terça-feira, 30 de outubro de 2012

O Quarto Homem na Cruz


Em Lucas 23, a narrativa da crucificação de Jesus Cristo também nos informa que dois homens morreram com Ele naquele dia:

"E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos. E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus. E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre. E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo. E também por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS. E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso." [Lucas 23:32-43].
Em Mateus 27:44, vemos que dois dos homens crucificados eram ladrões, cujos crimes resultaram na sentença de morte. Em uma notável exibição de franqueza, rara em criminosos, um deles admitiu que ambos, ele e o outro, eram culpados e a sentença recebida era justa. Mas, ao contrário da multidão hostil de observadores, ele afirmou que Jesus era inocente — Ele não era culpado de nada, dentro da lei romana, que justificasse Sua crucificação.

A multidão que zombava do Senhor era composta principalmente de fariseus e sacerdotes que sabiam muito bem que Ele era inocente! Eles estavam enfurecidos porque Ele afirmara ser Deus e, como não tinham a autoridade civil para matá-lO, por aquilo que consideravam blasfêmia, inventaram a acusação que Ele pretendia se tornar um Rei em oposição a Roma. Eles sabiam que Pôncio Pilatos faria o trabalho sujo para eles se o convencessem que o povo estava prestes a se rebelar e coroar o seu tão esperado Messias!

É claro que a trama nefasta deles funcionou. O unigênito e imaculado Filho de Deus (João 3:16) foi submetido ao tipo de morte mais cruel e dolorosa já concebida pelo homem. Porém, mesmo no meio da agonia de coração e espírito, que é inimaginável por nossas mentes mortais, Ele parou para ternamente receber uma de Suas ovelhas perdidas e a levar ao Reino de Deus!

Esse homem, cuja identidade desde aquele dia é apenas um dos dois ladrões crucificados com Cristo, mostrou verdadeiro arrependimento e fé. Sua surpreendente confissão de fé em meio àquela situação horrível torna óbvio o fato que ele já ouvira a pregação do evangelho do reino — ou por João Batista ou pelo próprio Senhor — isso deixou uma semente em seu coração. Do contrário, ele não teria reconhecido a inocência de Cristo e pedido para ser lembrado por Ele, quando entrasse em Seu Reino.

Ademais, a resposta dada pelo Senhor é uma resposta que continua confortando e alegrando grandemente os corações dos crentes: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso!" Com certeza o Senhor sabia que eles estariam mortos antes das 18h00, quando começava o sábado judaico, porque as Escrituras dizem que aquele que for pendurado no madeiro é maldito de Deus [Deuteronômio 21:23] e os judeus não permitiriam algo assim amaldiçoado profanar o sábado. Foi por isso que mandaram os soldados romanos quebrar as pernas dos crucificados, porque isso resultaria em uma morte muito mais rápida. Eles estavam suspensos pelos pulsos e a única maneira de respirar fundo era esticando-se com as pernas — um movimento extremamente doloroso de vai e vem para continuar respirando. Com as pernas quebradas, eles não poderiam mais aliviar a pressão em seus pulmões e morreriam sufocados.

As pernas dos dois ladrões foram quebradas, porém as pernas do Senhor não foram. Quando os soldados foram até Ele, viram que já estava morto [João 19:33] e, segundo João 19:36, isso cumpriu a profecia de Salmos 34:20. A natureza inesperada de Sua morte precoce (a maioria das vítimas de crucificação sobrevivia vários dias) levou alguns médicos cristãos a acreditarem que Ele literalmente morreu de coração partido! Quando o soldado furou o Seu lado com a lança, escorreu sangue e água [João 19:34] — indicando assim que Seu coração se rompeu devido à pressão. A crucificação era uma morte horrível, mas só Deus sabe a dor indescritível que Jesus Cristo sentiu quando carregou a punição devida pelos nossos pecados.

"Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." [2 Coríntios 5:21].

Naquele momento terrível que foi registrado pela Palavra de Deus, vemos que o Pai virou as costas ao Filho, levando Jesus Cristo a clamar: "Eli, Eli, lamá sabactâni?; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"[Mateus 27:46] Portanto, embora o grau de dor e angústia que Ele sentiu naquela hora ser inimaginável para nós, sabemos que foi isso que fez Seu coração humano se romper!

Voltando e vendo a promessa feita ao ladrão arrependido, sobre estar com o Senhor no Paraíso naquele mesmo dia, é necessário enfatizar que isso significa que ao término de sua vida humana, ele entraria na eternidade e estaria na presença de Deus, o Pai! Esse mesmo princípio é algo que todo crente genuíno experimentará também.

Os quatro evangelhos contam que três homens morreram crucificados naquele dia, mas nas epístolas de Paulo aprendi que havia um quarto homem! Seu nome era Ron Riffe, porque para Deus, morri naquele dia junto com Seu Filho. Todo aquele que conheceu ou conhecerá Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal morreu ali também, porque quando Ele morreu aquela morte sacrificial de um Salvador inocente, satisfez o justo julgamento de Deus sobre todos os nossos pecados — passados, presentes e futuros.

Veja o que o apóstolo Paulo tem a dizer sobre esse fato:

"Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado." [Romanos 6:6; ênfase adicionada].

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." [Gálatas 2:20; ênfase adicionada].

Existe um peso em seu coração que está ficando insuportável e você precisa desesperadamente de alívio? Admite que sentimentos de culpa freqüentemente ocupam sua mente e não parece haver um modo de se livrar deles? Chegou a um ponto em que não há mais alegria em sua vida?

Se isto descreve sua situação atual, já considerou a possibilidade de Deus estar tentando chamar sua atenção? Convicção do pecado e a culpa que a acompanha é um dos ministérios do Espírito Santo. Antes de Sua morte foi isto que o Senhor disse sobre o Espírito que Ele enviaria:

"Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado." [João 16:7-11; ênfase adicionada].

Será que você — assim como o ladrão arrependido — sente a necessidade de admitir sua culpa e pedir a Cristo para ser lembrado quando Ele vier em Seu Reino? O ladrão sabia que sua punição era justa e também que estava à beira da morte, mas não permitiu que isso o impedisse de chegar a Jesus por meio da fé.

A citação seguinte é do livro 100 Sermon Outlines From The New Testament, de John Phillips (ISBN 0-8024-7817-4); veja algumas coisas notáveis que o ladrão não fez:

"Ele não foi batizado, confirmado ou arrolado em nenhuma igreja. Ele não se confessou a nenhum sacerdote, embora muitos estivessem ali presentes. Ele não fez penitência. Ele não tinha nenhuma alegação de caráter moral. Ele não pediu à virgem Maria para orar por ele, embora ela estivesse presente. Ele não invocou nenhum dos santos. Ele era uma alma perdida a caminho do inferno quando subitamente, colocou sua alma aos pés de Jesus. Ele ouviu o evangelho da boca dos inimigos de Cristo ("Salvou os outros...") [Mateus 27:42; Marcos 15:31; Lucas 23:35] e teve uma fé extraordinária em Jesus. E ele foi salvo, instantaneamente, na mesma hora e no mesmo lugar, e da mesma forma como qualquer um é salvo. Ele também recebeu garantia imediata de sua salvação." (Colchetes e ênfase adicionados) [tradução nossa].

Por que não imitar o exemplo do ladrão e receber uma nova vida em Jesus Cristo? Simplesmente coloque sua alma aos pés dEle pela fé e confie que Ele cumprirá a promessa que fez. Se você fizer isso de todo o coração (lembre-se que Ele não pode ser enganado), o Espírito Santo virá e habitará em você e lhe dará a certeza inconfundível de Sua presença.

Além do peso em seu coração, que o está esmagando lentamente, o que mais você tem a perder?

  



  Fonte: Autor: Pr. Ron Riffe

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Joel - O Derramamento do Espírito Santo

Publicado em 15 de Outubro de 2012 as 11:31:12 AM Comente

Texto Áureo: At. 2.17 - Leitura Bíblica: Jo. 1.1; 2.28-32



INTRODUÇÃO

A Igreja Evangélica carece de um derramamento do Espírito Santo, nos moldes daquele que aconteceu no dia de pentecostes (At. 2). No contexto daquele evento, Pedro ressaltou o cumprimento da profecia de Joel a esse respeito. Na lição de hoje estudaremos sobre Joel, o profeta pentecostal. Inicialmente destacaremos os aspectos contextuais do livro, sua mensagem, e ao final, a aplicação para a igreja de hoje.

1. ASPECTOS CONTEXTUAIS

Joel, cujo nome significa “O Senhor é Deus”, era filho de Petuel, e entregou sua mensagem para o povo de Judá, do Reino do Sul, bem como para o povo de todo o mundo. A data provável em que profetizou foi entre 835 a 796 a. C., durante reinado de Joás, que subiu ao trono de Judá com a idade de sete anos (II Rs. 11.21), e que permaneceu sob a orientação do sumo sacerdote Joiada durante toda a sua minoridade. Naquela época, semelhantemente ao que aconteceu com o povo do norte, Judá desfrutava de plena prosperidade. Essa condição favorecia o sincretismo religioso, o povo adorava ao Deus de Israel, ao mesmo tempo em que se dobravam perante outros deuses. Por isso, Joel profetiza a fim de evitar que Judá sofresse o castigo de Deus como consequência dos seus pecados. Os versículos-chave se encontram em Jl. 2.12,13: “Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus; porque ele é misericordioso. E compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal”. Um dos temas centrais da sua mensagem é: O Grande e Terrível Dia do Senhor. Através da sua mensagem Joel pretendia fazer com que o povo de Judá se apresentasse perante o Senhor (Jl. 1.14; 2.14,16); conduzir o povo ao arrependimento e para que se apresentasse humildemente diante de Deus (Jl. 2.12-17) e profetizar a respeito dos resultados do arrependimento sincero (Jl. 2.18-3.21). O livro apresenta a seguinte divisão: 1. O julgamento dos gafanhotos (Jl. 1.1-12); 2. O desastre da seca (Jl. 1.13-20); 3. O julgamento de Judá no futuro próximo (Jl. 2); 4. O grande e terrível Dia do Senhor (Jl. 3.1-16) e 5. A restauração de Judá (Jl. 3.17-21).

2. A MENSAGEM DE JOEL
A mensagem de Joel não é exclusivamente para Judá, mas para todos os habitantes da terra (Jl. 1.2). Portanto, todos devem estar atentos aos sinais dos tempos, pois a praga virá, destruindo a produção (Jl. 1.8-10). Os sacerdotes devem despertar, pois eles são responsáveis diretos pelo povo (Jl. 1.13,14). Mas cada pessoa, individualmente, deve responder a mensagem de Deus. Assim procedeu Joel, apesar do afastamento do povo, ele se apresenta como exemplo, mantendo-se no caminho do Senhor (Jl. 1.19,20). O profeta deixa claro que o julgamento de Deus virá, simbolizada pelos gafanhotos (Jl. 2.3-12). Portanto, todos devem se arrepender dos seus pecados, e praticarem um jejum santo (Jl. 2.12-17). O arrependimento resultará em bênçãos espirituais, a principal delas o derramamento do Espírito (Jl. 2.28-32), em resposta ao pedido de salvação do povo (Jl. 2.32). Esse mover do Espírito terá plenitude quando Israel se voltar para Deus, por ocasião do Milênio (Ap. 16.14-16; 19.17-19). Antes disso haverá uma batalha final, registrada por vários profetas (Is. 17.12; 24.21-23; Mq. 4.11-13; Zc. 12.2,3). Depois dessa batalha Judá finalmente desfrutará da plenitude das benções do Senhor (Jl. 3.18-21). Por esse tempo se cumprirão as profecias messiânicas alusivas à restauração plena de Israel.

3. PARA HOJE

Os cristãos têm muito a aprender com a mensagem de Joel, principalmente diante das calamidades que nos assolam. O sofrimento é uma realidade inevitável, ainda que tentemos negá-lo, o próprio Jesus o conheceu muito bem. Ele foi um homem de dores, e sabia o que era padecer (Is. 53.3), pranteou sobre Jerusalém (Lc. 22.44), na cruz sentiu o desamparo de Deus (Mc. 15.34). Nem sempre o sofrimento é resultado de pecado, mas muitas vezes isso pode acontecer. A mensagem dos profetas alerta para a necessidade de arrependimento. Caso contrário, coisa pior sempre poderá acontecer, caminhar distante de Deus traz consequências (Lc. 13.2-5). O Dia do Senhor virá, Jesus fez referência a este em Mt. 24.29-31. Pedro também mostra que esse Dia virá como um ladrão, no qual os elementos serão destruídos pelo fogo (II Pe. 3.10). Trata-se de um dia de julgamento pelo qual a Igreja não passará, já que terá sido arrebatada para se encontrar com o Senhor nos ares (I Ts. 4.13-18). O Dia do Senhor terá início justamente depois que a igreja tiver sido tirada. Haverá na terra grande sofrimento, será um tempo sem igual em sofrimento. Por fim, quando Cristo vier em glória, o povo de Israel experimentará um grande avivamento espiritual (Jl. 2.28-32). Em At. 2.17,21 Pedro explica o derramamento do Espírito como cumprimento da profecia de Joel. A igreja já se encontra na dispensação do Espírito Santo, por conseguinte, experimenta, por antecipação, do mover espiritual que Israel receberá no futuro.

CONCLUSÃO

Jesus Cristo quer derramar o Espírito sobre a Sua Igreja, mas para isso ela precisa buscar (Lc. 11.13). O Batismo no Espírito Santo é uma doutrina pentecostal que tem sido esquecida em muitos púlpitos. Jesus continua sendo o Batizador (Mt. 3.11), Ele sabe da importância do recebimento desse poder, a fim de que Sua igreja possa ser uma testemunha fiel (At. 1.8). Ao invés de nos deixar seduzir pelos poderes terrenos, voltemos a buscar o poder do alto (Lc. 24.49), sem o qual não passaremos de meras agremiações religiosas, sem autoridade espiritual para levar adiante o evangelho de Cristo.



 Fonte:
 Publicado no blog Subsídio EBD


 



Uma das principais doenças modernas que atingem homens e mulheres sem distinções, a depressão, é, sobretudo, o domínio incomum e predominante de sentimentos de tristeza e desânimo. Estudos recentes indicam que a doença já atingiu cerca de 20% da população mundial.

Alguns sintomas já foram classificados para o diagnóstico da doença, O interesse diminuído ou até a perda dele para tarefas de rotina, as sensações de inutilidade e culpa, dificuldade de concentração, fadiga excessiva, distúrbios de sono (insônia ou hipersônia), problemas psicomotores e ainda perda ou ganho súbito de peso e idéias recorrentes de morte ou suicídio, são umas das principais características deste novo mal do século.

Sendo uma doença que tem 85% de chances de obtenção da cura, a depressão é o alvo de muitos estudos da medicina moderna.

A psicologia e psiquiatria, por exemplo, já possuem uma gama de tratamentos eficazes para o transtorno. A procura de um especialista é o primeiro passo para o sucesso no tratamento. Além da intervenção medicamentosa, conselhos gerais podem ser práticos e funcionais na eliminação da doença.

A prática de atividades físicas além de equilibrar as funções do corpo, auxiliam na manutenção da saúde psicológica. Trinta minutos diários de caminhada liberam endorfina e diminui o cortisol, o hormônio do prazer, melhorando a humor e diminuindo a ansiedade.

Além disso, novos ambientes são estímulos para o depressivo. Uma rotina alimentar balanceada também é ferramenta de cura para a doença, principalmente quando esta relaciona-se com distúrbios de peso.

Certos nutrientes possuem efeito positivo sobre substâncias do cérebro responsáveis pelo humor e comportamento.

O equilíbrio do sono também é fundamental. Quando noites mal dormidas acumulam-se, todas as funções do corpo são prejudicadas e o cansaço torna-se inevitável. Leituras, novas atividades de lazer e terapias alternativas como massagens, aromaterapia e acupuntura também são apontadas como auxiliares.

Sobretudo o acompanhamento médico faz-se necessário para a cura da doença. Entretanto, a determinação pessoal é o maior fator de influência para qualquer tratamento. Para estar curado é necessário que se queira isso.

Para vencer a depressão e recuperar a motivação de viver é preciso sair da inércia e da condição “confortável” de vítima e ir à luta, romper os elos da auto-piedade que só servem para aumentar a dor, deixar de apontar os defeitos alheios e focar a atenção no próprio jeito de viver.

Refletir cada faceta da personalidade e o comportamento perante os semelhantes. E a partir daí, começar a por a mão na massa, não queira resolver tudo ao mesmo instante, é bom lembrar que os problemas que te rodeiam se formaram com o passar do tempo e não será de uma hora para outra que irá se ver livre deles, pelo contrário, o momento é de fazer um balanço, rodando o filme do passado e analisando cada cena, e se preciso for, repeti-la em câmera lenta até ficar evidente os por quês que acarretaram os dissabores do momento presente.

Todas as vezes que você passar por problemas difíceis e continuados se não tomar muito cuidado pode entrar num "ciclo de angústias". Uma rotina de sofrimento terrível. Também conhecida como “Gostar de sofrer”. E o estado depressivo é justamente a acomodação neste ciclo.

Em minhas palestras pelo Brasil já fiz muitas referências aos meus tempos de dificuldades (que às vezes ainda voltam), passando apertos financeiros, dilemas familiares e necessidades em diversos níveis; sei também de outras pessoas que passaram ou estão passando por graves problemas de saúde, familiares, profissionais , sentimentais.

Pode ser que você, neste momento, esteja bem no meio de uma turbulência, e seria muito egoísmo de minha parte não compartilhar com você um pouco das ajudas que recebi e das atitudes que tomei para enfrentar aqueles difíceis anos de tendências à me entregar à tristeza e a depressão.

Os meus 10 passos estão misturados e destacados à minha narrativa.

UM FATO DETERMINANTE, Enquanto estamos lutando contra a depressão,

(1) o que você pensa é o que determina a qualidade do seu dia.

Você decide se vai ou não usar, naquele dia, a sua mente com pensamentos bons ou ruins. Você não percebe, mas acha que todo pensamento é inevitável. Mas não é. Não é mesmo.

(2) Temos que tomar o controle de nossos pensamentos, ou seja, pensamos aquilo que queremos.

Deixamos fluir apenas aquilo que nos interesse. Mantemos na mente apenas aquilo que, por uma análise rápida, consideramos benéfico.

Lembro-me de um dia muito interessante em meu processo de luta contra a depressão: A Companhia de energia havia cortado minha luz.

Levaram inclusiva o relógio (dias antes eu havia religado a energia por conta própria, revoltado com a situação), Tive naquele momento duas alternativas:

1. Me revoltar novamente e alimentar sentimentos de rancor, angústia e vingança.

2. Planejar um jantar a luz de velas e demonstrar à minha família as vantagens do banho gelado. (Engraçado não é?) Pois é, mas foi o que eu fiz,

(3) me decidi pela segunda alternativa (FAÇA ISSO VOCÊ TAMBÉM), tomamos banho gelado e fizemos um jantar à luz de velas. Cantamos, contamos histórias e fomos dormir como uma família.

O DIA SEGUINTE: Pensei com calma em alternativas para o problema, busquei conselhos e em 48 horas estava com minha energia religada. As decisões do dia anterior deixaram minha mente pronta para decidir de forma produtiva e objetiva no dia seguinte.

SUA MANEIRA DE ENXERGAR AS SITUAÇÕES, DETERMINA O QUANTO AQUELA EXPERIÊNCIA VAI INFLUENCIAR SUA VIDA. POSITIVA OU NEGATIVAMENTE!

VIGIAR OS PENSAMENTOS, COLOCAR UM ALARME CONTRA PENSAMENTOS INÚTEIS OU DESTRUTIVOS.

(4) Você deve também pensar que há muitas pessoas que estão passando pelos mesmos problemas que você, e até bem maiores, portanto não você está sozinha(o) nisso. Como disse, é muito importante vigiar os próprios pensamentos; quem sabe a origem da sua depressão é apenas um montinho de areia da praia.

Se você olhar para seu cotidiano pode descobrir seu exato tamanho. Também pode valorizar tanto seus problemas que se tornará um “world trade center” ou um “Pão de açúcar” se destacando em meio a paisagem; Cuidado pra não “se achar” o problemático da hora.

Resistência. Pouca coisa consegue superar uma boa resistência. Já teve a experiência de não querer fazer algo? Na adolescência por exemplo? Seus Pais diziam: Faça isso; Você dizia não quero... Mas fazia. Isso pode ter durado algum tempo, mas se você se mostrou resistente durante aquele período, meso fazendo, certamente seus Pais cederam e você não teve que fazer mais. Falo de algo genérico.

Mas de forma específica temos que demonstrar RESISTÊNCIA contra os pensamentos, desejos e ações auto-destrutivas; Resistir, dizer a si mesmo NÃO vou ceder a autopiedade. NÃO vou ceder ao rancor.

NÃO vou ceder a amargura. NÃO vou ceder ao passado, NÃO vou ceder a saudade, NÃO vou ceder a tristeza e por aí vai.

(5) Quais tem sido seus maiores inimigos nesta batalha? Identifique-os e RESISTA.

(6) SEJA ÚTIL, de forma muito prática e objetiva, pergunte-se: O que há de importante para se fazer por aqui? ONDE? Na família, na vizinhança, entre os amigos, no bairro, no condomínio, na cidade, no país, no planeta, em minha própria vida...

...Encontre espaços onde você pode e deve ser útil e comece algo. Torne sua vida que já é importante em uma vida cada dia mais útil; Quer uma dica pra hoje? Pense em 5 COISAS (1 para cada) que você pode fazer na semana para cooperar com:

1. Um vizinho (a);
2. Um amigo (a);
3. Um Parente;
4. Um desconhecido;
5. Você.

Pense no que fazer como fazer, quando fizer e faça; Não quero deixar a idéia de que a depressão se combate com ativismo, mas a falta de uso de uma vida nobre (a sua) pode trazer constrangimento à sua alma.

(7) MUDE SUA MANEIRA DE ENCARAR A VIDA, Como você tem vista a vida até agora? Um perde e ganha? Um campo de batalha? Lutando pelo que? Por sua vontade? Por seus instintos? Pela submissão dos outros? Pela apreciação dos outros? Pra ser ouvido? Pra fazer e fazer?

COMO VOCÊ ENCARA A VIDA? Centrada em uma ou algumas pequenas batalhas, como acima mencionadas? OU a Vida é tudo isso e muito mais. Perceba as áreas de sua vida que ficaram esquecidas. Pare e pense sobre isso, encontre essas áreas e comece a investir nelas, se decidir que vale a pena;

(8) Exercite a mente, comece uma empreitada para aprender. Sim, aprender é uma das atividades mais saudáveis que existe e um dos maiores remédios contra a depressão e a sensação de vazio. Quando aprendemos começamos a enxergar a vida sob outros prismas. Aprender nos ajuda a alcançar nossos horizontes. Estimula nossa criatividade. Coloca-nos em condições de agir.

Escolha um tema, um livro ou quem sabe um curso. Aprenda. Decida ter o aprendizado como uma de suas atividades freqüentes.

Na minha luta, nos tempos mais difíceis, todo mundo podia me ver com um livro nas mãos.

Estava sempre lendo. Uma das coisas que aprendi foi desenvolver site (nada excepcional), mas aprendi os segredos. Aprimorei meu Inglês. Fiz um curso de Instrutor de Trânsito (Bom demais), Li muito sobre psicologia. Fiz novos estudos sobre a Programação Neurolinguistica...

Muito deste aprendizado tenho utilizado em minha vida e em minha profissão até os dias de hoje.

E repito a dose com freqüência. Tornei-me um estudioso freqüente. Exercito minha mente diariamente. Tento aprender algo novo a cada dia. Isso tem sido uma verdadeira fortaleza mental pra mim e para os que me cercam.

Também tenho tomado o cuidado de não me transformar em um “sabe tudo”. Aquele cara chato que tem respostas pra tudo, que já fez de tudo, que conhece tudo. Isso é deprimente. Mas tento ser útil com o que aprendo. Só isso.

(9) Receba os traumas da vida como situações “Naturais e inevitáveis”, pois a vida é assim mesmo. Os adeptos do “Não sofrimento” na verdade demonstram um grau muito grande de imaturidade e covardia. Não existe vida sem processos. E todo processo traz mudanças, sofrimentos e resultados.

O Seu processo está acontecendo agora. O do outro já passou ou ainda virão outros. A questão é entender nosso processo de crescimento.

Se livrar das situações difíceis da vida quando for possível, é bom, mas melhor ainda é reconhecer que estas são inevitáveis e que o grande segredo da felicidade está em aprender a lidar com as situações.

Receba esta oportunidade de crescer e depois que o temporal passar analise o que aprendeu e como poderá usar para a felicidade dos outros e a sua própria.

A experiência da depressão é uma das mais ricas que o ser humano pode passar. Não aconselho que entre nela. Mas se já entrou, comece o caminho de volta, traga algumas impressões encontradas no fundo do poço.

Suba devagar pra não escorregar. Ignore os ecos da subida, são apenas ecos. Segure-se firme nas 9 (nove) cordas que te lancei (ou outras mais que possa conseguir), ao encontrar outros na subida, compartilhe algumas cordas e ajuste, não se esqueça de olhar pra cima, existe luz na entrada do poço, ela está sempre encima porque é de lá que as mãos mais poderosas do mundo estão te segurando.

Você sabe quem, não é?

(10) Então confie, acredite, tenha fé!

Durante a depressão, o que você pensa é o que determina a qualidade do seu dia. Como, de fato eu não sei, mas o maligno pode usar a sua mente como depósito de pensamentos ruins. Você não se dá conta e acha que todo pensamento é seu. Mas pode não ser. Lembro-me de algumas vezes quando saía de casa para caminhar e orar um pouco. Gosto de orar caminhando, principalmente, em lugares mais tranqüilos.

Então, algumas vezes, estava com uma tristeza imensa como se um pesado fardo estivesse em minhas costas. Aí, pela graça de Deus, eu detinha meus pensamentos, mesmo sem experiência ainda, e dizia para mim mesmo: " Jesus há de me tirar dessa " eu vou voltar a trabalhar de vou ser feliz de novo. Dois minutos depois, não é que eu começava a me alegrar, e assim vencia a provação do dia. É uma luta constante, de todo dia.

Quando você põe um vigia à porta da sua mente, para observar seus próprios pensamentos, você pode atacar uma das fontes do problema que é maligna. Na Bíblia, a mente é também chamada de coração, e no livro de Provérbios diz: " Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração porque dele procede as saídas da vida."

Uma coisa, muito importante, que você deve saber: há muitas pessoas que estão passando pelo mesmo problema que você, e até bem maiores, portanto não está sozinha(o) nisso. Como dizia, antes, é importante vigiar os próprios pensamentos; quem sabe a origem da sua depressão é apenas um montinho de areia da praia. Se você olhar para seu cotidiano pode descobrir seu exato tamanho. Também pode ser um "Pico da Bandeira", ou pior, um "Everest".

"Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." Está na Carta de Tiago, 4:7.

Uma forma de sujeição a Deus é orar todo dia. Quando orava eu conseguia mudar meu coração. A tristeza vai saindo com a escuridão da noite, quando vem a manhã. Orar, aqui, não se trata de repetir "Pai Nossos", estou falando de um conversa sincera com Deus.

Como um namoro. Só a oração pode fazer o milagre de mudar nos nossos sentimentos, pois, quando você ora, traz a presença de Deus para perto e afugenta os pensamentos da presença maligna.

Certa vez, recebi a carta de um irmão na fé, presidiário, contando sobre seus dias no "Piranhão" de Taubaté. Depois de ter cometido um crime horrível, ele foi posto lá.

Todo dia acordava com uma enorme dor de cabeça e um pensamento que não mudava como uma voz insistente que dizia" Você já fez isso e aquilo, envergonhou seus pais, seus vizinhos; seus amigos não gostam mais de você, então você de fato não presta e não deve mais viver.

Por que não se mata? Era todo dia a mesma pressão. De vez em quando ele punha um lençol no pescoço, subia em uma cadeira, amarrava o lençol em algum lugar alto, e quando dava por si, estava a um passo do suicídio. Ele dizia que nos piores momentos, antes de tentar se matar, ele se lembrava dos tempos de criança, dos momentos que passeava com seu pai indo à feira. Isso foi antes da sua conversão.

Há um sábio provérbio que diz "mente vazia é oficina do diabo". A oração muda o foco do seu pensamento. Mas tem outra coisa tão boa quanto. Tiago disse "sujeitai-vos a Deus". Sujeitar-se não é apenas orar. A oração leva você até a presença de Deus ou faz você senti-la. Deus pode nos orientar sobre o que devemos fazer enquanto a depressão não se vai.

" E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".Romanos 12:2. É uma seqüência de degraus para cima: boa, agradável e perfeita.

Nos últimos anos de provações, 2001 a 2003, o Senhor orientou-me quanto ao que fazer para realizar Sua vontade.

O carteiro veio e colocou uma carta de um preso no meu portão. Por que eu sabia que aquilo era da parte de Deus? Porque o destinatário da carta tinha os dizeres de um carimbo para folhetos que eu havia perdido há seis anos. Imagine você recebendo a resposta de uma coisa feita seis anos atrás? A probabilidade é muito pequena, não acha?

"Lança o teu pão sobre as águas, pois, depois de muitos dias o acharás" Ao manusear e entender o conteúdo daquela carta, o Espírito Santo, naquele momento, lembrou-me esse versículo acima de 11 de Eclesiastes. É por isso que afirmo: nossos pensamentos podem ter três fontes diferentes: a nossa, a maligna e a divina.

E foi seguindo a voz do Espírito que por dois anos e meio nos ocupamos com um dos melhores trabalhos que Deus nos orientou a fazer, que era de recolher literatura cristã usada, e pelo correio, entregá-la em caixas para grupos de cristãos dentro de penitenciárias do interior paulista.

Para não ir tão longe, nos tempos que andei deprimido por vários fatores, sendo o maior um desemprego de 11 anos, a receita que segui e que me tirou do corredor da morte ou do fundo do poço foi: a vigilância dos meus pensamentos, a oração constante e solitária enquanto caminhava por ruas e estradas tranqüilas e por fim executando um trabalho social e cristão que era de escrever cartas de aconselhamento cristão para presos.

Enquanto ajuntava literatura usada para depois mandar pelo correio e escrevia "cartas sociais" fiquei conhecendo grupos de presos cristãos em 48 presídios. Contribuímos com literatura com 29 deles, e com muito orgulho, no bom sentido, guardo em uma caixa de papelão, cerca de umas 500 cartas que recebi do cárcere.

Esta ocupação trazia a me um senso de utilidade, tirava o foco dos meus problemas. Lembro-me que na madrugada de certo dia, pus no papel e orei por um plano de mandar uma tonelada de literatura cristã para grupos de presos em 50 penitenciárias. E depois que se passaram dois anos atingiu o resultado que está descrito neste parágrafo. Foi a oportunidade que o Senhor nos deu para melhorar nossa auto-estima.

Vigiar os pensamentos, orar todo dia, de preferência caminhando, aliando o exercício físico com a oração, e se ocupando com algum trabalho cristão enquanto seus dias de vitórias se aproximam.

E depois, testemunhando para a Glória de Deus, como eu, pois do lado do Correio aonde postava minhas cartas para o cárcere tem um grande Hospital.

E, mesmo com 48 anos, em 2003, Deus deu um basta em minha provação ao enviar alguém em minha casa para dizer que aquele Hospital estava precisando de um contador. O Senhor preparou e deu em minhas mãos o melhor emprego que jamais tive.

Apesar de ter trabalhado em quase todos os ramos de contabilidade, de contabilidade pública eu não entendia nada. Mas com foi Deus quem abrira aquela porta, tive a oportunidade de aprender praticando.

Deus pode permitir que passemos por lutas de todos os tipos e tamanhos, crises e depressão. Mas não vamos estar sozinhos.

Com oração, exercícios físicos, tratamento médico e atividades sociais cristãs, podemos completar nossos dias até a chegada da nossa vitória. Mexa-se!

"Mas graças a Deus, que nos dá a vitória, por Nosso Senhor Jesus Cristo"





Fonte: Midia Gospel.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

LIVRO DE OBADIAS





Introdução ao Livro de Obadias

Chave: Edom
Comentário: Este pequeno livro resume o significado da relação de Edom e Israel (Esaú e Jacó) na história da salvação, e ao fazê-lo revela um aspecto do dia do Senhor e do reino de Deus. Edom, a nação oriunda de Esaú sempre se revelou hostil a Israel, a despeito dos laços fraternais existentes, visto que eram filhos de Isaque. Deus confiou a muitos profetas a mensagem de condenação dirigida contra Edom (Amós, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Malaquias), os quais freqüentemente chamaram a atenção para o orgulho e para a auto-suficiência de Edom como as raízes de seu pecado. Em Obadias, o profeta parece tomar uma profecia de juízo existente contra Edom (vers. 1-4 e frases incluídas nos vers. 5-9) - talvez o mesmo oráculo que aparece em Jeremias 49:7-22 - e observe-se quão terrivelmente se cumpria e com que justa retribuição.
Obadias relaciona, portanto, este castigo particular com o juízo de todas as nações no dia iminente do Senhor, quando o remanescente de Israel que escapou será como esfera de salvação e instrumento do governo de Deus sobre todas as nações. Embora muitíssimo curta esta profecia ressalta e exemplifica as verdades fundamentais da revelação bíblica: o governo soberano de Deus que será universalmente reconhecido (v.21); a eleição de Israel, o povo de Deus, para ser abençoado (v. 17b); sua eleição cumprida mediante um remanescente (v. 17a) que será a fortaleza do braço de Deus procedente do monte Sião; a culminância dos propósitos de Deus no dia do Senhor que, enquanto vindica a seu povo e lhe proporciona o júbilo da terra prometida de descanso, condenará os inimigos e opressores, dos quais Edom é aqui um tipo (v. 15).
Embora o livro de Obadias seja somente um dentre os muitos pronunciamentos proféticos relativos à Edom, é conveniente considerá-lo como o ponto de concentração de todas as referências que no Antigo Testamento se fazem concernentes a Edom, visto como não é possível, num comentário desta natureza, tratar de outras passagens pormenorizadamente. Portanto, apresentamos aqui uma lista das principais referências a Edom: Históricas: Gênesis 25-36 (Jacó e Esaú); Números 20:14-21, Deuteronômio 2:1-8 (o período do Êxodo); I Samuel 14:47 (sob Saul); II Samuel 8:14 (sob Davi); II Reis 8:20-22 (sob Jeroão); II Crônicas 20:10-23 (sob Josafá); II Reis 14:7, II Crônicas 25:11-13 (sob Amazias); II Crônicas 28:17 (sob Acaz); Salmos 137:7, Lamentações de Jeremias 4:22 (queda de Jerusalém); Salmos 83:1-6 (geral). Profecias: Isaías11: 14; 34; 63:1-6; Jeremias 49:7-22, Ezequiel 25:12-14; 35; Joel 3:19; Amós 1:11-12; Malaquias 1:2-5.
Autor: Com exceção de seu nome (que é comum no Antigo Testamento), nada se sabe do autor deste livro, o mais curto do Antigo Testamento. Nem se sabe com certeza a época em que foi escrito. Obadias parece descrever um desastre que sobreveio a Edom depois da queda de Jerusalém (vers. 5-7). Talvez seja este o primeiro ataque dos nabateus contra o monte Seir, os quais derrotaram os edomitas em determinada época compreendida entre os séculos VI e IV (compare Malaquias 1:3, 4). Esta profecia pertenceria, portanto, à época do exílio ou logo após o regresso.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A Atualidade dos Profetas Menores

Texto Áureo: Rm. 12..26 - Leitura Bíblica: II Pe. 1.16-21

INTRODUÇÃO

Quase um quarto da Bíblia é composta de livro proféticos, mas, paradoxalmente, pouca atenção tem sido dispensada a esses livros. A mensagem dos profetas, ainda hoje, são impopulares, por isso são evitadas nos púlpitos de algumas igrejas. Ao longo deste trimestre estudaremos os profetas menores, destacando sua atualidade para igreja contemporânea. Na aula de hoje destacaremos o caráter da mensagem profética e apresentaremos os doze profetas menores que serão estudados nas próximas lições.

1. A MOTIVAÇÃO PARA ESTUDAR OS PROFETAS

Alguns estudiosos fazem objeção ao estudo dos profetas porque, para eles, como estamos na Nova Aliança (Rm. 15.4), essa seria uma mensagem desnecessária. Para os crentes poucos afeitos ao estudo da Escritura, por isso não frequentam a Escola Dominical e muito menos os cultos de ensino, não é preciso conhecer essa mensagem para ir ao céu. Esses, muitos outros pouco afeitos ao estudo, acham que é perder tempo demais com uma mensagem desinteressante. Mas tantos os estudiosos que enfocam apenas o Novo Testamento, quanto àqueles que têm preguiça de estudar a Palavra, estão equivocados, pois deixar de ler a mensagem profética, e a Bíblia como um todo, é um desrespeito à inspiração - theopneustia em grego - da Escritura, que é útil - em todas as épocas - para a instrução e santificação daqueles que dizem seguir a Cristo (II Tm. 3.16; II Pe. 1.19-21). O Antigo Testamento, e nele os livros proféticos, era a Bíblia que Jesus lia, esse era o texto que os apóstolos citavam quando faziam alusão à mensagem profética, por esse motivo não podem ser dispensados pela igreja cristã. Mateus cita os profetas 67 vezes, como em Mt. 1.23; 2.6, isso mostra que essa parte da Bíblia é importante. Os primeiros sermões apostólicos eram fundamentados nas Escrituras (At. 2.17-34; 3. 22-25; 7). O livro de Romanos contem 60 citações ao Antigo Testamento, como Rm. 1.16,17, em referência a Hc. 2.4. A Epístola aos Hebreus contém 59 citações do Antigo Testemanto, exemplos Hb. 5.10,11; 9.5).

2. A INSTITUIÇÃO PROFÉTICA NO ANTIGO TESTAMENTO

Os profetas foram instituídos pelo próprio Deus, em Dt. 18.9-22 nos deparamos com a orientação divina em relação à mensagem profética. O povo de Israel recebeu do Senhor a Lei (Torah) e essa deveria servir de instrução para a nação. Mas diante das superstições do povo, ao se deixar influenciar pelas nações vizinhas, a mensagem dos profetas seria importante, a fim de conduzir a nação aos caminhos do Senhor. O profeta do Antigo Testamento era um porta voz de Deus - nabbi em hebraico - ele não apenas predizia o futuro, mas, principalmente, alertava o povo em relação aos pecados. Os profetas recebiam as mensagens do Senhor de formas variadas, às vezes, através de sonhos e visões. Outra palavra para profeta no Antigo Testamento é roeh, e sendo traduzida comumente por vidente. As palavras nabbi e roeh se distinguem no que tange à relação entre o profeta e Deus (roeh) e entre o profeta e o povo (habbi). Mas os profetas não falavam de si mesmos, eles anunciavam sob a inspiração divina, nisto repousa a autoridade da mensagem proferida por eles. Eles diziam: “assim diz o Senhor”, e não “assim digo eu”, atestando, assim, a confiabilidade da Palavra revelada.

3. CONTEXTUALIZANDO OS DOZE PROFETAS MENORES

O título atribuído a esses profetas com “menores” não tem a ver com a pouca relevância que por acaso alguém possa atribuir a esses textos. A palavra “menores” vem dos latinos que comparavam o tamanho dos livros com a dos outros profetas, considerados “maiores”, em virtude da extensão dos livros. Os pais da Igreja, dentre eles Agostinho de Hipona (345-430), se referiam aos livros desses profetas como “os doze”. Para compreendermos melhor a mensagem desses doze profetas é preciso contextualizá-los na história de Israel. Para tanto, faz-se necessário ressaltar que alguns deles profetizaram para o Reino do Norte outro para o Sul, alguns deles antes do cativeiro e outros depois do cativeiro. Obadias, Joel e Jonas foram profetas do século nono antes de Cristo, no período do governo assírio. Oséias, Amós e Miquéias foram profetas do século oitavo antes de Cristo, ainda no período do governo assírio. Sofonias, Naum e Habacuque foram profetas do século sétimo antes de Cristo, o período do governo caldeu. Ageu, Zacarias e Malaquias são profetas pós-exílicos, isto é, do período posterior ao retorno do povo de Judá do cativeiro babilônico. Esses profetas foram guiados pelo Espírito Santo para revelarem a mensagem de Deus, eles se reconheciam como tais, eram arautos do Senhor (Ag. 1.3; Am. 3.7; Mq. 3.8). A palavra profética é atual porque trata a respeito de temas que vão além do contexto daquela época, eles chamaram o povo para um relacionamento fiel com Deus (Oséias), para o derramamento do Espírito Santo (Joel), para a justiça social (Amós), a necessidade da retribuição (Obadias), o valor da misericórdia divina (Jonas), a importância da obediência (Miquéias), o limite da tolerância divina (Naum), a soberania de Deus (Habacuque), o juízo vindouro (Sofonias), o compromisso do povo da aliança (Ageu), o reinado messiânico (Zacarias) e a sacralidade da família (Malaquias).

CONCLUSÃO

A mensagem geral dos profetas menores pode ser resumida a partir da declaração de Mq. 6.8. E essa palavra se aplica perfeitamente à Igreja dos dias atuais, ao longo dos próximos estudos, veremos, através das exortações dos arautos de Deus, que o Senhor deseja que promovamos a justiça, que sejamos fieis a Deus, e, sobretudo, que vivamos em obediência.

 Fonte Publicado no blog Subsidio EBD

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