Texto: João 15:1-16
Introdução
Na vida espiritual Deus cobra produtividade do seu povo. Em Gênesis capítulo 1, ao criar todas as coisas, Deus não somente produziu mas exigiu produtividade: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a…” (Gn 1.27-28). Abençoado por Deus, o homem deve produzir e administrar a produção. Portanto, ser criativo e produtivo é uma maneira de refletir a imagem e a semelhança de Deus em nós. Neste estudo, refletiremos em João 15, que revela a cobrança que Jesus nos faz acerca da nossa produtividade espiritual.
No Novo Testamento, Jesus através da parábola dos lavradores maus (Mt 21.33-46; Mc 12.1-12; Lc 20.9-19) reformula o sentido simbólico da videira como a nação de Israel. Os arrendatários da vinha (a nação de Israel) mataram os servos (os profetas até João) enviados pelo dono (Deus) para receber seus frutos. Ao matarem o herdeiro (Jesus), os arrendatários pensavam que a vinha seria deles. O dono porém, executou estes maus lavradores e colocou outros no lugar deles: Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos (Mt 21.43).
Enquanto no Antigo Testamento Israel era a videira ou a vinha, a videira agora é concentrada na pessoa do próprio Jesus. Ele é a videira verdadeira. A expressão “verdadeira” (alethinos) significa “real” ou “genuíno”. No Antigo Testamento a videira é sempre vista no seu aspecto de degeneração (Ez 15; Os 10.1). Porém, Jesus como a videira verdadeira é um organismo vivo que transmite vida a outros organismos.
Os discípulos são os ramos. Assim como os ramos de uma videira se acham ligados ao tronco principal, assim também cada crente se acha ligado a Cristo, recebendo dEle a vida. Deus Pai é o agricultor, ou seja, aquele que planta, cuida e faz crescer. Lavoura de Deus sois vós diz o apóstolo Paulo aos crentes de Corinto (1 Co 3.9). “O agricultor não somente é aquele que ara a terra, mas também é aquele que planta e cuida da videira. Aquele que originou as relações existentes entre a videira e os ramos, ao plantar a Videira verdadeira nesta terra é quem cuida dela e garante que a mesma produzirá frutos" (Alford).
O seu dever é produzir. A improdutividade resultará em corte: “Todo ramo que estando em mim, não der fruto, ele o corta…’’ (Jo 15.2). Há motivação para aquele que produz: “…e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda".
O ramo para produzir necessita “permanecer em Cristo”. Sem Cristo, o ramo secará e servirá apenas para o fogo: Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam (Jo 15.6). A madeira da videira não serve para nada, senão como lenha (Ez 15.1-8).
O ramo para frutificar precisa da seiva. O cristão recebe a seiva para frutificar através da vida de oração e estudo da Palavra de Deus. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito (15.7). Ler: Cl 3.16 e Ef 6.18-19.
A essência do fruto espiritual é a obediência aos mandamentos de Deus. Obedecer a Deus é uma prova de amor: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor…” (Jo 15.10). Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele (Jo 14.21). Obedecer a Deus é uma prova de amizade: Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando (Jo 15.14).
A natureza do fruto é espiritual. É o fruto do Espírito. “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio…” (Gl 5.22-23). Sendo assim, a sua origem é sobrenatural (do Espírito) e o seu desenvolvimento é gradual.
Deus é glorificado através dos frutos espirituais, “…fruto…” (v.2), “…mais fruto ainda…” (v.2), “…muito fruto…” (w.5 e 8). Tudo tem como objetivo a glorificação do Pai, porquanto foi Ele quem planejou que os homens fossem frutíferos. “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto…” (v.8).
CONCLUSÃO
A vida de um cristão ou de um discípulo deve ser marcada pela produtividade espiritual. A produtividade ou frutificação é decorrente do fato dele ter sido escolhido por Deus para essa tarefa (Jo 15.16). A produtividade espiritual é permanente ou eterna, “…eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça…” (Jo 15.16).
Introdução
Na vida espiritual Deus cobra produtividade do seu povo. Em Gênesis capítulo 1, ao criar todas as coisas, Deus não somente produziu mas exigiu produtividade: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a…” (Gn 1.27-28). Abençoado por Deus, o homem deve produzir e administrar a produção. Portanto, ser criativo e produtivo é uma maneira de refletir a imagem e a semelhança de Deus em nós. Neste estudo, refletiremos em João 15, que revela a cobrança que Jesus nos faz acerca da nossa produtividade espiritual.
1. A FIGURA DA VIDEIRA
“…Eu sou a videira verdadeira” afirma Jesus (Jo 15.1). O simbolismo da videira acha a sua explicação no Antigo Testamento. O povo de Israel é uma videira que foi trazida do Egito por Deus. Trouxeste uma videira do Egito, expulsaste as nações e a plantaste (SI 80.8). “Porque a vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta dileta do SENHOR…" (Is 5.7). Embora Israel tivesse sido “videira excelente” tornou-se “vide brava”: Eu mesmo te plantei como vide excelente, da semente mais pura; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, como de vide brava? (Jr 2.21).No Novo Testamento, Jesus através da parábola dos lavradores maus (Mt 21.33-46; Mc 12.1-12; Lc 20.9-19) reformula o sentido simbólico da videira como a nação de Israel. Os arrendatários da vinha (a nação de Israel) mataram os servos (os profetas até João) enviados pelo dono (Deus) para receber seus frutos. Ao matarem o herdeiro (Jesus), os arrendatários pensavam que a vinha seria deles. O dono porém, executou estes maus lavradores e colocou outros no lugar deles: Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos (Mt 21.43).
Enquanto no Antigo Testamento Israel era a videira ou a vinha, a videira agora é concentrada na pessoa do próprio Jesus. Ele é a videira verdadeira. A expressão “verdadeira” (alethinos) significa “real” ou “genuíno”. No Antigo Testamento a videira é sempre vista no seu aspecto de degeneração (Ez 15; Os 10.1). Porém, Jesus como a videira verdadeira é um organismo vivo que transmite vida a outros organismos.
Os discípulos são os ramos. Assim como os ramos de uma videira se acham ligados ao tronco principal, assim também cada crente se acha ligado a Cristo, recebendo dEle a vida. Deus Pai é o agricultor, ou seja, aquele que planta, cuida e faz crescer. Lavoura de Deus sois vós diz o apóstolo Paulo aos crentes de Corinto (1 Co 3.9). “O agricultor não somente é aquele que ara a terra, mas também é aquele que planta e cuida da videira. Aquele que originou as relações existentes entre a videira e os ramos, ao plantar a Videira verdadeira nesta terra é quem cuida dela e garante que a mesma produzirá frutos" (Alford).
2. A PRODUTIVIDADE DOS RAMOS
“Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta…" (Jo 15.2). Aqui Jesus estabelece o princípio da produtividade espiritual. A pessoa que “está em Cristo” deve refletir essa união através da frutificação espiritual.2.1. Quanto ao Ramo
A sua existência baseia-se na escolha divina. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça…" (Jo 15.16). William Barclay comentando este trecho faz uma lista das coisas para as quais fomos eleitos e chamados: fomos chamados para a alegria (15.11); para o amor (15.12); para sermos amigos de Jesus (15.13-15); para sermos embaixadores de Deus no mundo (15.16); para sermos membros privilegiados da família de Deus (15.16).O seu dever é produzir. A improdutividade resultará em corte: “Todo ramo que estando em mim, não der fruto, ele o corta…’’ (Jo 15.2). Há motivação para aquele que produz: “…e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda".
O ramo para produzir necessita “permanecer em Cristo”. Sem Cristo, o ramo secará e servirá apenas para o fogo: Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam (Jo 15.6). A madeira da videira não serve para nada, senão como lenha (Ez 15.1-8).
O ramo para frutificar precisa da seiva. O cristão recebe a seiva para frutificar através da vida de oração e estudo da Palavra de Deus. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito (15.7). Ler: Cl 3.16 e Ef 6.18-19.
2.2. Quanto ao Fruto
O segredo ou a condição para a frutificação espiritual é “estar” e “permanecer” em Cristo. Nos versículos de 4-6, Jesus repete a palavra “permanecer” por sete vezes. Para a Teologia essa experiência é chamada de “União Mística com Cristo”. “O ramo, quando considerado separadamente, à parte da videira, não possui qualquer fonte original de vida. A seiva flui da videira para o ramo, daí para os raminhos, e então para as folhas e os frutos. Por si mesmo, o ramo é um órgão destituído de vida, que só cumpre as suas funções quando está vinculado à videira. Da mesma maneira na vida espiritual, à parte de Cristo os homens não possuem qualquer fonte original de vida e de frutificação” (Ellicott). Ler: Cl 1.23; 2.19; Ef 5.30; Jo 6.57.A essência do fruto espiritual é a obediência aos mandamentos de Deus. Obedecer a Deus é uma prova de amor: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor…” (Jo 15.10). Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele (Jo 14.21). Obedecer a Deus é uma prova de amizade: Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando (Jo 15.14).
A natureza do fruto é espiritual. É o fruto do Espírito. “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio…” (Gl 5.22-23). Sendo assim, a sua origem é sobrenatural (do Espírito) e o seu desenvolvimento é gradual.
Deus é glorificado através dos frutos espirituais, “…fruto…” (v.2), “…mais fruto ainda…” (v.2), “…muito fruto…” (w.5 e 8). Tudo tem como objetivo a glorificação do Pai, porquanto foi Ele quem planejou que os homens fossem frutíferos. “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto…” (v.8).
CONCLUSÃO
A vida de um cristão ou de um discípulo deve ser marcada pela produtividade espiritual. A produtividade ou frutificação é decorrente do fato dele ter sido escolhido por Deus para essa tarefa (Jo 15.16). A produtividade espiritual é permanente ou eterna, “…eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça…” (Jo 15.16).
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