizava Sua morte.

E quanto ao ouro? Para saber a necessidade de se presentear o Messias com o mais precioso metal, precisamos avançar no texto:

“E, tendo sido por divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho à sua terra. Tendo eles partido, o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito. Fica-te lá até que eu te avise, pois Herodes há de procurar o menino para o matar. Levantando-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe, e foi para o Egito. Ali ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta: Do Egito chamei o meu Filho. Então Herodes, vendo-se iludido pelos magos, irritou-se muito e mandou matar a todos os meninos de Belém, e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, segundo o tempo em que diligentemente inquirira dos magos” (vv.12-16).

José era carpinteiro, e provavelmente tinha uma clientela em sua cidade. Deixá-la repentinamente para ir para um país estranho provavelmente seria dispendioso. Até que ele se firmasse profissionalmente no Egito, como ele poderia prover o sustento de sua família? Foi por isso, que Deus proveu todo aquele ouro através das mãos generosas dos magos.

Nosso Deus é um Deus de provisão e não de improvisos. Ele conhece o coração dos homens, e sabe o que nos espera lá na frente. Antes que nos aconteça qualquer coisa, Ele sempre nos envia os proventos necessários.

Talvez José jamais tenha entendido o motivo do incenso e até da mirra, uma vez que jamais precisou ser usada em Jesus. Mas ele entendeu perfeitamente a razão pela qual Deus lhes enviara todo aquele ouro.

Mas se os magos houvessem descarregado seus camelos no palácio de Herodes? E aqui devemos ponderar: onde temos descarregado nossos camelos? Em que temos investido nossos haveres? Que tal como Deus usou os magos, sejamos usados por Ele para suprir as necessidades de Sua obra, em vez de investir em projetos megalomaníacos de quem usa as Escrituras em nome de uma agenda secreta e de motivações nem sempre louváveis.

Quem pode tomar a Santa Ceia?

  De acordo com a Bíblia, se você é salvo, você pode tomar a Santa Ceia.   Cada um deve examinar a si mesmo antes de participar da Santa Cei...