quarta-feira, 21 de maio de 2014

Estudo Bíblico sobre Os Símbolos do Espírito Santo João 1.32-34




INTRODUÇÃO

Deus nos fala hoje por meio da Sua Palavra escrita. É o Espírito falando na Palavra. E nela encontramos muitas figuras de linguagem: metáforas, símiles,símbolos, tipos, parábolas, alegorias e emblemas. Todas essas figuras sãoutilizadas por Deus, o Espírito Santo, para nos comunicar a Sua vontade. A pessoa e a obra do Espírito são ilustradas pelas figuras bíblicas.

Hoje vamos estudar sete símbolos ou metáforas que estão relacionados à pessoa do Espírito Santo.

1. POMBA

A pomba é o primeiro símbolo do Espírito Santo que encontramos no Novo Testamento. Foi quando João Batista batizou Jesus: E João testemunhou, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele. Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo (Jo 1.32-33). Temos uma manifestação da Trindade, quando o Espírito é comparado a uma pomba.

A pomba é um dos mais velhos amigos do homem. A primeira menção que se faz da pomba na Bíblia é em Gn.8.8,10,12. Noé soltou esta ave com o fim de saber quanto tinham baixado as águas do dilúvio.

As pombas são classificadas por Moisés entre os animais limpos, e sempre foram aves da mais alta estima nas nações orientais (Lv 11). As pombas poderiam ser usadas nos sacrifícios levíticos, principalmente pelos pobres (Lv 1.14). Foi nestas condições que Maria ofereceu ‘um par de rolas ou dois pombinhos’, depois do nascimento de Cristo (Lv 12.8; Lc 2.22-24).

É importante destacar que aves aparecem na Bíblia como figuras de espíritos demoníacos (Mt 13.4,19; Ap 18.2).

Quais os significados da pomba que podem ser aplicados ao Espírito Santo?

A pomba é mencionada como símbolo de simplicidade, de inocência, gentileza, afeição e fidelidade (Os 7.11; Mt. 10.16). A pomba pode ser facilmente incomodada (Ef 4.30).

Ron Crisp destaca dois textos da Bíblia:

A) Gênesis 1.2, pois o Espírito é visto afagando a criação como um pássaro sobre o seu ninho.

B) Gênesis 8.6-12, uma pomba é solta da arca por Noé. Aqui encontramos pelo menos duas figuras do Espírito Santo. A pomba, não é como o corvo (Lv 11.15), recusou-se a continuar do lado de fora da arca, onde nenhum lugar limpo podia ser encontrado. O Espírito, obviamente, só habita naqueles que têm sido lavados pelo sangue de Cristo. A pomba trouxe de volta uma folha de oliveira como um sinal de esperança para aqueles que estavam na arca. Isso prefigura o Espírito que traz a segurança da salvação para os que estão em Cristo.

A pomba, por causa do seu senso de direção, sempre foi utilizada como mensageira (pombo-correio). O Espírito Santo é quem nos revela ou nos dá entendimento e discernimento espiritual das coisas de Deus (1 Co 2.10).

2. ÁGUA

A água é outro símbolo do Espírito Santo que se aplica principalmente à doutrina da salvação. É Jesus quem fala da salvação como beber água: "aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna" (Jo 4.14). O Espírito Santo, ao habitar no crente, é esta fonte a jorrar para a vida eterna. É Ele que opera e mantém a vida eterna (Jo 7.37-39).

A água é necessária para limpeza e purificação. No Antigo Testamento era utilizada como símbolo de purificação dos sacerdotes (Êx 29.4; Lv 8.6). Ezequiel fala da água como instrumento de purificação interior e a relaciona com a regeneração produzida pelo Espírito Santo (Ez 36.25-27).

É o Espírito quem limpa nossos corações na regeneração e continua nospurificando durante o nosso processo de santificação (Tt 3.5; 1 Jo 1.9).

3. VENTO

O vento é um símbolo da presença do Espírito Santo (Ez 37.9,13; Jo 3.8; At 2.2).

Jesus Cristo comparou a obra do Espírito à ação do vento, quando disse a Nicodemos: O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito (Jo 3.8). Após a sua ressurreição, Jesus soprou sobre os seus discípulos e disse: "Recebei o Espírito Santo" (Jo 20.22).

Algumas lições práticas:

A. Assim como o vento é invisível na sua ação, o Espírito age de forma invisível no coração humano (Jo 3.8).

B. Assim como o vento é incontrolável na sua força e imprevisível na sua ação, o Espírito é irresistível e soberano na Sua ação (Jo 3.8; At 2.2).

C. Assim como o vento move um barco a velas, o Espírito de Deus moveu aqueles que escreveram as Escrituras (2 Pe 1.21).

4. FOGO

O fogo na Bíblia, possui diversos significados, mas principalmente parasimbolizar a presença de Deus (Êx 3.2; 13.21). O nosso Deus é fogo consumidor (Hb 12.29). O fogo é um sinal da aprovação de Deus (2 Cr 7.1), da proteção de Deus (Zc 2.5), da purificação divina (Ml 3.3), do juízo de Deus (Lv 10.2).

O fogo é um emblema do Espírito Santo (Mt 3.11). Em Apocalipse, o Espírito é comparado a "sete tochas de fogo" que ardem diante do trono de Deus (Ap 4.5). Em Atos 2.3, na descida do Espírito Santo (Pentecostes), vemos que o fogo era um sinal da presença do Espírito. 0 Espírito é o fogo que aquece, ilumina, purifica e fornece energia ao povo de Deus.

5. ÓLEO

A principal fonte de óleo ou azeite entre os judeus era a oliveira. A "oferta de manjares", prescrita pela Lei, era misturada ao óleo (Lv 2.4,7,15; 8.26,31; Nm 7.19; Dt 12.17-32).

O azeite estava incluído: Entre as ofertas de primeiros frutos (Êx 22.29 – 23.16) e o seu dízimo era obrigatório (Dt 12.17; 2 Cr 31.5). O óleo era usado parailuminação (Êx 25.6; 27.20-21; Zc 4.3,12), na consagração dos sacerdotes (Êx 29.2,23; Lv 6.15,21), no sacrifício diário (Êx 29.40), na purificação do leproso (Lv 14.10-28), e no complemento do voto dos nazireus (Nm 6.15). Certas ofertas deviam efetuar-se sem aquele óleo, como, por exemplo, as que eram feitas paraexpiação do pecado (Lv 5.11) e por causa de ciúmes (Nm 5.15).

Nos banquetes havia o costume de ungir os hóspedes – os criados ungiam a cabeça de cada um na ocasião em que tomavam o seu lugar à mesa (Dt 28.40; Rt 3.3; Lc 7.46). O azeite indicava alegria, ao passo que a falta denunciava tristeza ou humilhação (Is 61.3; Jl 2.19; Ap 6.6).

Assim como o óleo era usado para a cura, o conforto, a iluminação e a unção, com propósitos específicos, o Espírito Santo cura, conforta, ilumina e unge ou consagra o crente (1 Jo 1.27-29; 2 Co 1.21-22; Tg 5.14).

6. SELO

A figura do selo aparece três vezes no Novo Testamento (2 Co 1.21-22; Ef 1.13; 4.30).

Quais são as funções e propósitos normais de um selo? O que ele significa? O selo tem três funções básicas: a) autenticação de um documento; b) propriedade ou posse; c) proteção ou inviolabilidade.

Todo crente foi convertido e é habitado pelo Espírito Santo. Se a pessoa não tem o Espírito Santo é porque não foi convertido (Rm 8.9; 1 Co 6.19-20). O selo do Espírito indica que o cristão é propriedade de Deus (Ef 1.13; 1 Pe 2.9), é protegido espiritualmente por Deus (1 Jo 5.18-19).

7. PENHOR

O Espírito Santo é comparado também ao "penhor" (Ef 1.14).

Um penhor é uma parte do preço que se paga por alguma coisa, como garantia do pagamento final. É uma fiança. O Espírito Santo nos foi outorgado no dia da nossa conversão e a sua presença em nós é uma garantia da nossa redenção final (Rm 8.23; Fp 1.6).

A pomba, a água, o vento, o fogo, o óleo, o selo e o penhor são as principaismetáforas bíblicas que revelam a pessoa e o ministério do Espírito Santo. Elasnos ensinam que o Espírito Santo nos revela a Cristo, regenerando-nos de forma soberana, purificando-nos, ungindo-nos, comparando-nos e garantindo-nos um futuro mais feliz.

Você sabe quem era Jezabel?



Jezabel era filha de Etbaal, rei dos sidônios e adorava Baal. Sob a influência dela, o rei Acabe, seu marido, construiu um altar e um templo para Baal. A própria Jezabel dava teto e comida para 850 profetas das religiões pagã (I Rs 18.19).

Ela foi e é considerada a mulher mais ímpia citada na Bíblia. Ela era arrogante e calculista, premeditava a morte dos profetas do Senhor! O alvo de Jezabel de promover a adoração a Baal, tranformou-a numa mulher destrutiva. Seus crimes tornaram-se, ao longo dos anos, algo pessoal.

O profeta Elias, após derrotar os profetas de Baal no monte Carmelo, foi cruelmente perseguido por Jezabel, a ponto de desejar a morte. Com a ajuda deDeus, Elias enfrentou Jezabel, predizendo que ela, Acabe e sua família seriam exterminados. E foram (2Rs 9.33)!

Nada restou: poder, luxo, dinheiro e família!

Embora Jezabel se vestisse bem e se enfeitasse (2 Rs 9.30), em seu interior ela era feia por causa do ódio.

Infelizmente, em nossos dias, Jezabel só é mencionada quando querem falar sobre roupas, acessórios e maquiagens... vaidades! Esquecem que o grande erro de Jezabel foi adorar a Baal, perseguir e matar os profetas de Deus.

Com certeza, Jezabel priorizou as coisas mundanas (seus adereços e seu poder) e por conseguinte, esqueceu-se de Deus, uma vez que, se em seu íntimo ela tivesse buscado primeiramente e prioritariamente à Deus, tais atos pecaminosos ela não teria praticado. O problema dela não foi exatamente o lápis que ela usou para colorir os olhos, o batom em sua boca, o pó no rosto nem os enfeites na cabeça (2 Rs 9.30), e sim porque ela não teve um coração voltado pra Deus. 

Dizendo-se profetisa, Jezabel, fazia bruxarias e enganava o povo, induzindo-os a se prostituírem e a comer dos sacrifícios da idolatria. Ela descuidou da sua casa, da sua família.

Jamais, jamais se considere parecida com Jezabel só por dar lugar à vaidade, nem se considere digna da salvação somente por não ter vaidade externa. Sua comunhão com Deus quem determina é o teu coração, e se manifesta através das tuas atitudes para com o teu próximo.

Deus sonda o teu coração e conhece os teus pensamentos.”Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem. Pois Ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó” (Sl 103.13-14).

Não diminua o sacrifício de Jesus por nós na cruz do calvário achando que vai se salvar somente por seguir à risca costumes, muitos deles, ultrapassados. A salvação é por fé e não por obras para que ninguém se glorie.”Porque pela graça sois salvos,por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie!”( Ef 2.8e9). ”Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor”(Jr 9.24).

A sua salvação não se resume apenas a uma vida destituída de vaidades, e sim de uma fé inabalável em Cristo Jesus, o qual nos liberta e nos purifica de todo pecado.

 Os exageros também não nos fazem bem, portanto, devemos evitá-los. Tudo nessa vida tem limites! Até a simplicidade pra ser simples tem que ter limites; se não, torna-se bizarra, digna de zombarias.

Mas não posso concordar com certos legalistas. Os legalistas acreditam que por seguirem à risca os costumes denominacionais, não precisam mais converterem-se. É como uma receita pronta: faça isso, faça aquilo, não use isso e não use aquilo que você estará salvo. ”Condutores cegos!Coais mosquitos e engolis um camelo”(Mt 23.24).

Há coisas maiores com o que se preocupar! Nós seremos salvos é pela graça. Pela graça de Deus!

Graça= favor imerecido!

E a nossa salvação é um processo! Todo dia temos que nos arrependermos de algo e procurarmos fazer algo pela nossa salvação!

Que Deus tenha misericórdia da minha e da tua vida.

terça-feira, 20 de maio de 2014

O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA



Texto Áureo II Tm. 4.5 – Leitura Bíblica At. 8.26-35; Ef. 4.11




INTRODUÇÃO
Em continuidade ao estudo dos dons ministeriais, estudaremos na aula de hoje o dom de evangelista. Inicialmente mostraremos o que o Novo Testamento revela a respeito desse importante ministério. Em seguida, ressaltaremos as características do ministério de evangelista. Ao final, abordaremos a atuação do ministério de evangelista nos dias atuais, destacando sua relevância para a igreja.

1. O DOM DE EVANGELISTA
A palavra evangelista (gr. euaggelistas) ocorre apenas três vezes no Novo Testamento em At. 21.8, em referência a Filipe, o diácono-evangelista; em Ef. 4.11, ao dom ministerial de evangelista; e II Tm. 4.5, orientando Timóteo a fazer o trabalho de evangelista. O significado literal de “anunciador de boas novas”, e nesse sentido, Jesus é o maior dos evangelistas, pois Ele deu testemunho de que havia sido enviado para pregar as boas novas aos quebrantados (Lc. 4.18,19; Is. 61.1-3). Ao que tudo indica essa era uma função ministerial na igreja primitiva, semelhante à de apóstolos, profetas, pastores e mestres. O evangelista, grosso modo, é alguém que tem amor pelas almas perdidas, um desejo de conduzir os perdidos a Cristo. Filipe é o único homem no Novo Testamento a ser denominado de evangelista. Ele era um dos sete diáconos que foram dispersos em virtude da perseguição que resultou na morte de Estevão (At. 6.5; 8.1-5). Filipe se destaca como um verdadeiro evangelista porque mesmo diante da perseguição não foge da responsabilidade de levar o evangelho adiante. Ele desfruta de íntima relação com Deus, ouvindo a Sua voz, com disposição para obedecê-LO. Como evangelista Filipe deixou o exemplo para aqueles que querem ganhar almas para Cristo. Isso somente poderá ser feito se não medirmos esforços para alcançar essa meta. É necessário também seguir as orientações do Espírito Santo. Identificamos o dom de evangelista na igreja sempre que vemos obreiros dedicados à tarefa de ganhar almas. Há pessoas que se gastam a fim de tirar os perdidos do caminho da perdição. Como Filipe, seu mote é a doutrina da salvação, a cruz de Cristo é seu tema central. Fundamentados na Bíblia, como fez Felipe diante do Eunuco, pregam a Cristo, e esse crucificado (At. 8.32-35), loucura e escândalo para alguns, mas o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, como bem expressou Paulo (Rm. 1.16). Felipe foi separado como diácono pela igreja, mas se revelou evangelista em atuação. Isso demonstra a possibilidade das pessoas serem escolhidas para assumirem uma posição eclesiástica, e se destacarem em outra, de acordo com o chamado de Deus.

2. CARACTERÍSTICAS DO EVANGELISTA
O verdadeiro evangelista tem amor pelas almas perdidas, Paulo assumiu que pesava sobre ele a obrigação de pregar o evangelho (I Co. 9.16). Geralmente a atuação do dom ministerial de evangelista é acompanhada por milagres. Filipe pregou o evangelho, mas certamente os milagres que Deus realizou através dele foram relevantes para a conversão de muitas vidas a Cristo (At. 8.6). É importante ressaltar, no entanto, que o ministério de Filipe não se reduziu a operação de milagres. Existem muitos pregadores atuais, principalmente os televisivos, que não pregam a mensagem. Eles apenas utilizam os milagres como um show, uma espécie de atrativo pessoal, como se fosse um fim em si mesmo. Alguns desses supostos evangelistas estão interessados apenas no dinheiro das pessoas. Elas não querem arrebatar almas da perdição, querem auferir lucros, e enriquecerem ilicitamente. Filipe não apenas fez milagres, o texto bíblico de At. 8.12 diz que as pessoas creram na sua mensagem. Isso quer dizer que elas ouviram a pregação, e foram convencidas e convertidas da necessidade do arrependimento (At. 3.19). Os evangelistas pregam o novo nascimento, a importância de deixar o pecado e se voltar para Deus, em novidade de vida (II Co. 5.17). Um verdadeiro evangelista não se aparta da Bíblia, na verdade ele prega a Palavra de Deus (II Tm. 4.2). Paulo quando esteve entre os coríntios não levou palavras persuasivas de sabedoria humana. Como evangelista, pregou a mensagem da cruz, pelo poder do Espírito Santo (At. 8.13; I Co. 1.4). O evangelista valoriza as vidas individualmente, por isso Deus conduziu Filipe para pregar ao eunuco de Candace. As maiores mensagens de Jesus foram pregadas para uma pessoa. Em João 3 O encontramos pregando para Nicodemos, expondo a doutrina do novo nascimento. Em João 4 nos deparamos com o mesmo Senhor ministrando para uma mulher samaritana, destacando o valor da água da vida. Aqueles que apenas querem pregar para as multidões não são evangelistas, alguns deles querem apenas visibilidade pessoal. O verdadeiro evangelista valoriza cada alma, sabendo o valor que elas têm, individualmente (Lc. 15.3-7).

3. O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA
O evangelista, como todos os dons ministeriais, são interdependentes, isto é, se complementam. Ninguém pode ser obreiro de Deus sozinho, dispensando a contribuição de outros para o seu ministério. Felipe foi usado por Deus como evangelista, pregando a mensagem da cruz, com autoridade espiritual. Mas dependeu do trabalho dos apóstolos, por isso Pedro e João foram enviados para Samaria, a fim de confirmaram o trabalho ali iniciado. Ao que tudo indica Filipe teria batizado Simão (At. 8.13), aquele que posteriormente quis comprar o dom de Deus (At. 8.18-23), sendo repreendido por Pedro. O evangelista, na ânsia de ganhar almas, pode se adiantar, e aceitar a todos, indistintamente, o que é compreensível. Às vezes o evangelista diz “vinde como estás”, mas o pastor-mestre complementa: “como estás não podes permanecer”. A doutrina apostólica é fundamental para orientar aqueles que se decidem por Cristo, por isso o discipulado é tão importante nas igrejas. Outra característica do evangelista é itinerância, é o que atestamos no ministério de Filipe. Após cumprir sua missão em Samaria, é conduzido imediatamente para outro lugar (At. 8.26). Talvez Timóteo achasse cômodo permanecer em Éfeso, como pastor residente, mas Paulo o admoesta para que cumpra o ministério de evangelista (II Tm. 4.5). Para tanto deveria exercitar-se a si mesmo, não tem como ser evangelista apenas na teoria, sem pôr em prática, e fazer o que é preciso (II Tm. 4.7). A negligência é o principal empecilho para que o evangelista se distancie da sua responsabilidade (I Tm. 4.14). O comodismo pode afastá-lo do seu trabalho, a busca por posição eclesiástica também. Por isso a igreja deve apoiar aqueles que exercem esse ministério, reconhecendo seu valor para a expansão do Reino. O evangelista, por outro lado, devem avivar o dom de Deus em suas vidas, buscando experiências com o Senhor, fundamentadas na palavra (II Tm. 1.6).

CONCLUSÃO
Vivemos dias tenebrosos, as perseguições estão sobrevindo sobre a igreja, mas o evangelho não pode ser calado. Para tanto precisamos do ministério de evangelista, pessoas-dons que são escolhidas por Deus para levar adiante as boas novas de Jesus. Essas pessoas-dons são corajosas, tendo em vista que Deus não lhes deu espírito de covardia, mas de poder, amor e moderação (II Tm. 1.7), para ganharem muitas almas para Cristo. Cumpramos, pois, no poder do Espírito Santo, o ministério de evangelista, para o qual fomos chamados.

Acautelai-vos dos Falsos Profetas


Isto disse Jesus, especialmente para aqueles que como nós, estivessem vivendo nos últimos dias, quando haveria a apostasia da Igreja.


Definição de profeta: Aquele que fala da parte de Deus aos homens.
Em relação ao evangelho, profeta é portanto aquele que anuncia o evangelho de Jesus Cristo com a mesma precisão da verdade tal como se encontra registrada na Bíblia.
Mais precisamente… é aquele que conduz por sua mensagem, pessoas a terem um encontro pessoal com Jesus Cristo, e a andarem em conformidade com a Sua santa vontade.
Este é o profeta do Novo Testamento, desde que nosso Senhor Jesus Cristo se manifestou com a revelação final da verdade, nada deixando para que lhe fosse acrescentado; de modo que se alguém se levanta anunciando alguma mensagem que afirme ser uma nova revelação da vontade de Deus para a Igreja, que contrarie o que já foi revelado nas Escrituras, esta pessoa estará pregando algo falso.
Agora, através do dom de profecia, Deus pode usar a quem Ele quiser, para – dentro do contexto e tom das Escrituras – exortar, consolar ou edificar a Sua igreja.
Como a salvação e edificação de almas é feita através da fé na mensagem do genuíno evangelho de Cristo, é evidente que Satanás usará de todos os meios e artifícios para distorcer e adulterar a referida mensagem de forma que não produza o efeito esperado por Deus.
O meio mais comum de fazê-lo então será por levantar lideres no meio da própria Igreja que passem por dignos, confiáveis mensageiros do evangelho, quando na verdade são lobos em pele de cordeiro.
Para isto, não há necessidade que aquele que será usado pelo diabo para enganar a muitos, esteja consciente do que está fazendo, de maneira que há muitos que enganam que também estão sendo enganados pelo diabo, porque pensam que estão pregando e ensinando a verdade, e agindo de modo verdadeiramente cristão, quando na verdade não o estão fazendo.
Todavia, muitos destes que são enganados pelo diabo para ministrarem um evangelho adulterado, são despertados posteriormente pela graça de Deus e chegam ao conhecimento da verdade, à qual agora eles se apegam com toda a sua alma.
Assim, quando a Bíblia faz firmes e severas repreensões contra os falsos profetas, não é propriamente a estes irmãos que andaram confusos por algum tempo, mas àqueles que obstinadamente resistem a uma vida verdadeiramente santa, operada por uma submissão humilde e sincera aos mandamentos do Senhor, e cujo ego inchado é usado pelo diabo, criando neles convicções reativas ao evangelho e ao modo de se andar na igreja, que contrariam frontalmente os mandamentos de Jesus, de modo a manter os crentes afastados daquela verdadeira santificação que seria produzida em suas vidas caso lhes fosse ministrada a verdade.
É a este tipo de falsos profetas e mestres que o apóstolo Pedro se refere em sua segunda epístola.
Pedro disse que estes falsos profetas e mestres introduziriam suas heresias destruidoras na Igreja de maneira encoberta, isto é, agindo como lobos em peles de ovelhas tal como Jesus havia alertado a Igreja para que se acautelasse deles, exatamente por causa desta dificuldade de serem logo identificados.
Eles negam o Senhor porque não pregam debaixo da obediência à Sua vontade somente aquilo que Ele nos ordenou para ser ensinado e guardado.
Eles pregam algumas coisas agradáveis do evangelho pela própria escolha deles para agradarem e seduzirem as pessoas.
Eles não pregarão o escândalo da cruz, e não atacarão firme o pecado, e não disciplinarão os crentes com toda a longanimidade e doutrina, antes pregarão uma graça irresponsável que não é a verdadeira graça – a qual exige diligência e santificação dos cristãos, ou então pregarão uma salvação por meio de obras, e não pela graça, mediante a fé, de modo a manterem as pessoas atemorizadas e debaixo do domínio deles, por temerem que não venham a cumprir as suas ordens e desejos – que impõem aos crentes como coisas necessárias para que não se desagrade a Deus.
Eles, servem a si mesmos e não ao Senhor e aos interesses do Seu reino.
Assim, o evangelho destes falsos profetas e mestres não tem porta estreita, nem caminho estreito para a salvação, segundo a santificação que leva à mortificação de todo tipo de pecado, e a um andar na justiça evangélica; senão uma porta ampla e um caminho largo para os crentes viverem desordenadamente, desde que atendam aos interesses de seus “líderes” que constituíram a si mesmos sobre eles – não da parte do Senhor e nem por uma chamada específica para o exercício do ministério.
Como pregariam a mensagem relativa à graça e a verdade do evangelho, quando eles mesmos não a conhecem?
Como pregariam a santificação evangélica, quando eles próprios não a vivem?
Eles falam de Jesus, mas o Jesus que eles pregam não é o da Bíblia, e por isso o apóstolo afirma que eles negam o Senhor que os resgatou, e com isso trazem sobre si mesmos repentina destruição (v. 1).
Nenhum cristão bem instruído pelo Espírito deveria permanecer debaixo da liderança destes falsos profetas e mestres, porque são muitos os que seguem as suas dissoluções, e por causa deles o caminho da verdade é blasfemado (v. 2), porque a santificação não será forjada na vida dos seus ouvintes, porque eles vivem na carne e não pregam a verdade, e sem a prática da Palavra não há santificação, assim como quem prega na carne nada mais pode gerar senão o que é carnal, e jamais o que seja verdadeiramente espiritual.
Uma outra característica destes falsos profetas e mestres é que eles ministram movidos pela ganância, porque o que eles visam verdadeiramente não é a glória de Deus, mas aquilo que é do próprio interesse egoísta deles, e para atingir os seus propósitos pessoais eles agem usando palavras fingidas, e usam os cristãos como fossem uma mercadoria deles, para atingirem dos seus objetivos gananciosos (v. 3).
E isto não tem a ver somente com vantagem financeira, mas com fama, primazia, louvor do ego inchado deles.
No entanto a condenação deles já foi lavrada por Deus há muito tempo e a destruição deles é certa, porque o Senhor dar-lhes-á a devida paga a Seu tempo, conforme afirma o apóstolo Pedro.
Se nem mesmo aos anjos que pecaram, ele poupou lançando-os no inferno, e tem mantido a muitos deles no abismo de trevas, onde se encontram aguardando o dia do juízo final sobre eles (v. 4), quanto mais não serão condenados pelo Senhor estes falsos ministros que estão a serviço do diabo.
Também com certeza não os poupará porque somente Noé e mais sete pessoas foram livradas do inferno quando Deus destruiu milhões de pessoas com as águas do dilúvio; e somente Ló foi livrado da destruição pelo fogo das cidades de Sodoma e Gomorra, as quais Deus colocou como exemplo do que sucederá a todos os que vivem impiamente (v. 5, 6).
Assim como o Senhor livrou Ló, de igual modo Ele sabe como livrar os piedosos da tentação, e reservar para o dia do juízo os injustos que ele começou a castigar ainda aqui neste mundo para revelar que haverá de fato um juízo final (v. 7 a 9).
Satanás e os seus ministros procuram se levantar principalmente contra a autoridade de Deus, e como não podem atingi-lo diretamente, eles atacam as autoridades que foram instituídas por Ele, rebelando-se contra elas com seu atrevimento, arrogância e não receiam blasfemar da dignidade delas, enquanto que os próprios anjos, embora sejam maiores em força e em poder, não pronunciam juízo blasfemo contra tais autoridades diante do Senhor (v. 10, 11).
Depois de nos colocar em alerta contra os sedutores, o apóstolo passou a descrevê-los mais detalhadamente a partir do verso 12; e neste verso eles são descritos como aqueles vasos de ira preparados para a destruição, porque seguem resolutamente a natureza terrena deles agindo como fossem criaturas irracionais, porque não fazem uso adequado da razão para levarem seus pensamentos cativos à obediência de Cristo, de maneira que, por natureza, permanecem na condição de existirem para serem aprisionados e mortos espiritualmente, e como blasfemam daquilo que não deveriam blasfemar, mas o fazem porque não podem entender a natureza das coisas contra as quais blasfemam, é certo que perecerão na sua corrupção.
Eles se riem daqueles que levam a vontade de Deus a sério, e que se santificam, porque isto é para eles algo exagerado, fanático, desnecessário, e assim, eles blasfemam contra as coisas santas de Deus.
Como eles vivem na carne, o seu prazer está voltado para deleites, entretenimentos, festas, reuniões para o propósito de satisfazerem a carne com banquetes e outros deleites relativos às paixões e desejos de suas almas ímpias.
Como não podem caminhar na verdade se deleitam nas suas dissimulações, porque vivem do engano, e têm prazer nisto.
Eles são verdadeiras manchas para o nome de Cristo e da Sua Igreja.
São adúlteros espirituais, pois se aliançam com o mundo e com aqueles que servem a Satanás, a pretexto de ampliarem a obra de Deus (construção de templos suntuosos, obras sociais de fachada etc), e a fome deles para pecar não pode ser saciada, e assim toda alma que for inconstante será engodada por eles.
O coração deles se exercita continuamente na ganância, e são filhos de maldição porque seguem pelo mesmo caminho de Balaão, que profetizava por dinheiro.
Eles deixaram voluntariamente o caminho de Deus e se desviaram por amarem o prêmio da injustiça tal como fizera Balaão, o modelo deles do passado.
Alegam servir a Deus e seguir as Escrituras, mas não dão a devida consideração aos mandamentos de Cristo para pô-los em prática em suas vidas e nas dos crentes que dirigem (v. 13 a 16).
Eles se apresentam como fontes, mas não têm água para saciar a sede dos que têm sede da água viva do Espírito; são nuvens levadas pelo vento e que também não trazem chuva para regar a terra de corações, que necessitam serem amolecidos, e assim o que está reservado para eles é a negridão das trevas (v. 17).
Quão distante estão portanto estes falsos profetas e mestres do exemplo de humildade e mansidão que houve em Cristo e que deve ser achado também em todos os Seus ministros.
Quão longe eles estão daquela santidade de vida que deve existir em todos os verdadeiros ministros de Cristo.
Quão resistentes eles são à Palavra de Deus e ao trabalho do Espírito, sobretudo no que diz respeito à implantação de todas as graças que o apóstolo relacionou no primeiro capítulo da sua segunda epístola.
Por tudo isto eles comprovam que são pessoas que não possuem de fato a habitação do Espírito Santo, que lhes teria regenerado e santificado, tornando-lhes novas criaturas.
Estes falsos profetas e mestres se intrometeriam na liderança da Igreja, mas o apóstolo está alertando os cristãos para não reconhecerem a tais homens e não permitirem que eles permaneçam no exercício do ministério, porque debaixo da liderança deles o rebanho certamente será posto a se perder.
A sedução deles consiste em atrair os discípulos para uma vida carnal e sensual que não lhes exija, conforme é da vontade de Deus, a mortificação do pecado e a prática da justiça, por um andar no Espírito.
Então eles agradarão a muitos, porque não são poucos os que resistem a um viver e um andar no Espírito, e que consideram ser possível agradar a Deus vivendo na carne.
Eles sinalizam com liberdade total sob a alegação de que os cristãos estão na graça – a graça para eles é libertinagem e não a verdadeira graça de Deus que é o poder de Deus para vencer o pecado, o diabo e o mundo.
E então eles próprios permanecem ainda presos às suas cobiças e pecados, enquanto oferecem aos outros uma liberdade que eles próprios não possuem.
O que pode parecer para muitos ser uma vantagem para os falsos profetas e mestres, o fato deles terem algum conhecimento nocional da verdade das Escrituras em suas mentes, apesar de não tê-lo por experiência em seus corações, que isto servirá pelo menos de abrandamento da pena para eles no dia do Juízo.
No entanto, isto não será uma circunstância atenuante, senão agravante, porque o apóstolo afirma que o último estado deles será pior do que o primeiro, porque seria melhor que fossem totalmente ignorantes acerca dos caminhos de Deus, do que conhecendo o que se exige para andar neste caminho, tenham vivido num outro caminho diferente, e ainda conduzindo a outros a caminharem de maneira errada (v. 18 a 22).
Não haverá portanto nenhuma consideração da parte de Deus no dia do Juízo para aqueles que tenham vivido por um período, ainda que apenas de maneira externa, segundo os mandamentos da Palavra, e que logo depois vieram a apostatar entregando-se abertamente à prática das antigas corrupções que eles haviam abandonado temporariamente, eles serão considerados como o cão que voltou ao seu vômito e a porca lavada que voltou ao lamaçal.
Estas palavras são também reafirmadas em essência pelo apóstolo Judas, irmão do Senhor Jesus, na curta epístola do Novo Testamento, que escreveu e que leva o seu nome.
Somente a justiça de Cristo aplicada à alma, e a perseverança na santificação, que comprova e é a evidência de ter sido de fato justificado pela graça mediante a fé, pode livrar da condenação vindoura.
Este é o fruto que não será achado na vida dos falsos profetas. É por não terem este fruto verdadeiro de santidade e justiça que podemos conhecê-los, porque o “evangelho” que eles pregam e ensinam não pode gerar tal fruto nem na vida deles, nem na dos seus ouvintes.
"As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores."
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quarta-feira, 14 de maio de 2014

O MINISTÉRIO DE PROFETA



Texto Áureo I Co. 12.28 – Leitura Bíblica II Co. 12.27-29; Ef. 4.11-13



INTRODUÇÃO
Na última lição estudamos o ministério de apóstolo, destacando que esses se tratam de missionários, enviados para pregar o evangelho de Jesus Cristo. Na aula de hoje atentaremos para o ministério de profeta (gr. profetas). Inicialmente mostraremos algumas diferenças entre o dom de profecia e o ministério profético no Novo Testamento. Em seguida, atentaremos para a pregação e predição como elementos desse ministério. Ao final, destacaremos algumas características bíblicas que mostram o aspecto fundador do ministério profético na igreja, e sua atuação na igreja de hoje.

1. DOM E MINISTÉRIO PROFÉTICO NA IGREJA
Existe muita confusão na igreja em relação ao ministério profético nos dias atuais. Isso pode ser justificado porque de fato não estão bem explicitadas no Novo Testamento as atribuições desse ministério. Mas antes de qualquer mal-entendido, gostaríamos de deixar bem claro que o ministério de profeta no Novo Testamento não é igual aquele do Antigo Testamento. O ministério de profeta não deve ser equiparado, sob qualquer hipótese, àquele dos profetas do Antigo Testamento. Isso porque os profetas do Antigo Pacto falavam com autoridade infalível, por isso utilizavam a expressão: “assim diz o Senhor” (Jr. 17.5). Os profetas literários (aqueles que escreveram livros) e os orais (os que expressaram suas mensagens verbalmente e estão registradas no texto bíblico) compõem o cânon bíblico. Eles têm um status diferenciado, pois sua enunciação foi inspirada pelo Espírito Santo (II Pe. 1.20,21). A mensagem como dom de profecia não é inerrante, como acontecia com os profetas bíblicos, tendo em vista que a profecia-dom deve ser julgada (I Co. 14.29). O dom de profecia, conforme já estudamos em lição anterior, deve ser buscado pela igreja (I Co. 12.3). Diferentemente do ministério de profeta que é um dom de Cristo para a edificação da igreja. Qualquer cristão pode buscar o dom de profecia, justamente porque esse é um dom de elocução que visa edificar, exortar e consolar a igreja (I Co. 14.3,4). É importante ressaltar que os ministérios de Ef. 4.11 são ofícios, tem propósito funcional na igreja, não devem ser confundidos com títulos. Por conseguinte, as pessoas que são usadas por Deus, geralmente de forma mais contínua, podem até serem denominadas profetas, mas apenas no que tange à funcionalidade, não à titulação. Elas podem ser reconhecidas como profetas, isso porque trazem uma mensagem do Senhor, fundamentada na Palavra inspirada. Alguns estudiosos defendem que esses se distinguem dos mestres (doutores) pelo seu enfoque mais emocional do que racional. No entanto, discordamos desse ponto de vista, considerando que todo aquele que exerce o ministério de profeta também deve se respaldar na revelação de Deus nas Escrituras.

2. O MINISTÉRIO DE PROFETA COMO PREGAÇÃO E PREDIÇÃO
O ministério de profeta costuma ser realizado por aqueles que atuam na ministração da Palavra de Deus. Essas pessoas ocupam posição de liderança na igreja, por isso tem liberdade de corrigir seus rumos, a partir da revelação de Deus, alicerçada na Bíblia. Tais líderes recebem iluminação durante a meditação da Palavra, ou mesmo durante a ministração, para evitar que a igreja não perca seu foco. Essas pessoas-dons também se dirigem ao mundo, elas demarcam as fronteiras entre o que é e não é do Senhor. Judas e Silas, em At. 15.32, são reconhecidos como líderes que exercitavam o ministério de profetas para a igreja. Uma marca desse ofício, de acordo com o texto, está na capacidade para o uso da palavra, principalmente para o fortalecimento dos irmãos. O fundamento para o ministério de profeta, conforme está registrado em Rm. 12.6, é a fé na revelação de Deus. Ao mesmo tempo em que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir através da Palavra de Cristo (Rm. 10.17). O ministério de profeta, no Novo Testamento, também pode ter um caráter preditivo. Mesmo assim isso não quer dizer que seja inerrante, que o profeta esteja isento de cometer equívocos. Em At. 11.27-30; 21.11 temos o exemplo de Ágabo, um homem que recebeu de Cristo o ministério de profeta. Sempre que alguém declara uma mensagem em relação ao futuro isso não quer dizer que haverá cumprimento. O critério de Dt. 18.22 deve ser levado em consideração, o mais viável é guardar a revelação no coração, e esperar seu cabal cumprimento. Existe muita confusão em algumas igrejas locais por causa do uso indevido de pessoas com o título de profeta. Há aqueles e aquelas que saem de casa em casa, e outros e outras que são procurados em suas residências, para entregarem revelações de Deus. Esse procedimento não tem respaldo bíblico, por causa de atitudes semelhantes existem muitas pessoas adoecidas nas igrejas. Devemos ter cuidado para avaliar tudo que ouvimos, julgar se de fato as profecias procedem de Deus (I Jo.4.1), e ponderar sempre à luz da Palavra de Deus (I Ts.5.19-21).

3. O ASPECTO FUNDADOR DO MINISTÉRIO DE PROFETA
O ministério de profeta tinha um aspecto fundador na igreja primitiva, isso porque aqueles que falavam, com base na revelação que haviam recebido, também declaravam com autoridade os desígnios de Deus. A igreja sempre esteve fundamentada na doutrina apostólica, que, por sua vez, se baseava na mensagem dos profetas do Antigo Testamento (At. 13.15,27; 15.15). Em Ef. 2.20 Paulo destaca a importância da mensagem dos profetas, e sua relação com a pregação apostólica, sobre Jesus Cristo, como a pedra fundamental da igreja (Is. 28.16). No entanto, em Ef. 3.5 o apóstolo se refere à outra categoria de profeta, esse com um ofício mais específico na igreja. Esses profetas, tanto no período da igreja primitiva, como nos dias atuais, são arautos de Deus. Eles partem daquilo que receberam de Deus, e que está revelado nas Escrituras, a fim de orientar os ditames da igreja. Esse ministério é importantíssimo na igreja atual, tendo em vista os perigos que enfrentamos, principalmente no contexto evangélico brasileiro. Felizmente Jesus tem dado pessoas que são profetas de Deus para esta nação, homens e mulheres corajosos que declaram, como fez Paulo entre os efésios, todos os desígnios de Deus (At. 20.27). Esses profetas não se vendem por status ou dinheiro, não estão interessados em posição, o objetivo principal deles é repassar o que receberam do Senhor. Esses homens-dons também se posicionam com ousadia, em alguns casos através da mídia, para denunciar o erro, tanto na igreja quanto no mundo. Eles denunciam os excessos que geralmente testemunhamos na igreja. Eles não se conformam ao ver a igreja ser confundida com empresa, o ministério com profissão, e os cristãos com clientes. Os profetas de Deus a essa nação falam com propriedade quando se trata da cultura da morte, defendendo a cultura da vida, se opondo a práticas como o aborto e a eutanásia. Esses profetas, quando fundamentados na Palavra, fazem as estruturas institucionais estremeceram, pois têm a autoridade de Deus, denunciando inclusive a corrupção.

CONCLUSÃO
Nesses dias, marcados pelo secularismo, em que as igrejas estão se dobrando diante de mamom, precisamos de pessoas que exerçam o ministério de profeta. Que Deus levante homens e mulheres com coragem e ousadia, que não se dobrem diante das instituições humanas, que se respaldam na Palavra de Deus. Estejamos atentos à voz dos profetas dados por Jesus Cristo à igreja. Eles incomodam na maioria das vezes, pois nem sempre dizem o que gostaríamos de ouvir, mas são fundamentais para que não sejamos conduzidos ao engano. Os apóstolos são pioneiros a serem enviados a determinadas regiões para levarem a mensagem de Cristo. Os profetas são homens de Deus que, juntamente com os mestres-doutores, consolidam a fé na Palavra de Deus, apontando para o caminho correto.

sábado, 10 de maio de 2014

Jesus e a Figueira Estéril




Era manhã de segunda feira, inicio da semana em que ocorreu a paixão de Cristo. Jesuse os discípulos estavam saindo de Jerusalém em direção à cidade de Betânia, à beira do caminho e ao longe, podia se avistar uma frondosa e convidativa figueira. O evangelista Marcos sobre a árvore comenta: “A figueira não tinha senão folhas, porque não era tempo de figos” Mc 11:13.

Figueiras são muito comuns na Palestina onde se pode encontrar pelo menos três espécies da planta.

- O figo precoce que amadurece no final de Junho
- O figo de verão que amadurece em Agosto
- O figo de inverno que é maior e mais escuro e também permanece na figueira por mais tempo, chegando a ser colhido, por vezes, na primavera.

Vale lembrar que na figueira, o que aparece primeiro são os frutos e depois as folhas. Portanto, e m uma figueira com muitas folhas, seria normal encontrar frutos. Vamos examinar o que diz os Evangelhos sobre o encontro de Jesus com a figueira infrutífera:

“No dia seguinte, quando saíram de Betânia, Jesus teve fome. E vendo de longe umafigueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempos de figos. Então, lhe disseJesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto. E, passando pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. Mc 11:12-20”.

Mateus descreve a passagem de forma diferente ao que provoca certa polêmica quanto à interpretação: “A figueira secou imediatamente, vendo isso os discípulos, admiraram-se e exclamaram: Como secou depressa a figueira!” Mt 21:19.

Teria a figueira murchado imediatamente como afirma Mateus, ou tempos depois deJesus ter orado decretando sua morte como diz Marcos?   Esclarecer o tempo exato em que a figueira morre, pode ser útil, mas não é o que há de mais importante na passagem. Os céticos se prendem aos dilemas de interpretação para fundamentarem suas descrenças, desprezando o contexto. Para o crente, contudo não é a dúvida que prevalece, mas a certeza de que o milagre aconteceu na hora e no tempo certo sendopara Deus possível todas as coisas.

Jesus poderia ter abençoado a figueira e fazê-la dar muitos frutos, mas por que escolheu o contrário? Isso é intrigante para muitos. O Mestre da vida haviaressuscitado mortos, curado doentes, expulsado demônios e ensinadopacientemente a pecadores, por que não transformar a figueira de infrutífera parafrutífera? É uma pergunta interessante para se fazer. Consequentemente a resposta nos seria ainda mais surpreendente se considerarmos alguns dos acontecimentos ocorridos naquele dia na vida de Jesus e dos discípulos.

Primeiramente, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, Ele é aclamado pela multidão como “filho de Davi, o que veio em Nome do Senhor” Mt 11:9. Não obstante os corações cheios de fé, manifestando a chegada do Reino de Deus, estavam presentes ali os fariseus, revoltados, cheios de ódio e inveja pedindo silêncio para as crianças que louvavam a Jesus.

Depois desse acontecimento, Jesus se dirige ao templo e  expulsa os cambistas que faziam do local ponto de comércio: “está escrito, a minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores” Mt 21:13.

Uma parada em Betfagé

Depois disso, Jesus e os discípulos seguem em direção a Betânia. Sabem qual região está situada entre Jerusalém e Betânia? O povoado de Betfagé. Muito provavelmente foi neste local que aconteceu a morte da figueira sem frutos. Betfagé significa “casa dos figos” um povoado repleto de figueiras! Mas uma delas chamava à atenção porque estava à beira do caminho e se mostrava promissora quanto aos frutos, apesar de não ser tempo de frutos. A cidade das figueiras foi onde Jesus parou para “saciar a fome” Mt 21:18, mas não encontrou um figo sequer.

Assim como o templo “casa de oração” havia se transformado em covil de salteadores em demonstração de hipocrisia religiosa, a “casa dos figos” também dava demonstração de hipocrisia ao demonstrar na aparência aquilo que não era. Assim como o templo de Jerusalém simbolizava os rituais farisaicos que externavam vaidade e desamor, sem frutificar para matar a fome dos necessitados de espírito, a figueira igualmente passava essa mensagem.

O prejuízo causado pela religiosidade dos fariseus era enorme, um sistema totalmente corrompido por interesses pessoais e distância de Deus, ao que Jesus muito criticou: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais que vós”! Mt 23:15

Aquela figueira sem frutos, mas com muitas folhas era um engano! Ela atraia os famintos, mas não saciava a fome. Verdade é que dava sombra, assim como dava sombra fazer parte do sistema religioso da época: status, regalias, fama, comodidade. Mas não bastava dar sombra, era preciso frutos, frutos!

A Benção e a maldição

“Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidares, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; e tudo quanto pedirdes em oração crendo, recebereis” Mt 21: 21-22.

Cumpre-se nas palavras finais de Jesus junto a figueira, uma grandiosa lição sobre fé e oração. A decepção com a “casa de oração”, transformada em covil de salteadores, não era o único lugar a se recorrer para alcançar o milagre. Não era necessário fazer parte de um sistema, de uma religião para ser ouvido por Deus. Era preciso ter fé, não duvidar, não ser hipócrita a ponto de querer demonstrar aos homens algo que não era. A mentira e a esterilidade espiritual não eram requisitos para alcançar e ser alcançado por Deus. Essa natureza deveria morrer, assim como morreu a figueira. E morrendo era necessário que surgisse um novo e sincero ser, capaz de buscar a Deus em oraçãopara ver a transformação.

Jesus não destrói algo se não for para cumprir um objetivo maior. Essa lição está presente nos Evangelhos, na figueira morta. Ele mesmo se entregou à morte para que através desse acontecimento, houvesse vida para todos os que cressem. E Ele fez isso sendo inocente, simplesmente por amor. O melhor de tudo é que Ele venceu a morte, tendo ressuscitado para resgatar um povo para Seu Reino. A morte da figueiraé a o que de melhor pode acontecer quando essa figueira em si é a própria morte. Uma morte que pode ser vencida pela vida de Cristo. 
Deus nos abençoe.
|  Autor: Wilma Rejane  |  Divulgação: estudosgospel.Com.BR 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Dia das Mães Origem e Tradições




ORIGEM DO DIA DAS MÃES

A idealizadora do Dia das Mães, Anna M. Jarvis, nasceu em Webster, West Virgínia, nos EUA, a 1° de maio de 1864, filha de Anna Reeves Jarvis e Oranville E. Jarvis. Recebeu educação primária em Grafton, WestVrrginia, e completou seus estudos secundários e superiores na Faculdade Feminina de Augusta, no Estado de Virgínia, em 1881. Fez, a seguir, uma série de estudos especiais que incluíram Literatura Inglesa, Psicologia, Filosofia, Latim, Alemão, Matemática e Música. Após estes estudos. regressou a Grafton, onde foi nomeada professora da escola estadual, lecionando por sete anos seguidos. William Tapp, superintendente escolar, disse dela o seguinte: "Em toda minha larga experiência de professor e como superintendente escolar. não conheci professora tão capaz, eficiente e culta. Mulher de visão, espírito combativo, idealista, foi uma oradora fluente, lógica e convincente.

O NASCIMENTO E CONCRETIZAÇÃO DA IDÉIA

Em princípios de 1900 Anna Jarvis e sua família transferem residência para Filadélfia, onde seu pai falece a 31 de dezembro de 1905. Com a morte de sua mãe, tão próxima à do seu progenitor, Anna Jarvis sofreu muitíssimo, pois desde menina era reconhecida como raro exemplo de amor filial. Foi no segundo domingo do mês de maio de 1907 que realizou a primeira celebração do Dia das Mães, em uma reunião privada, em homenagem à progenitora. Entretanto, a primeira celebração pública deu-se a 10 de maio de 1908, conforme consta da placa comemorativa que se encontra na Igreja Metodista de Grafton, West Virginiana. Eis a inscrição ali existente: "IGREJA METODISTA EPISCOPAL DE ANDREWS - IGREJA MÃE DO DIA DAS MÃES - PRIMEIRA CELEBRAÇÃO DO DIA DAS MÃES, 10 DE MAIO DE 1908 - FUNDADORA: ANNA JARVIS­MINISTRO: DR. H. C. HOWARD - SUPTE. DA ESCOLA DA IGREJA: L. L. LOAR".

Até há bem pouco tempo tinha-se como certo o segundo domingo de 1912 como a data da primeira comemoração do Dia das Mães, entretanto, através de verificações recentes e do testemunho da placa citada, 1O de maio de 1908 é a data correta.

OFICIALIZAÇÃO

Em maio de 1910, o governador do Estado de West Virginia, William E Glasscock, decretou a primeira comemoração oficial do Dia das Mães, e em maio de 1914, por proposta do deputado Heflin, do Alabama, e do senador Sheppard, do Texas, o Dia das Mães foi incluído no calendário federal dos Estados Unidos.

O decreto foi assinado pelo Presidente Woodrow Wilson, na presença de Anna Jarvis, do secretário de Estado William Jennings Bryan e daqueles parlamentares. Entre outras resoluções, diz o decreto: "No segundo domingo do mês de maio, o pavilhão nacional deverá flutuar em todos os edifícios governamentais dos Estados Unidos e suas possessões". O deputado Heflin disse, no ato: "Nunca uma bandeira nacional foi usada para festejar tão bela quanto sagrada comemoração, Mães da América".

Não passou muito tempo e a data foi aceita pela maioria dos povos cristãos, vindo a cumprir-se, dessa forma, o sonho de Anna Jarvis.

NO BRASIL. E EM SÃO PAULO

No Brasil, coube à Associação Cristã de Moços introduzir a comemoração do Dia das Mães. Em recentes pesquisas feitas pela ACM paulista, verificou-se que o Dia das Mães foi introduzido pela sua congênere de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 12 de maio de 1918, em solenidade presidida pelo escritor Alvaro Moreira, sendo oficial a poetisa Júlia Lopes de Almeida. No ano seguinte, a Associação Cristã de Moços do Rio de Janeiro, até então considerada a introdutora do Dia das Mães no Brasil, realizou a primeira festividade na capital federal, também com a colaboração de Jülia Lopes de Almeida. Em São Paulo a efeméride foi celebrada, também por iniciativa da ACM,. em maio de 1921.

A OFICIALIZAÇÃO NO BRASIL

A oficialização do Dia das Mães no Brasil partiu da iniciativa da Sra. Alice de Toledo Tibiriçá, que na qualidade de presidente do 2° Congresso Internacional Feminista, em junho de 1931, se dirigiu ao então chefe do Governo Provisório, Sr. Getúlio Vargas, nos seguintes termos:

"As mulheres do Brasil. reunidas por um alto ideal de confraternização feminina, para trabalhar pelo progresso do país e da sociedade, desejam ; homenagear as mães brasileiras - o maior fator de nosso aperfeiçoamento moral - pedindo através desta mensagem a oficialização do Dia das Mães, no segundo domingo do mês de maio, a exemplo do que já se fez nos Estados Unidos da América do Norte".

Mais tarde. uma comissão do Congresso Feminista, composta das Sras. Berta Lutz, Carmem Velasco Portinho, Maria Eugênia Celso Carneiro de Mendonça, L Stela Guerra Duval, Alice Pinheiro Coimbra, Inês Mattíhiesen, Marina Bandeira k de Oliveira, Georgina Barbosa Viana, Edith Fraenkel, Orminda Bastos e Adelaide t; Cortes, visitaram o chefe do Governo Provisório, reforçando o pedido feito através da mensagem transcrita.

Atendendo àquela solicitação, o Governo Provisório promulgou o decreto n° 21.366, de 5 de maio de 1932, instituindo oficialmente o Dia das Mães, no segundo domingo do mês de maio.

AMPLIAM-SE AS COMEMORAÇÕES

Em 1947 por determinação do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro. Dom Jaime Câmara, o Dia das Mães. no segundo domingo do mês de maio, foi incluído no calendário oficial da Igreja Católica. O gesto do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro foi recebido com viva simpatia pelos círculos religiosos e sociais do país. Daí para cá, vêm intensificando-se as comemorações em tomo do Dia das Mies, destacando-se entre elas as organizadas pela Confederação das Famílias Cristãs, Rotary Club, SBSI, SESC e outros. Pouco a pouco foi germinando a semente lançada entre DÓS pela Associação Cristã de Moços. Hoje, graças à compreensão de todos os cristãos, acima de credos e divisões eclesiásticas, o Dia das Mães é uma realidade no Brasil.

A TRADIÇÃO DOS DOIS CRAVOS

Partiu de Anna Jarvis, também, a delicada idéia dos dois cravos: vermelho e branco. Ficou estabelecido que os filhos cujas mães estivessem vivas deveriam apresentar-se com um cravo vermelho na lapela, e aqueles que fossem órfãos, um cravo branco. A sugestão foi bem acolhida e generalizou-se imediatamente.

Em Portugal, o Dia das Mães é celebrado no primeiro domingo de Maio.
Em Israel o dia da mãe deixou de ser celebrado, passando a existir o dia da família em Fevereiro.

Quem pode tomar a Santa Ceia?

  De acordo com a Bíblia, se você é salvo, você pode tomar a Santa Ceia.   Cada um deve examinar a si mesmo antes de participar da Santa Cei...