Texto Áureo Gn. 6.5 – Leitura
Bíblica Gn. 6.1-8
INTRODUÇÃO
Na última lição estudamos a respeito de Caim,
identificando-o com o Maligno por causa da sua crueldade, ao assassinar seu
irmão Abel. Na aula de hoje nos voltaremos para sua descendência, com destaque
para Lameque, e seu mundo impiedoso. Mostraremos que o mundo jaz no Maligno,
por isso precisamos seguir os passos de Cristo, e como Enoque aprender a andar
na presença de Deus, diante de um mundo tenebroso.
1. O MUNDO DE LAMEQUE
Lameque, o descendente de Caim, absorveu a
filosofia do seu pai, disseminando impiedade. Ele foi um dos primeiros homens
bígamos, contrariando o princípio bíblico da monogamia (Gn. 2.24). Esse padrão
se propagou ao longo das gerações, acarretando problemas para as famílias. O
casamento, originalmente instituído por Deus, deveria ser monogâmico, um homem
para uma mulher (Mt.19.5,6). O mundo atual é um reflexo daquele de Lameque, há
um desrespeito pelo modelo divino, e isso tem causado males à sociedade. As
pessoas preferem viver como se Deus não existisse, e fazer o que bem entendem. A
insubmissão à Palavra de Deus é o principal problema da nossa época. Lameque
como o pai também foi homicida, e se gloriava da sua maldade. Ele compôs uma
música para divulgar sua crueldade, e para exaltar sua valentia. A mesma coisa
acontece hoje, pessoas que incitam a violência, e a celebram através das suas
músicas. As composições poéticas, que falam de amor e perdão, estão fora de
moda. As músicas que mais tocam são aquelas que denigrem a imagem da mulher. Os
ritmos musicais estão a serviço da maldade, da propagação de valores deturpados
e contrários à vontade de Deus. Os filhos de Lameque também produziram
tecnologia, Tubalcaim dedicou-se à metalurgia, tendo habilidade com o cobre e o
ferro. A tecnologia pode ser útil para a sociedade, mas pode também trazer
problemas. Estamos nos tornando escravos das maquinas, e essas, cada vez mais,
tem sido usada contra os homens, e não a favor deles. A sociedade tecnológica,
por causa da ganância desenfreada, traz males para a natureza, destruindo a
criação de Deus.
2. A IMPIEDADE DO MUNDO
O mundo no qual vivemos não é muito diferente
do mundo de Lameque, pois este continua debaixo do poder do Maligno ( Jo.
5.19). Este mundo, como o daquele tempo, supervaloriza a beleza física,
seduzindo até mesmo os filhos de Deus. Os descendentes de Sete foram levados a
pecar por causa da formosura das filhas de Lameque (Gn. 6.1,2). A busca pela
longevidade também pode se tornar um mal para a sociedade. Quando essa se torna
uma obsessão, é uma demonstração que estamos vivendo longe de Deus. Nos tempos
de Lameque as pessoas viviam muitos anos, aproximando-se dos mil anos. Isso
fazia com que elas não se importassem com Deus, e achassem que Ele seria
dispensável. A cultura da vida longeva está impregnada na sociedade
contemporânea. Os cosméticos e as cirurgias plásticas são vendidos a preços
promocionais. Viver muitos anos transformou-se em um fim em si mesmo, a ciência
tem trabalhando para esse fim, com o intuito de evitar a morte, a todo e
qualquer custo, ainda que essa seja inevitável (Hb. 9.27). Mas devemos saber
que viver muitos anos não deve ser o objetivo último da existência. Amar a Deus
e ao próximo deve ser o objetivo de todo aquele que professa a fé em Deus (Mt.
22.37). O hedonismo, levado às últimas consequências, dissemina a cultura do
egoísmo, favorecendo o individualismo e o descaso para com o próximo. O acúmulo
de riquezas se transformou no maior bem para as pessoas deste século. A raiz de
todos os males (I Tm. 6.10), o reino de Mamom, está sendo adorando a luz do dia
(Mt. 6.24), ninguém consegue ter contentamento (I Tm. 6.6). A ansiedade,
segundo alguns estudiosos, é um mal com o qual temos que conviver, e aceita-lo
com naturalidade. Mas Jesus nos ensinou a depender de Deus, e a buscar nele a
satisfação plena ( Mt. 6.27). Os valores do mundo são contrários a Palavra de
Deus, e precisamos ter cuidado para não ir após eles.
3. ANDANDO COM DEUS
Mas há uma geração diferente neste mundo
tenebroso, que luta com as armas espirituais, disponibilizadas por Deus (Ef.
6.13-17). Como Enoque, esses são chamados a andar com o Senhor, por isso
têm a esperança de serem tomados por Ele (Gn. 5.22-24). A trombeta irá soar, e
os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, os que estiverem vivos serão
transformados, e estarão para sempre com o Senhor (I Ts. 4.13-18). Todos
aqueles que têm essa esperança devem entrar em uma nova dimensão ética, e
purificar a si mesmos, assim como Ele é puro (I Jo. 3.3). É digno de destaque
que Enoque passou a andar com o Senhor depois que sua esposa deu a luz um filho,
cujo nome era Matusalém. O nascimento desse filho modificou radicalmente a
existência daquele homem, que passou a se separar do mundo, e se voltar para
Deus. Que cada um de nós venha a descobrir motivações apropriadas para se
aproximar do Senhor. Enquanto o mundo decide viver a margem da revelação
divina, devemos aprender a crescer na Palavra, sabendo que essa é luz para
nossos caminhos (Sl. 119.105). Ainda que o mundo não nos compreenda, e até
mesmo nos critique, devemos saber que o melhor é guardar a Palavra no coração,
para não pecar contra o Senhor (Sl. 119.11). Não devemos esquecer que o mundo
passa, bem como a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre (I Jo. 2.17). E mais que isso, devemos estar cientes que a
vontade de Deus é agradável, boa e perfeita, mesmo que não compreendamos a
princípio. Por esse motivo, não podemos nos conformar aos padrões desse mundo,
antes oferecer nossos corpos como sacrifício a Deus, sendo esse nosso culto
racional (Rm. 12.1,2).
CONCLUSÃO
O impiedoso mundo de Lameque não é outro
mundo, mas este mesmo no qual todos nós estamos inseridos, entenebrecido por
Satanás (II Co. 4.4). Temos a opção de seguir o exemplo da descendência dele,
endeusando a crueldade, a longevidade, a formosura, a tecnologia e o dinheiro.
Ou a de andar com o Senhor, seguindo os passos de Cristo, fazendo Sua
agradável, boa e perfeita vontade (Rm. 12.1,2). Mais que isso, sabendo que essa
é para preservação dos fieis neste mundo tenebroso, para que não venhamos a ser
condenados com ele (I Co. 11.3132).
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