terça-feira, 31 de julho de 2012


A DESPENSA VAZIA
Texto Áureo: Sl. 37.25 – Leitura Bíblica: II Rs. 4.1-7


INTRODUÇÃO

O salmista diz: “fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl. 37.25). Esse texto é uma constatação a partir da experiência do homem de Deus, mas não pode ser aplicado a todas as situações. Conforme estudaremos na lição de hoje, é possível que o cristão passe por privação financeira, pela experiência da dispensa vazia.

1. UMA DISPENSA VAZIA

Em II Rs. 4.1-7 está escrito a respeito da viúva que ficou em situação de privação financeira por causa da morte do marido. E, em conformidade com a lei, os filhos poderiam ser tomados como escravo, quando houvesse um débito a ser quitado (Ex. 21.7; Ne. 5.5). O profeta Eliseu demonstrou interesse pela necessidade da viúva, perguntou-lhe o que ele poderia fazer: “o que tens em casa?”. A mulher nada tinha em casa, a não ser uma botija de azeite (v. 2). O profeta percebeu que a mulher não tinha sequer utensílios para colocar azeite extra, por isso a orientou para que tomasse mais vasilhas emprestadas, detalhe importante “não poucas” (v. 3). Por revelação profética, Eliseu sabia que Deus realizaria um grande milagre. As vasilhas que foram tomadas por empréstimo foram sobrenaturalmente cheias de azeite. Enquanto havia vasilhas, o milagre não cessou, somente quando a última vasilha estava cheia. Essa é uma demonstração de que o milagre tem um propósito. Alguns pregoeiros televisivos querem transformar o milagre em um espetáculo. Mas Deus sabe o que fez e tem Seus designíos. A mulher, por sua vez, demonstrou sua fé em Deus ao obedecer à palavra profética. Ela fez tudo o que o profeta ordenou, a obediência é a manifestação da fé na Palavra de Deus. O objetivo da abundância de azeite multiplicado era a preservação da vida da mulher e dos seus filhos. É comum alguns usarem esse texto bíblico para propagarem a famigerada teologia da prosperidade (ou da ganância). Primeiramente ela deveria pagar ao credor, e depois, viver com o restante do azeite. O ensinamento cristão bíblico é o da porção de Agur (Pv. 30.8) é o de viver na dependência do Senhor, na porção acostuma, e o cristão, é o de orar pelo “pão nosso de cada dia” (Mt. 6.11),

2. QUANDO FALTA PROVIMENTO

Como toda e qualquer pessoa, o cristão pode passar por situações de escassez de alimento. Vivemos em um mundo caído, a ganância predomina, os interesses pessoais costumam ser colocados acima dos comuns. A economia gira em torno do mercado, que praticamente é adorado como um deus. A tecnologia e a falta de educação implicam em falta de competitividade, por conseguinte, o desemprego pode chegar quando menos se espera. Como a mulher que ficou nas mãos do credor, o cristão também pode ficar à mercê das dívidas. Esse não deve ser motivo para desespero, o melhor é evitar contrair dívidas que nos prive do “pão nosso de cada dia”. Mas, em tudo, devemos aprender a confiar em Deus. A crise atual pela qual passa a Europa está conduzindo muitos ao suicídio. Na Grécia, o número de suicídio aumentou mais de 40%, gerando preocupação para as autoridades. A maturidade espiritual é manifestada diante das crises, inclusive as financeiras. Os grandes milagres da Bíblia atraem nossa atenção, adoramos ouvir pregações sobre Elias no Carmelo, desafiando os profetas de Baal, ou de Davi contra Golias, o gigante filisteu. Esses mesmos homens de Deus também tiverem seus momentos difíceis, Elias esteve sozinho, ameaçado por Jezabel, e Davi se angustiou enquanto estava na caverna de Adulão. Ao contrário do que se costuma pregar hoje em dia, Deus está mais interessado na maturidade espiritual do cristão do que em sua prosperidade material. A dispensa vazia pode ser inclusive um momento de disciplina, um aprendizado para que o cristão passe a confiar mais no Senhor (Rm. 8.28; Hb. 12.6,7).

3. ASSISTÊNCIA ECLESIÁSTICA

A assistência social da igreja, em momentos de despensa vazia, é projeto de Deus. A instituição diaconal, em At. 6, visava suprir a carência das viúvas que estavam em situação de pobreza extrema. É bem verdade que o governo precisa investir na diminuição da pobreza, tanto “dando o peixe”, mas também “ensinando a pescar”. Dentro do contexto eclesiástico, os diáconos devem estar atentos às necessidades dos irmãos mais pobres. Os casos dignos de cuidados devem ser levados à liderança da igreja a fim de que atitudes cabíveis sejam tomadas. O enfoque na riqueza advindo da teologia da prosperidade está nos tornando insensíveis a uma realidade patente aos nossos olhos. A pobreza existe, a Bíblia trata a respeito do assunto com prioridade, o Deus das Escrituras se interessa pela causa dos necessitados. Jesus exerceu Seu ministério público em direção aos mais pobres (Lc. 4.18,19; 17.22-19; 21.1-4; Mt. 6.1-4).  Na verdade não foi Jesus que fez opção pelos pobres, foram estes que fizeram opção por Ele, como ainda acontece nos dias atuais. Ao invés de criticarem os pobres, aqueles que estavam com a “dispensa vazia”, Jesus esteve do lado deles, ajudando-os e se opondo aqueles que os oprimiam (Mt. 19.21; Lc. 12.33; 14.12-14; 18.22). Paulo, o apóstolo dos gentios, orientou os crentes da Galácia a fim de que se lembrassem dos pobres (Gl. 2.10) e fez coletas a fim de suprir a necessidade dos mais carentes da igreja (Rm. 15.26; I Co. 16.1-4; II Co. 8.9). É bem verdade que não podemos resolver todos os problemas sociais do país, mas podemos pelo menos amenizar as carências dos mais pobres, a esse respeito o Apóstolo também instrui para que façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos na fé (Gl. 6.10).

CONCLUSÃO

Cada caso de “dispensa vazia” deve ser avaliado com sabedoria, sobretudo com amor cristão. Há situações em que a falta de alimento não é resultado de preguiça, mas de contratempos que todos podem passar. A orientação geral bíblica é o trabalho, para não depender dos outros (I Ts. 2.9; II Ts. 3.8), mas a igreja deve ser sensível à realidade daqueles que não conseguem sair da zona de pobreza extrema. O amor deve ser exercitado não “só de palavras” (I Jo. 3.16-18), mas também com ações, pois para as boas obras fomos salvos, para que andemos nelas (Ef. 2.10).


sexta-feira, 27 de julho de 2012

LIÇÃO 05 - AS AFLIÇÕES DA VIUVEZ






TEXTO ÁUREO: “Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas" ( I Timóteo 5.3).
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Lucas 2.35-38; Tiago 1.27

Publicado em 26 de Julho de 2012 as 09:39:37 AM 



INTRODUÇÃO


Dentre os temas sociais abordados na Bíblia, certamente os mais comentados estão relacionados com a orfandade e a viuvez, pois nos tempos bíblicos quando uma mulher se tornava viúva, além de sofrer a perda da companhia física e afetiva do seu cônjuge, ela também declinava vertiginosamente do ponto de vista social, passando à pobreza extrema. Por isso, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, Deus estabeleceu normas para o amparo dessas pessoas.

I - A VIUVEZ NO ANTIGO TESTAMENTO

Já havia uma atenção específica dedicada à viuvez no Antigo Testamento. Deus advertiu de forma contundente o povo de Israel para que não desprezassem tais pessoas. O texto de Ex 22.22-24 declara o profundo zelo do Senhor para com os órfãos e viúvas que, se fossem afligidos e clamassem, certamente seriam ouvidos e a ira de Deus se acenderia contra os opressores.
No texto de Dt 14.28,29 vemos o Senhor estabelecendo uma forma específica de arrecadação para os menos favorecidos, dentre eles, as viúvas. Interessante que se Israel não negligenciasse esse mandamento, o Senhor abençoaria o seu povo em todas as obras de suas mãos (Dt 14.29).
No caso de uma mulher, a viuvez seria extremamente penosa, principalmente se ela não tivesse filhos. Nesses casos, ela retornaria à casa de seus pais e ficaria sujeita a lei do levirato, segundo a qual um parente próximo do falecido a desposaria para lhe dar um filho (Dt 25.5-9).
Há vários exemplos de viuvez no Antigo Testamento e podemos observar as características de cada um:

1.1 A viuvez de Abraão. O grande patriarca perdeu a sua querida esposa Sara quando esta completou 127 anos de idade. Ela foi profundamente lamentada pelo nosso pai na fé (Gn 23.1,2), que adquiriu um valioso território para ali sepultá-la (Gn 23.16-18).

1.2 A viuvez de Ló. Essa foi uma trágica forma de perder o cônjuge. Certamente a mulher de Ló estava conformada com o estilo de vida mundano e pecaminoso de Sodoma, e se sentiu triste por ter que deixar aquela cidade, por isso olhou para trás e morreu tragicamente (Gn 19.26). Jesus fez menção dela como figura daqueles que não estarão preparados por ocasião da sua vinda (Lc
17.32-37). Lembremos que a viuvez precoce do patriarca deu ocasião ao terrível pecado de incesto, que deu ocasião aos terríveis inimigos do povo de Israel (Gn 19.31-37).

1.3 A viuvez de Rute e Noemi. Esse é um dos relatos mais tristes da Bíblia em termos de perdas familiares. Noemi e suas duas noras ficaram viúvas em um pequeno espaço de tempo nos campos de Moabe. Rute e Noemi regressaram vazias à terra de Judá. O Senhor, porém, demonstrou com o passar do tempo não estar alheio às aflições dessas duas mulheres e provou ser o seu amparo. Rute, mesmo sendo gentia, contraiu novas núpcias com o judeu Boaz e o fruto dessa nova relação passou a ser contado na linhagem messiânica, sem contar que sua sogra Noemi também foi beneficiada por tal relação (Rt 1-4);

1.4 A viuvez de Abigail. No caso dessa mulher, a viuvez acabou lhe trazendo um certo alívio, pois o seu marido Nabal era um homem ímpio, vil, avarento, egoísta e beberrão. Diante de tantos pecados, o próprio Senhor o feriu e ele acabou sem vida (I Sm 25.18-38). Vale salientar, porém, que em momento algum Abigail pediu a morte do seu marido, feri-lo de morte foi uma decisão divina. Convém clamar pela libertação e salvação do cônjuge, e não pela sua morte;

1.5 A viúva de Sarepta. Observamos que esta viúva era uma mulher piedosa, temente a Deus e humilde. Ela foi submissa ao homem de Deus mesmo atravessando a pior das crises. O resultado disso foi que o Senhor não a desamparou e encheu sua casa de provisões (I Rs 17.9-16). A fé de tal viúva era tão grande que Deus ressuscitou o seu filho, um dos únicos casos de ressurreição em todo o Antigo Testamento (I Rs 17.17-24).

II - A VIUVEZ NO NOVO TESTAMENTO

Já nas páginas do Novo Testamento, Jesus condenou de forma contundente os escribas e fariseus, que desrespeitavam as viúvas e as exploravam financeiramente (Mt 23.14; Lc 20.47). Isso demonstra o zelo e o cuidado que ele tinha por esta classe tão sofrida. A Bíblia nos mostra que devemos honrar as verdadeiras viúvas (I Tm 5.3).
É importante também lembrar que o diaconato foi estabelecido, dentre outras coisas, por causa do desprezo que vinha sendo dispensado para com as viúvas dos gregos (At 6.1). O cuidado com essas mulheres aparece na definição do que vem a ser a verdadeira religião (Tg 1.27). Alguns exemplos de viuvez são mencionados no Novo Testamento:

2.1 A profetisa Ana (Lc 2.26-38). Tratava-se de uma mulher piedosa que nunca se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações de noite e de dia.

2.2 A viúva de Naim (Lc 7.11-17). Após perder o seu marido, esta pobre mulher também perdeu o seu único filho. A sua bem-aventurança foi ter se encontrado com Jesus, que não deixa desamparadas as viúvas. A Bíblia diz que ele olhou para ela e se moveu de íntima compaixão. Ele, então, consolou-a com as palavras: “Não chores”(Lc 7.13), mas principalmente com a operação de um grande milagre, pois disse ao defunto: “Jovem, eu te digo: Levanta-te”. (Lc 7.14);

2.3 A viúva pobre (Lc 21.1-4). Temos aqui um verdadeiro exemplo de fé, devoção e desprendimento das coisas materiais. Ela estava oferecendo o melhor ao Deus que podia ampará-la em meio às aflições da viuvez;

III - CRITÉRIOS PARA SE AJUDAR AS VIÚVAS

Dentre alguns textos no Novo Testamento que tratam da questão da viuvez, a primeira carta de Paulo à Timóteo estabelece alguns pré-requisitos para que se possa amparar as viúvas: “Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas” (I Tm 5.3). É bom lembrar que naquela época não havia pensão alimentícia e nem outras políticas de amparo social como hoje se vê. Logo, a assistência que a igreja presta nos dias atuais é muito mais espiritual do que financeira, à exceção de alguns casos. Vejamos quem são as verdadeiras viúvas:

3.1 Aquelas que não têm quem as ampare. A Bíblia recomenda que se dê o apoio necessário àquelas que perdem o marido e não têm nenhum parente para ajudá-las. O texto é muito claro: “Mas, se alguma viúva tiver filhos ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável a Deus” (I Tm 5.4);
3.2 Aquelas que não são relaxadas, preguiçosas e tagarelas. O apóstolo Paulo é enfático na sua recomendação à Timóteo quando fala de alguns tipos de viúvas: “E, além disto, aprendem também a andar ociosas de casa em casa; e não só ociosas, mas também paroleiras e curiosas, falando o que não convém” (I Tm 5.13). Tais mulheres demonstravam um total desinteresse pela obra do Senhor e uma vida de santidade. A igreja não poderia usar os o dinheiro dos santos irmãos para ajudar mulheres totalmente comprometidas com o mundo;

3.3 As que tivessem mais de sessenta anos de idade. Em I Tm 5.9 está escrito: “Nunca seja inscrita viúva com menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher de um só marido”. A igreja não poderia sustentar mulheres que estavam mais preocupadas em conquistar um novo marido do que em se dedicar ao serviço de Deus. O apóstolo Paulo as chama no versículo 11 de “levianas”, e o termo grego usado no original significa “orgulhosas e cheias de luxúria”. Vale salientar que a Bíblia não condena que a pessoa viúva venha a contrair novas núpcias e recomeçar na vida ( I Co 7.8,9). O texto de I Tm 5.14 é claro: “Quero, portanto, que as viúvas mais novas se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa e não deem ao adversário ocasião favorável de maledicência”.

3.4 Aquelas que têm bom testemunho. O texto de I Tm 5.10 nos mostra pelo menos cinco qualificativos que compõem o bom testemunho de uma verdadeira viúva, que é digna de ser amparada pela igreja.

CONCLUSÃO

O cristão que está enfrentando a viuvez deve fazê-lo consciente de que o Senhor não o desamparou.
Portanto, não deve entregar-se à inércia ou à melancolia, e sim, dedicar-se ao serviço divino onde encontrará consolo e graça, e poderá ser, mesmo em meio às aflições, um poderoso instrumento de Deus para abençoar a vida de muitos.



terça-feira, 24 de julho de 2012

COMO UM PASTOR DEVE TRATAR DAS SUAS OVELHAS... LEIA ESTE ESTUDO VAI EDIFICAR SUA VIDA




Pastores e ovelhas eram uma parte tão familiar do mundo antigo que se tornaram uma pronta metáfora para os escritores bíblicos. O terno cuidado dos pastores com suas ovelhas levaram Davi e seus companheiros salmistas a falar do Senhor como o pastor de Israel (Salmos 23; 80:1), e de Israel como “as ovelhas do teu pasto” (Salmos 100:3; 95:7; 79:13; 78:52).

Os profetas também, em suas visões messiânicas, viram Deus de modo semelhante: “Como um pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seio; as que amamentam, ele guiará mansamente.” (Isaias 40:11); “Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e as farei repousar, diz o Senhor Deus. A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei...” (Ezequiel 34:15-16).

Escritores do Velho Testamento também fizeram uso efetivo da bem conhecida disposição das ovelhas para se desgarrarem. De nossos caminhos pecaminosos Isaías escreveu: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas” (Isaías 53:6) e o mais longo dos salmos termina com este queixoso apelo: “Ando errante como ovelha desgarrada; procura o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos” (Salmo 119:176).

Em sua ilustração do pastor e das ovelhas (Lucas 15:3-7; Mateus 18:12-14), Jesus estava não somente abordando seus ouvintes pela prática conhecida, mas com uma metáfora bíblica conhecida. Não havia meio deles perderem a lição. Jesus, como o fez seu Pai, via os homens como “aflitos e exaustos, como ovelhas sem pastor” (Mateus 9:35).

As ovelhas comumente se perdem devido a sua própria despreocupação. Esquecendo tanto o rebanho como o pastor elas perambulam sem destino, tendo na mente nada mais do que a próxima moita de capim. Não há pensamento em lobos ou profundos precipícios. Como isto espelha acuradamente nossos modos ineptos! Não é que um dia tenhamos a idéia de ser ímpios e então comecemos metodicamente a cumprir nossa ambição. Estamos meramente tão preocupados com os desejos e circunstâncias presentes que nos tornamos distraídos das conseqüências de nossas escolhas. Vidas vividas sem propósito tornam-nos peões de nossas paixões e, seja de propósito ou não, encontramo-nos antes que o saibamos, longe de Deus, miseráveis em nosso desamparo e feridos. Tais ovelhas não representam os orgulhosos e os teimosos, mas os infelizes, aqueles que são rápidos em admitir sua própria estupidez e pecado mas, não obstante, são assim mesmo perdidos.

Mas o foco da parábola está no pastor. Argumentando do menor para o maior, Jesus toma a atitude conhecida de um pastor para com uma ovelha perdida, para justificar sua atitude para com as pessoas perdidas, e para expor o espírito sem misericórdia de seus críticos. Ele tinha antes usado o mesmo tipo de argumento, da atitude de um médico para com o doente (Mateus 9:12). Os fariseus sabiam que nenhum pastor verdadeiro jamais abandonaria uma ovelha perdida ainda que o resto do seu rebanho estivesse seguro. Com pastores a preocupação não era meramente econômica, mas sentimental. Eles ficariam freqüentemente ligados às ovelhas até o ponto de chamar cada uma delas por seu próprio nome especial (2 Samuel 12:3; João 10:3).

Os fariseus também sabiam que o pastor, quando achasse sua ovelha, não a esmurraria com raiva, mas carregaria a desgarrada, agora severamente enfraquecida, gentilmente em seus ombros. Mais ainda, quando ele retornasse, ele voltaria em franca alegria.

Com esta simples ilustração Jesus levantou uma questão implícita com seus detratores: como poderiam eles ter tal compaixão por uma ovelha e tratar os homens com tal arrogante e egoísta dureza. Eles não somente não tinham buscado o pecador perdido, mas não se regozijariam com sua recuperação. E com isto eles tinham mostrado dramaticamente como sua própria disposição diferia da divina. Enquanto Deus se regozija, eles amuam. Enquanto o céu perdoa, eles cospem seu desprezo. Enquanto o bom Pastor busca recuperar o rebanho espalhado, eles vivem para devastá-lo. É um quadro sombrio.

Mas alguns podem ficar envergonhados pela observação conclusiva de Jesus que “haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos (retos) que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7). Ele está sugerindo que Deus sente uma alegria menor pelos justos do que pelo pecador recuperado? As duas coisas. A alegria de recuperar o perdido é um tipo especial de alegria, uma alegria cheia de alívio, mas isso nunca exclui como profundo, um deleite naquilo que nunca foi perdido. E, o termo justo ou reto que Jesus usa aqui tem um toque irônico em si. Quem, no mundo, seria tão justo que não precisasse de arrependimento? Infelizmente, os fariseus pensavam que poderiam nos dizer. A verdade é que todas as ovelhas desgarraram (Romanos 3:9, 10) e precisam da misericórdia daquele “grande Pastor das ovelhas” que nos redime “pelo sangue da eterna aliança” (Hebreus 13:20). Este grande Pastor “apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seu seio; as que amamentam, ele guiará mansamente” (Isaías 40:11).


segunda-feira, 23 de julho de 2012

7 Coisas Que Deus Nunca Viu




7 Coisas Que Deus Nunca Viu | Estudo Biblico - Estudo Biblico Evangélico Gospel




Deus é um “Ser” existente por si mesmo, é Espírito, infinito, eterno, inimitável em seu Ser, sabedoria, santidade, justiça, amor, supremo criador do Universo.

Deus é onipotente em seu Poder ilimitável, para Ele nada é impossível – Lucas 1:37. Deus é onipresente, Ele está em todo lugar – Salmos 139:7-10. Deus é onisciente, porque conhece todas as coisas – Ezequiel 11:5 – Hebreus 4:6. Deus também é misericordioso – Salmos 103:8-18. O conhecimento da sua misericórdia é a base da nossa esperança – Salmos 130:7, como também é a base da nossa confiança – Salmos 52:8.

É tão grande a sua Misericórdia para com a humanidade que há coisas que Deus nunca viu:

1 – DEUS NUNCA VIU UM HOMEM QUE ELE NÃO POSSA AMAR:

Certo poeta inspirado disse: “Se o mar fosse tinta, e o céu fosse papel, se as árvores fossem pincel jamais descreveríamos o amor de Deus”.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” – João 3:16.

“Ninguém tem amor maior do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” – João 15:13.

2 – DEUS NUNCA VIU UM PECADOR QUE NÃO POSSA SALVAR:

Deus não ama o pecado, porém ama o pecador. E para um grande pecador há um grande Salvador.
“Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar...” – 1 João 1:9.

3 – DEUS NUNCA VIU UM DOENTE QUE NÃO POSSA CURAR:

Para uma grande enfermidade há um grande Médico. “Eu Sou o Senhor que te sara” – Êxodo 15:26.

4 – DEUS NUNCA VIU UM PROBLEMA QUE NÃO POSSA RESOLVER:

Para um grande problema temos um grande advogado. “Se pedirdes alguma coisa em meu nome eu farei” – João 14:14.

“...temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” – 1 João 2:1.

5 – DEUS NUNCA VIU UM SUBSTITUTO PARA O SANGUE DE JESUS:

“Sangue é vida, e a vida é coisa preciosa”.

Todos os sangues mancham, mas o de Cristo limpa e purifica de todo o pecado – 1 João 1:7.

O sangue de Cristo nos oferece redenção, garante salvação e nos assegura Vida Eterna.

6 – DEUS NUNCA VIU UM JUSTO QUE NÃO POSSA AMPARAR:

“O Senhor não desampara os seus santos” – Salmos 37:28.

O rei Davi confirmou: “Fui moço e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” – Salmos 37:25.

7 – DEUS NUNCA VIU OUTRO DEUS SUPERIOR A ELE:

“Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da Terra; porque Eu Sou Deus e não há outro” – Isaías 45:22.

“Porque o nosso Deus é maior do que todos os deuses” – 2 Crônicas 2:5.

“Creio no Deus que fez os homens, e não no deus que os homens fizeram”

sexta-feira, 20 de julho de 2012

As sete palavras de Cristo na Cruz



O profeta Isaías mostra-nos que Jesus foi para a cruz “como um cordeiro que se conduz ao matadouro (Ele não abriu a boca)” (Is 53,7). Mas o Senhor quis deixar-nos as suas últimas palavras, já  pregado na Cruz. Sabemos que as últimas palavras de alguém, antes da morte, são aquelas que expressam as suas maiores preocupações e recomendações. A Igreja sempre guardou essas “Sete Palavras” com profundo amor, respeito e devoção, procurando tirar delas todo o seu riquíssimo significado.  

1- “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34).Com essas palavras Jesus selava todo o seu ensinamento sobre a necessidade de “perdoar até os inimigos”( Mt 5,44) . Na Cruz o Senhor confirmava para todos nós que é possível, sim, viver “a maior exigência da fé cristã”: o perdão incondicional a todos. Na Cruz  Ele selava o que tinha ensinado:  

“Não resistais ao mau. Se alguém te feriu a face direita, oferece-lhe também a outra… Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem. Deste modo sereis filhos do vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons” (Mt 5,44-48).  “Se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”( Mt 6,14). 
Certa vez Pedro perguntou-Lhe:“Senhor, quantas vezes devo perdoar meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?”“Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18, 21-22). 

2- “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43). 
 Com essas palavras de perdão e amor ao “bom”  ladrão, Jesus nos mostra de maneira inequívoca o oceano ilimitado de sua misericórdia. Bastou Dimas confiar no Coração Misericordioso do Senhor, para ter-lhe abertas, de imediato,  as portas do Céu. 
 Não é à toa que a Igreja ensina que o pior pecado é o da desesperança, o de não confiar no perdão de Deus, por achar que o próprio pecado possa ser maior do que a infinita misericórdia do Senhor. Uma grande tentação sempre será,  para todos nós, não confiar na misericórdia de Deus. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: “como a misericórdia e a bondade do coração de Jesus são pouco conhecidas”!  “Jesus, eu confio em Vós”. 

3- “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Mt 27,46).Estas palavras, que também estão no Salmo 21, mostram todo o aniquilamento do Senhor. É aquilo que São Paulo exprimiu muito bem aos filipenses: “aniquilou-se  a  si  mesmo,  assumindo a condição de escravo” (Fil 2,8). Jesus sofreu todo o aniquilamento possível de se imaginar: moral, psicológico, afetivo, físico, espiritual, enfim, como disse o profeta: “foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades…” (Is 53,5). Depois de tudo isto “ninguém tem mais o direito de duvidar do amor de Deus”. Será uma grande blasfêmia alguém dizer que Deus não lhe ama, depois que Jesus sofreu tanto para assumir em si o pecado de todos os homens e de cada homem. Paulo disse aos Gálatas: “Ele morreu por mim”(Gal 5,22). 

4- “Mulher, eis aí o teu filho”…    “Filho, eis aí tua Mãe” (Jo19,26).Tendo entregado-se  todo pela nossa salvação,  já prestes a morrer, Jesus ainda nos quiz deixar o que Ele tinha de mais precioso nesta vida, a sua querida Mãe. E como Jesus confiava nela! A tal ponto de querê-la para nossa Mãe também. Todos aqueles que se esquecem de Maria, ou, pior ainda, a rejeitam, esquecem e rejeitam também a Jesus, pois negam receber de Suas mãos, na hora suprema da  Morte, o seu maior Presente para nós. 

5. “ Tenho sede! ” (Jo 19,28).Dizem os Padres da Igreja que esta “sede” do Senhor mais do que sede de água, é sede de almas a serem salvas, com o seu próprio Sacrifício que se consumava naquela hora. E esta “sede” de Jesus continua hoje, mais forte do que nunca. Muitos ainda, pelos quais ele derramou o seu sangue preciosíssimo, continuam  vivendo uma vida de pecado, afastados do amor de Deus e da Igreja.  Quantos e quantos batizados, talvez a  maioria,  nem sequer vai à Missa aos domingos, não sabe o que é uma Confissão há anos, não comunga,  não reza, enfim, vive como se Deus não existisse… 

6- “Tudo está consumado” (Jo 19,30). Nos diz São João: “sabendo Jesus que tudo estava consumado…”, isto é, Jesus tinha plena consciência que tinha cumprido “toda” a sua missão salvífica, conforme o desígnio santo de Deus. Enquanto tudo não estava cumprido, Ele não“entregou” o seu espírito ao Pai. Assim, fica  bem claro que a nossa salvação depende agora de nós, porque a parte de Deus já foi perfeitamente cumprida até às últimas conseqüências.  

7- “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23,46). Confiando plenamente no  Pai, que Ele fizera também nosso Pai ao assumir a nossa humanidade, Jesus volta  para Aquele que  tanto amava. É o seu destino, o coração do Pai; e é o nosso destino também. Ao voltar para o Pai,  Jesus indica o nosso fim; o seio do Pai, o Céu.
“Vós sois cidadãos do Céu” (Fil 3,20), grita  o Apóstolo; por isso, como diz a Liturgia, é preciso“caminhar entre as coisas que passam, abraçando somente as que não passam”.
Fonte:Resumo do livro AS SETE PALAVRAS DE CRISTO NA CRUZ

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Como morreu cada um dos apóstolos


A Bíblia tem o registro das mortes dos apóstolos? Como morreu cada um dos apóstolos?




Pergunta: "A Bíblia tem o registro das mortes dos apóstolos? Como morreu cada um dos apóstolos?”

Resposta: O único apóstolo cuja morte está registrada na Bíblia é Tiago (Atos 12:2). O rei Herodes “fez Tiago passar a fio de espada” - aparentemente uma referência à decapitação. As circunstâncias das mortes dos outros apóstolos só podem ser conhecidas baseadas nas tradições da igreja; portanto não devemos dar muito crédito a nenhum desses relatos. A tradição da igreja mais aceita em relação à morte de um apóstolo é que o Apóstolo Pedro foi crucificado, de cabeça para baixo em uma cruz em forma de x, em Roma, cumprindo a profecia de Jesus (João 21:18). A seguir estão as “tradições” mais populares a respeito das mortes dos outros apóstolos.

Mateus sofreu martírio na Etiópia, morto por um ferimento causado por uma espada. João esteve à beira do martírio, quando ele foi cozido em um recipiente enorme de óleo durante uma onda de perseguição em Roma. No entanto, ele foi milagrosamente livrado da morte. João foi sentenciado às minas na ilha de Patmos. Ele escreveu o livro profético do Apocalipse em Patmos. O apóstolo João foi mais tarde posto em liberdade e retornou para o lugar onde hoje fica a Turquia. Ele morreu velho, sendo o único apóstolo a morrer em paz.

Tiago, o irmão de Jesus (não oficialmente um apóstolo), o líder da igreja em Jerusalém, foi atirado de mais de 30 metros de altura do alto do pináculo sudeste do Templo ao se recusar a negar sua fé em Cristo. Quando eles descobriram que ele havia sobrevivido à queda, seus inimigos o espancaram até a morte com um porrete. Este foi o mesmo pináculo para onde Satanás levou a Jesus durante a tentação.

Bartolomeu, também conhecido como Natanael, foi um missionário para a Ásia. Ele testemunhou onde hoje é a Turquia e foi martirizado pela sua pregação na Armênia, quando ele foi chicoteado até a morte. André morreu em uma cruz em forma de x na Grécia. Após ter sido chicoteado severamente por sete soldados, estes ataram o seu corpo à cruz com cordas para prolongar a sua agonia. Seus seguidores reportaram que, quando ele foi levado em direção à cruz, André a saudou com as seguintes palavras: “Muito desejei e esperei por esta hora. A cruz foi consagrada pelo corpo de Cristo pendurado nela”. Ele continuou a pregar para os seus torturadores por dois dias até que ele morreu. O apóstolo Tomé foi atingido por uma lança na Índia durante uma de suas viagens missionárias para estabelecer a igreja lá. Matias, o apóstolo escolhido para substituir o traidor Judas Iscariotes, foi apedrejado e depois decapitado. O apóstolo Paulo foi torturado e depois decapitado pelo maligno imperador Nero em Roma em 67 d.C. Há tradições referentes aos outros apóstolos também, mas nenhuma com apoio histórico ou tradicional confiável.

Não é tão importante saber como os apóstolos morreram. O que importa é o fato de que todos eles estavam dispostos a morrer pela sua fé. Se Jesus não tivesse sido ressuscitado, os discípulos o saberiam. Ninguém morreria por alguma coisa que se sabe ser uma mentira. O fato de que todos os apóstolos estavam dispostos a morrer horrivelmente, recusando-se a negar a sua fé em Cristo é uma tremenda evidência de que eles verdadeiramente testemunharam a ressurreição de Jesus Cristo.

terça-feira, 17 de julho de 2012


Superando os Traumas da Violência Social


Publicado em 16 de Julho de 2012 as 11:44:10 AM Comente
Texto Áureo: Gn. 6.11 - Leitura Bíblica: Gn. 6.5-12

INTRODUÇÃO

Um dos problemas sociais mais sérios da sociedade, e que não é recente, é a violência. A Bíblia fala de violência e orienta os cristãos a responderem a essa dura realidade. Na aula de hoje, estudaremos a esse respeito, inicialmente, definiremos violência, tanto da perspectiva sociológica quanto bíblica. Posteriormente, avaliaremos a violência à luz da Bíblia, e final, mostraremos encaminhamentos espirituais para a superação da violência.

1. DEFINIÇÃO DE VIOLÊNCIA

A violência, de acordo com a perspectiva sociológica, é um comportamento que causa algum tipo de dano físico ou moral às pessoas. O termo vem do latim vil, que tem a ver com força, por conseguinte, a violência é sempre um ato de força extrema, uma agressão de alguém que se coloca impositivamente sobre o outro. A violência se concretiza de maneiras diversas, através de assassinatos, mortes, agressões, sejam elas verbais ou físicas ou econômicas. Dentro da abordagem relativista, a violência é relativa, isto porque não há absolutos. Sendo assim, um comportamento considerado violento em uma sociedade pode não ser em outra. Na Bíblia, a violência é um conceito que está relacionado ao pecado, que não é relativo. Em hebraico, o termo é Hamas que diz respeito à impiedade do ser humano contra outro e contra Deus (Gn. 6.11). No Antigo Testamento a violência toma a forma através de assassinatos (Gn. 49.5) e da pressão psicológica (Sl. 35.11,12). A violência é resultado do pecado, já que os seres humanos perderam o respeito pela vida e se distanciaram de Deus (Jr. 13.22; Ez. 7.11; Is. 59.6; Jr. 6.7). No Novo Testamento, o substantivo grego bia significa violência e força. Há uma passagem bíblica em At. 5.26 em que essa palavra aparece no contexto da violência político-religiosa. É nesse contexto que Paulo foi vítima de perseguição e violência por seguir a Cristo (At. 21.35). Existem poucas referências bíblicas à violência no Novo Testamento, tendo em vista que a mensagem de Cristo é de paz, não de agressão, ainda que Ele tenha sido vítima da violência social.

2. A VIOLÊNCIA NA BÍBLIA

Na Bíblia, a violência tem sua origem na Queda de Adão e Eva, quando esses decidiram trilhar caminho próprio, ao invés de irem após a orientação divina (Gn. 3.4-24; 6.5). Após a Queda, os filhos de Adão e Eva perderam o respeito pela vida, Caim, com inveja do seu irmão Abel, o assassinou (Gn. 4.3,4). Lameque retrata a condição atual humana decaída, pois, além de matar dois homens, ainda se vangloriou do seu feito (Gn. 4.23). A expansão da violência foi tamanha na antiguidade que, de acordo com o relato de Gn. 6, Deus precisou punir a humanidade, salvando apenas a família de Noé (Gn. 6.7). O Antigo Testamento está repleto de histórias de violência, o contexto das sociedades daquele tempo estava respaldado na guerra. Mas Deus não incentiva à violência, nem mesmo em relação “à vara” para a correção das crianças, criticada infundadamente, pois nada tem a ver com espancamento (Pv. 29.15). A Bíblia não aprova a violência contra crianças, cônjuges, idosos, ou de natureza sexual. Jesus se posicionou contra todo tipo de violência (MT. 5.21-23; 7.1-5). A violência contra a mulher é reprovada na instrução de que o homem deve amar sua esposa como Cristo amou a Sua igreja (Cl. 3.19). A violência de pais contra filhos é censurada, já que esses são orientados a não irritá-los (Cl. 3.21). Os patrões não devem subverter os direitos dos seus empregados, pois isso é abuso, e também violência (Cl. 4.1). Na perspectiva bíblica, a violência tem raízes profundas, seus frutos são manifestos em palavras de ira e blasfêmias (Ef. 4.31,32), não condizentes com aqueles que expressam a fé em Cristo.

3. SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA

Existem casos distintos de violência na sociedade, por isso, cada um deles deve ser tratado em suas especificidades. Há situações em que os cuidados de um psicólogo podem ser descartados, muito menos a orientação espiritual. A princípio, é preciso compreender os estágios pelo qual passa aqueles que foram vítimas da violência. O primeiro deles é o do impacto, caracterizado por choque, ansiedade e medo. O segundo é o da negação, a vítima tenta voltar à vida normal, negando a realidade. O terceiro é o processo, quando o sentimento da violência não pode mais ser reprimido. O quarto e último é o da integração, quando a vítima percebe que não é mais controlado pelo efeito da violência. Todos os dias pessoas são vitimas da violência social, crianças são abusadas sexualmente, mulheres são estupradas, outras agredidas pelos seus cônjuges e idosos são injuriados em diversos contextos. Existem diversas maneiras de evitar a violência social. Uma delas é a educação, os casos de violência costumam estar atrelados à falta de formação. Não por acaso, os bolsões de violência se encontram em contextos em que as pessoas foram privadas da ascensão educacional e econômica. As famílias também precisam ser protegidas, cada vez mais crianças e adolescentes têm acesso à violência, essa está se naturalizando. Os meios de comunicação em massa, inclusive os jogos eletrônicos, favorecem a violência. O uso de drogas está destruindo a juventude, o crack é uma substância que causa dependência imediata. Os efeitos das drogas não são apenas no organismo dos dependentes, mas na sociedade como um todo, causando um ciclo de destruição e criminalidade.

CONCLUSÃO

No contexto da violência social, a cultura da não-violência, que é bíblica, deve ser propagada, não apenas em palavras, mas também em atos (MT. 5.38,39; Rm. 12.19). O perdão é o antídoto contra a violência, o agressor, principalmente aquele que assim age por ter sido vítima da violência, é desconstruído diante do comportamento misericordioso (MT. 5.38-48; Rm. 12.20,21). Todos aqueles que foram vitimas da violência social devem lembrar que Jesus também o foi, e que Ele reagiu com amor, repreendendo aqueles que cultivavam a violência (MT. 26.52).




A lei da semeadura


Texto: Salmos 126:6 Colhemos o que plantamos O que nós plantamos vai voltar para nós e nos tornamos o que nós praticamos. - Gálatas 6:7

Colhemos o que plantamos
O que nós plantamos vai voltar para nós e nos tornamos o que nós praticamos.
- Gálatas 6:7 “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”.
- Provérbios 11:18b “…mas, para o que semeia justiça, haverá galardão certo”
- Provérbios 22:8ª “O que semear a perversidade segará males;…”.
Colhemos segundo a medida que semeamos
A medida ou a substância do nosso plantio será a medida ou a substância da nossa colheita.
Ilustração. Eu ouvi uma história de um missionário na África, que em uma tarde alguém bateu na porta da sua casa. Quando o missionário abriu a porta encontrou um menino nativo segurando um peixe grande em suas mãos. O menino disse: “Reverendo, você nos ensinou o que é o dízimo, por isso eu te trouxe o meu dízimo” Com gratidão o missionário pegou o peixe, e questionou o rapaz. “Se este é o seu dízimo, onde estão os outros nove peixes?” Então, o menino sorriu e disse: “Oh, eles ainda estão no rio. Eu vou voltar para pegá-los agora”.
- I Coríntios 15:36 “Insensato o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer”
- II Coríntios 9:6 “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará”.
Colhemos mais tarde do que semeamos
Colher e plantar não funcionam simultaneamente; não colhemos antes do tempo.
Ilustração: Martha Berry era uma senhora com a visão de ajudar crianças pobres. Ela começou uma escola para crianças pobres. Ela não tinha livros, não tinha local para abrigar as crianças e não tinha dinheiro. Mas ela tinha um sonho. Ela foi até Henry Ford para pedir uma doação. Henry Ford enfiou a mão no bolso e deu a Martha Berry 10 centavos. A maioria das pessoas ficariam revoltadas, ele era um multimilionário e tudo o que podia dar era uma moeda de dez centavos. Marta, porém, tomou aquela moeda de dez centavos e comprou um pacote de sementes e plantou um jardim, colheu, vendeu e comprou mais sementes. Depois de três ou quatro colheitas ela tinha dinheiro suficiente para comprar um antigo edifício para as crianças. Ela voltou ao Sr. Ford e disse: Olhe o que seu centavo fez. O homem ficou tão impressionado que doou um milhão de dólares para Berry School.
Nós nunca saberemos a velocidade da nossa semente!
“Não julgue cada dia pela colheita que você colhe, mas pelas sementes que você planta”.
- Genesis 8:22 “Enquanto a terra durar, sementeira(Tempo de plantar) e sega (Tempo de colher), e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão”
- Gálatas 6:9 “E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido”
Fonte: O Pregador

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A MORTE PARA O VERDADEIRO CRISTÃO


A Morte para o Verdadeiro Cristão - Rede Brasil de Comunicação




LIÇÃO 03 - A MORTE PARA O VERDADEIRO CRISTÃO


INTRODUÇÃO
A Morte entrou no mundo como resultado do pecado cometido pelo homem no Jardim do Éden (Gn 3.19; Rm 3.23; 6.23), que naquele momento era o representante de toda raça humana. Com a entrada da morte no contexto humano (Gn 2.16-17) todas as consequências relacionadas a ela, tais como: a dor da perda e a separação, acometem os homens indistintamente - a morte tornou-se uma realidade para todos (Rm 5.12; 6.23).
Porém, para o verdadeiro cristão, a morte é lucro, pois é partindo para a eternidade que podemos estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor (Fp 1.21-23). Portanto, a morte é o momento no qual o cristão é recolhido ao celeiro celestial como trigo maduro (Mt 3.12). A Bíblia nos ensina que não devemos enxergar a morte como uma derrota, pois o evangelho ressalta a esperança da ressurreição em Cristo quando a morte será vencida (I Co 15.51-54).
I - DEFINIÇÕES DO TERMO MORTE
1.1 Definição Bíblica: É a separação da alma e espírito do corpo (Tg 2.26), pela qual o homem é introduzido no mundo invisível. Essa experiência descreve-se simbolicamente como “dormir” (Jo 11:11; Dt 31:16); “o desfazer da casa terrestre deste Tabernáculo” (II Co 5:1); “deixar este tabernáculo” (II Pe 1:14); “descer ao silêncio” (Sl 115:17); “expirar” (At 5:10); “tornar-se em pó” (Gn 3:19); e “partir” (Fp 1:23).
1.2 Definição Teológica: No sentido físico, é o término das atividades vitais do ser humano sobre a terra. É vista, nas Sagradas Escrituras, como a consequência primordial do pecado: “mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn. 2.17), por conseguinte todos os homens morrem (Rm 3.23; 6.23).
II - A MORTE COMO CONSEQUÊNCIA DO PECADO
Embora, alguns creiam erroneamente que o homem foi criado mortal, que Adão teria morrido eventualmente, mesmo sem ter transgredido, a Bíblia liga a morte diretamente com o pecado (Gn 2.16-17). Portanto, a morte do heb. maweth e do gr.thanatos teve sua origem no pecado, e é o resultado final do pecado (Gn 2.17; I Co 15.21,22,56; Tg 1.15). Com a entrada da morte no contexto humano, todas as consequências relacionadas a ela, tais como: a dor da perda e a separação sobrevêm a todos. Destacaremos três verdades sobre a morte física:
2.1 Uma sentença devido ao pecado original. A morte veio como consequência do pecado. Isto é bastante claro nas Escrituras: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”(Rm 6.23).
2.2 Alcança a todos. “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5.12).
2.3 Não é o ponto final da história do homem. A doutrina do aniquilacionismo diz que todas as almas estão sujeitas à extinção após a morte física. Tal doutrina não leva em consideração as verdades bíblicas e teológicas referentes à imortalidade da alma e a ressurreição dos mortos que, de forma tão clara e inquestionável, é ensinada pelos profetas, pelos apóstolos e por Nosso Senhor Jesus Cristo (Dn 12.2; Jo 5.28; I Co 15.58). Portanto, a morte não é o término de tudo, é o início da eternidade (Lc 16.22). Aos que morreram em Cristo, está reservada a bem aventurança dos céus (Ap 14.13); quanto aos ímpios, serão lançados no lago de fogo, que é a segunda morte (Hb 9.27; Ap 20.11-15).
III - A MORTE FÍSICA NA PERSPECTIVA PAULINA
Para as pessoas ímpias e incrédulas a morte é algo triste, pesaroso, que elas não querem ouvir falar, pois não tem esperança (I Ts 4.13). Elas vivem sujeitas ao temor da morte durante toda a existência terrena (Hb 2.15). Mas, nós não podemos encarar a morte da mesma forma que uma pessoa que não tem Jesus. Porque a morte para o cristão o conduzirá a uma existência melhor e superior. Paulo escreveu uma carta aos filipenses onde ele declara qual a sua perspectiva sobre a morte (Fp 1.21-23).
3.1 A morte é ganho. Por incrível que pareça, o apóstolo Paulo disse que para ele “morrer é ganho” (Fp 1.21). O dicionário Aurélio define a palavra ganho como: “lucro, vantagem, proveito”. Logo, quem morre em Cristo, não perde, mas ganha, pois encerra suas atividades aqui na terra, ciente de que receberá a coroa da vida (Ap 2.10) e aguardará o Tribunal de Cristo para receber o galardão pelas obras que fez enquanto esteve vivo (II Co 5.10).
3.2 A morte nos leva a “estar com Cristo”. Para Paulo a morte física era apenas uma transição, de uma forma baixa de existência para uma forma mais elevada. Por isso o apóstolo, disse que se encontrava em aperto ou sem saber o que escolher, porque se permanecesse vivo contribuiria para a obra de Deus, mas se morresse “estaria com Cristo” (Fp 1.23).
3.3 Estar com Cristo é melhor. Entre estar no mundo e estar com Cristo o que preferimos? Paulo sabia o que era melhor. Por isso disse: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.23). Sem dúvida alguma, o desejo ardente de todo salvo deve ser o de encontrar o seu Senhor, mesmo que para isso tenha que passar pela morte.
IV - O QUE FAZER QUANDO ENFRENTAMOS O LUTO
Ao nascermos de novo fomos salvos da morte espiritual (Ef 2.1,5) e da morte eterna (Ap 2.11), porém não da morte física (Rm 3.23). Ser cristão não significa que não poderemos passar por essa experiência. Sem dúvida, como seres humanos, nós sentimos a dor da perda, da separação. As Escrituras não se opõem ao luto, mas, sim, à atitude de se deixar ser consumido pelo luto. Nas palavras do apóstolo Paulo, podemos ficar “abatidos, mas não destruídos“. E mais: podemos ser “atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados” (2 Co 4.8,9). Em Deus encontramos conforto para as nossas dores e sofrimentos (Sl 46.1). A Bíblia nos ensina o que devemos fazer quando estamos enfrentando o luto. Vejamos algumas atitudes que devemos tomar:
4.1 Devemos buscar o consolo divino. Quando Jesus disse aos discípulos que estaria partindo, eles ficaram entristecidos, todavia prometeu-lhes que não os deixaria órfãos, prometeu-lhes enviar o Consolador (Jo 15.26). Do gr “parakletos” que significa literalmente “chamado para o lado de alguém”, ou seja, sugere a capacidade para prestar ajuda. Sob este título, o Espírito Santo apresenta-se como aquele que nos proporciona conforto (Jo 14.16). As consolações ministradas por ele, podem vir das seguintes fontes: Palavra de Deus, oração e comunhão com os santos (Sl 119.50, 76; Fp 4.6; I Pe 5.7; Rm 12.15; Gl 6.2).
4.2 Devemos aceitar a vontade de Deus. A vontade soberana de Deus pode ser definida como a predisposição inquestionável e irrevogável dele em fazer concretizar os seus planos e decretos na história e na vida particular de cada um dos seus filhos (Dt 32.39; I Sm 2.6). Logo, se ele decide que alguém morrerá, não devemos questionar, pois é Senhor e faz o que quer, e os seus pensamentos são maiores que os nossos pensamentos (Is 55.8,9). Outra coisa deve ser destacada: é que Deus, embora permita a morte do ímpio, Ele não tem prazer nisso, antes seu desejo é que o ímpio se converta (Ez 18.32). Porém, quanto ao justo sua morte é preciosa (Sl 116.15).
4.3 Devemos ter esperança. O apóstolo Paulo quando escreveu aos tessalonicenses deixou claro que os discípulos de Cristo não devem se entristecer com a morte, como os demais homens que não tem esperança, pois a ressurreição de Jesus é a garantia de que nós ressuscitaremos (I Ts 4.13,14). A fé cristã transcende o túmulo, ela não está limitada as coisas destas vida (I Co 15.19). Ela nos remete a uma vida porvir onde a morte, o pranto, e a dor não mais existirão (Ap 21.4).
CONCLUSÃO
Como vimos, a morte é uma realidade para todo ser vivo inclusive para o cristão. Ela veio como resultado do pecado original no Éden, daí a morte passou todos os homens. Porém, biblicamente destacamos que a morte não é um caso de extinção, mas, de separação da alma e espírito do corpo. O cristão verdadeiro consegue entender que quando estiver enfrentando luto deve recorrer a Deus que consola, e assim aceitar a sua vontade e confiar em suas promessas de que os que morrerem em Cristo serão ressuscitados para junto com os que ficarem vivos estarem sempre com o Senhor nos céus, por ocasião do arrebatamento (I Ts 4.16,17)

Pb Luiz Carlos:


Fonte Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação

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